domingo, 6 de janeiro de 2013


EPIFANIA DO SENHOR


Epifania significa "manifestação". Jesus se dá a conhecer. Embora Jesus tenha aparecido em diferentes momentos a diferentes pessoas, a Igreja celebra como Epifanias três eventos:

  • Epifania aos Reis Magos (cf. Mt 2, 1-12).
  • Epifania a São João Batista no Jordão (cf. Mt 3, 13-17).
  • Epifania a seus discípulos e começo de Sua vida pública com o milagre em Caná (cf. Jo 2, 1-12).

A Epifania que mais celebramos no Natal é a primeira. A festa da Epifania tem sua origem na Igreja do Oriente. Diferentemente da Europa, no dia 6 de janeiro tanto no Egito como na Arábia se celebra o solstício, festejando o sol vitorioso com evocações míticas muito antigas. Epifanio explica que os pagãos celebravam o solstício invernal e o aumento da luz aos treze dias desta mudança; nos diz também que os pagãos faziam uma festa significativa e suntuosa no templo de Coré. Cosme de Jerusalém conta que os pagãos celebravam uma festa muito antes dos cristãos com ritos noturnos nos quais gritavam: "a virgem deu à luz, a luz cresce".

Entre os anos 120 e 140 dC os gnósticos trataram de cristianizar estes festejos celebrando o batismo de Jesus. Seguindo a crença gnóstica, os cristãos de Basílides celebravam a Encarnação do Verbo na humanidade de Jesus quando foi batizado. Epifanio trata de dar-lhes um sentido cristão ao dizer que Cristo demonstra assim ser a verdadeira luz e os cristãos celebram seu nascimento. Até o século IV a Igreja começou a celebrar neste dia a Epifania do Senhor. Assim como a festa de Natal no ocidente, a Epifania nasce contemporaneamente no Oriente como resposta da Igreja à celebração solar pagã que tentam substituir. Assim se explica que a Epifania no oriente se chama:Hagia phota, quer dizer, a santa luz. Esta festa nascida no Oriente já era celebrada na Gália a meados do séc. IV onde se encontram vestígios de ter sido uma grande festa para o ano 361 dC. A celebração desta festa é um pouco posterior à do Natal.

Os Reis Magos

Enquanto no Oriente a Epifania é a festa da Encarnação, no Ocidente se celebra com esta festa a revelação de Jesus ao mundo pagão, a verdadeira Epifania. A celebração gira em torno à adoração à qual foi sujeito o Menino Jesus por parte dos três Reis Magos (Mt 2 1-12) como símbolo do reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador de toda a humanidade.

De acordo com a tradição da Igreja do século I, estes magos são como homens poderosos e sábios, possivelmente reis de nações ao leste do Mediterrâneo, homens que por sua cultura e espiritualidade cultivavam seu conhecimento do homem e da natureza esforçando-se especialmente para manter um contato com Deus. Da passagem bíblica sabemos que são magos, que vieram do Oriente e que como presente trouxeram incenso, ouro e mirra; da tradição dos primeiros séculos nos diz que foram três reis sábios: Belchior, Gaspar e Baltazar. Até o ano de 474 d.C seus restos estiveram na Constantinopla, a capital cristã mais importante no Oriente; em seguida foram trasladados para a catedral de Milão (Itália) e em 1164 foram trasladados para a cidade de Colônia (Alemanha), onde permanecem até nossos dias.

Trazer presentes às crianças no dia 6 de janeiro corresponde à comemoração da generosidade que estes magos tiveram ao adorar o Menino Jesus e trazer-lhe presentes levando em conta que "o que fizerdes a cada um destes pequenos, a mim o fazeis" (Mt. 25, 40); às crianças fazendo-lhes viver formosa e delicadamente a fantasia do acontecimento e aos adultos como mostra de amor e fé a Cristo recém nascido.

MARIA MÃE DA TERNURA

Maria é uma Mãe cheia de ternura. Quando Ela terminou sua missão foi arrebatada ao céu em corpo e alma. Renovemos nossa consagração a Ela. Nós estamos em tempos de luta. A luta é entre Ela e o dragão. Por isso, precisamos estar com a Santíssima Virgem Maria. E na luta contra o maligno quem luta é Ela. Para sermos protegidos dos ataques dele temos de estar com Ela, debaixo de seu manto. 

Ela é a nossa protetora. A bendita entre as mulheres! Ela é quem vai esmagar a cabeça da serpente e vencer a batalha! É por isso que nós dizemos:

"Oh, minha Senhora, oh minha Mãe, eu me ofereço todo a vós. E em prova de minha devoção para convosco, vos consagro neste dia os meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou vosso, oh incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa." Amém!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

O AMOR SEMPRE VENCE


Tudo passa, só Deus não passa; e o amor sempre vence. Jesus é o puro amor, é Ele quem nos ensina a amar.
“Como o Pai me ama assim também eu vos amo” (Jo 15,9). É por isso que o amor vence, porque vem de Deus.
O amor é perseverante, por isso deve ser expressado a cada momento e em cada pessoa, pois somos únicos diante de Deus.
Precisamos abrir o nosso coração para que o Senhor faça em nós Sua Obra, a fim de que multipliquemos o talento que Ele mesmo nos deu.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

A DESCOBERTA DE DEUS NA ATIVIDADE HABITUAL


Como em Nazaré, como os primeiros cristãos

Para aqueles que são chamados por Deus a santificar-se no meio do mundo, converter o trabalho em oração e ter alma contemplativa, é o único caminho, porque "ou sabemos encontrar o Senhor em nossa vida ordinária ou nunca O encontraremos", afirmava São Josemaria.  Convém que meditemos bem devagar sobre este ensinamento capital de São Josemaria. Neste texto, consideraremos o que é a contemplação; em outras ocasiões, deter-nos-emos no aprofundamento da vida contemplativa no trabalho e nas atividades da vida ordinária.  A descoberta de Deus, na atividade habitual de cada dia, dá aos próprios afazeres seu valor último e sua plenitude de sentido. A vida oculta de Jesus em Nazaré, os anos intensos de trabalho e de oração, nos quais Jesus Cristo levou uma vida comum — como a nossa, se o quisermos —, divina e humana ao mesmo tempo, mostram que a atividade profissional, a atenção dedicada à família e as relações sociais não são obstáculo para orar sempre (Lc 18,1), mas ocasião e meio para uma vida intensa de intimidade com o Senhor, até que chega um momento em que é impossível estabelecer uma diferença entre trabalho e contemplação. 
Por esse caminho de contemplação na vida ordinária, seguindo as pegadas do Mestre, decorreu a vida dos primeiros cristãos: «quando passeia, conversa, descansa, trabalha ou lê, o crente ora» (Clemente de Alexandría, Stromata, 7, 7.), escrevia um autor do século II. Anos mais tarde, São Gregório Magno testemunha, como um ideal tornado realidade em numerosos fiéis, que «a graça da contemplação não se dá sim aos grandes e não aos pequenos; mas muitos grandes a recebem, e também muitos pequenos; e tanto entre os que vivem retirados como entre pessoas casadas. Portanto, se não há estado algum entre os fiéis que fique excluído da graça da contemplação, aquele que guarda interiormente o coração pode ser ilustrado com essa graça» (São Gregório Magno, In Ezechielem homiliae, 2, 5, 19.).  O Magistério da Igreja, sobretudo a partir do Concílio Vaticano II, recordou muitas vezes esta doutrina, tão importante para os que têm a missão de levar Cristo a todas as partes e transformar o mundo com o espírito cristão. «As atividades diárias apresentam-se como um precioso meio de união com Cristo, podendo converter-se em matéria de santificação, terreno de exercício das virtudes, diálogo de amor que se realiza nas obras.O espírito de oração transforma o trabalho e, assim, torna-se possível estar em contemplação de Deus ainda que permanecendo nas ocupações mais variadas» ( João Paulo II, Discurso ao Congresso «A grandeza da vida ordinária», no centenário do nascimento de São Josemaria, 12-I-2002, n. 2). 
Ensina o Catecismo que «a contemplação de Deus na Sua glória celestial é chamada pela Igreja de 'visão beatífica'» (CIC 1028). Desta contemplação plena de Deus, própria do Céu, podemos ter uma certa antecipação nesta terra, um princípio imperfeito (Cfr. Santo Tomás de Aquino, Summa Theologiae, I, q. 12, a. 2, c; e II-II, q. 4, a.1; q. 180, a. 5, c.) que, embora seja de ordem diversa da visão, é já uma verdadeira contemplação de Deus, assim como a graça, embora sendo de ordem distinta da glória, é, não obstante, uma verdadeira participação na natureza divina. Agora vemos como num espelho, obscuramente; depois veremos cara a cara. Agora conheço de modo imperfeito, depois conhecerei como sou conhecido (1 Cor 12, 12. Cfr. 2 Cor 5, 7; 1 Jn 3, 2.), escreve São Paulo.  Essa contemplação de Deus como num espelho, durante a vida presente, é possível graças às virtudes teologais, à fé e à esperança vivas, informadas pela caridade. A fé unida à esperança e vivificada pela caridade «faz-nos saborear antecipadamente o gozo e a luz da visão beatífica, fim de nosso caminhar aqui em baixo» (CIC 163). A contemplação é um conhecimento amoroso e gozoso de Deus e de seus desígnios manifestados nas criaturas, na Revelação sobrenatural e plenamente na Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, nosso Senhor. «Ciência de amor» (São João da Cruz, Noite escura, liv. 2, cap. 18, n. 5), chama-a São João da Cruz. A contemplação é um conhecimento total da verdade, alcançado não por um processo de raciocínio, mas por uma intensa caridade (Santo Tomás de Aquino, Summa Theologiae, II-II, q. 180, a. 1, c e a.3, ad 1).  A oração mental é um diálogo com Deus. Escreveste-me: "Orar é falar com Deus. Mas, de quê?" — De quê? D'Ele e de ti: alegrias, tristezas, êxitos e fracassos, ambições nobres, preocupações diárias, fraquezas! e ações de graças e pedidos; e amor e desagravo. Em duas palavras, conhecê-Lo e conhecer-te: "relacionar-se!" (São Josemaria, Caminho, n. 91). Na vida espiritual, este relacionamento com Deus tende a simplificar-se à medida que aumenta o amor filial, cheio de confiança. Sucede, então, que, com frequência, já não são necessárias as palavras para orar nem as exteriores nem as interiores. Sobram as palavras, porque a língua não consegue expressar-se; já o entendimento se aquieta. Não se raciocina, olha-se! (São Josemaria, Amigos de Deus, n. 307).  Isto é a contemplação, um modo de orar ativo, mas sem palavras, intenso e sereno, profundo e simples. Um dom que Deus concede aos que o buscam com sinceridade, aos que põem toda a alma no cumprimento de Sua Vontade com obras e procuram mover-se na sua presença. Primeiro uma jaculatória, depois outra e outra..., até que parece insuficiente esse fervor, porque as palavras resultam pobres: e dá-se passagem à intimidade divina, num olhar para Deus sem descanso e sem cansaço (São Josemaria, Amigos de Deus, n. 296). Isto pode suceder, como ensina São Josemaria, não só nos tempos dedicados expressamente à oração, mas também enquanto realizamos com a maior perfeição possível, dentro de nossos erros e limitações, as tarefas próprias de nossa condição e de nosso ofício, afirmava o santo acima citado.
J. López

A GRAÇA DE DEUS É PARA TODOS

Quando invocamos o nome do Senhor, Ele se compadece de nossas misérias e se inclina em nossa direção. O amor de Deus é tão grande que Ele vem ao nosso encontro, nos pega no colo, cuida de nossas feridas, restabelece nossa dignidade de filhos e cura o nosso coração de toda desesperança. Se confiarmos os nossos problemas a Jesus e proclamarmos o senhorio d’Ele sobre toda e qualquer situação, não seremos abalados de forma alguma. Vitorioso é aquele que confia no Senhor e não se afasta na hora do sofrimento:

“Em minha angústia chamei o Senhor, bradei a meu Deus”.

O Senhor tem operado maravilhas em nosso meio; tem ocorrido uma clara manifestação do poder de Deus. As pessoas têm testemunhado as curas, os milagres e os prodígios. O nosso Deus não se deixa vencer em bondade, e você não pode se excluir desta graça que vem sendo derramada abundantemente sobre aqueles que confiam n’Ele.

A graça de Deus é para todos! Se você está vivendo alguma situação difícil, não recorra aos homens: aproxime-se do trono da graça e entregue tudo a Deus, que é Onipotente, Onisciente e Onipresente. A libertação tem acontecido em massa e você é convidado para se abandonar nas mãos do Senhor e proclamá-Lo como Senhor de sua vida. 

Monsenhor Jonas Abib