terça-feira, 11 de dezembro de 2012


OS NOMES DE CRISTO

Muitas são as formas de relacionar-se com o Senhor

São muitos os nomes e títulos atribuídos a Cristo por teólogos e autores espirituais ao longo dos séculos. Uns são emprestados do Antigo Testamento, outros do Novo. Alguns são usados e aceitos pelo próprio Jesus; outros lhe foram aplicados pela Igreja no decorrer dos séculos. Veremos aqui os mais importantes e mais conhecidos.

Jesus (cfr. Catecismo 430-435), que em hebreu significa ‘Deus salva’: “Quando da Anunciação, o anjo Gabriel dá-Lhe como nome próprio Jesus, o qual exprime, ao mesmo tempo, a Sua identidade e a Sua missão” (Catecismo, 430), isto é, Ele é o Filho de Deus feito homem para salvar ‘o seu povo de seus pecados’ (Mt 1, 21). “O nome de Jesus significa que o próprio nome de Deus está presente na pessoa do Seu Filho (cf. At 5,41;3 Jo 7) feito homem para a redenção universal e definitiva dos pecados. Ele é o único nome divino que traz a salvação (cf.Jo 3,18; At 2,21) e pode, desde agora, ser invocado por todos, pois a todos os homens Se uniu pela Encarnação” (Catecismo, 432). O nome de Jesus está no coração da oração cristã (cfr. Catecismo, 435). 

Cristo (cfr. Catecismo, 436-440), palavra que vem da tradução grega do termo hebreu ‘Messias’ e quer dizer ‘ungido’. Passa a ser nome próprio de Jesus, “porque Ele cumpre perfeitamente a missão divina que tal nome significa. Com efeito, em Israel eram ungidos, em nome de Deus, aqueles que Lhe eram consagrados para uma missão d'Ele dimanada” (Catecismo, 436). Este era o caso dos sacerdotes, dos reis e, excepcionalmente, dos profetas. Este deveria ser, por excelência, o caso do Messias que Deus enviaria para instaurar definitivamente seu Reino.Jesus cumpriu a esperança messiânica de Israel em sua tríplice função de sacerdote, profeta e rei (cfr. ibid.).
Jesus “aceitou o título de Messias a que tinha direito (cfr. Jo 4, 25-26; 11, 27), mas não sem reservas, uma vez que esse título era compreendido, por numerosos dos Seus contemporâneos, segundo um conceito demasiado humano (cfr. Mt 22, 41-46), essencialmente político (cfr. Jo 6, 15; Lc 24, 21)» (Catecismo, 439).

Jesus Cristo é o Unigênito de Deus
, o Filho único do Senhor (cfr. Catecismo, 441-445). A filiação de Jesus, em relação a Seu Pai, não é adotiva como a nossa, mas a filiação divina natural, isto é, “a relação única e eterna de Jesus Cristo com Deus, Seu Pai: Ele é o Filho único do Pai (cf. Jo 1,14.18; 3,16.18) e, Ele próprio, Deus (cfr. Jo 1,1). Crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus é condição necessária para ser cristão (cfr. At 8,37; 1 Jo 2,23)” (Catecismo, 454). “Os evangelhos se referem, em dois momentos solenes - no batismo e na transfiguração de Cristo -, a voz do Pai, que O designa como Seu «filho muito-amado» (Mt 3,17; 17,5). Designa-se a Si próprio como «o Filho único de Deus» (Jo 3,16), afirmando por este título a sua preexistência eterna” (Catecismo, 444).

Senhor (cfr. Catecismo, 446-451): “Na tradução grega dos Livros do Antigo Testamento, o nome inefável sob o qual Deus Se revelou a Moisés (cfr. Ex 3, 14), YHWH, é traduzido por « Kyrios» («Senhor»). Senhor torna-se, desde então, o nome mais habitual para designar a própria divindade do Deus de Israel. É neste sentido forte que o Novo Testamento utiliza o título de «Senhor», tanto para o Pai como também – e aí é que está a novidade – para Jesus, assim reconhecido como sendo Ele próprio Deus (1 Co 2, 8)” (Catecismo, 446). 

Ao atribuir a Jesus o título divino de Senhor, as primeiras confissões de fé da Igreja afirmam, desde o princípio (cfr. At 2, 34-36), que o poder, a honra e a glória, devidos a Deus Pai, também são devidos a Jesus (cfr. Rm 9,5; Tt 2,13; Ap 5,13), porque Ele é «de condição divina» (Fl 2, 6) e o Pai manifestou esta soberania de Jesus ressuscitando-O de entre os mortos e exaltando-O na Sua glória (cfr. Rm 10,9; 1 Co 12,3; Fl 2,11)” (Catecismo, 449). A oração cristã, litúrgica ou pessoal, está marcada pelo título ‘Senhor’ (cfr. Catecismo, 451).
José Antonio Riestra

EU ESCOLHI JESUS, ESCOLHI ENTRAR PELA PORTA ESTREITA

Este livre acesso que damos a Jesus, depende de nós. E tão somente de nós. Jesus pode fazer tudo de bom em nossas vidas, mas Ele só pode fazer quando permitimos. Deus sempre respeita o nosso livre arbítrio.

Há algum tempo atrás, eu li um livro chamado “O Monge e o Executivo”. E neste livro, o autor explica que há duas coisas que o homem faz: uma é morrer e a outra é escolher.

Meus irmãos, a nossa vida é feita de escolhas. Fomos criados livres, graças a Deus! E esta nossa liberdade nos permite fazer escolhas.

Nós somos esse povo maravilhoso escolhido por Deus para sermos felizes. Dentro do nosso coração há um desejo tão grande de felicidade, que somente Jesus pode satisfazer este anseio em nossa alma. Esta felicidade plena iremos conquistá-la somente no céu!

Hoje somos convidados a fazer uma escolha. E uma escolha definitiva. Faça a escolha por Jesus!Neste Domingo, estamos dando início a um novo ano litúrgico com o Advento. É um novo tempo. Tempo de preparação para o Natal. Tempo de revisão de vida. Tempo para recomeçar!

Agora é a hora de retomar. E a primeira coisa que precisamos fazer, neste recomeço, é exatamente escolher a Jesus Cristo como o único Senhor de nossas vidas.

Você que hoje vive uma vida de pecado, precisa escolher, fazer a opção por uma vida nova, por uma vida de renúncia aos vícios. E esta decisão é sua! Somente sua. Você é que precisa fazer esta escolha.

A Palavra de Deus nos fala em Mateus 7,13-14: “Entrai pela porta estreita! Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos são os que o encontram!”

Estamos no “Sermão da Montanha”. E depois de tudo aquilo que Jesus ensinou, quando o povo já estava tão encantado pelos seus ensinamentos, o Senhor deixa este desafio tão importante: “Entrai pela porta estreita!”

Meu irmão, você aceitou o desafio de ser cristão. Não é fácil seguir a Jesus Cristo. Você acha que viver o “PHN”, viver esta “Revolução Jesus”, fazer esta maravilhosa experiência de um Novo Pentecostes em sua vida, você acha que tudo isso lhe privará da luta? Não. Você ainda sentirá o homem velho combater dentro de você. E será preciso lutar.

Certa vez, um menino ficou com a mão presa dentro de um pote de balas. E todo mundo dizia àquela criança para soltar as balas. Mas ela não soltava. A avó da criança, com muita sabedoria, ofereceu a ela uma barra de chocolate. A criança imediatamente largou as balas e o pote e agarrou o chocolate.
Assim também deve hoje acontecer conosco, meus irmãos: precisamos largar esta vida velha, esta vida de pecado, e agarrar com todo afinco esta vida nova que Deus nos oferece, com a consciência de que “santidade não se improvisa”, como sempre nos ensinou o nosso Pai Fundador, monsenhor Jonas Abib.

Não podemos fazer concessões diante do pecado e ficar pensando: “Mas isso está tão bom... É só um pouquinho. Não tem problema algum”. Aquele que é infiel nas pequenas coisas, será também nas grandes coisas. Mas a partir do momento em que vamos fazendo a escolha pela santidade nas pequenas coisas do dia a dia, com certeza - naquela hora das grandes tentações - conseguiremos resistir.

Não podemos nos esquecer que a porta é estreita, meus irmãos! E o que precisamos deixar para atravessar esta porta estreita? Neste tempo do Advento, encontramos uma maravilhosa oportunidade para refletirmos sobre isso.

Às vezes, acordamos irritados, mal humorados e não queremos conversar com ninguém. Já teve dias em que você acordou desse jeito? Pois é, nesses dias também é preciso fazer uma escolha concreta, ou seja, decidir-se a sorrir para as pessoas, a cumprimentá-las. Enfim, você faz uma escolha concreta que “bate de frente” com aquela atitude errada. E é assim que se entra pela porta estreita. Quando você diz “não” ao pecado, saiba que tantos outros “sim” à vida nova vão surgindo em sua história.

Compreenda que o homem novo que você busca ser, nasce de uma livre escolha que você faz em procurar ajuda, em “correr atrás” de uma vida nova, diferente, cheia da graça de Deus. Este caminho é maravilhoso, porém, exigente!

Cuidemos para não viver toda aquela empolgação nesses dias de “Virada Radical” e depois, ao retornar para nossos lares, continuar vivendo da mesma forma. Não! A escolha pela santidade é diária! Eu não posso retornar àquela vida velha de vícios e pecados.

Precisamos exercitar-nos. Precisamos cultivar em nós uma vida de oração. Se orando já é uma luta tremenda, imagine então sem orar! A gente não consegue resistir. Com certeza, fraquejamos e caímos quando deixamos de lado a oração.

Não há outro jeito de vivermos esta radicalidade, a não ser através da força do Espírito Santo. Com o auxílio do Divino Espírito, questione-se: “Por qual caminho eu tenho andado? Pelo caminho largo ou pelo caminho estreito?” Pela ação do Espírito Santo, Deus quer fortalecer a sua vontade em meio às lutas do dia a dia. O Senhor quer fortalecer o seu interior, o seu coração, e colocar você neste caminho que leva à porta estreita, um verdadeiro caminho de santidade.
Emanuel Stênio 
Missionário da Canção Nova.

É PRECISO EVANGELIZAR OPORTUNA E INOPORTUNAMENTE

O Senhor é irrevogável, Ele não revoga nenhum de seus dons e nenhum de seus chamados. Na Carta aos Romanos, Ele diz que os judeus vão se converter em massa. É isso o que nós estamos aguardando e já temos maravilhosos sinais disso. Os judeus messiânicos – aqueles que acreditam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus – são um povo-semente para que outros judeus acreditem em Cristo como um enviado por Deus. Os Atos dos Apóstolos nos dizem que eles só pregavam aos judeus, mas alguns, que foram para a ilha de Chipre, a Antioquia, pregaram também aos pagãos. Foram corajosos. O bonito é que estes começaram a aceitar, cada vez mais, a Palavra de Deus. 

No entanto, os pagãos não sabiam nada de Bíblia. Falar para eles que Jesus era o Messias, não significava nada. Então, os cristãos, cheios do Espírito Santo, usavam todos os dons d'Ele para os converter. É por isso que eram chamados de carismáticos. E ao mostrarem a eles, pela Palavra de Deus, que Cristo era o Messias esperado, eles se arrependiam, eram tocados, abriam o coração e se convertiam. Nós temos de fazer o mesmo – oportuna e inoportunamente – para que o mundo creia e seja salvo! 
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova