segunda-feira, 28 de abril de 2014


A CONSAGRAÇÃO A MARIA PASSO A PASSO ( SÃO LUIS MONFORT )

Saiba como fazer, passo a passo, a consagração a Virgem Maria, segundo o método do Tratado da Verdadeira Devoção.
Neste artigoA consagração a Virgem Maria passo a passo, procuramos ensinar, passo a passo, como fazer a consagração a Nossa Senhora, segundo o método do livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, deSão Luís Maria Grignion de Montfort. Escrevemos este tendo em vista a dificuldade de encontrar pessoas que conheçam bem a devoção ensinada por São Luís e saibam orientar quem deseja fazer sua consagração a Jesus Cristo e a Virgem Maria. Para nos consagrar a Virgem Maria, é necessário que conheçamos bem o Tratado, por isso, indicamos alguns conteúdos que nos ajudarão obter esse conhecimento. Estes conteúdos são interessantes não somente para quem deseja se consagrar a Nossa Senhora, mas também para as pessoas que desejam renovar sua consagração ou apenas conhecer o Tratado
Em primeiro lugar, para conhecer bem o que é a consagração a Jesus Cristo e a Virgem Maria ensinada por São Luís Maria, é necessário ler o Tratado todo. Além da leitura do Tratado, recomendamos 04 aulas do Padre Paulo Ricardo sobre o Tratado
Além do conhecimento do Tratado, para fazer a consagração é necessário pelo menos trinta dias, nos quais rezamos algumas orações indicadas por Montfort no Tratado (cf. TVD 227-230), que postamos nos links abaixo. Porém, antes de começar a preparação, precisamos escolher uma data, de preferência mariana, para fazer a consagração. Exemplo: se queremos nos consagrar no dia de Nossa Senhora de Lourdes, que comemoramos em 11 de Fevereiro, devemos começar a preparação pelo menos no dia 12 de janeiro. Para não correr o risco de errar na data, recomendamos que se faça as contas olhando atentamente o calendário.
Os trinta dias de oração em preparação para a consagração são divididos em quatro passos. Para facilitar, em cada um desses passos indicamos as orações de preparação para a consagração:
1) Rezamos 12 dias para pedir o desapego do espírito do mundo;
2) Rezamos 6 dias para pedir o conhecimento de nós mesmos;
3) Rezamos 6 dias para pedir o conhecimento de Nossa Senhora;
4) Rezamos 6 dias para pedir o conhecimento de Jesus Cristo.
Além dessas orações, São Luís Maria faz algumas recomendações para sua consagração a Virgem Maria, como a confissão, o oferecimento de algum tributo a Nossa Senhora no dia da consagração. Além disso, o Santo recomenda o uso das cadeiazinhas ou correntes, que são um sinal da nossa escravidão de amor a Jesus Cristo e a Virgem Maria. Antes de fazer nossas consagração, também nos será útil saber como viver a consagração a Santíssima Virgem ecomo renovar a nossa consagração. A consagração é feita geralmente durante a Santa Missa, depois da comunhão, ou ao final, através do ato de consagração, que está no final do Tratado. Este ato de consagração pode ser impresso ou escrito a mão e deve ser assinado depois da consagração, juntamente com uma testemunha, que pode ser um Padre ou um leigo, que saiba que você está se consagrando a Jesus Cristo e a Virgem Maria.
Portanto, para fazer a consagração a Jesus Cristo e a Virgem Maria, primeiramente é necessário ler todo o Tratado. Pois, o seu conhecimento é necessário para compreender a consagração ensinada por São Luís Maria. Depois, escolhe-se uma data, de preferência mariana, para fazer a consagração e, pelos menos trinta dias antes, começamos a fazer as orações preparatórias. Estas orações nos ajudarão a nos desapegar do espírito do mundo, a obter o conhecimento de nós mesmos, o conhecimento da Virgem Maria e o conhecimento de Jesus Cristo. A preparação também nos ajudará não somente a compreender a consagração, mas também a nos entregar inteiramente a Jesus Cristo e a Virgem Maria, na qualidade de escravos de amor (cf. TVD 55; 68; 113; 231; 236; 242).

SÃO LUIS MARIA GRIGNION DE MONTFORT

São Luís Maria Grignion de Montfort
São Luís Maria Grignion de Montfort nasceu em 31 de Janeiro de 1673, em Montfort, na Bretanha francesa. Seu pai era João Batista Grignion de Bachelleraie e sua mãe, Joanna Visuelle de Chesnais. Ele era o filho mais velho de uma família numerosa. Teve, ao todo 17 irmãos, dos quais um padre, um irmão dominicano, uma irmã beneditina e uma irmã sacramentina. O Santo foi batizado logo depois do seu nascimento, recebendo o nome de Luís. Ao receber o Crisma, acrescentou o nome de Maria. Algum tempo depois, abandonou o nome da família e passou a se chamar Luís Maria Montfort.
Com 11 anos entrou no colégio jesuíta de Rennes e nele recebeu sólida formação humana e espiritual. No mesmo colégio, concluiu o curso de filosofia em 1692 e, sentindo-se chamado ao sacerdócio, vai no ano seguinte para Paris, afim de entrar no Seminário de São Sulpício e estudar teologia na Universidade de Sorbonne. Recebeu excelente formação teológica, que foi a base do seu trabalho missionário. Foi ordenado sacerdote em 5 de Junho de 1700. Decidiu ser padre para dedicar-se à evangelização dos povos estrangeiros, socorrer os pobres e proclamar o Reino de Jesus Cristo por Maria.
Em Julho de 1706, São Luís Maria vai a pé a Roma para ser recebido pelo Papa Clemente XI e confirmar sua vocação missionária. No dia 6 de Julho desse ano, o Papa confere a ele o título de Missionário Apostólico e lhe pede que seja missionário na França para renovar o espírito do cristianismo nos cristãos. Montfort tornou-se um grande missionário, que destacou-se pela sua devoção a Virgem Maria. Fundou a Congregação dos Missionários Monfortinos, das Filhas da Sabedoria e dos Irmãos de São Gabriel. Também escreveu vários livros, dos quais destaca-se o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. Nesse Livro, São Luís apresenta seu método de consagração a Jesus Cristo pelas mãos da Virgem Maria, que foi a consagração do Beato João Paulo II e tantos outros santos e santas.
São Luís Maria morreu em 28 de Abril de 1716, aos 43 anos, depois de ter realizado mais de 100 missões populares. Foi canonizado pelo Papa Pio XII, em Roma, a 20 de Julho de 1947. Foi um missionário itinerante, zeloso na evangelização dos pobres. Levava sempre a Bíblia, o crucifixo e o rosário, que resumem sua experiência espiritual e a sua mensagem: conhecer e amar a Virgem Maria para conhecer e amar o Cristo.

A PALAVRA DE DEUS ILUMINA O NOSSO CAMINHAR E A NOSSA VIDA !

Não basta conhecer a Palavra, é preciso entendê-la. Nós precisamos de um auxílio do alto para que possamos entender a Palavra de Deus para melhor vivê-La em nossa vida!
”Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: ‘Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia”‘ (Lucas 24, 45-46).
Jesus Ressuscitado se manifestou diversas vezes, em diversas ocasiões, aos Seus discípulos para fazê-los se recordarem de tudo aquilo que Ele já havia anunciado a eles antes da Sua Morte, durante o tempo em que caminhou com eles.
Sabem, por mais que escutemos a Palavra de Deus, por mais que Deus fale ao nosso coração, nossa mente, muitas vezes, fica fechada, esquecida. Nós, muitas vezes, somos movidos por um entusiasmo momentâneo; achamos que o que experimentamos em determinado momento foi maravailhoso e o que escutamos na Missa foi muito bom. Mas quem é que se recorda e quem é que grava no coração aquilo que Deus está dizendo para nós?
Nós, muitas vezes, temos uma participação muito passiva e estática na compreensão e na participação daquilo que é o mistério de Deus. Nós escutamos aquilo que Deus fala a nós e nos entusiasmamos, mas depois tudo cai no esquecimento. Por isso, muitas vezes, andamos como esses discípulos do Evangelho: de cabeça baixa, sem entender o que se passa conosco e por que estamos sofrendo tudo isso. Mas se tivéssemos, no depósito do nosso coração, guardado e meditado sobre as palavras que Deus lança ao nosso coração, nós iríamos exorcizar esses demônios, que nos atormentam, deixando o nosso coração triste, desanimado, sem perspectiva de vida, sem esperança, e nunca nos acharíamos os maiores sofredores da Terra. Porque a Palavra de Deus nos dá uma perspectiva nova, ilumina o nosso caminhar e a nossa vida.
Jesus Ressuscitado aparece a Seus discípulos não só para recordá-los dos ensinamentos das Sagradas Escrituras, mas também a fim de abrir a inteligência deles para que possam também entender, compreender e tomar posse da Palavra de Deus.
Permitamos, hoje, que Jesus abra a nossa inteligência; peçamos realmente que o Espírito Santo venha em socorro à nossa fraqueza, para que possamos abrir a nossa mente a fim de entendermos o que Deus quer de nós, o que Ele nos ensina e nos impele a viver, para que tenhamos a luz do alto, para que sejamos testemunhas, em toda a Terra, em todos os lugares em que estamos, da ressurreição gloriosa de Jesus.
Não basta conhecer a Palavra, é preciso entendê-la. Nós precisamos do auxílio do alto para que possamos compreender a Palavra de Deus para melhor vivê-la em nossa vida!
Padre Roger Araújo

O QUE VOCE FAZ QUANDO ESTÁ DESANIMADO ?


Em Neemias 8, 10 lemos: A alegria do Senhor será a vossa força. A palavra de Deus revigora, restaura a alma e alegra o coração de todos nós.

A leitura da bíblia é o remédio mais eficaz para nos devolver o animo, porque ela é a palavra de Deus e Ele sabe como restabelecer as forças de cada filho seu. 

Lendo a bíblia conhecemos mais a Deus, mais o seu poder e sua misericórdia, que é infinita. A bíblia é sem dúvida, a instrução do Criador para a nossa vida nos ensinando como viver melhor.
A alegria que lemos em Neemias é a alegria de Deus doada para nós, nos fazendo perseverar naquilo que estamos fazendo, ou então, sob o olhar Dele, tomar outra direção.

Esta alegria do Senhor é a paz interior que sentimos, por sabermos que Ele está conosco, que Ele nos ama e que Ele jamais nos abandonará, e que quando confiamos nele, ele nos conduz a vitória por meio de Jesus Cristo.

Não perca tempo lamentando o que já passou, nem tentando adivinhar o que acontecerá no futuro, viva feliz hoje, não se deixe vencer pelo desanimo, nem desista diante de situação alguma, lembre-se sempre que é possível com Cristo, tornar-se um vencedor. Experimente a força e a alegria do Senhor, revigorando as suas forças na leitura da bíblia.

Meu bom Deus, gostamos de te ouvir através de tuas santas palavras, queremos ter sabedoria em nossos relacionamentos e impregnar de paz todos os ambientes que frequentarmos. Que tenhamos palavras sábias capazes de evangelizar a todos. Que sejamos portadores da tua paz e do teu amor. Amém!

Padre Alberto Gambarini

NÃO DESTRUA O FUTURO COM PROBLEMAS


Tome cuidado, pois isso pode comprometer muita coisa na sua vida. Deixa Deus curar as feridas do seu passado, viva com Ele o seu presente, e entregue aos cuidados do Senhor o seu futuro. Tenha certa, a felicidade será uma consequência, será realidade

O SEGREDO DE SANTIDADE JOÃO PAULO II

Descubramos, com Bento XVI, qual foi o segredo de santidade do Papa João Paulo II.
O segredo de santidade do Beato João Paulo IIPapa Bento XVI nos revela qual foi o segredo de santidade do Papa João Paulo II. O Beato João Paulo II, que será canonizado no dia 27 de abril de 2014 pelo Papa Francisco, por sua vida totalmente dedicada ao Povo de Deus tornou-se ícone de santidade para toda a Igreja. Por outras palavras, o Papa Bento XVI nos lembra da importância desta imagem do Papa João Paulo II para a Igreja: “diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II” (Papa Bento XVI, Homilia de 1° de maio de 2011). O nome do Papa João Paulo II se juntará aos dos inúmeros Santos (472) e Beatos (1.320) que ele próprio proclamou durante os seus quase 26 anos de pontificado, recordando-nos com toda força a vocação universal à santidade, à medida alta da vida cristã, à qual todos nós somos chamados (cf. Constituição Dogmática Lumem gentium, 39-42). Com Bento XVI, somos chamados a conhecer melhor a vida de João Paulo II e descobrir qual foi o seu segredo de santidade.
Todos nós, “membros do Povo de Deus – bispos, sacerdotes, diáconos, fiéis leigos, religiosos e religiosas – todos nós estamos a caminho da Pátria celeste, tendo-nos precedido a Virgem Maria, associada de modo singular e perfeito ao mistério de Cristo e da Igreja” (Papa Bento XVI, Homilia de 1° de maio de 2011), explica o Papa Bento XVI. Antes de ser Papa, “Karol Wojtyła, primeiro como Bispo Auxiliar e depois como Arcebispo de Cracóvia, participou no Concílio Vaticano II e bem sabia que dedicar a Maria o último capítulo da Constituição sobre a Igreja significava colocar a Mãe do Redentor como imagem e modelo de santidade para todo o cristão e para a Igreja inteira” (Idem).
Foi a visão teológica da Virgem Maria como imagem e modelo de santidade que Karol Wojtyła descobriu na sua juventude, conservado e aprofundado esta visão durante toda a sua vida. Esta visão teológica se resume no ícone bíblico de Jesus Cristo crucificado, com Maria ao pé da Cruz (cf. Jo 19, 25-27). Este ícone está sintetizado no brasão episcopal de Wojtyla e, depois, papal de João Paulo II: “uma cruz de ouro, um ‘M’ na parte inferior direita e o lema ‘Totus tuus‘, que corresponde à conhecida frase de São Luís Maria Grignion de Monfort, na qual Karol Wojtyła encontrou um princípio fundamental para a sua vida: ‘Totus tuus ego sum et omnia mea tua sunt. Accipio Te in mea omnia. Praebe mihi cor tuum, Maria – Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Tomo-vos como toda a minha riqueza. Dai-me o vosso coração, ó Maria’” (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 266)” (Papa Bento XVI, Homilia de 1° de maio de 2011)
A vida de santidade do Beato João Paulo II, o Grande, e a sua profunda devoção a Virgem Maria assumida ainda enquanto seminarista, nos ajudam a compreender a ligação que existiu entre essas duas realidades. Conhecendo melhor a vocação de João Paulo II, percebemos que a sua consagração total a Nossa Senhora, segundo o método do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luís Maria, foi de fundamental importância para a sua vida e missão. A Virgem Maria, ícone de santidade da Igreja, que esteve sempre presente na vida de João Paulo II, fez dele também um ícone de santidade para todos e cada um de nós.
Assim, se a exemplo do Papa João Paulo II queremos ser santos com o auxílio da Virgem Maria, abracemos o seu segredo de santidade, a devoção que ele nutriu durante toda a sua vida: a consagração total, ou escravidão de amor, a Nossa Senhora. Tomemos a Mãe do Senhor como toda a nossa riqueza, entreguemos a ela todo o nosso ser e tudo aquilo que temos (cf. TVD 266). Não tenhamos medo de entregar tudo a Nossa Senhora, pois ela nada retém para si mesma, mas tudo entrega à seu Filho Jesus Cristo (cf. TVD 148). Peçamos ao Espírito Santo que nos revele este segredo de santidade: “Será Ele próprio quem conduzirá a alma fidelíssima para lá, para avançar de virtude em virtude, de graça em graça, de luz em luz até que chegue à transformação de si mesmo em Jesus Cristo, à plenitude da sua idade na Terra e da sua glória no Céu” (TVD 119).

DEVOÇÃO DE JP II A NOSSA SENHORA SEMPRE FOI INTENSA


“A devoção do Papa a Nossa Senhora e a intimidade dele com ela foi intensa a vida inteira. Podíamos vê-lo sempre com o rosário na mão. Assim, podemos ver como é importante a transmissão da fé em casa.”
O relato acima é do reitor do Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora do Rosário, de Ribeirão Preto (SP), padre Júlio César Miranda, sobre a devoção do Papa João Paulo II à Virgem Maria.
Karol Wojtyla, nome de batismo de João Paulo II, ainda era criança quando Dona Emília Kaczo-rowska, sua mãe, entrava todas as noites no quarto e, ao pé da cama, falava-lhe do amor de Deus. Consagrado a Virgem de Czestochowa, padroeira da Polônia, o pequeno Lolek, seu apelido, não apenas aprendeu a ter uma devoção materna a Nossa Senhora como também a chamá-la de Mãe e Amiga. Cresceu tendo-a como referencial de vida e devoção.
Padre Robert Jasiulewicz, OSPPE, é responsável pela Comunicação do Santuário Czestochowa, na Polônia. Ele diz que João Paulo II sabia ou sentia a importância desse lugar para a fé de toda a nação polonesa. “Já como Papa, durante homilia em frente ao santuário, disse que, aqui, podemos escutar o coração dos poloneses dentro do coração de Maria”, conta o padre.
O amor que o beato tinha ligado a esse santuário não era só de peregrinações, conforme conta o sacerdote, mas também deixou relíquias lá. Uma delas foi a estola que usava no atentado de 1981, agradecendo por ela tê-lo salvado, pela vida mais longa.
A devoção do Papa a Nossa Senhora sempre foi intensa, comenta padre
João Paulo II com o Rosário, uma oração constante em sua vida / Foto: Arquivo
“Além da rosa e da estola, há muitas relíquias que ele entregou ao santuário, alguns com valor econômico, outros com valor espiritual. Se você quer saber como é uma pessoa, veja como se relaciona com seus pais, aqui vemos grande amor do Papa para com sua Mãe. O Papa sempre voltava aqui para homenageá-la. No dia da canonização, queremos aprender esse amor que ele como filho tinha por sua Mãe”, declara padre Robert.
A devoção também se fez presente na escolha de João Paulo II por seu lema episcopal. Em 1958, ao ser nomeado Bispo de Cracóvia, Wojtyla escolheuTotus Tuus, “Todo Teu”. Palavras próprias da dedicação a Nossa Senhora, por meio do Tratado da Verdadeira Devoção de São Luiz Maria de Monfort. A marca mariana o acompanhou para sempre; posteriormente, o Papa passou a usar a sigla “M” referindo-se à Virgem Mãe de Deus.
O atentado e a devoção
Em 13 de maio de 1981, Papa João Paulo II sofreu um atentado à sua vida enquanto percorria a Praça São Pedro antes da audiência geral. Ainda no hospital, já fora de perigo, o futuro santo recordou-se da data do atentado: aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima. João Paulo II não teve dúvidas de que a Virgem de Fátima salvou sua vida.
Ainda no hospital, programou-se para uma viagem a Portugal, no ano seguinte, para agradecer a ela. Durante sua visita, consagrou todas as nações ao Imaculado Coração de Maria. Mais tarde, em suas viagens a outros países, o beato polonês continuou a dedicar todas as nações a Nossa Senhora.
O Rosário
“A oração do Rosário não tem Maria como centro, mas sim Jesus, assim como toda a vida de Maria, cujo foco sempre foi Jesus Cristo. João Paulo II tinha um vínculo afetivo muito forte com Nossa Senhora de Fátima. Ele viveu o atentado, os momentos de sofrimento e as perseguições à Igreja sob a proteção e a inspiração da Mãe de Fátima”, afirma padre Júlio.
No 25º ano de seu pontificado, João Paulo II escreveu a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae. Nesta carta, o Santo Padre convida os fiéis a adentrarem na ‘escola’ de Maria por meio do Santo Rosário. A respeito dessa devoção, testemunhou em sua Carta Apostólica: “O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações, nele encontrei sempre conforto”.
O beato polonês apontava o Santo Rosário como ‘Compêndio do Evangelho’, no qual são compreendidos os mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos, que sintetizam toda a vida de Jesus. Para torná-lo completamente o compêndio da vida do Salvador, o Papa instituiu, na Carta Apostólica, os mistérios da luz, no qual se contempla a vida pública de Cristo: o batismo, o milagre nas Bodas de Caná, o anúncio do Reino, a Transfiguração e a instituição da Eucaristia.
“Os mistérios luminosos contêm toda vida pública de Jesus, o que ajuda a dar sentido ao trabalho de evangelização da Igreja e potencializa suas atividades. Não só a Igreja hierárquica, institucional, mas a Igreja sal na massa, luz do mundo, os leigos que estão exercendo os mistérios luminosos no trabalho, na educação dos filhos, nos momentos de lazer. Temos uma síntese, um compêndio da nossa fé, como afirmava João Paulo II, à nossa disposição por meio do Santo Rosário“, conclui padre Júlio César

CANONIZAÇÃO JOÃO PAULO II

Esperados 5 milhões de fiéis na canonização de João Paulo II e João XXIII
Agências de notícias norte-americanas (CNA e EWTN News) informaram neste domingo, que devem participaram da canonização dos Papa João Paulo II e João XXIII quase 5 milhões de pessoas. Já é garantido que 1 milhão serão os católicos poloneses e quase dois milhões os italianos. Mas haverá delegações de todos os Países do mundo, visitados pelo Papa João Paulo II e onde trabalhou João XXIII (Bulgária, Turquia e França).
As autoridades de Roma estão se preparando e revendo constantemente o número de visitantes no dia 27 de abril. Em Roma e nas cidades ao redor da capital italiana todos os lugares disponíveis para pernoite (hotéis, pensões, casas religiosas...) estão esgotados. Escolas, mosteiros, conventos e casas gerais dos religiosas e religiosas abriram suas portas para receber fiéis e peregrinações de várias partes do mundo.