sábado, 30 de novembro de 2013


CONFISSÃO


A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim envio-vos eu. Depois destas palavras soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoares os pecados, lhes serão perdoados, e a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Evangelho de São João, Cap. 20, 19-23).

PAPA FALA SOBRE A DISSOLUÇÃO DE MATRIMÔNIO


Francisco envia carta ao decano da Rota Romana
Francisco pede atenção pastoral aos futuros advogados da Rota Romana / Foto: Arquivo
O Papa Francisco enviou uma carta ao Decano do Tribunal da Rota Romana, Monsenhor Pio Vito Pinto, por ocasião da inauguração do Ano Acadêmico da  instituição formativa que prepara os futuros advogados do Tribunal da Rota Romana.
Na carta,  o  Santo Padre chama a atenção para a pastoral familiar que estará entre as reflexões da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos,  sobre o tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”, que será realizada em outubro de 2014.
O Pontífice afirma que todos os meses chegam, por meio da da Secretaria de Estado, pedidos de dissolução do matrimônio sacramental “rato et non consumato” (ratificado e não consumado).  São pedidos que precisam ter um sério cuidado pastoral e atenção.
O Papa disse estar ciente de que por trás desses pedidos “há o desejo de muitos homens e mulheres que creem poder celebrar um novo e válido vínculo conjugal que lhes permita participar plenamente da Eucaristia e da vida eclesial no contexto de uma paz interior reencontrada”.
Ao sublinhar a cooperação entre as cúrias diocesanas e o Tribunal da Rota Romana nesta matéria, o Pontífice conclui a carta elogiando o trabalho preparatório desempenhado “com diligência e solicitude nas  Igrejas particulares, nas quais passam os pedidos antes de chegarem ao dicastério romano para o estudo exigido pela norma canônica”.

A GRAÇA DE DEUS É TUDO QUE PRECISAMOS

A única coisa que não pode falta na nossa vida é a graça de Deus. Santa Teresa D’Ávila nas reformas que ela precisava fazer dos Carmelos, necessitava de muito dinheiro para tal coisa, porém, ela reconhecia que antes de tudo precisava da graça de Deus, porque o dinheiro sem a graça de Deus não é um bem para a vida de ninguém.
“Teresa sem a graça de Deus é uma pobre mulher, com a graça de Deus, uma fortaleza; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência”.
Na situação da nossa vida em que nos encontramos, peçamos ao Senhor que nos cumule da Sua graça, para que sigamos em frente.
Luzia Santiago

CAMINHAR COM DEUS

Nem sempre é fácil fazer a vontade do Senhor
"Procurar somente a Deus, ver Deus em todas as coisas, isto é tornar-se superior a todas as coisas humanas" (São Gaspar Bertoni).

Nem sempre é fácil fazer a vontade de Deus. Em primeiro lugar, é necessário o discernimento, pois, muitas vezes, corremos o risco de confundir os desejos e impulsos pessoais com a vontade do Senhor. Nem sempre aquilo que nós desejamos é o que Ele nos pede. Por isso a sabedoria e o discernimento são fundamentais na caminhada espiritual.

Para cultivar uma horta, é necessário saber a época certa do plantio de cada hortaliça, caso contrário, a produção será comprometida. No campo espiritual acontece o mesmo processo. Para se vivenciar aquilo que Deus inspira em nosso coração, é preciso saber o que Ele reserva para cada etapa da nossa existência.

E como descobrir o que Deus deseja? A todo o momento Ele fala com o ser humano por meio de sinais concretos no dia a dia. Não se deve esperar que um anjo apareça e diga: "Você deve fazer isto, pois esta é a vontade do Senhor!" Deus usa de situações, pessoas e acontecimentos para se comunicar conosco.

Olhar a vida com o coração aberto para a presença do Senhor é o primeiro passo para um discernimento espiritual. Somente quando abrimos as portas do coração, para os sinais da presença de Deus no cotidiano, conseguimos ver e ouvir o que Ele nos pede.

Vê-Lo nas diversas situações da vida é também um passo fundamental para o crescimento espiritual. Notar a presença do Senhor na natureza pode desenvolver uma sensibilidade enorme no campo espiritual, mas saber reconhecer essa presença também em um sorriso, uma lágrima, uma situação de luto, uma enfermidade, é fundamental.

Quando se fala em luto e enfermidade, ter discernimento é extremamente importante. Deus não deseja o sofrimento do ser humano, e isso seria contrário à Sua natureza amorosa, pois "Deus é amor". Sua presença no luto é garantia de que Ele não abandona Seus filhos em nenhum momento, nem mesmo na enfermidade, quando Ele se faz presente ao lado do doente, dando-lhe forças para que possa carregar a cruz com paciência. Deus Pai está presente em cada situação, sendo auxílio, conforto e paz.

Na trajetória da vida, Deus caminha ao lado do ser humano e nunca o abandona. Abrir o coração à presença divina é encontrar-se com o Amor, visível presente do Pai.
Padre Flávio Sobreiro

O SENHOR NÃO OLHA TANTO A GRANDEZA DAS NOSSAS OBRAS

"O Senhor não olha tanto a grandeza das nossas obras. Olha mais o amor com que são feitas" (Santa Teresa de Ávila)

Em tudo aquilo que você fizer coloque amor. Está dirigindo no trânsito? Não faça do seu veículo uma arma que espalha desamor e violência. Está cuidando dos seus? Dedique-se a evangelizá-los com gestos de carinho e ternura. Está trabalhando rodeado por outras pessoas? Seja educado e cordial com eles. Está desfrutando de um lazer sadio? Divirta-se com zelo fraterno e uma santa alegria. Está estudando algo importante? Se esforce primeiro em aprender para depois ensinar a quem precisa. Enfim, quando decidimos a colocar amor e dedicação naquilo que fazemos - por mais simples que seja - somos instrumentos nas mãos poderosas de Deus. Assim, Ele vai se utilizando de cada um de nós, Seus filhos, para a reconstrução de inúmeras vidas machucadas. Experimente, hoje, a felicidade de ser bom! Não alimente a vingança, o rancor e o ódio. Semeie a força transformadora do Evangelho onde você estiver, e você será o primeiro a colher dentro de si os frutos de tão bela iniciativa. Deus abençoe o seu dia e final de semana. Oro pela sua perseverança na prática do bem e no exercício da virtude.
Alexandre Oliveira

VIVER O FUNDAMENTO DA FÉ

Nossa segurança de vida cristã está no fundamento da fé da Igreja
A fé é um dom de Deus (cf. Ef 2,8). É uma posse antecipada do que se espera (cf. Hb 11,1). É a vitória que vence o mundo (cf. 1 Jo 5,4).

A essência do ato de fé é a adesão da inteligência às verdades reveladas por Deus, em virtude da autoridade daquele que as revela. Não se crê porque o conteúdo da fé seja evidente, nem porque ele esteja de acordo com as aspirações e as exigências pessoas ou atuais. A razão formal da fé é o fato de ser ela revelada por Deus, e o respeito de nossa inteligência lhe é devido, porque Ele não pode nem Se enganar nem nos enganar.

A Revelação Divina nos é transmitida e claramente interpretada pelo Magistério infalível da Igreja, ao qual devemos um assentimento humilde e filial, seja quando se exprime em sua forma extraordinária, seja em sua forma ordinária. Não é possível que a Igreja se tenha enganado, ensinando durante séculos uma verdade ou condenando durante séculos um erro. Devido a sua origem divina, a fé alcança uma certeza que o conhecimento humano mais evidente não pode atingir (uma certeza, nós repetimos, devida Àquele que revela, e não à evidência intrínseca daquilo que é revelado). Sempre por causa dessa origem divina, quem quer que negue um só artigo de fé corta a fé pela base, como explica o Doutor Angélico Santo Tomás de Aquino com clareza: “aquele que não adere como a uma regra infalível e divina, ao ensinamento da Igreja, [...] não tem o habitus da fé. Se ele admite verdades de fé, é por outra razão diferente da verdadeira fé. [...] Fica claro também que quem adere ao ensinamento da Igreja como a uma regra infalível, dá seu assentimento a tudo que a Igreja ensina. Caso contrário, se ele admite somente o que quer, e não admite o que não quer a partir desse momento ele não adere mais ao ensinamento da Igreja como a uma regra infalível, mas adere à sua vontade própria” (1).

Ora, é claro que, por causa da natureza estável da verdade e daquele que revela ninguém, nem no seio da Igreja nem fora dela, jamais poderá se outorgar o poder de ensinar alguma coisa diferente ou oposta ao que a Igreja recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo e transmitiu ao longo dos séculos.

São Vicente de Lérins respondia assim aos que temiam que isso impedisse o processo na Igreja: “Não haverá jamais nenhum progresso na religião e, portanto na Igreja de Cristo? Certamente, haverá um progresso, e até um progresso considerável! [...] Mas com a condição de que se trate de um verdadeiro progresso para a fé, e não de uma mudança: há um progresso quando uma realidade cresce permanecendo idêntica a si mesma. Há mudança quando uma coisa se transforma em outra” (2).

Declara o gênio teológico do século XXI Papa emérito Bento XVI: “Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é frequentemente etiquetado como fundamentalista. Enquanto que o relativismo, isto é, o fato de se deixar levar “aqui e ali por qualquer vento de doutrina”, aparece como o único comportamento à altura dos tempos atuais. Está se construindo uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que só deixa como última referência o “eu” e os desejos pessoais” (L’Osservatore Romano, 19 de abril de 2005). Em face disso, é necessário meditar mais uma vez, palavra por palavra, o que São Vicente de Lérins exprimiu com espantosa atualidade: “Se começamos a misturar o novo com o antigo, o que é estranho com o que é familiar, o profano com o sagrado, essa desordem rapidamente se espalhará por toda parte, e nada na Igreja ficará intacto, sem mancha, e onde se erigia o santuário da verdade pura e intacta, haverá um lupanar de erros sacrílegos e vergonhosos [...]. A Igreja de Cristo, guardiã vigilante e prudente dos dogmas que lhe foram confiados, nunca modifica nada neles, não lhes acrescenta nada, nada lhes retira: ela não rejeita o que é necessário, nem acrescenta o que é supérfluo; ela não deixa que lhe roubem o que só a ela pertence, ela não se apropria do que pertence aos outros [...]. Eis o que a Igreja sempre fez por meio dos decretos conciliares, sendo movida (a redigi-los) pelas inovações dos heréticos. Ela sempre transmitiu à posteridade em documentos escritos o que ela tinha recebido dos padres pela tradição, resumindo em fórmulas breves uma grande quantidade de noções e, mais frequentemente, especificando com termos novos e apropriados uma doutrina antiga, para que ela fosse melhor compreendida”. (3).

“Este é o rico tesouro do continente Latino-Americano; este é seu patrimônio mais valioso: a fé em Deus Amor, que revelou seu rosto em Jesus Cristo. Vós acreditais no Deus Amor: esta é vossa força que vence o mundo, a alegria que nada nem ninguém vos poderá arrebatar, a paz que Cristo conquistou para vós com sua Cruz!Esta é a fé que fez da América - Latina o “Continente da Esperança”. Não é uma ideologia política, nem um movimento social, como tampouco um sistema econômico; é a fé em Deus Amor, encarnado, morto e ressuscitado em Jesus Cristo, o autêntico fundamento desta esperança que produziu frutos tão magníficos desde a primeira evangelização até hoje”. (Homilia de Bento XVI na missa de abertura da Conferência de Aparecida. No Santuário de Nossa Senhora Aparecida, Brasil, domingo, 13 de maio de 2007). 

Toda nossa existência e a nossa abissal certeza de vida eterna se encontra em Cristo, Ele é o autor e realizador da nossa fé (cf. Hb 12,2). A nossa segurança de vida cristã está no fundamento da fé da Igreja.
Padre Inácio José do Vale

A IMPORTÃNCIA DO PERDÃO NA CURA INTERIOR

Perdoar a mim mesmo significa me amar
O perdão ou a falta de perdão está na base de cada cura interior.

Muitas vezes, a cura de uma raiva, de um medo, de uma ansiedade, de um sentimento de solidão, tristeza ou culpa, além de tudo o que constitui o nosso desequilíbrio emocional e psíquico, depende de perdão.

a) Perdoar a mim mesmo. É a coisa mais difícil! É mais fácil perdoar os outros. Perdoar a nós mesmos pelas nossas faltas, pelos nossos limites, pelos pecados que cometemos e por tantas outras coisas. Temos de aceitar nossos limites e fraquezas, nos aceitarmos como somos, mesmo que não nos aprovemos.

Quando digo aceitar, não quer dizer não fazer nada para melhorar, pois isso é uma estagnação que não podemos permitir. Mas temos que aceitar a realidade das coisas e tentar melhorar, como fez São Paulo: "Sou aquele que sou, vejo o bem, aprovo-o e me acho a fazer o mal" (cf. Romanos 7,15-23).

Este sou eu. Certamente, esforço-me para ir em frente, mas a realidade é essa. Muitas vezes, o Senhor nos pede o perdão como base para cura, mas se não conseguirmos nos perdoar, não poderemos receber aquilo que o Senhor quer nos dar, porque a falta de perdão bloqueia a graça.

Atenção! Estou me referindo a uma coisa muito importante e digo isso, antes de tudo, para nós, sacerdotes; em seguida, para aqueles que nós devemos curar, porque estão na nossa pastoral:

- Deus nos ama não porque somos santos, e o nosso pecado não diminui o amor que Deus tem por nós;
- Deus não ama mais o santo que o pecador;
- Deus ama o homem tanto quanto um Deus pode amar a sua criatura;

- É o homem que recebe ou recusa esse amor!

Peguemos um exemplo: se estamos em um quarto, e fora existe sol, estando no interior do quarto, nós não o vemos. Temos luz elétrica, mas toda a estrutura do quarto está bloqueando a entrada do sol para nos oferecer luz e calor. Não é que o sol se retirou, ele continua lá no seu lugar. Se destruirmos essa estrutura, automaticamente o sol entrará, iluminará e aquecerá o ambiente.

Quando o filho pródigo sai da casa do pai, o amor deste permanece igual para esse filho; de fato, o pai está sempre lá para esperar a sua volta.

O perdão por parte do pai já está concedido, mas não pode chegar até o filho, porque este ainda não disse: "Levantar-me-ei e irei a meu pai (Lucas 15,18). Portanto, o bloqueio é do lado do homem e não do lado de Deus.Quando falamos "Senhor, perdoe-me!", estamos demolindo o bloqueio. Deus já nos perdoou. Pecadores ou santos, somos filhos d'Ele. Portanto, receber o amor depende de nos abrirmos àquele amor que já está presente em nós, como aquele sol que já está presente fora do ambiente fechado. 

b) Perdoar a Deus. Esta expressão deve ser bem entendida: Ele não tem necessidade de ser perdoado, não foi Deus que fez alguma coisa que necessitasse de perdão. Mas olhando para nós, de pequeno que somos, vendo Deus permitindo que sejamos maltratados ou não nos escutando, deixando-nos sozinhos nesse sofrimento, é gerada em nós uma raiva de Deus. Nesse caso, é bom ir diante do Senhor e dizer a Ele: "Está bem, Senhor, eu não O entendo! Somente sei que estou ferido, mas quero perdoá-Lo!". Da nossa parte existe essa necessidade de perdoar a Deus, como aos outros e a nós mesmos.

Frei Elias Vella, OFM Conv. 

ABANDONE-SE NOS BRAÇOS DA MÃE CELESTE

"Abandone-se nos braços da Mãe Celeste. Ela se encarregará de cuidar da sua alma" (São Pio de Pietrelcina)

Acolhamos o amoroso sorriso da Mãe a cada um de nós. Somos filhos de Maria. Portanto, nada de medo! Nossa Senhora caminha ao nosso lado, deposita nossas súplicas dentro do seu Imaculado Coração e conduz nossa alma à fonte da vida plena: seu filho Jesus, nosso Senhor e Salvador. Maria sabe que somente encontraremos a paz que tanto almejamos se obedecermos à voz do Menino Deus que ela traz em seus braços. Somos filhos de Maria. Portanto, não prosseguimos nossa jornada derrotados, confusos e reféns das dificuldades. Como filhos obedientes, nos empenhamos em ser este povo de oração, perseverança e fé. Somos filhos de Maria, ou seja, homens e mulheres que não param nas aparências, mas que aprendem - a cada dia - enxergar pessoas e situações com um olhar espiritual próprio do cristão que crê neste Deus "cuja misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem" (cf. Lc 1,50) Que Maria Santíssima