quinta-feira, 19 de abril de 2012

SANTO EXPEDITO (O santo das causas urgentes)

Santo Expedito foi martirizado na Armênia, onde era comandante-chefe da XII Legião Romana, aquartelada na cidade de Melitene, no fim do século 3, de vida devassa. Mas um dia, tocado pela graça de Deus, resolveu mudar de vida. Foi então que lhe apareceu o espirito do mal em forma de corvo. E o corvo lhe gritava 'cras...! cras...! cras...!', palavra em latim que quer dizer 'amanhã... amanhã... amanhã'. Deixa sua decisão para amanhã! Não tenhas pressa! Espere por tua conversão!
Mas Santo Expedito, pisoteando o corvo grita HODIE (hoje), nada de adiamento. É agora. Cristão convertido, assim como toda a sua tropa, Expedito foi vítima da ira do imperador Diocleciano. A importância de seu posto fazia dele um alvo especial do ódio do imperador. Foi flagelado até sangrar e depois decapitado pela espada. Pela sua conversão imediata e não tardia, Santo Expedito é invocado nos casos que exigem solução imediata, e nos assuntos em que alguma demora em sua solução poderia causar prejuízo.
Santo Expedito não deixa seu auxilio para amanhã, ele atende hoje mesmo, e na hora em que necessitamos de sua ajuda. Sua resposta é imediata. Porém sua espera também, que não devemos deixar nossa conversão para amanhã, e nos exige que o que lhes é prometido seja cumprido de imediato, sem demora

JESUS ENTRE NÓS

A fé em Cristo nos transforma

Fazemos mais uma trajetória acompanhando o tempo da Páscoa. Uma das expressões que aparecem sempre no meio dos cristãos – quando lhes é dito: “O Senhor esteja convosco” – é: “Ele está no meio de nós!”. Isso é um fato de fé, que vai além dos conhecimentos simplesmente racionais e científicos. É a presença de Alguém que passou pela experiência da morte e agora está vivo.
Essa realidade da presença de Jesus Cristo foi provada e testemunhada pelos primeiros cristãos, pois o próprio Cristo comprovou Sua identidade de ressuscitado aparecendo para os diversos grupos reunidos em Seu nome. É o maior dado da fé, fundamentado nas palavras dos textos bíblicos, com destaque especial nos Atos dos Apóstolos e escritos do Novo Testamento.
Acreditar na presença viva de Cristo implica consequências para as comunidades cristãs. Uma delas é estar diuturnamente alimentando sua fé. Não basta que ela seja dom de Deus, recebida no batismo, mas tem que ser trabalhada e atualizada na prática dos relacionamentos, na partilha e na solidariedade. Além disso, a fé em Cristo vivo e presente tem que ser transformadora da sociedade.
A ressurreição de Cristo não exclui o lado humano, mas isso é assumido por Ele de forma determinada. Sua divindade foi caminho de resgate e de elevação de toda a humanidade, dando possibilidade às pessoas de participar da vida divina. Entendemos isso como um processo de transformação e de ascensão na atuação e na vida comunitária. O dom da vida divina passa a ser uma conquista a partir da decisão e da atuação concreta de cada pessoa na construção do Reino de Deus.
Tomé não estava presente no grupo dos apóstolos quando Jesus ali aparece como ressuscitado. Ele não quis acreditar, exigindo ver para crer. Essa é atitude de uma sociedade de marca positivista, que só acredita naquilo que pode ser tocado e comprovado pelos sentidos. Mas Cristo revida dizendo “felizes aqueles que acreditam sem ter visto”. Logicamente que isso supõe atitude de abandono nas palavras de Deus e na convicção de fé.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo eleito de Uberaba - MG

ORGULHO E SOBERBA SÃO A MESMA COISA ?

 Deus tem um plano para nós, que inclui felicidade e salvação. O pecado é quando erramos o alvo em nossa vida e pagamos o preço, ou seja, as consequências de nossas escolhas erradas. Mas é possível reconhecer que erramos, começar tudo de novo e refazer a nossa caminhada. Deus sempre nos espera de braços abertos como o pai do filho pródigo (cf. Lc 15, 11-32). Refletir sobre o pecado e suas consequências em nossa vida pode nos ajudar muito a entendê-lo melhor e a fugir dele. Medite a Palavra de Deus para você hoje. Vamos, com mais um exercício espiritual, refletir sobre o pecado do orgulho ou soberba:
A soberba é o pior de todos os pecados capitais. É o que levou os anjos maus a se rebelarem contra Deus, e levou Adão e Eva à desobediência e ao pecado original. Alguém disse que o orgulho é tão enraizado em nós, por causa do pecado original, que “só morre meia hora depois do dono”. Por outro lado, por ser o oposto da soberba, a humildade é grande virtude, a que mais caracterizou o próprio Jesus, “manso e humilde de coração” (cf. Mt 11,29), e também marcou a vida de Maria, “a serva do Senhor” (cf. Lc 1, 38), José e todos os santos da Igreja.
São Vicente de Paulo ensinava seus filhos que o demônio não pode nada contra uma alma humilde, uma vez que sendo ele soberbo, não sabe se defender da humildade. Por isso, com essa arma o maligno foi vencido por Jesus, Maria, José, São Miguel e os santos. A soberba consiste na pessoa sentir-se como se fosse a “fonte” dos seus próprios bens materiais e espirituais. Acha-se cheia de si mesma e se esquece de que tudo vem de Deus e é dom do alto, como disse São Tiago: “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes” (Tg 1,17).
O soberbo se esquece de que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e chamado de Deus, e que, portanto, depende do Senhor em tudo. Como disse Santa Catarina de Sena, a soberba “rouba a glória de Deus”, pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem só a Deus. São Paulo lembra aos coríntios que: “nossa capacidade vem de Deus” (II Cor 3,5). Aos romanos ele disse: “Não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto” (Rm 12,3). “Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisas modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos” (Rm 12,16). Aos gálatas, o apóstolo dos gentios destacou: “Quem pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo” (Gl 6, 3). A soberba tem muitos filhos: orgulho, vaidade, vanglória, arrogância, prepotência, presunção, autossuficiência, amor-próprio, exibicionismo, egocentrismo, egolatria, entre outros.
Podemos dizer que a soberba é a “cultura do ego”. Você já reparou quantas vezes por dia dizemos a palavra "eu"? "Eu vou, eu acho, eu penso que…, mas eu prefiro…", etc. A luta do cristão é para que essa “força” puxe-o para Deus e não para o ego. Jesus, nosso Modelo, afirmou: “Não busco a minha glória” (Jo 8,50). São Paulo insistia no mesmo ponto: “É porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar os homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Deus” (Gl 1,10).
A soberba é o oposto da humildade, palavra esta que vem de “húmus”, aquilo que se acha na terra, pó. O humilde é aquele que reconhece o seu “nada”, embora seja a mais bela obra de Deus sobre a Terra, a glória d'Ele, como dizia santo Irineu, já no século II. São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja, no século V, ressaltou que: “Toda a vitória do Salvador dominando o demônio e o mundo foi iniciada na humildade e consumada na humildade!”.
Adão e Eva, sendo criaturas, quiseram “ser como deuses” (cf. Gen 3,5); Jesus, sendo Deus, fez-se criatura. Da manjedoura à cruz do Calvário, toda a vida de Cristo foi vivida na humildade e na humilhação. Por isso Ele afirmou que no Reino de Deus os últimos serão os primeiros e quem se exaltar será humilhado. Façamos como santa Teresinha do Menino Jesus que procurava o último lugar.Nosso Senhor Jesus já nos deu a receita para vencermos o orgulho e a soberba: a virtude da HUMILDADE.
Oração Diante das Tentações
Mãe querida, acolhe-me em teu regaço, cobre-me com teu manto protetor e, com esse doce carinho que tens por teus filhos afasta de mim as ciladas do inimigo, e intercede intensamente para impedir que suas astúcias me façam cair. A ti me confio e em tua intercessão espero. Enchei o meu coração das virtudes da humildade e mansidão, que são qualidades que a senhora imprimiu no teu filho Jesus Cristo. Amém
Padre Luizinho

AGRADEÇA O SENHOR PELO DOM DA VIDA

Agradeça ao Senhor pelo dom de sua vida! Deus sempre está ao nosso lado como um Pai amoroso. Por que nos inquietarmos? Por que perder a paz e o otimismo?
Deixemo-nos hoje penetrar por esta ordem que Jesus deu aos discípulos e a nós também:
”Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tendes fé em mim também” (Jo 14,1).
Quando a fé ocupa toda a nossa vida: presente, passado e futuro, e nos entregamos radicalmente nas mãos de Deus Pai, tornamo-nos pessoas entusiasmadas e otimistas. Essa entrega nas mãos do Pai nos dá uma paz inabalável, mesmo em meio aos problemas. O belo de tudo é que, com isso, a nossa postura diante das dificuldades não é mais a mesma. Nós nos tornamos homens e mulheres de louvor, cheios de gratidão para com Deus por tudo o que temos vivido.
Iniciemos este dia agradecendo ao Senhor por termos acordado, pelo dom da vida, pelo repouso da noite e por toda a graça que o Senhor nos concede neste começo de dia. Tudo o que nos acontecer de bom ou de mau ao longo do dia, rezemos como Jó: ”Louvado seja Deus!
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

PARA QUE VIVO EU ?


A partir desta resposta seremos um autêntico ser humano

Enquanto não tivermos uma resposta a esta pergunta, uma resposta que nos mostre o significado da nossa existência - a nossa razão de viver, de amar, de lutar, de trabalhar… -, não seremos autênticos seres humanos. Seremos bichos mais ou menos pensantes que circulam, comem, bebem, dormem, fazem sexo, fuçam, desfrutam, se enjoam, se iludem, se desiludem, trabalham, brigam, se deprimem, vão ao psiquiatra, não sabem o que lhes acontecem, envelhecem e morrem.
Faz já alguns anos, uma crônica jornalística reproduzia a resposta de uma mocinha carioca à pergunta sobre o que achava dos bandos de vândalos e pixadores que danificam instalações públicas: - «Para mim - dizia ela -, as pessoas não sabem mais o que fazer das suas vidas». Sem grandes filosofias, essa menina lembrava que nós é que temos de “fazer a nossa vida”, que é preciso “fazer algo com ela”, e que não faremos nada de válido se não “soubermos o que fazer”. Justamente por termos uma inteligência e uma vontade livre, somos os responsáveis pela nossa vida. Que fazemos dela? Que faremos dela?
Essa filósofa-mirim trouxe-me à memória outra menina e outra reportagem de jornal. No caso, uma reportagem bem triste. Em São Paulo, há vários anos, uma estudante de dezesseis anos despencou - ou se jogou? - da janela de um dos últimos andares de um prédio de apartamentos, onde uma turma de colegas consumia drogas. Morreu na hora. Entre os seus papéis, acharam-se rabiscos de umas confissões íntimas. Desse texto, basta uma amostra: «Vou ver se aqui eu consigo dizer tudo o que sempre quis dizer. Em primeiro lugar, eu queria viver. Mas eu vivo, o problema não é esse. O problema é ter que viver para quê? Ou para quem? Eu quero encontrar algo que me faça querer viver eternamente».
A pobre mocinha não tinha descoberto ainda para que vivia, e por isso se achava perdida, sem sentido e sem rumo. Isso faz pensar que, mesmo na sua trágica desorientação, tinha uma intuição profunda do sentido humano da vida. Reparemos que ela não colocava a sua realização em possuir bens, em enriquecer, gozar dos prazeres da vida (como seria de esperar, mexendo-se num ambiente consumista e hedonista), mas numa “razão de viver”, que não conseguia achar: «Eu quero encontrar algo que me faça querer viver eternamente». Só por isso era humana: porque sentia a sede de sentido, sem a qual tudo acaba em absurdo e frustração.
Eu sou fiel a mim mesmo?
À vista desses dois episódios, tornam-se incisivas estas perguntas: - Podemos dizer que estamos configurando, orientando a nossa vida de acordo com um ideal que a cumule de sentido, ou pelo menos que lutamos para chegar a isso? Esse ideal move-nos de maneira a vencermos a preguiça, a pressão do ambiente, os impulsos meramente instintivos, a inércia e a moleza, que apagam qualquer ideal?
Estejamos certos de que só vivendo assim - à procura de um ideal que nos encha de sentido - poderemos dizer que somos fiéis a nós mesmos, à grandeza do que nós somos, às exigências profundas da nossa dignidade de pessoas humanas; em suma, poderemos dizer que somos autênticos seres humanos.
Talvez nos mostre uma pista, para começarmos essa procura, um comentário do protagonista do romance Life after God (”A vida depois de Deus”, deste Deus que “nós matamos”), 
O escritor se autodefine como membro da «primeira geração americana educada sem religião», e retrata a falta de sentido e o tédio acumulado de muitos dos seus companheiros, criados no vácuo do prazer sem Deus (drogas, álcool, sexo-carne, ausência de compromissos).
No fim do romance, o protagonista faz chegar uma mensagem à namorada, que é como que o grito do vazio: «Pois bem… eis o meu segredo. Digo-o com uma franqueza que duvido voltar a ter outra vez; de maneira que rezo para que você esteja num quarto tranquilo quando ouvir estas palavras. O meu segredo é que preciso de Deus; que estou farto e que já não posso continuar sozinho. Preciso de Deus para que me ajude a dar, pois me parece que já não sou capaz de dar; para que me ajude a ser generoso, pois me parece que desconheço a generosidade; para que me ajude a amar, pois me parece que perdi a capacidade de amar…».