domingo, 15 de setembro de 2013


NOSSA SENHORA DAS DORES

Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”
Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.
A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo.
Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.
Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

DEUS FAZ ESTE CAMINHO POR AMOR

“Deus faz este caminho por amor! Não há outra explicação: somente o amor faz essas coisas. Hoje olhamos para a Cruz, a história do homem e a história de Deus. Olhamos para esta cruz, onde se pode provar mel de aloe, o mel amargo, a doçura amarga do sacrifício de Jesus. Mas esse mistério é tão grande que por si só não podemos compreender bem este mistério, não tanto para entender - sim, entender ... - mas experimentar profundamente a salvação deste mistério. Antes de tudo o mistério da Cruz. Somente se pode entender um pouquinho, de joelhos, em oração, mas também através das lágrimas: são as lágrimas que nos aproximam deste mistério.
Sem chorar, chorar no coração não se poderá jamais entender esse mistério.  É o choro do arrependimento, o choro do irmão e da irmã que olham para tantas misérias humanas e as vêem em Jesus, mas de joelhos e chorando e nunca sozinhos, nunca sozinhos!” (Papa Francisco).
Exaltemos a Cruz de Cristo nossa vitória e a derrota definitiva de satanás!
“Deus faz este caminho por amor! Não há outra explicação: somente o amor faz essas coisas. Hoje olhamos para a Cruz, a história do homem e a história de Deus. Olhamos para esta cruz, onde se pode provar mel de aloe, o mel amargo, a doçura amarga do sacrifício de Jesus. Mas esse mistério é tão grande que por si só não podemos compreender bem este mistério, não tanto para entender - sim, entender ... - mas experimentar profundamente a salvação deste mistério. Antes de tudo o mistério da Cruz. Somente se pode entender um pouquinho, de joelhos, em oração, mas também através das lágrimas: são as lágrimas que nos aproximam deste mistério.
Sem chorar, chorar no coração não se poderá jamais entender esse mistério. É o choro do arrependimento, o choro do irmão e da irmã que olham para tantas misérias humanas e as vêem em Jesus, mas de joelhos e chorando e nunca sozinhos, nunca sozinhos!” (Papa Francisco).
Exaltemos a Cruz de Cristo nossa vitória e a derrota definitiva de satanás!
Padre Roger Luis

TENHAMOS ESPERANÇA

Não podemos viver como pessoas derrotadas, cabisbaixa, sem esperança em Jesus, que morreu e se entregou por nós.
Hoje, Ele quer revelar-se a mim e a você. Não sejamos indiferentes à Sua ação nos acontecimentos da nossa vida, porque, com o Seu nascimento, “O povo que estava nas trevas viu uma grande luz, para os habitantes da região sombria da morte uma luz surgiu” (Mt 4,16). Este povo somos nós. Precisamos tomar posse da graça de Deus e nos deixar iluminar por esta grande luz que é Jesus.
Peçamos ao Senhor, hoje, a graça de abandonar as trevas e mudar as atitudes para acolher, compreender e viver a presença do Reino de Deus no meio de nós.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

FÉ QUE RESTAURA VIDAS

Sabemos que a fé, para restaurar vidas, não pode ser uma fé qualquer, já que a restauração exige disciplina. Restaurar é voltar à imagem original.

Sabemos que não é fácil estarmos abertos à restauração, pois exige de nós uma abertura total.

O Papa Emérito Bento XVI, nos convida a irmos até o poço da Samaritana e bebermos da água que Jesus nos oferece.

Quando observamos a genealogia de Jesus, percebemos que Mateus quer nos apresentar o Jesus Rei. Já Marcos quer nos apresentar o Jesus Servo, neste Evangelho não está escrito a geneaologia de Jesus. Lucas escreveu o Evangelho para os pagãos gregos, ele nos apresenta o Jesus Homem. Já o apóstolo João escreve com o desejo de apresentar o Jesus Deus. A partir disso, esses quatro homens - nesta visão - apresentam a figura de Jesus nos Evangelhos.

“Tomado, novamente, de profunda emoção, Jesus foi ao sepulcro. Era uma gruta, coberta por uma pedra Jesus ordenou: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, pois há quatro dias que ele está aí.. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu: Se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra. Levantando Jesus os olhos ao alto, disse: Pai, rendo-te graças, porque me ouviste. Eu bem sei que sempre me ouves, mas falo assim por causa do povo que está em roda, para que creiam que tu me enviaste. Depois destas palavras, exclamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!” (Jo 11, 38-43). 

Que neste dia você possa trazer seus problemas, tudo que está te aprisionando. Jesus quer te trazer para fora, para a Vida! Todo momento chega em nossa comunidade filhos e filhas arrebentados pelas drogas, pela prostituição. O que nós fazemos em Bethânia é dar Deus para as pessoas. Dê Deus para seus filhos, para as pessoas. Retire as faixas que estão envolvendo a sua vida.

Sei que não é fácil permitir ser restaurado, pois a restauração passa pela educação. A comunidade nunca será uma "clínica". Mas, sim, uma casa de acolhimento educacional. Esse era o desejo do nosso Padre Léo.

Lá em Bethânia ensinamos desde o sentar até a formação para a vida. Aprendemos a rezar, a se portar diante das pessoas. Bethânia é um jeito de viver.
É a fé que restaura vidas. Nós, consagrados de Bethânia, acreditamos que aquele jovem tem jeito. Nunca desistimos de ninguém.

Dez anos aquele menino que vivia se drogando, soro positivo, já na beira da morte... Veio para fora! Hoje, sou pregador, escritor e pai de muitos filhos de Bethânia. Tem jeito ou não tem?
Não importa a situação que você está vivendo, você pode ser Bethânia. O que Deus quer é a cura do nosso coração. Muitos podem estar se perguntando: "Mas, e o seu HIV?" Tenho a dizer a vocês: "Para quem tem um coração curado, o câncer, o HIV, se tornam um nada, pois para Deus o mais importante é a cura do coração. O resto é resto!"

Peça a Deus que Ele te restaure, que trabalhe em seu coração. Peça a Ele o seu impossível, pois Deus pode!

A nossa fé não é pequena, mas sim uma fé que pode tocar no impossível. Creia!
José Gentil Pires 
Consagrado da Comunidade Bethânia

TENHA CORAGEM DE ENFRENTAR SEUS MEDOS

Se o medo vencer, acabará asfixiando a fé
"Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais" (Lc 12,7).

Dizem que, na Bíblia, a expressão "não tenhais medo" está escrita 365 vezes. Isso significa que para cada dia no ano temos de nos lembrar de que podemos vencer esse inimigo.

Mesmo que esta conta não seja exata, o certo é que, nesse duelo "medo x você", Deus quer fazer de você um vencedor. O Senhor não vai lutar por você, mas, com certeza, lutará com você. Não sei se percebeu, mas você já está na arena da vida, a luta já vai começar. Resta saber quem vai vencer: você ou o seu medo.

Existem muitos tipos de medos: medo do passado, do presente, do futuro; medo de pessoas de dentro de casa, medo de pessoas de fora; medo de solidão, de multidão; medo de morrer, de viver; medo de homem, de mulher. Existem pessoas que têm medo de quem está vivo, outras de quem está morto.

Alguns com medo da traição, outros da paixão; outros com medo do perdão (dar ou receber); alguns com medo de falar, outros com medo de calar; alguns com medo do conhecido, outros do desconhecido. Enfim, são muitos tipos de temor e escrever uma lista de todos seria, talvez, algo quase impossível. 
Certa vez, ouvi padre Rufus Pereira dizer que o demônio é o "deus do medo" e que esse sentimento é como um louvor aos infernos: quanto mais uma pessoa o alimenta, tanto mais força tem o demônio de fazer mal a ela. Medo e fé são como água e óleo: não se misturam. Ou uma pessoa tem fé ou tem medo. Se o medo vencer, acabará asfixiando a fé.

O temor, na maioria das vezes, surge da nossa imaginação (como Santa Teresa dizia: "A imaginação é a louca da casa"); por isso, muitas vezes, o medo é como um manipulador, um "cara bom de papo" ou até um ilusionista, que o faz ver o que não existe, acreditar no que não é verdade e assustar-se com fantasmas que já foram sepultados, mas que ele insiste em dizer que estão vivos.

Na grande arena da vida, os ponteiros da decisão apontam a hora de enfrentar os seus medos, não de mãos vazias, mas com "as armas da fé" (cf. Rm 13,12). Não se esqueça também de que todo lutador tem sempre um técnico que lhe diz o que fazer. O seu é Jesus, Aquele que lhe diz: "Não tenhas medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar a vós o Reino" (Lc 12,32).

Quem não tiver coragem de enfrentar os seus medos nunca descobrirá que é maior do que eles, não importa o nome que tenham; você não pode mais lutar de costas, essa é a posição do pânico, dos covardes, dos derrotados. Na luta entre o medo e você, creia que o cinturão da vitória é seu.


Padre Sóstenes Vieira
Comunidade Canção Nova

OUVIR O SENHOR É O BEM MAIOR QUE CONCEDEMOS Á NOSSA ALMA

Ouvir o Senhor é o bem maior que podemos conceder à nossa alma, ao nosso coração e à nossa vida.
“Vieram multidões para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças e suas enfermidades” (Lc 6,18).
Ouvir o Senhor é o bem maior que podemos conceder à nossa alma, ao nosso coração e à nossa vida. Quando paramos para ouvi-Lo, nossos ouvidos se dilatam, abrem-se para escutar a Palavra de vida, de transformação, aquela que faz bem à nossa existência. Ouvir Jesus é permitir que a palavra d’Ele entre em nós e faça a graça de Deus acontecer.
Nós, muitas vezes, precisamos de uma palavra de alento, de direção e de esperança, mas, como diz a primeira leitura de hoje, na Carta de Paulo aos Colossenses, “nós não podemos buscar essa palavra em vãs filosofias, em doutrinas falsas que se baseiam em tradições humanas”.
Não é lendo horóscopos, buscando cartas, magias ou qualquer filosofia desse mundo que nós vamos encontrar a palavra de consolo, de cura, de transformação que precisamos. Pode ser até que, por causa da ânsia que vivemos de encontrar uma palavra que nos guie, sintamo-nos até bem quando ouvindo esta ou aquela pessoa, mas ninguém tem palavra de vida eterna a não ser Jesus! Ninguém pode trazer até nós palavras que deem sentido pleno à nossa vida, a não ser Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; é por isso que aquelas pessoas paravam para ouvi-Lo e eram curadas de suas doenças e enfermidades.
 Aquela multidão, além de ouvir o Senhor, também procurava tocar n’Ele, e cada um que O tocava sentia sair d’Ele uma força que curava, que dava um novo alento, que trazia uma transformação para o seu coração.
Além de ouvir Jesus, abra os seus ouvidos e o seu coração para ouvir as palavras d’Ele, para meditar sobre elas no Evangelho, na Sagrada Escritura. Permita-se ser tocado por Ele, permita que o amor do Senhor toque em você, chegue em você e o Seu toque faça toda a diferença em sua vida. O Seu toque dá uma direção nova para aquilo que estamos precisando.
Hoje, onde quer que você esteja, que um toque de esperança, um toque de amor, um toque de fé chegue até o seu coração. Permita-se ser tocado pelo poder misericordioso de Jesus Cristo.
Padre Roger Araújo

A DEFESA DA VIDA E A ESPÉCIE HUMANA

Somos assim desde que fomos concebidos
Toda discussão sobre o aborto repousa em uma dúvida aparente: o feto é pessoa ou não? Na verdade, a resposta a essa pergunta define se o aborto é uma cirurgia de uma parte acessória do corpo da mulher ou um homicídio praticado contra um inocente sem capacidade alguma para defesa (o crime mais hediondo a ser imaginado).

Para os defensores do aborto, o feto não pertence à espécie humana, mas seria um amontoado de células. Por essa razão, extirpá-lo do corpo da mãe não envolveria uma questão moral, isto é, uma concepção sobre o que é bom ou mal, mas uma questão de saúde.

A afirmação de que o feto não é pessoa, ou seja, não pertence à espécie humana, obriga-nos a refletir sobre o conceito de espécie. Podemos dizer que três elementos combinados determinam se dois seres pertencem a uma mesma espécie: (1) características fundamentais comuns,(2) que são adquiridas desde a sua concepção e que (3)não podem ser separadas. Podemos olhar para dois cachorros e percebermos que eles (1) compartilham determinadas características fundamentais, (2) essas características não foram “adicionadas” a eles em um determinado momento de sua existência, mas os acompanham desde a concepção e (3) não podem ser retiradas dos cachorros, isto é, acompanhar-lhes-ão até o fim de suas existências.
A importância do conceito de espécie para a questão do aborto é que nós não podemos decidir “a partir de quando” um ser pertence a uma espécie; podemos apenas reconhecer “se” ele pertence ou não a uma espécie. Uma lei que dissesse que “cachorros com mais de dez anos não são mais cachorros, portanto, podem ser maltratados” causaria estranheza e ofenderia a nossa racionalidade, pois nossa inteligência percebe que a espécie de um ser é definitiva e não está sujeita à nossa decisão. Se eu digo que, a partir de um momento, um cachorro é um gato, isso pode até fazer com que eu seja considerado um louco, mas não o transforma em um gato.

Cada um de nós, que pertencemos à espécie humana, somos assim desde que fomos concebidos. Não aconteceu nada de novo em alguma fase da nossa trajetória. Os que dizem que o feto somente é pessoa “a partir de...” querem que acreditemos que, antes desse momento (“as doze semanas”, “a formação do sistema nervoso central”, etc), éramos outra coisa que não pessoas (talvez tomates ou berinjelas).

Esse argumento já foi utilizado em outros momentos da história humana. Os nazistas, dispostos a exterminar judeus, ciganos, pessoas com deficiência, entre outros, construíram uma argumentação esquizofrênica segundo a qual os seres pertencentes a esses grupos não pertenciam à espécie humana. Hoje, temos a certeza de que essa concepção era uma loucura completa, mas não podemos esquecer que ela foi aceita e compartilhada por muitos, e os efeitos dessa crença irracional causaram uma das mais dolorosas feridas à existência humana.

A pretensão de decidir “a partir de quando” ou “até quando” alguém é pessoa humana é um dos maiores riscos a que uma sociedade pode ser exposta, pois ela contraria uma das maiores conquistas alcançadas pela história humana: o reconhecimento da dignidade da pessoa humana. Ao utilizarmos essa expressão, queremos dizer que devemos um respeito fundamental a cada ser humano simplesmente porque ele pertence à espécie humana, independente de qualquer outro critério (raça, cor, nacionalidade, idade, etc).

Quando, no entanto, pretendemos definir, por leis ou convenções, em que circunstâncias alguém é pessoa, esvaziamos completamente o conceito de dignidade da pessoa humana, pois, de que adianta reconhecermos que ela tem direitos (pelo simples fato de ser pessoa), se podemos decidir quem é pessoa?
Evandro Gussi