quinta-feira, 19 de julho de 2012

O QUE É O CREDO ?

O Creio é o resumo da fé católica

Desde o início de sua vida apostólica, a Igreja elaborou o que passou a ser chamado de “Símbolo dos Apóstolos”, cujo nome é o resumo fiel da fé dos apóstolos; foi uma maneira simples e eficaz de a Igreja exprimir e transmitir a sua fé em fórmulas breves e normativas para todos. Em seus doze artigos, o 'Creio' sintetiza tudo aquilo que o católico crê. Este é como "o mais antigo Catecismo romano". É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma.
Os grandes santos doutores da Igreja falaram muito do 'Credo'. Santo Ireneu (140-202), na sua obra contra os hereges gnósticos, escreveu: "A Igreja, espalhada hoje pelo mundo inteiro, recebeu dos apóstolos e dos seus discípulos a fé num só Deus, Pai e Onipotente, que fez o céu e a terra (...).Esta é a doutrina que a Igreja recebeu; e esta é a fé, que mesmo dispersa no mundo inteiro, a Igreja guarda com zelo e cuidado, como se tivesse a sua sede numa única casa. E todos são unânimes em crer nela, como se ela tivesse uma só alma e um só coração. Esta fé anuncia, ensina, transmite como se falasse uma só língua.  (Adv. Haer.1,9)
São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo e doutor da Igreja, disse: "Este símbolo da fé não foi elaborado segundo as opiniões humanas, mas da Escritura inteira, de onde se recolheu o que existe de mais importante para dar, na sua totalidade, a única doutrina da fé. E assim como a semente de mostarda contém, em um pequeníssimo grão, um grande número de ramos, da mesma forma este resumo da fé encerra, em algumas palavras, todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento (Catech. ill. 5,12)
Santo Ambrósio (340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja que batizou Santo Agostinho, mostra de onde vem a autoridade do 'Símbolo dos Apóstolos', e a sua importância:
"Ele é o símbolo guardado pela Igreja Romana, aquela onde Pedro, o primeiro dos apóstolos, teve a sua Sé e para onde ele trouxe a comum expressão da fé" (CIC §194)."Este símbolo é o selo espiritual, a mediação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente o tesouro da nossa alma” (CIC §197). Os seus doze artigos, segundo uma tradição atestada por Santo Ambrósio, simbolizam com o número dos apóstolos o conjunto da fé apostólica (cf. CIC §191).
O símbolo da fé, o 'Credo', é a “identificação” do católico. Assim, ele é professado solenemente no dia do Senhor, no batismo e em outras oportunidades. Todo católico precisa conhecê-lo com profundidade.
Por causa das heresias trinitárias e cristológicas que agitaram a Igreja nos séculos II, III e IV, ela foi obrigada a realizar concílios ecumênicos (universais) para dissipar os erros dos hereges. Os mais importantes para definir os dogmas básicos da fé cristã foram os Concílios de Nicéia (325) e Constantinopla I (381). O primeiro condenou o arianismo, de Ário, sacerdote de Alexandria que negava a divindade de Jesus; o segundo condenou o macedonismo, de Macedônio, patriarca de Constantinopla que negava a divindade do Espírito Santo.
Desses dois importantes Concílios originou-se o 'Credo' chamado "Niceno-constantinopolitano", o qual traz os mesmos artigos da fé do 'Símbolo dos Apóstolos', porém de maneira mais explícita e detalhada, especialmente no que se refere às Pessoas divinas de Jesus e do Espírito Santo.
 Além desses dois símbolos da fé mais importantes, outros 'Credos' foram elaborados ao longo dos séculos, sempre em resposta a determinadas dificuldades ou dúvidas vividas nas Igrejas Apostólicas antigas. Um exemplo é o símbolo “Quicumque”, dito de Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria; as profissões de fé dos Concílios de Toledo, Latrão, Lião, Trento e também de certos Pontífices como a do Papa Dâmaso e do Papa Paulo VI (1968).
O Catecismo da Igreja nos diz que: "Nenhum dos símbolos das diferentes etapas da vida da Igreja pode ser considerado como ultrapassado e inútil. Eles nos ajudam a tocar e a aprofundar, hoje, a fé de sempre por meio dos diversos resumos que dela têm sido feitos" (CIC § 193).
 O Papa Paulo VI achou oportuno fazer uma solene Profissão de Fé no encerramento do “Ano da Fé” de 1968. O Papa Paulo VI quis colocá-lo como um farol e uma âncora para a Igreja caminhar nos tempos difíceis que vivemos, por entre tantas falsas doutrinas e falsos profetas, que se misturam sorrateiramente como o joio no meio do trigo, mesmo dentro da Igreja.
Paulo VI falou, na época, daqueles que atentam “contra os ensinamentos da doutrina cristã”, causando “perturbação e perplexidade em muitas almas fiéis”. Preocupava o Papa as “hipóteses arbitrárias” e subjetivas que são usadas por alguns, mesmo teólogos, para uma interpretação da revelação divina, em discordância da autêntica interpretação dada pelo Magistério da Igreja.
Sabemos que é a Verdade que nos leva à salvação (cf. CIC §851). São Paulo fala da “sã doutrina da salvação” (2 Tm 4,7) e afirma que “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4); e “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15).
Com este artigo queremos dar início a uma série de outros doze, explicando, resumidamente, cada um dos artigos do 'Credo'
Felipe Aquino

ORAÇÃO PARA PEDIR A CURA INTERIOR


"Senhor Jesus, que viestes para curar os corações feridos e atribulados, pedimo-vos que cureis os traumas que provocam a perturbação no nosso coração; pedimo-Vos de modo particular que cureis os que são causa de algum pecado. 
Pedimo-Vos que entreis em nossa vida, que nos cureis os traumas psíquicos que nos foram causados na infância e cujas feridas têm tido repercussões ao longo de toda a nossa vida.
Senhor Jesus, Vós conheceis os nossos problemas, e nós os pomos todos no Vosso Coração de Bom Pastor.
Pedimo-Vos por esta grande chaga aberta em Vosso Coração Sagrado, que cureis as pequenas feridas que estão nos nossos.
Curai as feridas da nossa memória para que nada do que nos aconteceu no passado nos deixe permanecer na dor, na angústia, na preocupação.
Curai, Senhor, todas aquelas feridas que, na nossa vida, aconteceram originadas por causas de raízes de pecado.
Queremos perdoar a todas as pessoas que nos ofenderam.
Libertai-nos desta ferida interior que nos tornou incapazes de perdoar. Vós que viestes para curar os corações atribulados, curai o nosso coração.
Curai, Senhor, aquelas feridas íntimas que são causa de doenças físicas. Nós Vos oferecemos os nossos corações.
Aceitai-os, Senhor, purificai-os, e daí-nos os sentimentos do Vosso Divino Coração.
Concedei-nos, Senhor, a cura da dor que nos oprime por causa da morte de alguma pessoa querida. Dai-nos a graça de readquirir a paz e a alegria na certeza de que Vós sois a ressurreição e a vida.
Fazei de nós testemunhas autênticas de Vossa ressurreição, da Vossa vitória sobre o pecado e a morte, da Vossa presença de Senhor Vivo no meio de nós. Amém."

Termine esta oração com um Pai Nosso, uma Ave Maria e Glória. Forte Ágape, Deus abençoe!

Padre Marcelo

OS DESAFIOS NECESSÁRIOS PARA IRMOS ALÉM

A vida é feita de pequenos e grandes desafios, e todos são necessários para crescermos, amadurecermos e seguirmos em frente na caminhada. Tudo depende da forma como enxergamos e acolhemos cada um deles. Se ficarmos parados no negativo dos fatos, afundaremos; se olharmos com esperança, enxergaremos, ainda que nas situações mais desencontradas, uma oportunidade para  irmos além. Todos os tempos da nossa vida são necessários e, mesmo quando não os entendemos, precisamos vivê-los bem, porque “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8,28).
Senhor, ensina-nos a viver bem cada momento da nossa vida.
Jesus, eu confio em vós!
Luzia Santigo