sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A CURA INVADE O SER HUMANO POR INTEIRO

Essa passagem bíblica é tão rica em detalhes que, muitas vezes, estes passam despercebidos. Para entender o que a Palavra de Deus está nos falando, muitas vezes, precisamos nos colocar na cena. As ruínas de Jericó marcam a cidade mais antiga do mundo. Quando o povo de Deus queria passar por essa cidade, havia uma muralha no caminho que o impedia de se aproximar dela para beber água. E no caminho havia um homem considerado um mendigo, sem identidade, conhecido apenas pelas coisas maléficas que tinham se abatido sobre ele.
Quando Bartimeu ouviu que Jesus estava junto da multidão, chama pelo Senhor, mas algumas pessoas o repreendem porque queriam ouvi-Lo [Jesus]. No entanto, quanto mais o repreendiam, tanto mais alto gritava e, diante do seu apelo, o Senhor parou e pediu que o chamassem.
Jesus nunca ignora uma oração, feita com fé, de alguém que está sofrendo, Ele nunca passa despercebido por uma pessoa que está sofrendo. A oração que nasce do coração tem muito valor. Quando o coração reza com sinceridade Jesus não ignora essa súplica e, diante da oração de Bartimeu, o Senhor parou e o chamou. Então, as mesmas pessoas que o repreendiam passaram a encorajá-lo para ir ao encontro do Messias.
Sempre há vozes que se levantam a nosso favor, assim como há aquelas que nos tentam parar. Mas diante das vozes que nos desanimaram e nos desencorajaram, e das coisas que nos desgastaram, nesta manhã de segunda-feira o próprio de Jesus nos diz: "Coragem! Levante-se porque Deus está a seu favor".
Quando Deus para junto de nós, Ele já deu o Seu "sim". Bartimeu compreendeu que o Senhor Jesus já lhe havia dado o Seu "sim" quando pediu que o chamassem e perguntou-lhe: "O que queres que eu faça? Ao que respondeu: Senhor, que eu veja". Assim como esse homem que pede ajuda ao Senhor, temos de saber pedir em nossas orações, aprender a rezar. Jesus confirma que a oração de Bartimeu foi indispensável para que ocorresse sua cura. Tudo havia mudado para ele.
Essa passagem bíblica retrata a cura que invade o ser humano por inteiro, pois além da cura da cegueira de Bartimeu, Jesus o tirou da ignorância, da mendicância, do anonimato, do abandono, da solidão. A cura desse homem foi completa e se estendeu para outras pessoas.
Muitas pessoas seguem Jesus por causa de alguma cura ou pelo perdão de um pecado cometido. E porque nós formos curados, O seguimos e, dessa maneira, Deus entra na nossa casa e habita no coração de nossa família.
Mas para seguir Jesus, Bartimeu primeiramente teve que se levantar, mas ninguém precisou pegá-lo no colo, pois ele tinha certeza de que Jesus o atenderia, por isso deu um salto e jogou a sua capa fora.
Da mesma forma, para que aconteça o que você quer ou necessita é preciso primeiramente se levantar e, em seguida, jogar fora o seu "manto", ou seja, deixar a vida de injustiça para trás, deixar as falsas seguranças, pois a nossa segurança é Deus.
Nós, muitas vezes, pedimos que o Senhor nos salve, mas Ele precisa da nossa fé para nos salvar. Precisa que você queira ser salvo, queira ser mudado. Dê um salto, levante-se em nome de Jesus! Acredite mais em Jesus do que no seu problema, deixe que o Espírito Santo entre no seu coração.
Se quiser caminhar sobre os seus problemas, converta-se e mantenha o seu foco em Jesus Cristo. Só existe um jeito de termos equilíbrio na vida: olhando para Jesus. Peça a graça de manter o seu ouvido e o seu coração focados no Senhor.
Márcio Mendes
                                                      

VIVA NUMA CONFIANÇA INCONDICIONAL EM DEUS

Fomos marcados por um conceito de totalmente errado, como se fé fosse somente acreditar na existência de Deus, nos dogmas da Igreja, na virgindade da Santíssima Virgem Maria, na ressurreição da carne, na infalibilidade do Papa, com a inteligência. Sem dúvida, também é isso. Mas o primeiro passo de fé não é crer intelectualmente, mas confiar em Deus: naquilo que Ele é. Acreditar nas verdades que a Igreja ensina é uma consequência disso [fé].
Ao ler os Atos dos Apóstolos, vemos que Paulo ia de cidade em cidade pregando o Evangelho. Em todos os lugares, ele deparava com incompreensão, fofocas, perseguição e era sempre levado aos tribunais. Muitas vezes foi condenado; apanhou e foi apedrejado.
Quantas vezes o apóstolo saiu das sinagogas apanhando... Mas em quem Paulo confiava? Em Deus! E porque confiava em Deus, apesar de toda perseguição, ia em frente. Inspirado por Deus, ele foi para Jerusalém, pois queria expor a seus irmãos o que lhe havia acontecido. Queria contar-lhes sua conversão e pregar o Evangelho. E o que aconteceu? Os próprios irmãos, sacerdotes do Deus vivo, se opõem a ele e o levam à prisão. Assim relata o livro dos Atos dos Apóstolos:
“No dia seguinte, resolvido a saber com certeza de que os judeus acusavam Paulo, o tribuno mandou tirar-lhe as correntes; depois ordenou uma reunião dos sumos-sacerdotes com todo o Sinédrio, e mandou Paulo descer para que comparecesse perante eles. Com os olhos fitos no Sinédrio, Paulo declarou: ‘Irmãos, é com uma consciência livre de qualquer remorso que eu procedi para com Deus até este dia’. Mas o sumo-sacerdote Ananias ordenou aos seus assessores que lhe batessem na boca” (At 22,30.23,1-2).
O sumo-sacerdote estava ali para julgar. O réu tinha todo o direito de se defender. O apóstolo dos gentios começou dizendo: “Irmãos, é com uma consciência livre de qualquer remorso que eu procedi para com Deus até este dia”. Mas Ananias, sumo-sacerdote, mandou os que estavam a seu lado que lhe batessem na boca. Incrível: Paulo estava diante de quem? Diante do sumo-sacerdote: o representante de Deus no meio do povo na época.
“Paulo lhe disse então: 'É a ti que Deus vai ferir, parede caiada! Tu te sentas para me julgar segundo a Lei e, sem consideração à Lei, ordenas que me batam?' Os assessores o advertiram: 'Tu insultas o Sumo Sacerdote de Deus!'” (At 23,3-4).
Na verdade, o apóstolo não sabia que se tratava do sumo-sacerdote (havia muito tempo estava fora de Jerusalém), por isso o chamou de hipócrita. Quando o soube, humilhou-se e disse:
“Eu não sabia, irmãos, respondeu Paulo, que ele era o sumo-sacerdote; de fato, está escrito: 'Tu não insultarás o chefe do teu povo'” (At 23,5).
Até as últimas consequências, o apóstolo dos gentios confia unicamente em Deus. Sua fé o faz agir corajosamente.
Como Paulo, temos de confiar exclusivamente em Deus, fundamentados numa fé que nos garante que nossa segurança está n'Ele. Todos, neste mundo, falham: marido, esposa, pai, mãe, filho, sacerdote, bispo... As pessoas nas quais mais confiamos e que mais amamos são humanas e, por isso, falham. Não é que vamos deixar de acreditar nelas. O problema é que, se depositamos nossa confiança apenas em pessoas e, pior: se achamos que elas não erram e não decepcionam, vamos viver de frustração em frustração.
Em Deus está nossa confiança! Quantas esposas se apoiam totalmente em seus maridos. Esquecem que eles são de carne e osso e falham. Consequentemente, as esposas se decepcionam. O mesmo pode acontecer com os homens: se depositam sua confiança na esposa, no trabalho, nos negócios... logo vem a decepção!
Quantas pessoas confiaram unicamente no padre, na religiosa, esquecendo-se de que são pessoas e podem errar. É necessário que caminhemos com elas, porém, nosso apoio está em Deus.
Precisamos reavivar nossa fé. Não é simplesmente acreditar em algumas verdades: é confiar em Deus. Confiar naquilo que Ele é. Não posso confiar em Deus somente se Ele me curar, se resolver meus problemas... Devo confiar no Senhor incondicionalmente: se não obtive a cura desejada, devo continuar confiando n'Ele. Busco, amo e confio em Deus por causa d'Ele, e não pelos benefícios que isso possa me oferecer.
Muitas vezes o Altíssimo faz maravilhas em nossa vida. Ele melhora situações econômicas, reconstrói casamentos, cura doenças... Mas, infelizmente, muitos apoiam sua fé apenas nisto: creem somente se o Senhor fizer o que desejam. Não é assim! Temos o exemplo de Paulo que só teve decepções com seu povo e com o sumo-sacerdote, mas, ainda assim, continuou confiando no Senhor. O alicerce de sua fé não estava nas pessoas, mas unicamente em Deus. Por isso não se decepcionou.
(Trecho extraído do livro "Divina Providência - Considerai como crescem os lírios" de monsenhor Jonas Abib)