quarta-feira, 4 de abril de 2012

O CONSUMISMO NAS FESTAS CRISTÃS


O que é a Páscoa? Resposta: é a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Segundo Bento XVI, o Natal – assim como a Páscoa – tornou-se uma “festa de negócios”.
Essa seria uma resposta simples, e todos os que se dizem cristãos deveriam tê-la na ponta da língua, quisera no coração. No entanto, faça essa pergunta a uma criança e a resposta estará relacionada a coelhinho da Páscoa, ovos de chocolate e presentes. Não diferente do Natal, a celebração pascal, assim como as festas juninas e outras datas importantes do Cristianismo, está se tornando sinônimo de consumismo.
O próprio Papa Bento XVI, na Missa do Galo de 2011, disse que “o Natal tornou-se uma festa de negócios, cujo fulgor ofuscante esconde o mistério da humildade de Deus”. Será que podemos incluir a Páscoa nessa mesma mentalidade de “negócio”, da qual recordou o Santo Padre?
Sem recorrer a fantasias de “teoria da conspiração”, não podemos negar que existe uma ideologia anticristã bem articulada com o intuito de transformar a sociedade em um organismo indiferente à religião.
Há tempos que as conferências episcopais de vários países, além da própria Santa Sé, têm nos chamado à atenção para uma perversa tentativa de excluir as expressões religiosas – como festas e feriados -, da esfera pública, assim como a negação dos direitos iguais e a “marginalização social dos cristãos” (Comissão das Conferências Episcopais da Europa).
No início de 2012, por exemplo, a Comissão Europeia disponibilizou mais de três milhões de cópias de uma agenda com as cores da União Europeia. A agenda continha feriados judeus, hindus, islâmicos, sikhs, mas não havia os feriados cristãos, nem sequer o dia 25 de dezembro, quando a Igreja comemora o Natal, nascimento de Jesus Cristo. Depois de uma petição feita por  mais de 37 mil europeus, em 7 línguas, os feriados voltaram à agenda. Em Portugal, cogita-se que a festa de Corpus Christi e Assunção de Maria (15 de agosto) não serão mais feriados em 2013.

RELACIONA -SE COM DEUS

Antes de ser um fenômeno cristão, a oração é um fenômeno antropológico, isto é, todos os homens, de uma forma ou de outra, rezam, sentem a necessidade de se relacionar com Deus, de buscar o transcendente. O diálogo com Deus ocupa, certamente, o primeiro lugar para quem se decide dar-se a uma vida interior intensa. Deus se doa a quem, totalmente e sem reserva, a Ele se doa. A vida interior é uma vida de oração. Cada um deve encontrar tempo para estar com o Senhor em íntima comunhão e diálogo de amizade. Sem a vivência dos valores espirituais e evangélicos, não é possível ter conhecimento experiencial de Deus.
Qualquer pessoa que queira desenvolver a sua vida espiritual deve, todos os dias, encontrar o tempo suficiente para dedicar-se a determinados atos de oração. Os estudiosos afirmam que nunca foi encontrado um povo sem religião, sem celebrações e sem divindade. Isso nos mostra como, em cada um, está presente a necessidade de, em determinados momentos, recorrer ao Senhor. Na Bíblia, não encontramos nenhuma definição de oração, mas situações descritivas de homens e de mulheres que rezam. No entanto, ao longo dos séculos, muitos santos, teólogos, místicos procuraram dar uma definição deste misterioso e vivo diálogo com Deus. Santa Teresinha nos oferece uma explicação: “Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, um grito de reconhecimento e amor, no meio da provação ou no meio da alegria
Nunca devemos nos esquecer de que a oração, mais do que esforço pessoal ou iniciativa humana, é um dom gratuito de Deus. E, sendo Deus amor, inicia o diálogo, procura-nos. Como bem disse São João da Cruz: “Se é verdade que o homem procura a Deus, ainda mais é verdade que Deus procura o homem.” A Quaresma é um tempo especial em que a Igreja nos convida à prática do jejum e da oração a fim de que nós possamos nos preparar integralmente para reviver a vitória sobre a morte que Cristo veio trazer para toda a humanidade. Pela oração, tornamo-nos mais próximos de Deus, conversamos com Ele, pedimos, agradecemos, mas também aprendemos a escutar.
Escutamos Deus por intermédio do nosso exame de consciência, de nossas orações e da análise dos acontecimentos. A prática do jejum nos torna donos de nós mesmos pelo domínio da força de vontade. Quando jejuamos, vencemos a vontade de comer, muitas vezes por gula, e nosso organismo agradece e se desintoxica. Pensadores, estudiosos, médicos sugerem que o jejum “lava” o organismo. Jesus jejuou porque o jejum O tornou mais forte e mais próximo do Pai. Oração e jejum são, pois, ferramentas indispensáveis, de uma maneira intensa, no tempo quaresmal, mas necessárias também durante toda a nossa vida
Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)


NÃO DESANIME NA HORA DA TEMPESTADE

No Evangelho de São Mateus há um fato muito interessante: após a multiplicação dos pães, Jesus despediu os apóstolos e foi rezar no alto do monte. O barco em que eles estavam se agitava numa grande tempestade. Os discípulos estavam apavorados... Quando de repente viram alguém caminhando sobre o mar: era o Messias.
Não imaginando que fosse Jesus, eles ficaram ainda mais amedrontados e soltando gritos de terror: "É um fantasma!" Mas logo o Senhor lhes disse: “Confiança, sou Eu, não tenhais medo” (Mt 14,27).
Muitas vezes, nossa vida é agitada pelas tempestades e nós nos desesperamos, porque nos falta confiança. Precisamos ter confiança cega em Deus, na certeza de que o Seu socorro não falta.
O Senhor é o mesmo de ontem, de hoje e de amanhã; Ele está vivo. Não servimos a um Deus morto, clame e Ele virá ao seu encontro!
Não desanime na hora da tempestade! Peça ao Senhor para pegá-lo no colo, para que a tempestade não o afogue. O Senhor nos manda ser corajosos. Não precisamos ter medo de nada. Jesus nunca vai nos deixar sozinhos.
Quando tomamos consciência e clamamos pelo socorro do céu, tudo muda, a tempestade se acalma e ousamos "andar sobre as águas". Foi o que Pedro experimentou:
“Senhor, se és mesmo Tu, ordena-me que vá ao teu encontro sobre as águas. Vem, disse Ele. E Pedro, saindo do barco, caminhou sobre as águas e foi rumo a Jesus” (Mt 14,28-29).
Nós também podemos andar sobre os nossos problemas, sobre as tempestades que assolam nossas vidas, fixando os olhos em Deus e não os desviando nem para direita nem para a esquerda.
Quando Pedro tirou os olhos de Jesus, ele afundou. Aí está o segredo: podemos andar por cima de nossos problemas, sem nos deixar amedrontar pela tempestade, se continuarmos com os olhos fixos no Senhor.
Tenha certeza: quando você traz o Senhor para dentro do "barco da sua vida", tudo muda. O vento cessa, a tempestade se acalma. O Senhor passa a ter o comando de todas as coisas.
“Confiança, sou Eu, não tenhais medo”. Seja qual for a situação pela qual você esteja passando, confie. É o próprio Senhor quem diz: “Sou Eu, não tenhais medo”. Nas grandes dificuldades, mas, também nas situações embaraçosas do dia a dia, o Senhor está ao nosso lado. Não há o que temer.
Reze junto comigo:
Senhor, eu agradeço por tantos milagres e curas que tens realizado na vida dos meus irmãos. Tu és verdadeiramente o Deus do impossível.
Entra, Senhor, no barco da minha vida. Vê, Senhor, a agitação em que está. Até hoje eu tive medo e pensei que estava sozinho, mas agora não temo, pois quem está conduzindo o barco da minha vida é o Senhor.
Apresento todas as situações que estou vivendo e já agradeço pelo novo rumo que estás dando. Eu não estou sozinho. Confesso que já estava cansado, fraco, com medo das grandes ondas, mas agora já não tenho mais medo, porque o Senhor é por mim.
Agradeço pelo milagre que estás realizando na minha vida. Sou uma nova pessoa.
A partir deste momento o leme da minha vida está em Tuas mãos. Eu não tomarei mais nenhuma decisão por mim mesmo. Quero louvar e agradecer pela paz e pela cura que realizas.
Bendito seja o Teu nome, meu Senhor e meu Deus.

Trecho do livro “Isto é obra do Senhor: um milagre aos nossos olhos” de monsenhor Jonas Abib

SILENCIAR PARA OUVIR O SENHOR


Há vários tipos de silêncio. Muitos mergulham nele apenas para fugir ou para dormir. Outros fazem uso de mil técnicasa fim de atingirem um silêncio simplesmente relaxante; outros ainda exercitam a meditação com o pensamento bloqueado, suspenso num vácuo silencioso, no qual julgam ser elevados.Alguns emudecem por capricho ou por mau humor; e assim por diante… No entanto, 
o verdadeiro silêncio é aquele que nos coloca diante de Deus. Essa experiência enriquece os nossos valores, enobrece nossas reflexões, sentimentos e ideias, e mais: no íntimo da alma formam-se as convicções e enraízam-se as virtudes. Dessa forma, as linhas mestras da luta pessoal por melhorarmos a cada dia um pouco mais são definidas e solidificadas.Temos o hábito de falar muito e quase não sabemos escutar o outro, sobretudo ao Senhor, que quer nos falar no íntimo de nosso coração. Há pobreza de palavras, porque há pobreza de silêncio. Só teremos condições de responder com prontidão a Deus e aos irmãos se nos exercitarmos nessa escuta
.Jesus, eu confio em Vós
!Luzia Santiago