sábado, 1 de setembro de 2012

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA


A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar

Ao celebrar o Mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada. É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-Lo no mundo presente, tão necessitado de Sua presença. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo  é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247).
A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação à nossa salvação. Jesus é o centro e o coração da Sagrada Escritura. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o povo de Deus.
Ao lê-la, não devemos nos esquecer de que Cristo é o ápice da revelação de Deus. Ele é a Palavra viva de Deus. Todas  as palavras da Sagrada Escritura têm seu sentido definitivo n'Ele, porque é no mistério de Sua Morte  e Ressurreição que o plano de Deus Pai para a nossa salvação se cumpre plenamente.
Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida

O NECESSÁRIO AO NOSSO SUSTENTO NÃO NÓS FALTARÁ

Assim o Senhor quer que nós vivamos em família: em austeridade. Temos de ser famílias maravilhosamente trabalhadoras, e o tempo de hoje é de trabalhar! Ninguém mais pode comer o pão sem ter trabalhado
Deixe-me dizer para todos os jovens e para todas as pessoas: vocês precisam trabalhar. Enquanto você não tem o emprego que tanto busca, procure alguma coisa para fazer. Pelo menos, na obra do Senhor não falta trabalho
Se você ainda não tem um emprego que o remunere, arrisque-se num trabalho para Deus. Há muita coisa para se fazer! Diga-me, depois, se o Senhor dá ou não dá a você um emprego remunerado! O problema é que nós não temos a coragem de nos arriscar naquela Palavra: "Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a Sua justiça". A justiça de Deus é ver as famílias reconstruídas. A justiça de Deus é isso que nós podemos cantando: "Ninguém te ama como eu". 
Jesus disse: "E esta é a vontade do meu Pai: que eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu". Nós temos de resgatar, recuperar para Deus aquilo que é d'Ele. Entregue-se a esse trabalho, arrisque-se! Invista a sua vida no Reino, na justiça divina e veja se o Altíssimo vai dar, ou não, para você todo o restante em acréscimo! Inclusive um emprego remunerado. 
Se não forem todas, pelo menos uma pessoa da sua família vai trabalhar e vai ser o sustento dos outros. Isto está pertinho de acontecer! Eu não quereria que fosse assim; não sou um profeta de "mau agouro", não! Mas isso está prestes a nos acontecer: numa família inteira, apenas uma pessoa conseguirá ter um trabalho remunerado. Ela é quem acabará sustentando os outros. 
Nós temos de fazer cairem os nossos sonhos dentro do concreto que já estamos vivendo! Você não pode ficar sonhando os "velhos sonhos" para os seus filhos, porque esses sonhos não existem mais! Deixe-me lhe dizer: na situação atual do mundo, nós temos de entrar "na real", temos de viver uma vida pobre, austera. Não dá para ninguém mais querer viver no luxo, no conforto, no bem-estar, na "sobra", no supérfluo... Pelo contrário, é preciso que todos nós queiramos viver a simplicidade, a pobreza, a austeridade de vida. Na verdade, é a vida de trabalhadores, de construtores e de guerreiros ao mesmo tempo.
Veja bem: o necessário não vai nos faltar. Nós teremos o que comer, teremos o que beber, teremos onde morar e o que vestir. Deus vai cuidar de nós! Mas não do modo como nós fomos educados, não no modo como nós sonhamos, não dentro da mentalidade do mundo, do sistema mundano. 
(Trecho da palestra "Vida austera, nossa arma atual" com monsenhor Jonas Abib)

PARTICIPAR DA SANTA MISSA É A MAIOR ORAÇÃO

Participar da Santa Missa é a maior oração que o cristão pode fazer, é o maior presente que ele pode receber: o Corpo e Sangue de Cristo!
Todos os dias tenho a graça de participar da Santa Missa. Não que ela venha até mim, mas eu que me desloco para ir à Igreja e ali participar do mistério da Salvação. Estando na CN ou em viagens missionárias, ou até mesmo no período de descanso, todos os dias busco a Eucaristia, pois tenho certeza de que ela é o meu sustento maior, o alimento da minha alma.
Semana passada fui até a catedral de Natal participar da Santa Missa e ao chegar lá percebi que havia faltado energia. A igreja é bem grande, e fica no centro da cidade, logo há muito barulho ao redor dela.
As pessoas estavam ali. A comentarista se esforçava ao máximo para falar de maneira que pudéssemos ouvir. Com o canto de entrada a Celebração começou. O sacerdote, já idoso, também se esforçava para se fazer ouvir pela comunidade. Infelizmente quase nada se ouvia.
Algumas pessoas, por alguns momentos, conversavam e até murmuravam, mas a grande maioria se esforçava no silêncio para ouvir as palavras do sacerdote. Eu tentei ao máximo me concentrar no mistério que estava sendo celebrado.
Por que esta partilha? Para dizer que a Santa Missa, por si só, é o mistério da Salvação. Ali aconteceu a proclamação da Palavra. Ali aconteceu a transubstanciação do corpo e do Sangue de Jesus. Ali, naquele altar, revivemos a morte e ressurreição de Cristo. Ali fomos convidados para a Ceia com o Cordeiro. Ali comungamos o alimento da nossa alma.
Tudo o que a Santa Missa traz de graça aconteceu naquele dia, mesmo sem energia elétrica, mesmo que não ouvíssemos claramente a voz do padre. Meus olhos viram o pão, e minha fé viu Jesus.
Naquele dia Jesus me disse: ‘Não importa se a igreja (templo) é feia, se o padre tem o sermão ruim, se o ministério de música desafina, se há muitas ‘firulas’ desnecessárias durante a celebração, etc; o que importa é que o mistério é celebrado, o alimento é posto a mesa, e o Céu se faz presente.’
Essa mensagem de Cristo é pra você, que talvez resmungue, murmure da sua paróquia, do seu pároco; que talvez deixe de ir a Missa por nào gostar de como ela é celebrada na sua comunidade; que talvez vai à Missa de padre ‘fulano’, ‘sicrano’, porque são animados…
Não podemos colocar limites humanos àquilo que é graça divina. Participe da Santa Missa, comungue a Palavra de Deus, ouça-a com atenção, guarde no coração a leitura, o Evangelho. Viva com intensidade cada momento e comungue com humildade e amor o Corpo do Senhor, alimento que nos sustenta nessa vida terra.
Não falta a missa dominical. Nada é mais importante do que ela no domingo.
Emanuel Stênio

A CONSTRUÇÃO DA FELICIDADE

Deus não nos criou para uma vida qualquer, mas para que, de fato, vivêssemos a felicidade. 
Muitas vezes, o ser humano não consegue ser feliz, porque não sabe o que é felicidade. Quando não conseguimos defini-la, acabamos buscando-a onde ela não está. Ser feliz é uma realidade nobre e condição para as pessoas que sabem compreendê-la. 
As pessoas confundem alegria com a busca frenética por um prazer imediato. Eu não sou avesso ao prazer, pois ele torna a vida humana melhor, mas se a vida começa a girar em torno deste, ele aprisiona o coração.
A pessoa quando vive uma vida de prazer, não tem limites, nada nunca está bom para ela. Se fizermos aquilo que queremos, não construiremos a felicidade, pois ela é saída, não chegada. Não há contentamento num coração egoísta.
Olhando para nossa sociedade, vemos quantos casamentos acabam, porque as pessoas são egoístas, querem apenas a felicidade própria, mas isso é ilusão. Se o bem-estar é é pautado no egoísmo, a pessoa já começa errado. Se um casamento termina por egoísmo, para que cada um viva seu prazer sozinho, já começa errando o caminho de busca pela felicidade.
A alegria mora na montanha, não no pé da serra; para alcançá-la, é preciso esforço. Existe, hoje, uma certa obsessão pela felicidade, mas eu preciso lhe dizer, mais uma vez, que, num coração egoísta, não existe a construção da felicidade. Ninguém consegue ser feliz sozinho. 
Se você, hoje, é solteiro, construa sua felicidade com sua família, acolhendo os amigos que Deus coloca na sua vida. Deus o criou para ser feliz. Se, hoje, você não o é, quero lhe propor elementos para que se torne feliz.
Sem construir a maturidade não é possível se sentir realizado. O processo da construção da felicidade comporta também renúncias, saber ouvir “não” e aprender a reconciliar-se com a própria história. A partir da realidade, das derrotas e perdas, você pode ser feliz, mas você não pode negarVocê pode não ser quem gostaria de ser, mas é um filho amado de Deus. É preciso que integremos, em nossa vida, os fatos que compõem a nossa história. 
Meus irmãos, não nos enganemos, a felicidade está numa busca de sentidos. Você tem família, tem fé no coração? Todos nós trazemos, no coração, mutilações que a vida nos proporciona como traições, a perda de alguém que amávamos. Mas precisamos, com a força de Deus, nos reconciliar com a força dos fatos. Precisamos nos reconciliar com nossas dores e assumir nossa verdade. 
Não podemos desprezar nada que aconteceu na nossa vida, porque tudo é barro na mão do Oleiro, tudo é material para Deus construir nossa alegria.
Não nos enganemos, pois existe um tipo de sabedoria que vem da vida. A dor, por exemplo, é uma possibilidade de crescimento, de amadurecimento; ou, se você quiser, uma possibilidade de ficar encarcerado na tristeza.
Para construção da maturidade é preciso ser capaz de superar o egocentrismo. Do ponto de vista psicológico, o fechamento em si mesmo é próprio das crianças, um estágio de desenvolvimento delas, mas há adultos que ainda possuem afetos infantis, porque vivem esse profunda idolatria do próprio eu, só pensam em si mesmo.
Um estudo comprova que os mais felizes não são o que ganham mais profissionalmente, mas aqueles que ajudam outras pessoas como é o caso de bombeiros, fisioterapeutas e outros profissionais que trabalham para melhorar a vida das pessoas. 
Quantos vivem uma vida ensimesmada, não conseguem abrir mão de si mesmo pelo outro, vivem um sentimento de posse. 
Quando cometemos um erro grave, mas pedimos perdão, a situação se acaba. Mas, muitas vezes, o que acontece é que queremos nos justificar. No entanto, o orgulho não nos deixa recomeçar. Quantos filhos, diante dos pais, não reconhecem seus próprios erros, perdendo a oportunidade de reconstruir a sua felicidade!
Os erros nunca vão nos abandonar, a fraqueza faz parte do que somos, mas precisamos aprender a conviver com elas. Os motivos da nossa alegria nos mostram quem somos. 
 os fatos que permeiam sua vida. 

Padre Adriano Zandoná 
Missionário da Comunidade Canção Nova