segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DOM BOSCO

 São João Bosco Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.

Dom Bosco, criador dos oratórios. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós!

VIVA A SANTA MISSA COM INTENSIDADE


Jesus nos deixou esta grande promessa: “Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele” (Jo 6,56).

Em cada celebração da Santa Missa, em cada comunhão, Jesus faz uma “transfusão de sangue” em nós. É o Seu Corpo e o Seu Sangue que invadem o nosso organismo, atingindo todo o nosso corpo e chegando às nossas enfermidades.

Inúmeras curas físicas e espirituais se dão pela Eucaristia, restaurando a nossa fé. Este é o presente de Jesus: Ele nos cura com Seu Corpo e Seu Sangue, que recebemos em cada comunhão.

Viva cada instante da Santa Missa com intensidade, especialmente o momento da consagração. Olhe para a hóstia consagrada como se você estivesse olhando para a Pessoa de Jesus, porque realmente Ele está ali.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

ALÉM FRONTEIRAS

Uma das características do Cristianismo é a dimensão missionario
O bem se difunde por si mesmo", aprendemos com a sabedoria dos antigos. Onde existe uma obra boa, isso tende a se espalhar e influenciar positivamente. Vem logo à nossa mente a observação sobre o que é mau, recordando que uma maçã podre estraga as outras que estão na mesma caixa. Só que para o cristão a vitória final é e será do que é bom. Não acreditamos que a maldade tenha força igual ou superior à bondade. Acreditamos em Deus, que é Senhor da história!
Uma das características do Cristianismo é a dimensão missionária, com a qual o olhar se amplia, até que todos conheçam o Nome de Jesus Cristo, para invocá-Lo como Deus e Senhor. Com todo o respeito devido às convicções diferentes de outras pessoas e grupos na sociedade, não é lícito ao cristão calar seu testemunho e sua voz, pois está convencido de que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Quando soube que João tinha sido preso, Jesus retirou-se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e de Neftali, para cumprir-se o que foi dito pelo profeta Isaías: 'Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região além do Jordão, Galileia, entregue às nações pagãs! O povo que estava nas trevas viu uma grande luz, para os habitantes da região sombria da morte uma luz surgiu'" (Mt 4, 12-16). Perguntamo-nos hoje sobre as áreas mais desafiadoras à ação missionária dos cristãos, para acolher o chamado missionário do Senhor e de Sua Igreja.
Provoca a criatividade missionária e a abertura à ação do Espírito Santo o relativismo corrente, muito mais do que as áreas geográficas. O cristão se sente chamado a um testemunho mais qualificado quando se faz tabula rasa de todas as práticas de nosso tempo. Só uma vida consistente pode convencer da verdade pessoas cujos conceitos ficaram reduzidos a opiniões. Convive-se simplesmente com todos os conceitos, sem clareza de opções e rumos definidos, até porque o horizonte de tantos se fecha nesta terra, perdendo-se a perspectiva da eternidade. Esta tem sua fonte na certeza da Ressurreição de Cristo e em nossa ressurreição para uma vida nova, com a eternidade como limite! Sem essa convicção, somos dentre todos os mais dignos de dó!
elativismo se enfrenta e se vence com vida, oferecida com simplicidade e firmeza. Dentro de poucos meses o mundo vai parar mais uma vez diante do testemunho de João Paulo II, a ser beatificado no dia primeiro de maio, domingo da Divina Misericórdia. Falou durante toda uma vida, desde sua Polônia natal e por vinte e seis anos de pontificado. Continuou pregando e o mundo se inclinou diante de uma figura frágil nos últimos anos de atividade apostólica. Falou numa cadeira de rodas ou com a bengala nas mãos. Ancião, atraiu jovens de todas as partes do mundo! Falou com a presença silenciosa de sua Salma exposta na Praça de São Pedro. Temos o santo orgulho de saber que o proximamente bem-aventurado João Paulo II visitou esta terra. Belém terá, na Avenida João Paulo II, uma Paróquia nova a ele dedicada para a perpétua memória de seu testemunho! E se suas mensagens e pregações forem redescobertas, virá à tona a radicalidade do testemunho oferecido, nadando contra a correnteza do relativismo!
Fronteiras a serem superadas são as marcas da marginalização em nossa terra. A criatividade apostólica dos cristãos é provocada a vencer as distâncias sociais. Não pela primeira vez, mas insisto em pedir que se olhe ao redor! Ali mesmo, na esquina próxima de nossas casas ou nas baixadas ou vielas das quais se quer fugir, encontram-se pessoas que são candidatas ao nosso amor e à nossa capacidade de incluir os outros na vida da Igreja e da sociedade. O medo não é o instrumento adequado, mas a coragem de quem acredita naquele que venceu o mundo!
Fronteiras são os acontecimentos inexplicáveis, como as catástrofes naturais para as quais se torna até fácil culpar Deus! A natureza mal cuidada tem suas reações. E o Senhor continua presente! Talvez alguns pensem que até esteja soterrado, mas Ele está bem vivo. Não é difícil ver que a onda de solidariedade criada em tais ocasiões tem sua origem em seu Espírito de amor!
A fronteira definitiva, chave para que muitos outros limites sejam superados, é a da liberdade humana, só ela capaz de ouvir o apelo de Jesus Cristo: "Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo" (Mt 4, 17). A Galileia das nações de hoje está dentro de nós!
Dom Alberto Taveira Corrêa