quarta-feira, 3 de setembro de 2014


SÃO GREDÓRIO MAGNO, DOUTOR DA IGREJA

Hoje, celebramos a memória deste Magno (Grande) de Cristo: São Gregório I. Nascido em Roma no ano 540, numa família nobre que muito o motivou à vida pública.
Gregório (cujo nome significa “vigilante”), chegou a ser um ótimo prefeito de Roma, pois era desapegado dos próprios interesses devido sua constante renúncia de si mesmo. Atingido pela graça de Deus, São Gregório chegou a vender tudo o que tinha para auxiliar os pobres e a Igreja.
São Bento exercia forte influência na vida de Gregório, por isso, além de ajudar a construir muitos mosteiros, entrou para a vida religiosa do “Ora et Labora”.
Homem certo, no lugar certo, este foi Gregório que era alguém de senso de dever, de medida e dignidade. Além da intensa vida interior, bem percebida quando escreveu sobre o ‘ideal do pastor’:” O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus.”
Com a morte do Papa da época, São Gregório foi o escolhido para “sentar” na Cátedra de Pedro no ano de 590, e assim chefiar com segurança a Igreja num tempo em que o mundo romano passava para o mundo medieval.
São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja que conquistou o Céu com 65 anos de idade (no ano 604), deixou marcas em todos os campos, valendo lembrar que na Liturgia há oCanto Gregoriano, o qual eleva os corações a Deus, fonte e autor de toda santidade.
São Gregório Magno, rogai por nós!

COMO MARIA FOI SEMPRE VIRGEM ?

A virgindade perpétua de Maria e a sua maternidade espiritual sobre toda a Igreja.
Maria de Nazaré, a Mãe de Jesus Cristo, foi sempre Virgem? Santo Agostinho ensina que a perfeita e perpétua virgindade de Maria é um privilégio em honra à Mãe e à dignidade do Filho. Em seus escritos, não se cansava de dizer que “Maria concebeu Cristo, virgem; deu-O à luz virgem; e virgem permaneceu”1. Mas responder essa questão se torna um grande desafio se temos a consciência de que a virgindade dela não é simplesmente um estado ou privilégio, mas um mistério de Cristo, não significa apenas o estado virginal da Mãe do Senhor, mas também, e principalmente, a concepção de Jesus em seu seio. Por isso a pureza de Maria pertence ao mistério de Cristo. A este respeito, Santo Inácio de Antioquia nos ensina que “a virgindade é a forma por meio da qual Maria pertence a Cristo”
No pensamento de Santo Agostinho, a pureza de Maria foi tão santa e agradável a Deus, não porque a concepção de Cristo a preservou, impedindo que fosse violada, mas porque, antes mesmo de conceber, “ela já a tinha consagrado a Deus e merecido, assim, ser escolhida para trazer Cristo ao mundo”3. Por isso, Maria perguntou ao Anjo da Anunciação: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?”4. Certamente, ela não teria dito isso se anteriormente não houvesse consagrado sua castidade a Deus. Nossa Senhora fez essa consagração antes de saber que seria a Mãe do Filho do Altíssimo5. Desse modo, ela já nos ensinava a “imitação da vida no Céu, em um corpo terrestre e mortal, em virtude de um voto e não de um preceito; e realizando-o por opção toda de amor, não por necessidade de obedecer”6.
A Igreja, à semelhança de Maria, é uma virgem desposada a um único Esposo, que é Jesus Cristo. Dessa forma, a Igreja toma como modelo a Mãe de seu Esposo e Senhor. “Pois, a Igreja, também ela, é mãe e virgem”7. Nossa Senhora deu à luz corporalmente a Cabeça do Corpo místico de Cristo, e a Igreja dá à luz espiritualmente os membros desse Corpo. Dessa forma, tanto em Maria quanto na Igreja, a virgindade não impede a fecundidade. Na Virgem Maria e na virgem Igreja, a fecundidade não destrói a castidade, pois a pureza da Igreja, semelhante à de Maria, está na integridade da fé, da esperança e da caridade. Estava no desígnio divino fazer germinar a virgindade no coração da Igreja, por isso, Cristo antecipou-a no corpo de Maria. A castidade de Maria e da Igreja estão intimamente ligadas ao Senhor Jesus. Consequentemente, “a Igreja não poderia ser virgem, se não tivesse por Esposo o Filho da Virgem, a quem se entrega”8.
A fé de nossos irmãos protestantes na divindade de “Jesus Cristo, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria”, é a mesma “fé da Igreja antiga, expressa em todas as suas liturgias que dão a Maria o título de ‘sempre virgem’, reconhecida com unanimidade pelas igrejas locais antes da ruptura do século XVI, reconhecida igualmente pelos primeiros reformadores”9. Contudo, com o passar do tempo, a mariologia dos protestantes distanciou-se bastante daquela dos primeiros reformadores. Isto se reflete nas atuais controvérsias bíblicas, por parte de alguns protestantes, sobre os irmãos de Jesus10, que põe em dúvida a virgindade perpétua da Mãe do Senhor. Ao contrário do que alguns pregam hoje, “os reformadores haviam compreendido o termo irmãos (adelphoi) no sentido de primos e pregaram com nuança sobre a virgindade perpétua de Maria”11.
Portanto, mais do que estado e privilégio, a virgindade perpétua de Nossa Senhora se insere no mistério de Cristo. A virgindade de Maria aponta para a sua entrega total ao desígnio de Deus e para a sua maternidade espiritual sobre toda a Igreja. Nesse sentido, a Virgem Mãe da Igreja é modelo para todos que consagram suas vidas a Jesus Cristo e ao anúncio do Evangelho. Pois, como a Mãe de Jesus, temos a vocação de virgem e mãe, pois a Igreja também é virgem e mãe. Em Maria, temos o modelo, por excelência, da virgindade e da maternidade que todos os cristãos, especialmente aqueles que livremente se consagram pelo voto de celibato, são chamados a exercer. Com Maria, aprendemos que a virgindade pura significa a integridade da fé, da esperança e da caridade, à qual todos nós somos chamados. Com ela, também aprendemos aquela maternidade espiritual que gera os verdadeiros irmãos de Cristo: aqueles que fazem a vontade do Seu Pai, que está nos céus12.
Nossa Senhora, Mãe da Igreja, rogai por nós!

Natalino Ueda

REZEMOS ANGELUS

Rezemos juntos o Ângelus!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! amém...
O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave-Maria, cheia de graça! 
O Senhor é convosco
Bendita sois vós entre as mulheres
E Bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus
Santa Maria Mãe de Deus,
Rogai por nós os pecadores
Agora e na hora de nossa morte. Amém!
Eis a escrava do Senhor.
Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.
Ave-Maria, cheia de graça!
O Senhor é convosco
Bendita sois vós entre as mulheres
E Bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus
Santa Maria Mãe de Deus,
Rogai por nós os pecadores
Agora e na hora de nossa morte. Amém!
E o Verbo divino encarnou.
E habitou no meio de nós.
Ave-Maria, cheia de graça!
O Senhor é convosco
Bendita sois vós entre as mulheres
E Bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus
Santa Maria Mãe de Deus,
Rogai por nós os pecadores
Agora e na hora de nossa morte. Amém!
Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos.
Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém

ILUMINADOS PELA PALAVRA DE DEUS

Lâmpada para meus passos é tua palavra e luz no meu caminho” (Sl 119,105).
Na Bíblia encontramos a novidade da vida nova. Quando nos abrimos à experiência com a Palavra de Deus, somos surpreendidos com a primavera de um tempo novo, pois ela não passa por nós sem nos deixar um sinal.
Paremos um momento para escutar ao Senhor e deixemo-nos ser atraídos por Sua Palavra, que ilumina a nossa vida e transforma o nosso coração.
São vossas essas palavras, ó Jesus, verdade eterna, ainda que não fossem proferidas todas ao mesmo tempo, nem escritas no mesmo lugar. Sendo vossas, pois essas palavras e verdadeiras, devo recebê-las todas com gratidão e fé” (Trecho do “Imitação de Cristo” de Tomás Kempis).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago