segunda-feira, 23 de abril de 2012

SÃO JORGE

Conhecido como 'o grande mártir', foi martirizado no ano 303. A seu respeito contou-se muitas histórias. Fundamentos históricos temos poucos, mas o suficiente para podermos perceber que ele existiu, e que vale à pena pedir sua intercessão e imitá-lo.
Pertenceu a um grupo de militares do imperador romano Diocleciano, que perseguia os cristãos. Jorge então renunciou a tudo para viver apenas sob o comando de nosso Senhor, e viver o Santo Evangelho.
São Jorge não queria estar a serviço de um império perseguidor e opressor dos cristãos, que era contra o amor e a verdade. Foi perseguido, preso e ameaçado. Tudo isso com o objetivo de fazê-lo renunciar ao seu amor por Jesus Cristo. São Jorge, por fim, renunciou à própria vida e acabou sendo martirizado.
Uma história nos ajuda a compreender a sua imagem, onde normalmente o vemos sobre um cavalo branco, com uma lança, vencendo um dragão:
“Num lugar existia um dragão que oprimia um povo. Ora eram dados animais a esse dragão, e ora jovens. E a filha do rei foi sorteada. Nessa hora apareceu Jorge, cristão, que se compadeceu e foi enfrentar aquele dragão. Fez o sinal da cruz e ao combater o dragão, venceu-o com uma lança. Recebeu muitos bens como recompensa, o qual distribuiu aos pobres.”
Verdade ou não, o mais importante é o que esta história comunica: Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Se compadeceu do povo porque foi um verdadeiro cristão. Isto é o essencial.
Ele viveu sob o senhorio de Cristo e testemunhou o amor a Deus e ao próximo. Que Ele interceda para que sejamos verdadeiros guerreiros do amor.

São Jorge, rogai por nós!

LEVANTA-TE E PÕE-TE A CAMINHO ...PORQUE O SOCORRO DIVINO VEM AO TEU ENCONTRO

Na nossa vida há momentos que andamos de um lado para o outro em busca de uma soluçăo ou de uma direçăo, sem sabermos ao certo o que fazer. Nesta hora podemos ter a certeza que a Virgem Maria está conosco na nossa casa, ou entăo esperando-nos no caminho e se anta em nosso favor, como ela fez com Juan Diego, o índio ao qual ela se revelou com o título de Nossa Senhora de Guadalupe, que angustiado porque o tio estava doente para morrer, estava aflito e até mesmo mudou de caminho para que nada o detivesse. Porém Nossa Senhora veio a seu encontro e lhe disse: "Ouve e entende bem uma coisa, tu que és o menorzinho dos meus filhos: o que agora te assusta e aflige năo é nada. Năo se perturbe o teu coraçăo nem te inquiete coisa alguma. Năo estou aqui, eu tua măe? Năo estás sob minha sombra? Năo estás por ventura sob a minha proteçăo? Năo te aflija a doença do teu tio. Fica sabendo que já sarou". Tomemos hoje posse da presença da Virgem Maria na nossa vida, em meio ao que estamos vivendo, porque ela é a nossa măe, e nós somos os seus filhos    . Jesus, eu confio em vós   Luzia Santiago



A QUEM CEDEMOS O TRONO DO NOSSO CORAÇÃO ?



Você precisa agir como o jardineiro, que sempre vai ao canteiro arrancar o mato. Por mais bonito que seja o jardim, sempre há algum mato. Um canteiro bem afofado, preparado, regado, é terreno fértil para o bom crescimento da tiririca. Portanto, é preciso estar sempre atento. Há um provérbio chinês muito sábio que diz assim: “Não é a erva daninha que mata a planta, é a preguiça do agricultor”.

Porém, não adianta arrancar superficialmente a tiririca.Você tem de atingir o bulbo, a batata que gera toda a tiririca. É preciso que façamos isso em nossa vida. Continuamente, temos de decretar guerra ao pecado, ao usurpador do trono do nosso coração. Seja você quem for – homem ou mulher, jovem ou adulto –, não deve ceder à droga nenhuma, porque ela escraviza. Jogue fora o cigarro hoje mesmo, imediatamente!

Se for preciso, busque ajuda. Queira acabar com a droga que entrou em sua vida, porque ou você acaba com ela ou ela acaba com você. Você não pode continuar se embebedando, mesmo apenas nos fins de semana. A quem cedemos o trono do nosso coração? Ou é ao rei Jesus ou ao príncipe deste mundo. Não dá para brincar!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

O LUGAR DO CRISTÃO

Não existem portas fechadas que não possam ser superadas

O Cristianismo se espalhou a partir de um grupo de discípulos escolhidos por Jesus, cuja missão desafiadora era desproporcional às suas capacidades humanas. O ambiente judaico da época e o poder romano, que dominava o quadro cultural em que se encontravam, não lhes eram propícios para divulgarem a Boa Nova do Evangelho. No entanto, pessoas limitadas se puseram a falar de Jesus Cristo e a proclamar que Ele está vivo. A perseguição desencadeada nos anos que se sucederam provocou a chamada “diáspora”, dispersão que se revelou providencial, pois fez com que o Evangelho chegasse a rincões mais distantes. Até hoje, cada situação adversa é oportunidade – Kairós – aproveitado por Deus, para novas oportunidades para testemunhar o nome de Cristo. O resultado aí está, com a presença da Igreja em toda parte, malgrado todas as dificuldades encontradas no correr dos séculos.

Já nos primeiros séculos, escritores cristãos deixaram o testemunho do caminho seguido para o crescimento da Igreja: “Depois de receberem a força do Espírito Santo com o dom de falar e de realizar milagres, os apóstolos começaram a dar testemunho da fé em Jesus Cristo na Judéia, onde fundaram Igrejas; partiram em seguida por todo o mundo, proclamando a mesma doutrina e a mesma fé entre os povos. Em cada cidade por onde passaram fundaram Igrejas, nas quais outras Igrejas que se fundaram e continuam a ser fundadas foram buscar mudas de fé e sementes de doutrina. Por esta razão, são também consideradas apostólicas, porque descendem das Igrejas dos apóstolos.
Apesar de serem tão numerosas e tão importantes, estas Igrejas não formam senão uma só Igreja: a primeira, que foi fundada pelos apóstolos e que é origem de todas as outras. Assim, todas elas são primeiras e apostólicas, porque todas formam uma só. A comunhão na paz, a mesma linguagem da fraternidade e os laços de hospitalidade manifestam a sua unidade. Estes direitos só têm uma razão de ser: a unidade da mesma tradição sacramental” (Do Tratado sobre a prescrição dos hereges, de Tertuliano, presbítero, capítulo 20 – Século III). A “certidão de nascimento” de uma comunidade cristã é dada pelo laço da sucessão apostólica, que a liga aos primórdios da fé cristã.
Nosso tempo é de pluralismo, por isso exige testemunho mais qualificado dos cristãos. A Igreja pede, em sua oração, que no tempo da renovação da festa pascal, quando o Senhor reacende a fé em Seu povo, estes compreendam melhor o batismo que os lavou, o Espírito que lhes deu nova vida e o Sangue que os redimiu (Cf. Oração do dia do Segundo Domingo da Páscoa). É que não lhes é lícito esmorecer diante de qualquer situação. Antes, cabe-lhes exercitar a criatividade suscitada pelo Espírito Santo a fim de fermentarem de novo e sempre os ambientes em que se encontram.

Após a Ressurreição, o Senhor Jesus Cristo apareceu aos Apóstolos (cf. Jo 20,19-31), estando “as portas fechadas”. Comunicou-lhes Sua paz, confirmou-lhes a fé, fazendo-os superar o medo das chagas – agora gloriosas! – entregou-lhes a missão de serem portadores da misericórdia infinita com que quer restaurar a vida dos homens e mulheres de todos os tempos com o sacramento do perdão. Enfim, deu-lhes “instrumentos de trabalho”. Dali para frente, as mudas da fé foram plantadas em toda parte e não existem portas fechadas que não possam ser superadas. Não é necessário nem conveniente ou permitido usar as armas da violência, do engodo ou da mentira. Basta anunciar Jesus Cristo, pois só Ele pode converter os corações.
Formaram-se as primeiras comunidades cristãs (Cf. At 2, 42-47; At 4, 32-35; At 5,12-16), como relatam os Atos dos Apóstolos. Perseverança na escuta da Palavra de Deus, na Oração, na Eucaristia e na Partilha dos bens. E em toda a sua história, a Igreja constatou que os bens, quando partilhados, se multiplicam. É a lógica de Deus, diferente do que o senso comum possa oferecer! Todas as gerações de cristãos se descobriram chamadas à fraternidade, lenir as chagas e suscitar obras com as quais os mais frágeis da sociedade são por eles acolhidos e promovidos. Venha à luz, de forma especial, o que os cristãos fazem, ao lado de outras forças da sociedade, para defender a vida do nascituro, ou a Pastoral da Criança, as grandes obras de acolhimento às pessoas com necessidades especiais ou as instituições que cuidam da saúde dos mais pobres.

E em tempos como o nosso, em que o valor da vida é vilipendiado e a verdade relativizada, continua verdadeira a afirmação do Apóstolo São João: “A vitória que vence o mundo é a nossa fé” (I Jo 5,4). Vitória para o cristão não é a destruição do adversário! É que, amado, este se transforma! Os valores pelos quais lutam os cristãos são o que existe de melhor para a humanidade! Não a destroem ou impedem a felicidade. Eles são chamados a ser diferentes, mas para melhor, no rumo de realização plena para todos, sem exceção.
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA