quarta-feira, 25 de abril de 2012

JESUS VOLTARÁ !



O Evangelho de São Mateus traz três grandes parábolas que mostram como devemos nos preparar para a vinda do Senhor. A primeira é a das dez virgens (cf. Mt 25,1-13), segundo a qual devemos nos preparar para a vinda do Senhor enchendo-nos do Espírito Santo e tendo-O em plenitude. A segunda parábola é a dos talentos. E a terceira é a do julgamento final, em que toda a humanidade, de todos os tempos, será julgada pelo amor.

O Filho de Deus obedeceu e foi até a morte na cruz para nossa salvação. O Pai, então, O arrebata, retira-O à força! "Esse Jesus que, do meio de vós, foi elevado ao céu, virá assim, do mesmo modo como o vistes partir para o céu" (At 1,11).

Na parábola dos talentos, Jesus está falando a esse respeito: "Disse: ‘Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. Chamou então dez dos seus servos, entregou a cada um uma bolsa de dinheiro e disse: ‘Negociai com isto até que eu volte’” (Lc 19,12-13).

O Senhor deu a nós os Seus bens, o Seu Reino, o Seu Espírito e os dons do Seu Espírito, e está dizendo: “Negociai com esses bens que lhes dou. Negociai até a minha volta. Eu vou voltar!”

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

UMA SUPERSTIÇÃO MODERNA

A mídia nem sempre diz a verdade

Já é um lugar comum dizer que o homem moderno tem a mais entranhada desconfiança com relação às verdades escritas no Evangelho e aceita, com a mais passiva credulidade, o que vem publicado no jornal. Entretanto, ainda que tenha virado lugar comum tal julgamento, não deixa de ser salutar uma tentativa de aprofundá-lo, pois, muitas vezes, a verdade contida nos lugares comuns nos passa despercebida.
Se hoje tudo o que vem da Igreja é encarado, por pessoas supostamente cultas, com uma injustificada e preconceituosa suspeita, para o comum dos humanos as matérias dos jornais parecem caídas do céu. E com a maior "beatice" há quem tome pelos fatos mesmos aquilo que não passa de uma versão jornalística, construída sabe-se lá de que maneira e para atender a sabe-se lá quais interesses. Ainda que, no geral e na teoria, haja quem reclame da mídia, no particular e na prática é raríssimo encontrar quem veja as matérias jornalísticas com o indispensável olhar crítico. A "fetichização" do jornal é o resultado correspondente da alienação do leitor.
Esquece-se, ou melhor, oculta-se que o jornal é feito por homens, com seus defeitos, vícios e interesses; que o jornal é o produto de uma indústria que precisa dar lucro e está sujeita às mesmas contingências que outra empresa qualquer. Aliás, pouco se comenta sobre as dificuldades econômicas das empresas jornalísticas e como isso torna vulnerável a sua imparcialidade e capacidade de informação, sujeitando-as a pressões políticas e financeiras, dentro e fora do país.
É interessante notar que as matérias jornalísticas, salvo no que toca aos editoriais e artigos de opinião, são apresentadas num tom de absoluta neutralidade e impessoalidade, como se fossem os fatos a falar por si. Porém, tal linguagem, aparentemente neutra e impessoal, mascara sutil e insidiosamente a manipulação dos fatos na construção da versão. A ostensiva neutralidade da linguagem jornalística oculta que os fatos que viram notícia estão sujeitos a uma seleção prévia dos aspectos que devem ser publicados, a qual pode deformá-los seriamente. Além disso, a apresentação dos aspectos previamente selecionados dos fatos também pode carregar, embutida, uma interpretação feita a partir de pontos de vista que podem não ser os nossos e que servem a determinados interesses.
Caso exemplar é o da cobertura jornalística que a imprensa concede, no Brasil, à questão do aborto e de outras ligadas à defesa da vida humana, como a do emprego de células-tronco embrionárias. Apesar de ser a legalização do aborto repudiada por mais de dois terços da população brasileira, o viés abortista das matérias publicadas pela mídia secular é facilmente constatável por qualquer um que leia os jornais fazendo uso de suas prerrogativas de animal racional.
A posição pró-cultura da vida é relegada a poucos artigos de opinião, menos para causar verdadeiro impacto e mais para legitimar a aparente “imparcialidade” do órgão de imprensa, que supostamente permitiria a expressão do “outro lado” – enquanto o aborto é veiculado subliminarmente e sem contestação nas matérias aparentemente neutras do noticiário. Manifestações pró-cultura da vida, por exemplo, muitas vezes não são nem sequer noticiadas e, quando o são, procura-se minimizar a sua repercussão.
A questão mais específica do aborto em caso de anencefalia foi uma vergonha: aproveitando-se da natural dificuldade de uma questão que envolve complicados conhecimentos científicos, a mídia manipulou a massa a ponto de fazer crer que os bebês anencéfalos estariam em “morte cerebral” – quando, na verdade, apesar de privados de parte do cérebro, eles possuem tronco encefálico funcionando.
Tudo isso avulta a grande importância e responsabilidade dos órgãos de comunicação social católicos, como a Canção Nova. Neste sentido, não podemos deixar de citar um trecho da emblemática e pioneira Pastoral Coletiva dos Bispos do Brasil, de 19 de março de 1890: «Há, porém, uma forma de que quiséramos ver-vos revestir hoje mais particularmente o vosso amor para com a Igreja: quiséramos ver-vos todos empenhados na difusão da imprensa católica como um meio de atalhar quanto possível os estragos da imprensa ímpia».

POR QUE AS ÁRVORES AGUENTAM AS VENTANIAS ?



Jesus nos arrancou do poder das trevas. Se você já passou por uma primeira conversão, não volte atrás. Não faça como o cão que "volta para seu vômito" (cf. II Pd 2,22). Cristo nos arrancou do poder das trevas e nos transferiu para o Reino do Seu Filho amado!

O inimigo de Deus está sempre à espreita, aguardando a oportunidade em que poderá ocupar espaço em seu coração. Você não pode ceder, não pode permitir sequer uma brechinha.

Se o Senhor veio e limpou nossa casa, o maligno está ali, astuto, com sete piores, maquinando como encontrar uma brecha para entrar. Se não é possível entrar pela sensualidade, tenta pelo orgulho. Se não consegue pelo orgulho, tenta pela ambição. Se não pela ambição, pelo ressentimento. Ele está sempre em busca de uma brecha!

Estamos sendo radicais? Sim, estamos, mas é preciso sê-lo. Por que as árvores aguentam as ventanias? Porque têm raízes: são radicais. Não confunda radical com radicalismo. Não somos radicalistas! Somos radicais! Temos de ter raízes e nossas raízes estão no Senhor.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova