terça-feira, 10 de abril de 2012

QUANDO DESEJAMOS SER BONS , DEUS ENTRA EM AÇÃO

Hoje é muito comum as pessoas se aplicarem a exercícios físicos. Elas vão às academias, praticam natação, fazem caminhada, corrida, musculação. As pessoas se aplicam a isso tudo. E o segredo está em se aplicar às atividades físicas. Quem as pratica consegue ir adiante. Os que não persistem ficam para trás. 
O Senhor está levando Seus valentes guerreiros, aqueles que Ele quer formar para a Sua "tropa de elite", para sua “academia”. Aí Ele quer formá-los. E o ponto de partida é um sólido treinamento na fé. Nós, devido ao pecado original, queremos sempre ser os primeiros. O primeiro, porém, deve ser Deus. Sempre Deus. Unicamente Deus. Ele é o primeiro, Ele precisa ser o único.
De maneira muito concreta, Jesus era o primeiro na vida de José. Em segundo lugar estavam os outros, e destes Maria era a primeira. Ele era sempre o terceiro, ou melhor: o último. José era sempre o último.
O que ele passou não foi fácil. Deus exigiu mais fé de José do que de Maria. A ela, um anjo apareceu comunicando a mensagem. Ela pôde até mesmo questioná-lo. Com José não foi dessa forma: ele não viu nem conversou com o anjo. Ele precisou acreditar.
Para que você entenda o quanto esse grande homem de Deus foi treinado na fé, para ser o servo fiel e justo de que Deus precisava, eu lhe explico o seguinte: O casamento entre os judeus era realizado em duas etapas: a primeira era o noivado. Eles já eram casados e apenas aguardavam o momento de poder conviver na mesma casa (a segunda etapa). José e Maria estavam na fase do noivado. Ele preparava a casa e ela, o enxoval.
Foi nesse tempo que Maria explicou a José a necessidade de ir à casa de Isabel, pois sua prima estava grávida e em idade avançada. E então partiu, ficando lá alguns meses. Mas quando voltou... ela trazia sinais evidentes de gravidez. José não era tolo! Apesar de a tradição pintá-lo como um “velhinho”, ele era jovem, como qualquer rapaz daquela época. Ele estava se preparando para o casamento.
O pai adotivo de Jesus viu Maria “naquele” estado. Sabia que o filho não era seu. Vários pensamentos podem ter invadido sua mente: “De quem seria? O que teria acontecido? Foi na viagem? Foi na região? Na casa de Zacarias? Ou Maria inventou a viagem para casa de Isabel por já estar grávida? Então, a traição era dupla!” Para ele, aquilo foi muito difícil porque, embora a cabeça “estivesse a mil”, o coração confiava na noiva.
Sendo um homem justo e não querendo difamá-la publicamente, ele resolveu repudiá-la secretamente, como a Lei mandava: um homem não podia se casar com uma adúltera. Era contra a Lei.
Veja bem: Ele era o "traído". Maria não lhe disse nada do que havia acontecido. Mesmo assim, ele queria agir com bondade. Teria de cumprir a Lei, mas com extrema misericórdia.
Precisamos de um coração bom como o de São José. Nosso coração é muito mau. Pensamos de maneira maldosa e não aguentamos nem sequer a ideia de ser traídos. Tudo o que ele pôde fazer como homem justo foi repudiá-la, mas secretamente, para não difamá-la.
Quando desejamos ser bons, Deus entra em ação. Ele é o oposto do mal. Portanto, se há maldade em nós, somos o oposto de Deus Pai. Enquanto estivermos persistindo no mal, o Senhor não terá como se aproximar de nós.
José, graças a Deus, tinha a cabeça e o coração bons!
Homem, e se você vivesse hoje a situação de São José? Imagine depois de tudo quase pronto para o casamento, sua noiva aparecer grávida! E você sabe que o filho não é seu! Em sonho um anjo lhe diz para não ter medo e se casar com ela, porque o que nela fora concebido era obra do Espírito Santo! Eu pergunto: você acreditaria?
A cabeça e o coração de José eram bons! Por causa disso, Deus podia agir nele. Revelou Seu mistério em sonho, e ele, por ser dócil, acreditou. Assim a graça aconteceu.
Quando agimos com o coração cheio de maldade, esterilizamos a ação de Deus! 
A partir dessa revelação, a vida desse grande santo mudou. Ele acordou e, naquela mesma noite, foi preparando tudo para buscar Maria assim que o dia despontasse. Daquele dia em diante, ele não mais viveu para si, mas para a Virgem Maria e para o Menino Jesus, a quem ela concebera por obra do Espírito Santo. José se torna um homem de fé: ele baseia tudo na fé. Ele se chama “o justo” porque acreditou.
É assim que Deus precisa treinar você. Quanto maior for a missão que Deus quer confiar a você, tanto mais difíceis precisarão ser os exercícios de treinamento.
Não se perturbe: você não sabe aonde Deus quer levá-lo, para qual missão Ele o está preparando. Aguente firme, meu irmão! Aguente firme, minha irmã! O Senhor está treinando você. Ele está provando sua fé. Ele precisa fazer com você mais do que Ele fez com Seu pai adotivo, São José. 
Monsenhor Jonas Abib

COMO ENXERGAMOS AS PESSOAS ?

Qual é a visão que temos das pessoas com as quais convivemos cotidianamente? E daquelas que esporadicamente vêm ao nosso encontro? Essa percepção pode ser clara, nítida, real ou distorcida.
Nós precisamos enxergá-las bem para tratá-las bem e amá-las como, de fato, são e não como gostaríamos que elas fossem.
Muitas vezes, temos uma visão equivocada das pessoas; as enxergamos mal, como o cego, que, na primeira vez em que teve os olhos tocados por Jesus, o Senhor lhe perguntou se ele via alguma coisa e a resposta dada por ele foi: “Vejo os homens como árvores que andam” (Mc 8,24). Na segunda vez em que Cristo tocou nos olhos dele, esse homem “ficou curado, de modo que via distintamente de longe” (Mc 8,25). É assim que precisamos enxergar as pessoas, como realmente elas são.
Peçamos hoje ao Senhor Jesus que cure a nossa visão deturpada, a nossa cegueira, para que olhemos nossos próximos além das aparências. Quando os enxergamos bem, nos sentimos bem e agimos bem.
Obrigada, Jesus, pela Sua infinita bondade na nossa vida.
Jesus, eu confio em Vós
Luzia Santiago


O PECADO TRAVA NOSSA VIDA



Peça ao Senhor perdão de seus pecados. “Ele [Jesus] foi ferido por causa de nossas iniquidades” (Isaías 53,5).
O pecado trouxe o sofrimento e a morte ao mundo, cada vez que pecamos tornamos o mundo menos feliz. Por essa razão, Nosso Senhor instituiu o sacramento da confissão para purificar a nossa alma. Não deixemos que o nosso coração fique manchado pelo pecado por muito tempo. Confessar-se é o melhor remédio. Neste dia, se não for possível fazê-lo, não desanime nem desista, busque o melhor dia o quanto antes para se reconciliar com o Senhor. Ele o está esperando!
Precisamos encher o nosso coração de esperança e de bons sentimentos, porque a “esperança não decepciona”. Convido você a fazer, neste dia, a linda experiência de pedir a Deus a graça de ver todas as coisas como Ele vê, de sentir como Ele sente e de pensar com os pensamentos d’Ele, porque com o nosso olhar e com o coração marcado por decepções, medos, indiferenças e tantos outros sentimentos, só conseguimos enxergar tudo e todos de maneira deturpada.
Peçamos ao Espírito Santo que nos renove neste dia, dando-nos a graça de perceber as novidades que o Senhor tem para a nossa vida.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

O SACRAMENTO DA EUCARISTIA


Ela é a fonte e o centro de toda a vida cristã

Catecismo da Igreja Católica, chegamos à Sagrada Eucaristia, esta que, juntamente com o Batismo e a Confirmação, faz parte do sacramento de iniciação cristã. Ela que é o misterioso centro de todos estes sacramentos. Portanto, ela é a fonte e o centro de toda a vida cristã.
Esse sacramento é conhecido por diversos nomes, como: Eucaristia, Santa Missa, Ceia do Senhor, Fracção do pão, Celebração Eucarística, Memorial da Paixão, da Morte e da Ressurreição do Senhor, Santo Sacrifício, Santa e Divina Liturgia, Santos Mistérios, Santíssimo Sacramento do altar, Santa Comunhão.
Originalmente a Sagrada Eucaristia era a oração de ação de graças da Igreja primitiva, precedia a consagração do pão e do vinho, posteriormente a palavra foi conferida a toda a celebração da Santa Missa. A Sagrada Eucaristia é o sacramento em que Jesus entrega o Seu Corpo e o Seu Sangue – Ele próprio, por nós, para que também nos entreguemos a Ele em amor e nos unamos a Ele na Sagrada Comunhão. É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até o Seu regresso, confiando assim à Sua Igreja o memorial da Sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.
Sendo, portanto, a Eucaristia um memorial no sentido que torna presente e atual o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai, uma vez por todas, na cruz, em favor da humanidade. O carácter sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da instituição dela: “Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós” e “este cálice é a nova aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós” (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e Aquele que oferece, diverso é só o modo de oferecer-se: cruento na cruz, incruento na Eucaristia.
A Igreja participa do Sacrifício Eucarístico de forma direta, pois, na Eucaristia, o sacrifício de Cristo torna-se também o sacrifício dos membros do Seu Corpo. A vida dos fiéis, o seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração, o seu trabalho são unidos aos de Cristo. Enquanto sacrifício, a Eucaristia é também oferecida por todos os fiéis vivos e defuntos em reparação dos pecados de todos os homens e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais. A Igreja do céu está unida também à oferta de Cristo.
Jesus Cristo está presente na Eucaristia de um modo único e incomparável. De fato, está presente de modo verdadeiro, real, substancial: com o Seu Corpo e o Seu Sangue, com a Sua Alma e a Sua Divindade. Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as Espécies Eucarísticas do pão e do vinho, Cristo completo: Deus e homem.
O cristão é chamado, desta forma, a adorar a Eucaristia, por isso a Igreja conserva com a maior diligência as Hóstias Consagradas, leva-as aos enfermos e às pessoas impossibilitadas de participar da Santa Missa, apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-as em procissão e convida à visita frequente e à adoração do Santíssimo Sacramento conservado no tabernáculo. A Igreja obriga os fiéis a participar da Santa Missa aos domingos e nas festas de preceito, e recomenda a participação dela também nos outros dias. Da mesma forma, a Igreja recomenda aos fiéis que participam da Santa Missa que também recebam, com as devidas disposições, a Sagrada Comunhão, prescrevendo a obrigação de a receber ao menos na Páscoa.
Porém, para receber a Sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja Católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da reconciliação antes da Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo.
Os frutos da sagrada Comunhão são diversos; ela aumenta a nossa união com Cristo e com a Sua Igreja, conserva e renova a vida da graça recebida no batismo e no crisma, e faz-nos crescer no amor para com o próximo. Fortalecendo-nos na caridade, perdoa os pecados veniais e preserva-nos dos pecados mortais, no futuro. 
Por fim, a Eucaristia nos enche das graças e bênçãos do céu, fortalece-nos para a peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, unindo-nos desde já a Cristo, sentado à direita do Pai, à Igreja do Céu, a Santíssima Virgem e a todos os santos. A Sagrada Eucaristia é de tal forma a vida dos cristãos que Santo Tomás de Aquino afirmou que ela possui, no fundo, o efeito da transformação do ser humano em Deus, e Santo Inácio de Antioquia ensinou que, nela [Eucaristia], partimos o mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrermos e, dessa forma, vivermos eternamente em Jesus Cristo. Portanto, o sacrifício de Jesus na cruz torna-se presente durante a consagração do pão e do vinho, ou seja, na Eucaristia, desta forma, os mistérios da Eucaristia são os mistérios do próprio Cristo. Este é um grande dom da nossa fé: crer que, na Eucaristia, Jesus se faz presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Felipe Aquino