quinta-feira, 25 de abril de 2013


SEJAMOS INSISTENTES


Quando nós queremos uma coisa, precisamos ser insistentes, porque quando uma porta está fechada, uma janela se abre. Não podemos desistir dos nossos propósitos por causa de um fracasso aparente na primeira, na segunda, na terceira, na quarta ou na quinta tentativa; ao contrário, precisamos nos esforçar para chegarmos onde precisamos chegar.
Sempre é tempo de recomeçar, de retomar, de seguir em frente sem jamais desanimar, principalmente quando se trata de coisas essenciais.
O Senhor nos ensina que devemos orar sem cessar, porque “o homem que reza é poderoso, tem poder sobre o coração de Deus, pode fazê-Lo mudar os Seus planos”!
Não podemos nem imaginar o poder da menor de nossas preces quando estas são feitas com sinceridade e confiança em nosso bom Deus! Unidos ao Senhor, em oração, tudo muda, porque tudo pode ser mudado pela oração.
Vamos, hoje, começar tudo de novo, na força do Espírito Santo? Ao longo deste dia, rezemos insistentemente: ‘Vinde, Espírito Santo!’.
Jesus, eu confio em Vós
Luzia Santiago

TUDO É POSSÍVEL AO QUE CRÊ

A fé é a cura. Vá em paz, a tua fé te curou.”

Normalmente, o necessário é a fé em Jesus. Ele está conosco e nos dá garantia. Mantenha uma coisa em mente: qualquer coisa pode nos levar à cura, pois Ele vê a fé de todos, cura por meio da fé da Igreja como um todo. É bom manter em mente que a fé é nossa maior cura.

Fé é fundamento daquilo que não se vê. Uma pessoa completa é aquela que reconhece Deus em sua vida, ela crê que Ele faz tudo certo. É necessário acreditar se você quiser saber quanto a sua fé é grande.

Nessa vida, somos viajantes e Deus não nos abandona. Só podemos caminhar se estivermos alimentados, mas se estamos fracos, é porque estamos com fome da Palavra de Deus. “Sem fé é impossível agradar a Deus”.

Às vezes, o pecado ofusca a nossa fé. Na palavra de Deus, Noé construiu a Arca, pois acreditou em Deus. Todos achavam que Noé era louco, mas ele ouviu todas as instruções do Senhor. Se estamos, aqui hoje, é porque alguém acreditou. Infeliz o homem que coloca a sua confiança nas coisas de outro homem
O Senhor não quer que sejamos apegados, de forma que lutamos para ter aquilo que o outro tem. Existe um Deus que está acima de tudo isso.

Todas as vezes, o Senhor enviava os discípulos para salvar os doentes, mas, hoje, existe a medicina, porém quem os criou foi Deus. Tudo depende d'Ele.

Tudo é possível para quem crê no Senhor. Só Ele pode curar uma paralisia. Ele é o Médico dos médicos.

Você pensa que Deus está brincando conosco? Não temas, pois Deus é Deus. Médico nenhum descobriu a cura do câncer, somente Ele pode curá-lo.

Então, como vai a sua fé em Deus? Você só acredita naquilo que vê? Fé é aquilo que não se vê. A fé é um dom, ela nos dá suporte para a caminhada.

“Eu sou o Pão da vida. Quem crê em mim não passará fome”. Senhor, eu creio que só a Sua fé pode nos salvar.
Irmã Maria Eunice 

ORAÇÃO NA HORA DO SOFRIMENTO


Ó Pai, vede os sofrimentos de Vossos filhos, vede o momento difícil pelo qual passamos. Pai, é chegada a hora, glorificai Vossos filhos, sustentando nossa fraqueza, para que também Vos glorifiquemos manifestando Vosso poder. Pai, se for possível, afastai de nós este cálice. Mas nosso entendimento não penetra Vosso plano de amor e se não for conforme a Vossa vontade, se temos de beber este cálice de amargura, ajudai-nos com a força de Vossa graça, para que possamos repetir, não só com os lábios, mas também com o coração a oração de Jesus Cristo no Horto das Oliveiras: “Faça-se como Vós quereis, não como nós queremos”.
Muitas vezes somos perseguidos, humilhados, injustiçados. Dai-nos perceber que o discípulo não é maior que o mestre e que Cristo vive em nós e os mistérios de Sua paixão redentora. Ajudai-nos a superar todo o ressentimento e a rezar como Vosso Filho na Cruz: “Pai, perdoai-lhes”.
Sabemos que Vosso plano de amor, muitas vezes nos coloca na cruz. Que ele se realize em nós, para que possamos repetir confiantes a última oração de Vosso Filho: “Em Vossas mãos, ó Pai, entrego Meu Espírito” e, assim esperarmos, tranquilos, que Vosso poder se manifeste na glória de nossa ressurreição.
Amém.
Felipe Aquino

MILAGRE EUCARÍSTICO!!!

MILAGRE EUCARÍSTICO!!!
IMPRESSIONANTE!!!!!!!!
"(...) Os Estudos mostraram que a matéria colhida da Hóstia era uma parte do ventrículo esquerdo, músculo do coração de uma pessoa com cerca de 30 anos, sangue tipo AB de uma pessoa que tivesse sofrido muito com a morte, tendo sido golpeado e espancado. Os cientistas que realizaram o exame e os estudos não sabiam que era material proveniente de uma Hóstia Consagrada, isso só lhes foi revelado após a análise, e foram surpreendidos porque haviam encontrado glóbulos vermelhos, glóbulos brancos pulsando durante a análise, como se o material tivesse sido colhido direto de um coração ainda vivo. (...)"

"(...) Os Estudos mostraram que a matéria colhida da Hóstia era uma parte do ventrículo esquerdo, músculo do coração de uma pessoa com cerca de 30 anos, sangue tipo AB de uma pessoa que tivesse sofrido muito com a morte, tendo sido golpeado e espancado. Os cientistas que realizaram o exame e os estudos não sabiam que era material proveniente de uma Hóstia Consagrada, isso só lhes foi revelado após a análise, e foram surpreendidos porque haviam encontrado glóbulos vermelhos, glóbulos brancos pulsando durante a análise, como se o material tivesse sido colhido direto de um coração ainda vivo. (...)"


Nossa vida é cheia de lutas. O bem e o mal certamente nos cercam, mas temos a segurança na palavra que nos diz, no Salmo 22, 4 : “Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.”
Devemos render graças a Deus, por termos a sua presença constantemente em nossas vidas, nos consolando, e nos tirando do caminho das trevas e da sombra da morte.
A palavra de Deus nos garante vitória sobre o mal, afirma ainda que teremos paz em Deus independentemente do que estamos passando ou do que ainda virá. E mesmo que tenhamos que passar pelo vale escuro, que podemos interpretar neste momento como tudo aquilo que nos leva ao pecado ou as nossas lutas diárias, problemas financeiros, familiares ou enfermidades, sabemos que Deus está conosco.
Veja, “Tu estás comigo”, Deus está sempre conosco e nós devemos estar com Deus para termos sua proteção. É preciso que encaremos as realidades da vida, a vida não é fácil para ninguém, a angustia, a tristeza, o medo, os perigos, estão em todo lugar, percorrendo todos os caminhos, famílias e corações. 
Aceitar as dificuldades é um passo importante para poder afirmar que, por mais difícil que seja o caminho a ser percorrido, temos a companhia de Deus e é Ele quem nos conduz, com o seu báculo, ao caminho do fortalecimento, da esperança, da realização. 
É preciso que afirmemos sempre, eu estou contigo Senhor e Tu estás comigo! Saiba meu querido e minha querida viver na presença de Deus, desta maneira nada vos faltará!

Senhor Deus de bondade, 
muito obrigado pela tua graça. 
Não pagamos nada por ela, 
é tudo dom gratuito de tua bondade. 
Perdoa nossa ingratidão e 
faz-nos sempre carentes de tua ajuda. 
Amém!

Leia também o Evangelho de hoje: www.encontrocomcristo.org.br
Nossa vida é cheia de lutas. O bem e o mal certamente nos cercam, mas temos a segurança na palavra que nos diz, no Salmo 22, 4 : “Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.”Devemos render graças a Deus, por termos a sua presença constantemente em nossas vidas, nos consolando, e nos tirando do caminho das trevas e da sombra da morte.A palavra de Deus nos garante vitória sobre o mal, afirma ainda que teremos paz em Deus independentemente do que estamos passando ou do que ainda virá. E mesmo que tenhamos que passar pelo vale escuro, que podemos interpretar neste momento como tudo aquilo que nos leva ao pecado ou as nossas lutas diárias, problemas financeiros, familiares ou enfermidades, sabemos que Deus está conosco.Veja, “Tu estás comigo”, Deus está sempre conosco e nós devemos estar com Deus para termos sua proteção. É preciso que encaremos as realidades da vida, a vida não é fácil para ninguém, a angustia, a tristeza, o medo, os perigos, estão em todo lugar, percorrendo todos os caminhos, famílias e corações.Aceitar as dificuldades é um passo importante para poder afirmar que, por mais difícil que seja o caminho a ser percorrido, temos a companhia de Deus e é Ele quem nos conduz, com o seu báculo, ao caminho do fortalecimento, da esperança, da realização.É preciso que afirmemos sempre, eu estou contigo Senhor e Tu estás comigo! Saiba meu querido e minha querida viver na presença de Deus, desta maneira nada vos faltará!
Senhor Deus de bondade,
muito obrigado pela tua graça.
Não pagamos nada por ela,
é tudo dom gratuito de tua bondade.
Perdoa nossa ingratidão e
faz-nos sempre carentes de tua ajuda
Padre Alberto Gambarini

OBEDECER A DEUS ANTES QUE OS HOMENS

A relação da Igreja com o mundo representa-se pelo diálogo
A "barca de Pedro", confiada a ele por amor do próprio Cristo, navega pelos mares da história, mesmo quando estes se mostram agitados (Cf. At 5,27-41; Jo 21,1-19). Os dias que vivemos revelam a grandeza atraente e contraditória do pluralismo de ideias e comportamentos, deixando, muitas vezes, confusas nossas mentes. Se de um lado bandeiras descritas como expressões de um estado laico ou da liberdade das pessoas são içadas com força cada dia maior, observamos, com honestidade, que este mesmo estado pode até criminalizar aqueles que desejam assumir comportamentos coerentes com a fé professada, relegando ao nível privado suas convicções, proibindo-lhes fermentar com o bem o ambiente social e cultural. As constituições dos diversos países asseguram direitos iguais, mas parece que alguns grupos da sociedade se consideram "mais iguais", negando justamente a quem tem raízes cristãs a possibilidade de viver coerentemente, considerando seu comportamento conservadorismo e bloqueio ao que chamam progresso da civilização.

Os cristãos entraram em contato com as diversas culturas, corajosos por serem positivamente diferentes e para melhor! As primeiras perseguições, cujos sinais se encontram nos Atos dos Apóstolos, a chamada "diáspora" - dispersão - fez com que o sangue dos mártires se tornasse semente de cristãos. Passaram as culturas que pretendiam eliminar os que professavam a fé cristã e esta permaneceu. Sucederam-se gerações de cristãos, todos convocados dentre os pecadores e não do meio dos justos, mas suas falhas e pecados não conseguiram acabar com a Igreja de Jesus Cristo.
O século passado, tempo que ainda é nosso, foi dos mais ferozes na perseguição à fé, como constatava o Beato João Paulo II no grande jubileu do ano dois mil. Naquela ocasião, convidou todos os cristãos a tomarem consciência da grandeza do testemunho de homens e mulheres que derramaram o sangue pela fé. E Papa Francisco, numa homilia do dia seis de abril, sobre a coragem para testemunhar a fé, que não se negocia e não se "vende a quem oferece mais", assim se expressou: "Para encontrar os mártires não é necessário visitar as Catacumbas ou o Coliseu; os mártires estão vivos, agora, em muitos países. Os cristãos são perseguidos por causa da fé. Em alguns países não podem usar a cruz, pois são punidos se o fazem. Hoje, no século XXI, a nossa Igreja é uma Igreja de mártires".

Ficaremos então imóveis, certos e orgulhosos de que os outros galhos da árvore cairão e nós seremos os vitoriosos? Sabemos que esta não é a atitude correta, pois queremos proclamar com a palavra e a vida que Deus ama a todos os seres humanos de nosso tempo maravilhoso e contraditório, destinatário dos bens da salvação.

Retomei com alegria a Encíclica "Ecclesiam suam", de Paulo VI, encontrando propostas muito atuais e inspiradoras que iluminam nosso argumento. Esta é a hora da Igreja aprofundar a consciência de si mesma, embora saibamos que nunca seu rosto mostrará toda a sua perfeição, beleza e santidade. Ela tem necessidade de se renovar e emendar os defeitos. Urge uma profissão de fé vigorosa, convicta e sempre humilde, semelhante à do cego de nascença: "Creio, Senhor" (Jo 9,38). Ser cristão é viver a consciência de uma "iluminação" que alumia a vida terrena e torna capaz de dirigir-se, como filho da luz, à visão de Deus.

A Igreja não pode ficar imóvel e indiferente, pois não está separada do mundo. Seus membros estão sujeitos à influência do mundo, de que respiram a cultura, leis e costumes. Se, por um lado, a vida cristã, como a Igreja a defende e promove, deve preservar-se de tudo quanto pode enganá-la, profaná-la e sufocá-la, vencendo o contágio do erro e do mal, por outro, a vida cristã deve não só adaptar-se às formas do pensamento e da moral, que o ambiente terreno lhe oferece e impõe, quando forem compatíveis com as exigências essenciais do seu programa religioso e moral, mas deve procurar aproximá-las de si, purificá-las, vivificá-las e santificá-las, o que lhe impõe revisão constante de vida, para dispor o espírito dos cristãos para obedecer a Cristo. Aqui está o segredo da sua renovação, sua conversão e seu exercício de perfeição, o "caminho estreito" (cf. Mt 7,13).

Há outra atitude, que a Igreja deve tomar: o seu contato com a humanidade. O cristão está no mundo sem ser do mundo (Jo 17,15-16), porém, distinção não é separação, indiferença, temor ou desprezo. O tesouro de salvação (Cf. 1 Tm 6,20) é fonte de interesse e de amor por todos. A guarda e a defesa do patrimônio da fé não são os únicos deveres da Igreja, mas também a difusão, a oferta, o anúncio: "Ide, pois, ensinar todos os povos" (Mt 28,19). Este impulso da caridade se chama diálogo, com que a Igreja se faz palavra, mensagem e colóquio.

O diálogo está no plano de Deus. Religião é enlace entre Deus e o homem, e a oração o exprime em diálogo. Deus tomou a iniciativa do diálogo! A relação da Igreja com o mundo, sem excluir outras formas legítimas, representa-se pelo diálogo. O próprio Paulo VI propôs um roteiro para entabular o contato com o mundo. Quem quer dialogar tem propósito de urbanidade, de estima, de simpatia e bondade, exclui a condenação prévia e a polêmica ofensiva. Quem dialoga sabe que não pode separar a própria salvação do interesse pela salvação alheia e anseia por difundir a mensagem que oferece.

O colóquio é arte de comunicação. Para vivê-lo, o diálogo supõe e exige clareza. Pede também mansidão, aprendida na escola de Cristo (Mt 11,29). O diálogo não é orgulhoso nem ofensivo. A autoridade lhe vem da verdade que expõe, da caridade que difunde, do exemplo que propõe; não é comando, não é imposição. O diálogo é pacífico, evita os modos violentos, é paciente e generoso. Para ser levado adiante supõe confiança. Produz confidência e amizade, enlaça os espíritos numa adesão ao bem, que exclui qualquer interesse egoísta. Enfim, ele é entabulado na prudência pedagógica, que atende às condições de quem ouve (Cf. Mt 7,6), exigindo tomar pulso da sensibilidade alheia e modificarmos nossas pessoas e modos, para não sermos desagradáveis nem incompreensíveis.

É na escola do diálogo que se realizará a união da verdade e da caridade, da inteligência e do amor. Esta é uma estrada de obediência ao mandato do Senhor! A cada cristão caberá a tarefa de concretizá-la diante dos desafios atuais.
Dom Alberto Taveira Corrêa

A IGREJA DE FRANCISCO


A Igreja Católica quer ser mãe amorosa de todos
Como costumo fazer quando estou em casa, na manhã do dia 18 de março folheei os jornais de Dourados, a cidade onde resido. Num deles, encontrei dois artigos sobre o Papa Francisco, assinados por pessoas que considero amigas de longa data. Referindo-se aos primeiros dias do pontífice, um articulista dizia: «Sem dúvida, ele deverá cativar as pessoas com muita facilidade, o que vai ser muito bom para a Igreja, que precisa amenizar a carranca e guardar a solenidade para dentro dos templos!».
Preciso reconhecer que, mais do que a simpatia transmitida pelo novo Papa, o que ficou gravado no meu coração foi a “carranca” da Igreja. Certamente, como tantos outros cristãos, o autor ficou tocado pela graça de Deus que irrompe nos ambientes onde Francisco aparece. No domingo em que ele escreveu o artigo, o Papa, no final da missa que rezou na igreja de Santana, colocou-se à porta e se entreteve com os fiéis que haviam participado da celebração. Foi uma festa. As pessoas repetiam comovidas: «O Papa me abraçou! Ele sorriu para mim!»
Confesso que, se a “carranca” da Igreja corresponde à realidade, devo reconhecer que estávamos realmente precisando de um Papa que nos lembrasse uma das principais razões que levou João XXIII a pensar no Concílio Vaticano II, como ele mesmo explicou no dia de sua inauguração, 11 de outubro de 1962: «A Igreja Católica quer ser mãe amorosa de todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos que dela se separaram».

Quando eu era criança – antes do Concílio – a “linha dura” prevalecia em toda a parte, inclusive nos seminários onde se preparavam os sacerdotes. A metodologia empregada para “educar” e “convencer” não dispensava a palmatória. Formados sob uma disciplina férrea, havia padres que acabavam por adotar o mesmo estilo no trato com o povo que lhes cabia dirigir. Enérgicos e autoritários, mais do que amados, eram temidos e mantidos à distância. Contudo, pela solidez de seus princípios morais e espirituais, a maior parte deles muito contribuiu para o desenvolvimento das comunidades. Mas, não se pode negar, também contribuiu para a “carranca” da Igreja...

O Concílio terminou no dia 8 de dezembro de 1965, quando se iniciava uma profunda revolução cultural na história da humanidade, uma autêntica mudança de época. Em toda a parte, explodiram revoltas populares exigindo democracia, igualdade e justiça. Na Europa, a juventude deu o grito de largada, que se alastrou por inúmeros países. Na África, o processo de descolonização caminhou a passos de gigante. Na América Latina, nasceram as Comunidades Eclesiais de Base e a Teologia da Libertação. Em contato direto com o sofrimento do povo, espoliado pelo poder econômico, não poucos padres e religiosos optaram por ideologias que lhes pareciam mais eficazes do que a “prudência” da Igreja na solução dos problemas sociais. Infelizmente, o radicalismo iracundo de alguns deles também colaborou para a “carranca” da Igreja.

“Tese, antítese e síntese” parece ser o processo normal do amadurecimento cultural e social da humanidade. É o que percebo também na Igreja. Depois de uma época em que alguns agentes de pastoral privilegiavam a salvação da alma, surgiu um período em que a Igreja parecia transformar-se numa “piedosa ONG” – como disse o Papa Francisco aos cardeais no dia 14 de março, logo após a eleição – destinada a resolver os problemas do povo. Graças a Deus, de uns anos para cá voltamos a descobrir a síntese proposta pelo Evangelho: «Se um irmão não tem o que vestir ou comer, e você lhe diz: “Vá em paz, se aqueça e coma bastante”, sem lhe dar o necessário, que adianta isso? Sem obras, a fé está morta!» (Tg 2,15-17).

O articulista de Dourados pede que reservemos a «solenidade para dentro dos templos». De minha parte, penso que também ali convenha sermos simples e fraternos. Um exemplo concreto: anos atrás, quando uma criança traquinava na igreja, havia padres que bradavam: «Essa criança não tem mãe?». Há poucos dias, durante a missa, um pequerrucho galgou o presbitério, aproximou-se do altar e puxou a túnica do padre. Este o abraçou e lhe perguntou: «O que você quer ser quando grande?». «Padre!», foi a resposta do menino. Se Deus continua falando pela boca das crianças (Mt 21,16), a Igreja do Papa Francisco já começou..
Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados (MS)