quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A DECEPÇÃO E A MAGOA GERAM RUPTURAS EM NÓS


A decepção e a magoa geram rupturas em nós. Porém, pequenas rupturas são tratadas com mais facilidade, basta o tempo e a vontade de querer cicatrizar a ferida. De acordo com a leveza do erro do outro e a sensibilidade do coração de cada pessoa algumas magoas podem ser relevadas e até facilmente esquecidas. Mas, quando algo se rompe dentro de nós é um erro querer voltar ao que era antes ou simplesmente ignorar tudo o que aconteceu. Quando rompemos com algo é porque a forma como as coisas estão sendo conduzidas, não estão corretas e a nossa estrutura humana só consegue relativizar certas coisas até determinado ponto. Não podemos generalizar e não podemos esperar que todas as pessoas tenham a mesma capacidade que outros para lidar com determinadas situações. Só não podemos ter a fraqueza e a imaturidade de querer ir desistindo de qualquer coisa pelas dificuldades ou pelos desapontamentos que encontramos ao lidar com as situações. Todo rompimento deve acontecer primeiro dentro de nós e aqui rompimento quer dizer capacidade de se rever. De romper com escolhas erradas e opções incoerentes que nós mesmos fazemos diante das coisas. Em primeiro lugar, nunca culpe os outros pelas escolhas que você mesmo fez na sua vida. Ser adulto significa, antes de qualquer coisa a capacidade de fazer escolhas. Ninguém pode escolher por voce. Romper com as incoerências é um sinal de maturidade e possibilidade de termos mais êxitos nas escolhas de cada dia que precisamos fazer na vida. Quando você é capaz de rever seus próprios erros e perceber onde você poderia ter sido menos ingênuo nas suas escolhas as rupturas não serão simples rompimentos, mas novas chances que você dar a você mesmo de recomeçar sempre de novo. Muitos dos nossos relacionamentos estão estupidamente corrompidos e corroídos porque foram mal conduzidos. Antes que eles se rompam de vez, permita que as rupturas já ocorridas ou ignoradas sejam re -vistas e re- direcionadas. Eu acredito na força do perdão e do recomeço para qualquer esfera de relacionamento humano . Só não insista na velha formula de se relacionar, aquela que mais machuca do que cicatriza. E preferivel um relacionamento renovado ainda que seja pela dor, do que insistir na velha ferida que nunca cicatriza.
Padre Roger Araújo

PORQUE VOCE NÃO SE PERDOA ?

Há muitas pessoas que fizeram barbaridades no passado, e daí o demônio coloca os sentimentos de culpa no coração delas. 
Estes sentimentos são como escudos na nossa frente para que não nos deixemos atingir pelo amor de Jesus. 
Na hora de pecar, o demônio o manda fazer tudo depressa, mas na hora de aceitar o amor de Deus, ele fica querendo que você deixe para depois.
Deus não quer você numa vida estragada e estragando a vida do outros. 

O Senhor o ama como você está e como você é. 
Se o Senhor quer perdoá-lo, então por que você não se perdoa a si mesmo? 
Deixe cair essa armadura. Acabe com essa tolice e deixe Jesus fixar os olhos em você e o amar. Deixe Jesus o amar. Você não precisa sentir nada. É uma questão de vontade e não de sentimentos.
Ouça o Espírito Santo que fala no seu coração. 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

CARIDADE; MISTURADO AMOR DIVINO COM O HIMANO

Há amor em você! Esse amor se chama caridade. O inimigo estraga tudo e acaba caricaturando o que há de mais lindo. Isso foi uma profanação que ele fez.

Hoje, caridade significa dar esmola, doar algumas coisas, muitas vezes, sem compromisso; tanto assim que se diz por aí: “Eu não quero saber de caridade; se você quiser me dar alguma coisa, me dê, mas não quero saber de caridade”. Muitos pobres dizem isso. Por quê? Porque a palavra “caridade” se tornou uma caricatura. Mascaridade vem de cáritas e esta vem de caris. Caris deu a palavracarisma.

A verdadeira caridade é a união do amor divino com o amor humano. Deus lhe deu amor. No começo da criação, o amor era puro, como a nascente de água que sai da serra. O seu amor era amor de Deus. Depois, veio o pecado original e envenenou a fonte, o amor se misturou com sensualidade, com sexualidade, egoísmo, ganância e cobiça.

Quando veio no poder do Espírito Santo, Jesus deu a esse amor o nome de caridade. É um dom, um presente. É o próprio Espírito Santo amando e misturando em você o amor divino com o amor humano. Isso é caridade!

O Senhor quer nos batizar nesse amor para que, daqui para a frente, a nossa sensibilidade tire de dentro de nós o amor verdadeiro e o coloque para fora, um amor que é doação, serviço e entrega. Amor que, muitas vezes, é sacrifício, doação, é esquecer-se de si, perder por causa dos outros. Amor que, muitas vezes, é perdão, desculpa, suporte, doação

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

COMO SUPERAR A DEPRESSÃO

Hoje, há uma forte tendência ao aparecimento da depressão. Muitos são os fatores que causam esta patologia. Em qualquer caso, faz-se necessária uma ajuda terapêutica. Em muitos casos, é necessária a ajuda de medicamentos. Depressão é um sintoma do nosso tempo. Pode ser que ela sempre tenha existido em outros tempos, contudo, recebia outros nomes e outros diagnósticos.

Não cabe aqui apresentarmos um relato clínico da depressão. Esta tarefa cabe a um profissional da área médica. Contudo, gostaria de conversar com você sobre a depressão a partir de uma perspectiva espiritual. É preciso deixar claro que não pretendo dizer ou afirmar que a causa do processo depressivo seja a área espiritual, mas a espiritualidade pode colaborar no processo de tratamento do depressivo.

Somos um todo. Sabemos que o ser humano não é visto mais como um ser fragmentado. Tudo aquilo que vivenciamos produz em nosso ser uma resposta positiva ou negativa. Neste totalitário que somos, a espiritualidade está inserida. E a maneira como a vivenciamos afeta todo o nosso ser e, consequentemente, nossa vida.
A fé dá sentido à nossa existência. Hoje, o ser humano tem sede de uma vivência espiritual profunda em sua vida. Na maioria dos casos, quando alguém diz que está com depressão e é questionado sobre a sua vivência espiritual, esta pessoa diz: “Não tenho nenhuma vivência espiritual”, “Não participo de nenhuma Igreja”, “Faz muito tempo que não faço orações”, “Não tenho nenhum relacionamento com Deus”. Essas respostas são seguidas das seguintes afirmações: “Estou sentido um vazio em meu coração”, “Minha vida não tem sentido”, “Não consigo sentir Deus perto de mim”, “Ninguém gosta de mim”, “Queria morrer, porque não faria falta para ninguém”. Outras afirmações ainda presentes: “Não consigo me amar”, “Não deveria ter nascido”.

Não quero afirmar que essas respostas e afirmações de quem passa por um momento depressivo seja a causa da depressão. A raiz pode estar em outros setores da vida, os quais podemos comentar em outra ocasião.

Esse vazio interior, alegado por um grande número de pessoas depressivas, pode ser desencadeado por inúmeros fatores. Do ponto de vista espiritual, o vazio interior pode ser ocasionado pela falta da presença de Deus. E quando me refiro a essa "falta", não estou afirmando que o Senhor não esteja junto da pessoa. Deus está sempre conosco, mas nós estamos sempre com Ele? Esta é uma grande questão espiritual que necessita de uma resposta clara e verdadeira de quem enfrenta um quadro depressivo.

A oração abre nossa alma para percebermos a presença de Deus em nossa vida. A participação na vida de comunidade nos coloca em contato com outras pessoas que se unem a nós, para que, juntos, nos alimentemos do Pão da Palavra e da Eucaristia. A Eucaristia, o próprio Cristo, devolve-nos o sentido da vida. O relacionamento com o Senhor só é despertado em nós quando tomamos consciência de que somente Ele pode preencher o vazio que carregamos em nosso coração. Santo Agostinho já afirmava: “Fizeste-nos para ti e inquieto está nosso coração enquanto não repousa em ti”.

Superar o processo depressivo depende, em grande parte, da pessoa que sofre essa patologia. No entanto, a espiritualidade é uma forte aliada neste processo de superação. Afinal, no todo que somos Cristo está presente.
Padre Flávio Sobreiro

O REINO E A FÉ

O cristão crê em Deus por intermédio de Jesus Cristo
Acima dele havia um letreiro: ‘Este é o Rei dos Judeus’. Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: ‘Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!’ Mas o outro o repreendeu: ‘Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma pena? Para nós, é justo sofrermos, pois estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal’. E acrescentou: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando começares a reinar’. Ele lhe respondeu: ‘Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso’” (Lc 23, 38-43). 

A situação dos três condenados é a mais crítica que se possa pensar e, no entanto, alguém é capaz de dar um verdadeiro salto, o salto da fé, que supera as circunstâncias mais dolorosas e abre o horizonte do Reino de Deus, “Reino eterno e universal: Reino da verdade e da vida, Reino da santidade e da graça, Reino da justiça, do amor e da paz”. Da dura realidade da cruz brotaram as fontes da evangelização.

Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, revelou-se apaixonado pelo Reino de Deus. Anunciou o Reino com toda a força, indicou seus sinais na natureza e na vida das pessoas, proclamou-o presente e ao mesmo tempo o porvir, alertou sobre o fato de que este Reino se encontra perto de nós! Seus discípulos percorrerão o mundo inteiro, para chegar aos confins da terra, descobrindo as sementes do Reino de Deus plantadas pelo Espírito Santo, mostrando-as presentes, proclamando a Boa Nova da salvação e realizando o próprio Reino na Igreja, testemunha e presença do domínio de Deus.

Só que Deus não domina com os critérios e modalidades correntes. Falar de Reino de Deus exige pensar em semente, luz, fermento, grão de trigo, que morre para dar a vida... Até o fim dos tempos, quando o Senhor vier em sua glória, este Reino, qual trigo no meio do joio, será provocado pela presença do mal, ainda que os discípulos de Jesus saibam, com a certeza da fé, que a vitória será do bem e da verdade. Ele, Jesus Cristo, é o Senhor da história, princípio e fim, alfa e ômega da aventura humana! N'Ele está a vida verdadeira e o sentido de toda a procura do bem e da verdade!

Se parece muito bonito e confortador afirmar tais verdades, bem sabemos que elas pertencem ao âmbito da fé. Sem a fé, a realidade será compreendida de forma diversa. Tanto que aparecem dois modos de encarar a vida, ambos fadados a bloquear o sentido da própria existência. De um lado, perder de vista a eternidade para a qual fomos criados por Deus, justamente por não enxergar a maravilhosa realidade de criaturas em que nos encontramos. As pessoas que vivem assim só acreditam em si mesmas e naquilo que veem com os olhos da carne. É a pretensão de autonomia absoluta, na qual somos apenas obra do acaso ou dos processos físico-químicos da natureza, pelo que “comamos e bebamos, pois amanhã morreremos” (Cf. 1 Cor 15, 32). É ainda possível enxergar a existência como uma fatídica destinação do sofrimento, com a qual o pessimismo se instala e corrói as pessoas. De Deus se tem apenas medo, pois é visto como um vigia implacável, juiz severo, pronto a condenar os atos humanos. A fé se reduz à crença, os mitos se instalam, o medo ocupa o coração e cresce o risco do fanatismo. É o outro lado de uma medalha com a qual se pretende pagar o preço da passagem pela vida. Sabemos que nenhuma das duas visões é a autêntica fé cristã.

A fé cristã, do homem e da mulher que se encantam pelo Reino “de” Deus, escancara novas e inusitadas oportunidades. Jesus Cristo é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus por intermédio de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus e é Deus com o Pai e o Espírito Santo. Ele é o cumprimento das Sagradas Escrituras, Aquele em quem acreditamos, Aquele “que em nós começa e completa a obra da Fé” (Cf. Hb 12,2). Jesus Cristo, consagrado pelo Pai no Espírito Santo, é o verdadeiro realizador da evangelização, com a qual a Igreja se apresenta diante do mundo.

Sua missão continua no espaço e no tempo (Cf. Homilia de Bento XVI, na abertura do Ano da Fé, 11 de outubro de 2012). É um movimento que parte do Pai e, com a força do Espírito, conduz a levar a Boa Nova aos pobres. A Igreja é o instrumento desta obra de Cristo, unida a Ele como o corpo à cabeça. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). E soprando sobre os discípulos, disse:“Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22). O próprio Cristo quis transmitir à Igreja a missão, e o fez e continua a fazê-lo até o fim dos tempos, infundindo o Espírito Santo nos discípulos, dando-lhes a força para “proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

Nossa vida cristã é resposta a este imenso amor de Deus. É fundamental reavivar o desejo ardente de anunciar novamente Jesus Cristo. Nos últimos tempos aconteceu o avanço de uma "desertificação" espiritual. Já se podia perceber, a partir de algumas páginas trágicas da história, o pouco o valor dado à vida num mundo sem Deus, mas agora, infelizmente, vemos o vazio que se espalhou. Mas é precisamente a partir da experiência desse deserto, desse vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer e a sua importância vital. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida. Há sinais da sede de Deus, de um sentido para a vida, ainda que muitas vezes expressos de modo confuso ou negativo. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à graça de Deus, que liberta do pessimismo(Cf. Bento XVI, "Porta Fidei").

Na conclusão do Ano da Fé, nasce uma nova perspectiva de missão. Acolhamos, neste fim de semana, o impulso evangelizador da Exortação Apostólica “Evangelii gaudium”, com a qual o Papa Francisco impulsiona a tarefa da evangelização. O Reino de Deus é de novo anunciado e com novo ardor, novos métodos e novas expressões. Deus seja louvado porque não podemos parar!
Dom Alberto Taveira Corrêa

O NÓ DA DESOBEDIÊNCIA DE EVA FOI DESFEITO PELA OBEDIÊNCIA DE MARIA ( SANTO IRINEU)



 Você peça a Nossa Senhora um coração obediente à vontade de Deus. Não receie em fazer tal pedido! Saiba que a Mãe Celeste deseja ajudar a cada um de nós, seus filhos, a trilhar o abençoado e proveitoso caminho da santa obediência. Que neste dia Nossa Senhora conduza o coração dos filhos a obedecer aos pais, dos religiosos a obedecer aos superiores, dos fiéis a obedecer à Palavra de Deus e à Sã Doutrina, dos cidadãos a obedecer às autoridades constituídas e assim por diante. Precisamos permitir que Nossa Senhora, como boa Mãe e Mestra, nos eduque e nos forme na escola da docilidade. Um coração rebelde e autossuficiente, uma alma que teima em permanecer indócil, não consegue experimentar a Vida Nova que Deus preparou ao homem por Ele amado. Pensemos nisso, meus irmãos! A graça reservada a nós neste dia - pelas mãos da Virgem Santíssima - é a graça de um coração obediente.
Alexandre Oliveira