segunda-feira, 10 de junho de 2013

ACOLHIMENTO E EVANGELIZAÇÃO

Faltam pouco mais de 40 dias para JMJ!
Um dos sinais muito bonitos que a Jornada Mundial da Juventude traz é o acolhimento. Tenho falado a todos que nós acolheremos irmãos e irmãs nossos para viverem uma vida de família durante uma semana aqui no Rio de Janeiro. Tenho também falado aos que estão chegando que podem vir para viver conosco, pois aqui encontrarão irmãos e irmãs que querem conviver na mesma fé e com uma hospitalidade própria do povo brasileiro.

Ter a honra de hospedar Cristo por meio do irmão que chega é um grande privilégio. Também será uma bela experiência para nós na abertura para o outro. Será um importante sinal para o mundo: em tempos de xenofobia, fechamentos, desconfianças, medo do outro, um belo sinal de acolhimento ajudará esse mundo a pensar diferente. Para isso, estes aspectos precisam ser bem difundidos.
A alegria de acolhermos irmãos e irmãs cristãs de outras denominações, membros de outras religiões e proporcionarmos também um encontro entre as religiões monoteístas – judeus, muçulmanos e cristãos – deve contagiar a todos que desses eventos tomarem conhecimento. Temos a certeza de que esses sinais não ficarão sem resposta. Porém, é claro, sabemos que isso vai depender muito do coração de cada um que toma conhecimento do assunto, e de como abre seu coração. Nesse sentido, pedimos a Deus para que esses sinais sejam aceitos pelos corações das pessoas e esse mundo lucre com o evento da JMJ. Para isso, pedimos orações de todos. 
A hospitalidade é um gesto de caridade cristã (Rm 12, 13; 1 Tm 3, 2; Tt 1, 8; 1 Pd 4, 9; 3 Jo 5-8). O Ministério da Acolhida encontra seu fundamento em Mt 25, 35ss e Rm 12, 13, quando se convida a hospedar nossos irmãos e irmãs em nossas próprias vidas.
São muito ilustrativos certos encontros de comunidades, nos quais os pobres hospedam os participantes vindos de lugares distantes. As pessoas são hospedadas em casas de famílias das comunidades, mas estamos vendo que, por todos os lados dessa grande cidade, as casas foram abertas para acolher o “outro” irmão que vem de longe. As escolas, salões, quadras também serão espaços de acolhida e as paróquias darão o testemunho de ser a família grande que acolhe os irmãos na fé.

São Francisco de Assis recomenda, com muita insistência a hospitalidade, afirmando que ela é uma “graça do Senhor”. Também os que estiverem passando pelas ruas ou utilizando algum meio de transporte público poderão exercer o acolhimento com um belo cumprimento e com orientação para as pessoas que estarão com a camiseta da JMJ e levando suas mochilas às costas. Eles ficarão marcados também pelo gesto carioca-fluminense-brasileiro!

O salmo 23 (22) tem essa característica e exprime a experiência pessoal de segurança e acolhimento na relação com Deus. A imagem do Pastor solícito pelo sustento e pela proteção do rebanho e a do anfitrião generoso no acolhimento do hóspede encontram sua explicação no relacionamento de Deus com os seres humanos, e tem sua realização na liturgia, que celebra a solicitude do Bom Pastor para com os fiéis e a participação do Banquete Sagrado.

Não há como querer ser cristão de braços cruzados e inativos. Há necessidade de se agir de forma a não desprezar ninguém. Exemplo dessa atitude é o encontro de Jesus com Zaqueu (Lc 19, 1-10). A acolhida que Zaqueu proporciona a Jesus não é apenas formal: envolve toda a sua pessoa. Converter-se não significa só chegar a uma confissão oral dos primeiros erros, mas requer uma retratação efetiva dos mesmos. Zaqueu faz a sua confissão a Jesus, que agora se torna o seu “Senhor” no lugar de todos os “senhores” aos quais tinha servido.

Acolher, encontrar o outro, fará também de nós uma comunidade ainda mais acolhedora daqueles que estão ao nosso redor ou que nos procuram em nossas comunidades paroquiais. Sem dúvida que esse momento, que ora vivemos, nos enriquecerá e fará uma diferença muito grande em nossas casas e igrejas. Marcará nossas vidas para sempre. Importante é passar aos outras essas nossas experiências. Eis que uma bela e importante missão de acolher se transforma também em evangelização para aqueles que acolhem. Que esses trabalhos de organização que os jovens protagonizam continuem dando seus frutos sempre em nossa arquidiocese.

Ao acolher em nossa casa, somos convidados a acolher também nas ruas, nos ônibus, trens, metrôs e nas barcas. Pode ser um novo estilo de viver se soubermos aproveitar desse momento. Que o Senhor nos inspire tantas e belas ações e gestos de acolhida!

Eis que chegam os dias em que poderemos exercer bem essa missão e esses gestos. Faltam pouco mais de 40 dias para JMJ!

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.


BEM AVENTURADO O QUE CONFIA NO SENHOR

O medo muitas vezes está disfarçado dos mais variados sentimentos, algumas vezes, de raiva, desprezo, indiferença, outras vezes de atenção, delicadeza e até mesmo bondade.

E como se livrar do medo excessivo? São necessárias algumas coisas como conhecer e aceitar as próprias limitações, as próprias fraquezas. Para que esta libertação aconteça, primeiramente é necessário estarmos unidos a Deus. Só em Deus seremos plenamente livres.

Veja, se Deus está em nós e Ele nos ama, esse amor gera em nós toda a certeza, toda a segurança, toda a capacidade de superar e dominar nossos medos e inseguranças. Quando aprendemos a reconhecer com gratidão o que somos, não existe lugar para o medo; quando estamos com Deus, não existe medo, existe confiança.

Em João 8,12 está escrito: “Eu sou a luz do mundo”, quem nesta luz que é o próprio Cristo, aprende a lidar e reconhecer os medos, sem disfarces.

De nada vai adiantar nos esconder sob disfarces sempre que tivermos um medo, mais cedo ou mais tarde teremos que lidar com este sentimento destruidor. Não despreze a luz que vem de Deus, aproprie-se desta luz divina e siga em frente.

Senhor, nós te damos graças pela doutrina que Jesus nos deixou. Manda-os o teu Santo Espírito para que infunda em nós a piedade e a fortaleza, tornando-nos fortes na fé e zelosos por Tua palavra. Amém
Padre Alberto Gambarini


O QUE JESUS PEDE DE CADA UM DE NÓS ?



Não vamos complicar! Para nós, todos nós cristãos, Nosso Senhor pede apenas três coisas: que preguemos Seu Evangelho, curemos os doentes e expulsemos os demônios. Essa é nossa missão e, é claro, nossa parte na missão de toda a Igreja.

Portanto, entre tantas tarefas e busca de sentido na vida, é preciso que revejamos a vida e nos adequemos ao que, de fato, oferece sentido ao que somos: cristãos!

Coragem! Também fiquei muito questionando

VOLTEMOS PARA JESUS DE TODO CORAÇÃO

“Volta ao Senhor e deixa os teus pecados” (Eclo 17,21).
Hoje, Deus nos convida a voltarmos para Ele de todo o coração; a deixarmos para atrás tudo o que fazemos e sabemos não ser certo, mas insistimos em fazer, desde as coisas bem pequenas às mais complexas.
Fomos criados para ser livres e assim vivermos, mas o pecado nos aprisiona. Por exemplo: para muitos, mentir virou um hábito e parece que já é algo normal, mas essas coisas minam as nossas forças e destroem a nossa vida, pouco a pouco, sem que nos apercebamos. Os efeitos são corrosivos e causam grandes danos.
O melhor remédio para curarmos esses males é o arrependimento sincero, uma boa confissão e uma nova postura diante de Deus.
Virgem Maria, ajudai-nos a voltar ao bom caminho. Obrigada!
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

O PREÇO DA INTOLERÂNCIA

Os intolerantes perdem a capacidade de sorrir

No início de um novo ano, Geovani Vicente Ferreira, 33 anos, tomou um táxi e indicou o lugar para onde desejava ir. Lá chegando, foi informado de que a corrida custara R$ 4,64. Geovani pagou somente R$ 4,60, mas o taxista exigiu os quatro centavos que faltavam. Geovani entregou uma moeda de cinco centavos e passou a exigir seu troco: exatamente um centavo. O taxista disse que não tinha uma moeda desse valor e que não iria dar o troco. Os ânimos foram ficando acirrados, até que o passageiro desistiu do seu troco e saiu com raiva do táxi, batendo a porta com toda a força. O taxista não se conteve e deu um tiro, matando o passageiro. O que leva uma pessoa a chegar a esse grau de intolerância? Como a vida pode chegar a valer apenas um centavo? 
Estamos diante de um fato extremo, mas que nos faz pensar. Dificilmente alguém de nós chegaria tão longe, mas é possível que você já tenha dito poucas e boas para aquele carro que fechou o seu ou demorou demais para sair com o semáforo aberto. Você pode ter levantado a voz com aquela pessoa que estava atendendo a fila sem pressa. A verdade é que a intolerância é um mal muito presente no mundo estressado em que vivemos. Queremos tudo para ontem. Ficamos viciados na impaciência.
Coloque, nesse contexto, um pouco de arrogância e violência. Aí está a mistura explosiva. O resultado pode ser verificado no jornal nosso de cada dia. Guerra, sangue, violência.
Os intolerantes perdem a capacidade de sorrir e procuram seu refúgio no mau humor e na ignorância. A inteligência não consegue sobreviver nesse canteiro de ervas daninhas. Terroristas, assassinos e traficantes precisam usar o capuz, esconder o rosto, evitar fazer algum raciocínio, pois se arriscariam a descobrir que sua atitude é totalmente idiota e sem sentido. É por isso que aqueles que estão interessados no lucro que a intolerância pode gerar estimulam o fundamentalismo, que é a ignorância em sua forma religiosa. Então, você tem aqueles que matam e morrem em nome de Deus.

Atenção: há formas de terrorismo presentes nas salas de aula, nas casas e nas ruas. A intolerância pode aflorar até em um táxi qualquer, por um mero centavo. Há pais intolerantes com seus filhos e vice-versa. Há professores que são um verdadeiro terror para os alunos, e há alunos que fazem o terror de seus mestres.Precisamos dar um basta. Se ficarmos em silêncio sempre, teremos apenas que chorar os mortos. Devemos anunciar a solidariedade e a paz.

A calma, a compreensão, a compaixão, o diálogo, o humor e o amor são as raízes dessa atitude profunda que chamamos de tolerância. Não me entenda mal, tolerar não significa deixar as coisas como estão, colocar panos quentes, aceitar o reinado dos maus. Já se falou muito em “tolerância zero”. Não devemos tolerar o pecado. Mas precisamos atirar no pecador? Não precisamos perdoar a dívida de R$ 10 mil. Mas precisamos gastar tanta adrenalina por um centavo? Pense nisso!