terça-feira, 3 de maio de 2011

SÃO FILIPE SÃO TIAGO

Ambos nasceram na Galileia e foram discípulos e apóstolos de Jesus Cristo, e por Ele deram a vida.
Filipe nasceu em Betsaida, e o Evangelho de São João é que nos apresenta dados a respeito de seu santo testemunho. Jesus passou, chamou-o e ele disse 'sim' com a vida.
Ele foi 'canal' para que São Bartolomeu também se tornasse discípulo de Cristo. Durante o acontecimento da multiplicação dos pães, Filipe também participou deste milagre (foi para Filipe que Jesus perguntou como se faria para alimentar aquela multidão).
Na Santa Ceia, o apóstolo Filipe é quem pede a Jesus: 'Mostra-nos o Pai e isso nos basta' (Jo 14,8).
Filipe estava em Pentecostes com a Virgem Maria e os outros apóstolos.
São Clemente de Alexandria nos diz que ele foi crucificado. Que honra para os apóstolos morrerem como o seu Senhor!
São Tiago também foi martirizado, por volta do ano 62. Ele que nasceu em Caná, filho de Alfeu, familiar de Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi um dos doze apóstolos.
Nos Atos dos Apóstolos encontramos ele como o primeiro bispo de Jerusalém.
Tiago recebeu mais de uma visita de São Paulo e foi reconhecido como uma das colunas principais da Igreja, ao lado de São Pedro e São João.
Uma das cartas do Novo Testamento é atribuída a ele. E, nela, o apóstolo nos ensina que a fé sem obras é morta e que é preciso deixarmos que o Espírito Santo governe a nossa língua.
O martírio não está centrado no sofrimento, mas no amor a Jesus Cristo que supera essa vida.
São Filipe e São Tiago, rogai por nós!

NÓS BRAÇOS DA MISERICÓRDIA

Quando podemos abandonar nossa impotência
A misericórdia é uma realidade de que todos necessitamos, a qual somos convidados a exercer cotidianamente. Em virtude da fragilidade que nos configura – por ora desfigurando… – como parte do que somos, a misericórdia precisará ser sempre nossa companheira de viagem.
Ninguém é perfeito e ninguém consegue ser bom em tudo. Muitas vezes, não seremos coerentes com o que somos e cremos, e acabaremos errando com os outros e com nós mesmos.
Isto é fato: a contradição sempre nos perseguirá em nosso caminho de vida. Por isso, seremos melhores e mais completos não quando não errarmos mais – vivendo como anjos –, mas quando apreendermos a acrescentar, no dia a dia de nosso vocabulário, as palavras "perdão" e "misericórdia".
Sempre acabaremos errando em alguma coisa, e para vivermos com qualidade, precisaremos cotidianamente pedir perdão: a Deus, aos outros e a nós mesmos. Sem a humildade, que nos faz conhecer a nossa não onipotência diante do mundo, nunca cresceremos realmente, pois nos tornaremos escravos do orgulho, que nos faz acreditar que o problema está sempre fora de nós (no outro).
Constantemente teremos que ceder e perdoar: em casa, no trabalho, no passeio, em meios aos desafios da família e do matrimônio. Inúmeras vezes também precisaremos pedir perdão, reconhecendo que não fomos capazes de acertar e que precisamos de uma nova chance.
E diga-se de passagem, essa última é uma forma muito eficaz para compreendermos a misericórdia, pois quando podemos abandonar nossa impotência em seus braços, recebendo dela uma nova chance para acontecer, entendemos, de fato, o que significa a sua essência.
Quem precisou ser perdoado, fazendo a experiência da própria indigência e fraqueza, terá muito mais facilidade para compreender e perdoar alguém. Nesse aspecto a experiência de nossos pecados muito nos ajuda a entender que não devemos ser os juízes das fraquezas alheias, mas sim constantemente acreditar nos outros oferecendo-lhes uma perene chance para o recomeço.
Não são os "perfeitos" que se tornam grandes na vida – a grandeza destes é apenas aparente –, mas os que aprendem a recomeçar todos os dias, exercendo a misericórdia consigo e com os outros.
Quem não aceita a própria finitude e imperfeição nunca se permitirá aprender com a parcela de ensinamento que só o erro pode acrescentar e acabará por determinar a si insuportáveis punições, como uma infeliz paga para a fraqueza que se manifestou destruindo a irreal “imagem” que nutria sobre si mesmo.
Precisamos de misericórdia – de uma nova chance e crédito – e precisamos exercê-la constantemente, isso tornará nossa existência menos pesada e nos fará entender a vida com a beleza de quem tem sempre algo a aprender. Abandonemo-nos em seus ternos braços!
Diácono Adriano Zandoná

COM FÉ PODEMOS CONTINUAR

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Com fé nós podemos continuar a caminhar um dia após o outro, confiando na misericórdia de Deus, que nos sustenta e sabe das nossas necessidades mais profundas. João Paulo II, o mais novo beato da Igreja católica, ao ser eleito Papa, dirigiu-se ao povo dizendo: “Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!”.
Vamos então hoje escancarar as portas da nossa vida, da nossa família, de tudo o que temos e somos para que Cristo entre e transforme todas as realidades.
Com Jesus, tudo se faz novo; em Jesus o que é velho não encontra mais espaço, porque para entrar no Seu Reino “é necessário nascer de novo”.
“Vós deveis nascer do alto” (Jo 3,7).
Senhor, dá-nos a graça de sermos homens e mulheres conduzidos e renovados pelo Espírito Santo a cada dia.
Jesus, eu confio em Vós!