sábado, 21 de abril de 2012

A FORÇA DO AMOR

Maria Madalena nos ensina a sermos movidos pelo amor

Era bem de madrugada, ainda escuro, o silêncio e o frio daquele amanhecer denunciavam que algo diferente estava para acontecer. Madalena, no entanto, continuava a caminho, rompendo a escuridão da madrugada com passos apressados; ela tinha um destino certo. Seu coração, tomado pelo amor, não se deixava abalar nem mesmo pelos comentários das companheiras; para ela, eram ecos de preocupações momentâneas que não vinham ao caso: – "Quem vai tirar a pedra do túmulo?" Dizia uma. – "E os soldados romanos, o que vamos dizer para eles?" Comentava outra.
Madalena, no entanto, seguia em frente, era movida pelo amor, quem a poderia deter? Seu destino era o túmulo do amado Mestre. Queria prestar-Lhe a última homenagem, estar perto d'Ele e amá-Lo do seu jeito, como sempre inovador. Sim, ela sabia mais do que ninguém que Ele estava morto. Acompanhou Seus últimos passos neste mundo, esteve aos pés da cruz quando ele foi crucificado, viu onde colocaram Seu Corpo sem vida. Para ela não havia dúvidas, o Mestre estava morto e sepultado!

Mas é a força do amor que faz Madalena sair de madrugada, enfrentando o clima de perigo e perseguição daqueles dias, quando até os discípulos mais próximos de Jesus estavam escondidos e temerosos. Será que essa mulher de fé também não sentia medo, visto que seu Senhor já não poderia defendê-la das pedradas e julgamentos como fizera outrora? Provavelmente sim, mas o amor supera o medo!
Basta lembrarmos quantas vezes na vida já enfrentamos situações de perigo por esse sentimento nobre. Aliás, já foi muitas vezes provado que o “amor é a força mais poderosa que existe." Por isso ele supera também o medo. Diz a Palavra que, quando Maria Madalena viu Jesus Ressuscitado, recebeu d'Ele a missão de comunicar a Boa Notícia aos discípulos e foi correndo ao encontro deles. E sabe o que aconteceu? Os discípulos tiveram dificuldade de acreditar nela. Julgaram ser tudo isso um delírio e não lhe deram atenção como narra o Evangelista João (cf. Jo 24, 11).
Eles tinham lá suas razões. Claro que lendo a narrativa nos dias de hoje, parece-nos um absurdo eles não terem acreditado na mesma hora e terem tomado parte da alegria de Madalena, mas  pensemos no contexto. Eles estavam inseguros, o Mestre em quem confiavam e esperavam que libertasse Israel havia sido crucificado e já fazia três dias. Estavam decepcionados e a decepção endurece o coração e o fecha à graça  das novidades. Não tinham mais referências, e só o que já passou pela dor da perda sabe como é difícil acreditar de novo quando tudo parece perdido.
Nessas horas, as palavras pouco resolvem, é preciso tempo, testemunho, decisão e amor para voltar a crer e contemplar milagres. Testemunho eles tinham, Madalena estava ali de viva voz afirmando: "Eu vi o Senhor!" Não há comentários sobre a insistência dela para que acreditassem no que dizia, mas imagino que não se deteve nisso. Naquela hora, mais importante do que acreditarem em suas palavras, era seu entusiasmo e a alegria em ter reencontrado o Mestre vitorioso, vencedor da morte!  

E os discípulos? Como vemos na Sagrada Escritura, também tiverem seu momento de encontro com o Senhor Ressuscitado e acreditaram decididamente n'Ele, o ponto de a maioria deles ter dado a vida pela causa do Mestre. Mas foi a força revolucionária do amor que levou Maria Madalena, ainda de madrugada, ao sepulcro e a fez primeira testemunha da ressurreição. Porque o amor vence o medo, ultrapassa os preconceitos da razão, vai além das palavras e leva à ação. Maria Madalena e tantos outros seguidores de Jesus fizeram esta experiência e se tornaram sinais da Sua presença neste mundo.
Que hoje a luz de Cristo Ressuscitado ilumine nossos corações e nos faça também testemunhas da Sua Ressurreição a partir da nossa decisão de amar como Cristo nos amou. Esta força, sim, pode revolucionar o mundo!
Dijanira Silva

RECARREGUE A SUA FÉ

Sem fé não conseguimos dar passos para viver

Carro sem bateria não funciona. Homem sem fé não consegue dar passos para viver!
Fé é uma palavra simples e pequenininha capaz de comandar a nossa vida, sem ela comprometemos o nosso dia a dia. Ela dá forças ao ser humano! Em um carro só percebemos que a “bateria está fraca” quando, ao dar partida, ele não funciona. Muitos de nós já vivenciamos isso! Quando isso acontece sempre chamamos alguém para nos ajudar a empurrar fazendo "pegar no tranco", mesmo sabendo que a melhor solução é colocar bateria nova. Vivemos, muitas vezes, “empurrando-nos” , “aos trancos e barrancos”
Acreditar: Cada um de nós tem a fé interior que foi colocada pelo próprio Deus.
Constatar: A bateria está no carro, mas não funciona porque acabou a carga. Da mesma forma, a fé está em nós, mas vários fatores contribuem para não acreditarmos nisso e, então, paramos também de “funcionar!”
Acionar: Ligue-se frequentemente a Deus, falar com Ele é simples! Quando estamos precisando falar com alguém rapidamente acionamos o celular. Assim é com Deus, em qualquer lugar e seja o que for que você estiver vivendo Ele entra de cheio em ação para socorrê-lo. Carregue a sua fé em Jesus! A "bateria é recarregada", é alimentada na Bíblia, na Santa Missa e na Adoração Eucarística, só assim continuaremos prontos para caminhar em meio à escuridão, em meio aos sufocos, em meio às crises.
Que a Eucaristia e a Palavra de Deus o fortaleçam e o encorajem para conduzir os seus passos por muitos e muitos quilômetros na fé. Não se amedronte.
Cleto Coelho 



CATÓLICOS E A IGREJA

Não se pode ser mais ou menos católico

Não se pode ser “mais ou menos católico”, isto é, aceitar uma ou outra verdade religiosa ensinada pela Igreja, deixando algumas de lado. Isso é orgulho espiritual de alguém que pensa saber mais do que a Igreja, assistida e guiada pelo Espírito Santo desde Pentecostes (cf. João 14,15.25; 16,12-13; Lucas 10,16).
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina que o que nos salva é a verdade:
“Com efeito, Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (I Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. A salvação está  na verdade” (CIC § 851).
E São Paulo afirma que “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (I Tm3,15).
“A missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e dos afrouxamentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está, assim, ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício deste carisma pode assumir várias modalidades” (CIC § 890).
O grande Papa São Gregório VII (1073-1085), que quebrou a fúria de Henrique IV e a triste “investidura leiga” dos séculos X e XI, declarou no seu documento Dictatus Papae: “A Igreja romana nunca errou, e segundo o testemunho das Escrituras nunca cairá no erro.” (n,22) “Ninguém deve ser considerado católico se não estiver de pleno acordo com a Igreja Católica.” (n.26). (Registrum Gregorii VII,MGH, Ep. Sel. II, n. 55ª - História da Igreja, Roland Frohlich).
O grande padre Leonel França, o maior jesuíta que Brasil conheceu, (1893-1948), fundador e reitor da primeira Universidade Católica do Brasil: PUC- RJ, disse: “[...] Quem não tem um conceito exato, uma percepção viva da infinita, absoluta e inefável majestade de Deus, na inviolabilidade soberana dos seus direitos, não pode entender a intransigência dogmática da Igreja Católica. A Igreja não é autora de um sistema humano, filosófico ou religioso, é depositária autêntica de uma revelação divina".
Cristo ensinou-nos uma doutrina celeste: "A doutrina que eu vos ensinei é d’Aquele que me enviou" (São João, 7,16; 12,49). Aos seus discípulos ordenou que a transmitissem a todo o gênero humano na sua integridade incorruptível. "Ensinai-lhes a observar tudo o que vos mandei' (Mt 26,20). E para que a falibilidade humana não alterasse o depósito divino, prometeu-lhes a eficácia preservadora de sua assistência. "Estarei convosco até o fim dos séculos"
A Igreja Católica tem, pois, promessa divina de imortalidade e infalibilidade. Não foi, não será nunca infiel à sublimidade da sua missão. Quando a sinagoga, alarmada com os prodígios que sancionavam o Cristianismo nascente, prendeu os apóstolos e lhes impôs um silêncio criminoso, Pedro respondeu aos sinedritas um sublime: “non possumus” (não podemos).
No volver dos séculos nunca desmentiu a Igreja as promessas deste seu batismo de sinceridade. Todas as vezes em que o erro, armado como a força, mascarado como o sofisma ou “sub dolo” como a política, bateu às portas do Vaticano, pedindo ou impondo-lhe uma concessão, uma aliança, um compromisso, saiu-lhe ao encontro um ancião inerme e venerável na candura simbólica de suas vestes, e, com voz firme e olhar fito no céu, respondeu-lhe: “Non possumus...”.
E a Igreja continuará assim a sua missão de Mãe e Mestra da fé,até que o Cristo volte. São Paulo disse que sempre haveria hereges e heresias, que surgem de dentro da Igreja. Mas o Apóstolo disse que isso era bom para que saibamos onde está o erro e a verdade.
O bom católico não discute o que a Igreja ensina, ele ama e vive com ação de graças o que ela lhe diz. É grato a Deus por lhe mostrar pela Igreja o caminho reto que leva à felicidade neste mundo e ao céu na eternidade. Quando eu era menino ensinaram-me uma oração que nunca esqueci e que fiz dela minha norma de vida. É o ATO DE FÉ:
“Eu creio firmemente que há um só Deus, em três Pessoas realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Creio que o Filho de Deus se fez homem, padeceu e morreu na cruz para nos salvar e ao terceiro dia ressuscitou. Creio em tudo o mais que crê e ensina a Santa Igreja Católica, porque Deus, Verdade infalível, o revelou. Nesta crença quero viver e morrer”. 
Felipe Aquino

DE GRAÇAS A DEUS EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS



Devemos agir de acordo com a Palavra de Deus. Se morreu alguém muito querido, demos graças! Se o coração está apertado, damos graças! Se julgamos que Deus seja o culpado dessa situação – a tentação soprou no ouvido e caímos na cilada de culpá-Lo – damos graças!

Nos momentos de decepção, vivendo circunstâncias semelhantes às de Paulo e Silas na prisão, lanhados de feridas, com os pés amarrados, levante os braços e louve! Dê graças em todas as circunstâncias, porque essa é a vontade de Deus. E todas essas situações mudarão a partir do seu coração decepcionado. Sim, o seu coração decepcionado será o primeiro a receber a graça da libertação.

É o louvor que transforma tudo e quanto mais enchermos o Céu de louvor, tanto mais as soluções virão. Não tenha medo! Quanto mais enchermos de louvor o Trono de Deus, mais as soluções virão.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova