terça-feira, 10 de setembro de 2013


O SUAVE LIVRO DOS SALMOS

Remédio para a salvação do homem
Embora toda a Divina Escritura exale a graça de Deus, o mais suave é o Livro dos Salmos. Moisés, que escreveu os feitos dos patriarcas em simples prosa, quando fez passar, através do Mar Vermelho, o povo dos pais para imperecível admiração, vendo afogados o faraó e seus exércitos, sentiu inflamar-se seu engenho, pois conseguira portentos acima de suas forças e elevou triunfal cântico ao Senhor. Maria também tomou o pandeiro e assim exortava as outras, entoando: Cantemos ao Senhor, que se cobriu de glória e de honra; lançou ao mar cavalo e cavaleiro.

A história instrui, a lei ensina, a profecia anuncia, a correção castiga, a moral persuade. Ora, no Livro dos Salmos há proveito para todos e remédio para a salvação do homem. Quem o lê tem remédio especial para as chagas das paixões. Quem quiser lutar como em ginásio de almas e estádio das virtudes, onde estão preparados diversos gêneros de luta, escolha para si aquele que julgar mais adequado para mais facilmente alcançar a coroa.
Se alguém quiser recordar e imitar os feitos gloriosos dos antepassados, encontrará compendiada num salmo toda a história de nossos pais, podendo assim enriquecer o tesouro da memória numa breve leitura. Se alguém perscruta a força da lei que está no vínculo da caridade(quem ama o próximo cumpriu a lei), leia, então, nos salmos, com quanto amor um só se expôs aos mais graves perigos para repelir o opróbrio de todo o povo. Donde se reconhece não ser a glória da caridade menor do que o triunfo da virtude.

Que direi sobre o dom da profecia? Aquilo que outros anunciaram por enigmas, só a este aparece clara e abertamente a promessa de que o Senhor nasceria de sua linhagem, conforme lhe falou: Porei sobre teu trono o fruto de tuas entranhas. Por conseguinte, nos salmos não apenas nasce Jesus para nós, mas ainda aceita a salvífica Paixão de seu corpo, adormece, ressurge, sobe aos céus, assenta-se à direita do Pai. O que homem algum ousaria dizer, só esse profeta anunciou e depois o próprio Senhor o manifestou no seu Evangelho.

Santo Ambrósio

VIGIAI ! SEDE FIRMES NA FÉ !

O que torna uma pessoa mais digna não é o fato dela conseguir esconder as suas faltas aos olhos de todos. O verdadeiro gesto de humanidade é reconhecer as próprias falhas e pecados e deles se arrepender. Mas por que sempre caímos e às vezes no mesmo erro? Porque nos esquecemos de que Deus está em todos os lugares e tudo vê. Nada poderemos esconder. 

Em 1 Coríntios 16,13: “Vigiai! Sede firmes na fé! Sede fortes!” Deus caminha sempre ao nosso lado e nem percebemos. É preciso vigiar, isto é, estar acordado, não podemos deixar a graça passar. Deus está em todos os lugares e possuímos uma tendência de imagina-lo somente lá no céu, longe, bem distante de nós.

Deus reside em nosso coração, em nossa mente, do nosso lado. Ele sorri conosco e também chora com nossas tristezas. Senta-se ao nosso lado como um amigo, sempre aberto a nos ouvir. Pare, silencie o seu coração e tente percebê-lo dizendo que te ama e te perdoa. Deus nos ama gratuitamente, apesar de nossos pecados e nos chama para uma vida renovada pelo seu perdão. Peçamos a Deus que aumente a nossa fé, pois se perdermos a fé, teremos perdido tudo.

Bondoso Deus, sabemos que a nossa fé precisa ser alicerçada no amor. Manda-nos o teu Espírito Santo para que ele nos dê a sabedoria necessária para bem Servi-lo. Amém!


Padre Alberto Gambarini

DEUS E A NOSSA LIBERDADE


Para nos fazer belos, criados “à sua imagem e semelhança” (Gn 1’,26), Deus nos dotou de muitos dons que não deu aos animais: antes de tudo as mãos e a inteligência. Com as mãos construímos o que a inteligência elaborou. Nenhum irracional tem isso. Deus não podia nos ter feito melhores enquanto criaturas, pois Ele não olhou um “modelo” fora Dele para nos criar, mas “entrou dentro Dele mesmo” e o tomou como modelo.
De todas as faculdades que Deus nos deu, a que mais nos assemelha a Ele é a liberdade; nenhuma outra criatura no mundo a tem. Podemos até dizer a Deus, como os anjos maus: “não vos servirei!” (Jer 2, 20). E Deus respeita. Esses anjos maus foram criados bons e belos, mas, usando mal da liberdade quiseram ser como Deus, não se aceitaram como belas criaturas apenas. É o orgulho! O pior pecado. O pecado é o abuso da liberdade dizia Santo Agostinho. Deus não nos deu liberdade para fazer o mal, mas só o bem.
Tirar a liberdade do homem, como fazem os países comunistas, é tirar-lhe a dignidade; é baixar-lhe ao nível de animal irracional. Por isso esses países sucumbem inexoravelmente. Deus quer que o amemos e sirvamos, mas, livremente. Ninguém aceita ser amado na marra. A nossa liberdade explica a triste história do pecado que destruiu o plano de Deus e que Jesus veio recuperar com sua Morte e Ressurreição. Se Deus não nos desse liberdade, a ponto de pecar, não seríamos imagem Dele, maravilhosos, mas apenas robôs, marionetes e teleguiados. Ele não quis assim.
Felipe Aquino

É PRECISO REAGIR PELA FÉ

Há preciosidade maior do que saber que o próprio Deus se preocupa em nos dar coragem e destemor para enfrentar todos os obstáculos que a vida apresenta? Eu repondo: “Não!” Não há preço que pague o sentimento de amparo e de confiança que toma conta do nosso coração quando tomamos consciência de que somos capacitados por Deus. 

Assim como Maria, que foi a escolhida e que entregou toda a sua vida sem reservas, você também é escolhido e chamado a colocar nas mãos do Pai a sua vida, o seu coração, as suas alegrias e também os seus sofrimentos. Em Isaias 41,9b lemos: “Tu és meu servo, eu te escolhi, e não te rejeitei”.

A primeira atitude para reagir está em dizer a Deus sobre as suas fraquezas, sabendo que com Jesus você pode enfrentar qualquer situação. O milagre começa no nosso coração, por meio da confiança colocada em Jesus Cristo. O que parecia impossível torna-se possível. 

É preciso reagir pela fé e não deixarmos situação alguma nos afastar de Deus, pois sabemos que não estamos sozinhos nas nossas lutas. Jamais esqueça: você é a obra de arte mais valiosa do mundo, feita pelo artista mais completo!

Bondoso Senhor, queremos ser atendidos em nossos pedidos, por isso vinde em nosso auxilio, abrandai o nosso coração e não nos permita afastar de Vós. Amém

Padre Alberto Gambarini

JESUS QUER NOS CURAR


Começemos hoje a dar uma resposta diferente aos fatos da nossa vida que inquietam o nosso coração. Por mais difícil que seja a nossa situação, jamais podemos perder a esperança, porque o Senhor Jesus não nos abandona. Sejamos ousados e apresentemos ao Senhor as nossas intenções neste dia e para essa semana, como o oficial romano o fez: "Naquele tempo, quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se d'Ele, suplicando: Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia. Jesus respondeu: Vou curá-lo" (Mt 8,5-7). A graça de Deus não se deu só naquele tempo, ela se dá hoje também, porque "Jesus Cristo é o mesmo de ontem, de hoje e de sempre". Como percebemos, o oficial romano é bem concreto no pedido dele, apresentando a sua real necessidade. Peçamos essa mesma graça ao Senhor e nos aproximemos d'Ele com confiança e fé, porque Ele quer nos socorrer em todas as nossas necessidades. Jesus, eu confio em Vós!

JESUS VAI VOLTAR ?

Renovamos nossa espera na liturgia eucarística
A história da salvação acontece em diversas etapas. Deus criou e organizou o homem na face da Terra, depois escolheu um povo a partir de Abraão. Com essa escolha, o Senhor passa a ter um povo sobre a Terra. Logo depois, o Seu povo, por meio de Moisés, recebe a Lei, ou seja, o modo como viver neste lugar. Tudo isso apontava para o dia mais importante da nossa salvação: a chegada de Jesus.

Paulo descreve em Gálatas: "Chegada a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho nascido de uma mulher"(Gl 4,4). Jesus vem, cumpre Seu papel de revelar o Pai, redime a humanidade morrendo na cruz, forma Sua Igreja enviando o Espírito Santo e estabelece um tempo para essa Igreja até que Ele volte.

Portanto, a espera da segunda vinda de Cristo é renovada todos os dias, no mundo inteiro, na liturgia eucarística, pela Igreja, ao dizer "todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda".

Nenhum teólogo ou Igreja cristã tem dúvida quanto à segunda vinda do Senhor. Quando os primeiros cristãos perguntaram se era o momento de Jesus restaurar Jerusalém - como encontramos no livro dos Atos dos Apóstolos -, Ele respondeu: "não cabe a vós saber o dia e a hora, não cabe a vós vos preocupardes com este momento" (At 1,7-8). Porém, Jesus não negou esse momento, Ele não disse que a Igreja não deveria se preocupar com esse assunto. 
Vejamos: a Igreja acabara de nascer, tinha, agora, a missão de levar o Evangelho até os confins da terra como descrito no versículo 8 de Atos dos Apóstolos: "Descerá sobre vós o Espírito Santo, que lhes dará força e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Judeia e na Samaria e até os confins da terra".

A preocupação central da Igreja recém-nascida era levar a mensagem da salvação ao mundo inteiro. Para isso, seria revestida da força do Espírito Santo e não deveria preocupar-se tanto com a segunda vinda do Senhor.

Mas apesar de os primeiros cristãos estarem focados em levar o Evangelho até os confins da terra, suas pregações traziam a visão escatológica. O capítulo 3 de Atos dos Apóstolos narra o milagre realizado por Pedro e João a caminho do templo. Esse fato assombrou o povo, que, atônito, acercou-se dos dois. Pedro, então, aproveita o momento para anunciar Jesus e convidá-los a crerem n'Ele, a se arrependerem e a se converterem, a fim de que os pecados lhes fossem apagados. Imediatamente, fala-lhes da segunda vinda do Senhor quando afirma: "Então enviará Ele o Cristo, que vos foi destinado, Jesus, a quem o céu deve acolher até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de seus santos profetas" (At 3,20b-21).

Também o apóstolo Paulo, na primeira das diversas cartas que escreveu, no livro mais antigo do Novo Testamento, já demonstrava preocupação com a segunda vinda do Senhor, como podemos constatar no capítulo 5,23 da primeira epístola aos Tessalonicenses: "O Deus da paz vos conceda santidade perfeita; e que o vosso ser inteiro, o espírito, a alma e o corpo sejam guardados de modo irrepreensível para o dia da Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo."

Tanto Pedro, o apóstolo dos judeus, como Paulo, o apóstolo dos gentios, trabalharam esse tema em suas pregações e escritos. Ao lermos Mateus - "e este Evangelho do Reino será proclamado no mundo inteiro como testemunho para todas as nações. E então virá o fim" (Mt 24,14) -, percebemos que há um tempo estabelecido para a vinda do Senhor. Este tempo está compreendido entre o início da propagação do Evangelho e a chegada dessa mensagem ao mundo inteiro.
Em Atos, os anjos afirmam que, do mesmo modo que viram Jesus subir, o verão descer dos céus: "Os anjos disseram: 'Homens da Galileia, por que estais aí a olhar para o céu? Este Jesus que foi arrebatado dentre vós para o céu, assim virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu'" (At 1,11). Também no final dos Evangelhos vemos Jesus dizendo de sua segunda vinda gloriosa e dos diversos sinais que antecedem esse evento.

Os primeiros cristãos cumpriram a missão de levar o Evangelho e advertiram a Igreja sobre a vinda gloriosa do Senhor. Cabe à Igreja dos dias atuais - ao identificar os diversos sinais precursores e constatar que o Evangelho está chegando aos confins da terra - se deter sobre este assunto com mais profundidade.

Miguel Martini

A INCREDULIDADE É UM VÍRUS DE ALTO RISCO

A fé é como um gerador de energia elétrica: enquanto ele está em ação a energia flui. Na hora em que o gerador perde o ritmo, a luz começa a falhar e apaga tudo. O inimigo está agredindo o nosso gerador, que é a fé.

A incredulidade é um vírus de alto risco. Com isso a oração diminui, perdemos a confiança em Deus, na Sua Divina Providência e deixamos de lado a alegria e a esperança. Um cristão sem esperança é infeliz e frustrado.

Quero convidar você a partir de hoje, a buscar sua confissão. João Paulo II nos dizia: "oferece o perdão, recebe a paz". Vamos caminhar a partir de hoje, oferecendo o perdão a todos.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova