domingo, 16 de junho de 2013


DESISTIR JAMAIS

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia” (Jo,6 35).

Esses versículos já nos são conhecidos, mas o que me chama à atenção é essa parte: “E esta é a vontade daquele que me enviou: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

Essas são palavras de esperança para uma realidade que não tem fim. Trata-se da eternidade.

Nessa partilha, desejo levar ao seu coração muita esperança, paz e amor. Sabe por quê? Porque, no dia a dia, temos muitas lutas para vencer. Na hora da dificuldade, o fato de não entendermos o que está acontecendo, torna-se mais fácil desistir ao invés de perseverar.

Por mais que nos organizemos e tracemos nossos planos, sabemos que a vida é imprevisível. Fazer conquistas é muito bom, e desejamos a vitória em tudo, para todas as coisas, mas infelizmente, nem sempre a conquistamos. Nessas horas, precisamos continuar nacaminhada.

Todos querem ganhar, mas ninguém quer conjugar o verbo “perder”. A nossa vida não pode parar em meios às perdas, às derrotas e aos fracassos. Há pessoas que, diante de uma derrota, faz com que a sua vida seja paralisada em determinada situação. Pode até ser que outros eventos, na vida delas, podem correr bem, mas quando a situação remete àquela experiência, a pessoa fica paralisada.

Lembremos que aquele que olha o Filho e n'Ele crê tem a vida eterna. É mais fácil desistir ou perseverar?

Na sua vida, já se perguntou o que você precisa fazer para ganhar a vida eterna? Muitas vezes, nossas metas estão apenas baseadas nesse plano terrestre. Faturar, ganhar, ganhar... Mas há uma situação que não podemos deixar perder. Essa situação ninguém pode deixar de conquistar: a vida eterna. 

Ricos e pobres estão também sujeitos às perdas, mas, em meio de tudo, não podemos perder a visão do céu, da eternidade. 

A vontade de Deus é que nenhum de nós se perca. Por amor, Jesus não deixou que se perdesse nenhum daqueles para os quais Ele foi enviado. O senhor o amou em todos os eventos até chegar na cruz para fazer a vontade do Pai. Podemos ver em Jesus um modelo de fidelidade.

Cristo é a nossa referência para não cair no sentimento da desistência. Sabemos que estamos vivendo, nos nossos dias, um grande desafio: “Não desistir das pessoas”.

Quando Jesus morre na cruz, Ele o faz para os bons e os maus. Infelizmente, no nosso dia a dia, ninguém está disposto a investir nas pessoas. Diante de um problema de relacionamento, elas acham mais fácil desistir, trocar de esposa (o), ficar indiferente com alguém.

Jesus não desistiu de nenhum de nós. Da nossa parte, precisamos acreditar que com Ele é possível ser diferente.

Olhando para as pessoas ao nosso lado, e sabendo da realidade que cada uma pode estar vivendo, podemos nos perguntar: Quem poderá se salvar?

Precisamos dar uma resposta de esperança àqueles que não veem soluções, pois o que é impossível aos homens é possível a Deus.

Não sei o que para você é impossível, mas lembre-se que para Deus isso não existe. Para que o impossível se torne possível, na nossa vida, precisamos perseverar, caminhando e testemunhando sem desistir.

No dia a dia, é difícil testemunhar aquilo que Jesus é. Sabemos que Ele é amor, um amor que não desiste e está sempre disposto a perdoar. Para nós, que temos Jesus como modelo, é necessário fazer também essa experiência, acreditando, não por razões humanas, mas ciente do que Deus pode fazer por ela.

Acostumamo-nos a descartar nosso celular, quando este fica velho, mas com pessoas não podemos fazer o mesmo. Isso não é fácil, mas é possível. Não podemos entrar em desespero, porque, senão, perdemos a esperança.

Há duas perdas que desestruturam uma pessoa: a morte e o desemprego. Há perdas irreversíveis como a morte, por exemplo, mas, diante das mais duras situações, precisamos aprender a trabalhar com o que é inevitável sem entrar em desespero. Isso é possível quando buscamos valores naquilo que temos em nossas mãos. Somente Deus pode nos dar essa força de criar novas perspectivas de vida, de buscar novas oportunidades.

Sabemos que não temos somente dias bons, então, precisamos acreditar que com Deus tem jeito, mas não é o nosso jeito. O modo de o Senhor agir é diferente do nosso. Lembre-se que Deus é perdão, e isso nem sempre somos. O tempo d'Ele é diferente do nosso, pois mil anos é como um dia e um dia como mil anos para o Senhor. Ele deu a liberdade para todos, então, cabe a nós olhar para a pessoa que está perdida e esperar, confiando na ação de Deus na vida dela.

Acolhamos o compromisso de olhar para a cruz, acreditando, perseverando na caminhada, pois estamos nas mãos de Deus e seremos abandonados. Podemos perder tudo, mas não podemos perder a nossa fé na eternidade.
Cleto Coelho 
Missionário da Comunidade Canção Nova

TENHA FÉ



Eu quero partilhar com você sobre a fé, esta virtude que torna possível o contato com o nosso Deus. São Tomás de Aquino diz que a fé nos aproxima do conhecimento do Senhor. Com efeito, ao participarmos da vida d'Ele, começamos a ver e a apreciar tudo como se o fizéssemos com os olhos d'Ele.

As dificuldades que temos em vivenciar o sobrenatural derivam sempre da fraqueza da nossa fé, mas são as nossas fraquezas que nos oferecem a possibilidade de participarmos da vida divina. A fé nos torna capazes de pensar como Deus e reconhecer as virtudes que Ele colocou em nós: o bem, a beleza e a verdade. Crer significa sintonizar e identificar os nossos pensamentos com os do Pai.

Viver na fé é viver na luz de Deus, pois Ele é luz e n'Ele não há sombra alguma, diz São João. Cada momento de nossa vida está impregnado da presença divina, que nos ama e nos cumula de Seus dons. Viver a fé significa saber reconhecer a amorosa presença de Deus em nossas vidas. As transformações que vivenciamos, em nossa maneira de ver, pensar, sentir e viver o que quer que seja são graças à fé! Viver dela é jogar-se no abismo com a certeza da salvação.
Há uma historinha que marcou o meu viver da fé: 'Um dia, um alpinista, escalando um lugar gelado e úmido, escorregou e desabou ‘pirambeira’ abaixo. Como ele estava amarrado numa corda, ficou pendurado e começou a clamar a Deus pela sua salvação.
Assim foi a noite inteira, enquanto o frio se intensificava. Uma voz, em seu interior, falava: “Corte a corda”. Ele pensava que estava ficando louco, mas voz insistia: “corte a corda”. Mas o medo não permitiu que ele a cortasse. Aquele homem não teve coragem de praticar um ato de fé e morreu congelado. No outro dia, os amigos saíram em busca dele e encontraram-no pendurado na corda, faltando um palmo para alcançar o solo.
Esta história é um grande desafio para cada um de nós. Mesmo quando passamos pelo “vale escuro”, sem saber o que virá no futuro, a fé é a voz de Jesus na nossa vida. Se esse alpinista tivesse cortado a corda, estaria vivo, pois estava a um palmo do chão.
Refleti profundamente sobre isso e perguntei-me: "Qual será a corda que está me prendendo e que preciso cortar para viver mais intensamente a minha fé em Deus?". Não precisei fazer muito esforço para compreender que Ele estava me falando que a corda que eu precisava cortar era dar o passo na fé para reiniciar as obras do Santuário do Pai das Misericórdias. Sei que sozinho e somente com as minhas energias não sou capaz, mas eu peço a Sua ajuda e a aceito, para que ainda, neste ano, concretizemos esse projeto. A Minha fé impele-me a cortar a corda. E a sua?

Qual é a corda que o está prendendo e que você precisa cortar? Viver da fé é ter a coragem de cortar a corda sempre.

Wellington Silva Jardim (Eto)
Cofundador e missionário da Comunidade Canção Nova

É NA FAMÍLIA QUE TUDO COMEÇA E TERMINA ?

Uma profunda reflexão sobre nossa responsabilidade
Um adolescente de 17 anos entra na casa do vizinho e mata um menino de seis anos. Dois dias depois, é preso juntamente com a namorada, de 19 anos, grávida de três meses, quando tentava fugir para outro Estado. Na entrevista que, em seguida, deu à imprensa, revelou que, quando chegou à casa da vítima, foi recebido com alegria pela criança: «Ela me ofereceu pão e maçã, dizendo que, se eu quisesse mais, podia entrar e pegar».

Uma mãe de 42 anos e seu filho de 20 contratam os serviços de um “matador de aluguel” para assassinar o marido e padrasto de 63 anos e ficar com os seus bens. Armando uma emboscada ao idoso, chamaram-no para conversar em local insuspeito e, quando aparece, é friamente assassinado pelo criminoso, que mal completou 17 anos.

Um adolescente de 15 anos mantém a “esposa” de 25 sob a ameaça de um facão durante varias horas. Chamada ao local, a polícia detém ambos: o rapaz por violência e a moça por desacato à autoridade.

Os três fatos aconteceram em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, mas poderiam ter ocorrido em qualquer outra cidade. O que impressiona – se é que ainda impressiona – é que, em todos eles, os protagonistas são adolescentes e os delitos se sucederam no espaço de três dias, de 4 a 6 de abril de 2013. 
O que esperar de uma sociedade que, depois de escancarar as portas ao materialismo, ao permissivismo e ao relativismo finge se escandalizar com suas consequências e abarrota as prisões com jovens, cujo pecado foi seguir seus ensinamentos? Se querem extirpar ou diminuir a violência que se propaga entre eles, mais do que diminuir-lhes a maioridade penal é preciso investir na formação de sua consciência ética por meio da família. Foi o que lembrou a CNBB, em “nota” publicada, no dia 16 de maio: «O debate sobre a redução da maioridade penal, colocado em evidência mais uma vez pela comoção provocada por crimes bárbaros cometidos por adolescentes, conclama-nos a uma profunda reflexão sobre nossa responsabilidade no combate à violência, na promoção da cultura da vida e da paz, e no cuidado e proteção das novas gerações de nosso país. A delinquência juvenil é, antes de tudo, um aviso de que o Estado, a sociedade e a família não têm cumprido adequadamente com seu dever. Criminalizar o adolescente com penalidades no âmbito carcerário seria maquiar a verdadeira causa do problema, desviando a atenção com respostas simplórias, inconsequentes e desastrosas para a sociedade».
É na família que se inicia a renovação ou a perdição da sociedade. Nesse sentido, só deveria casar – e, mais ainda, gerar filhos – quem está preparado e maduro para assumir os compromissos que o ato comporta. É o que tenta transmitir uma estória que, há poucos dias, recebi via internet. Em sua simplicidade, ela tem muito a ensinar.

Certo dia, a professora pediu aos alunos que fizessem uma redação, expressando um pedido que gostariam de fazer a Deus. Em casa, ao corrigir os trabalhos escolares, ela se deparou com um escrito que a deixou abalada. Entrando na sala e vendo-a soluçar, o marido perguntou: «O que aconteceu?». Como resposta, ela lhe repassou a oração que uma aluna redigira: «Senhor, transforma-me numa televisão! Quero ocupar o espaço dela. Ter um lugar especial para mim e reunir a família ao redor. Ser levada a sério quando falo. Quero ter a mesma atenção que ela recebe quando não funciona. Ter a companhia do meu pai quando chega em casa, apesar de cansado. Que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar. Que meus irmãos “briguem” para estar comigo. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado para passar alguns momentos comigo». Ao ouvir a leitura, o marido exclamou: «Pobre dessa menina! Que família ela tem!». A professora baixou os olhos e sussurrou: «É nossa filha!».

A estória confirma o que escreveram, em 2007, os bispos latino-americanos em sua reunião de Aparecida: «Os meios de comunicação invadem todos os espaços, inclusive a intimidade do lar. A sabedoria das tradições vê-se obrigada a competir com a informação do último minuto, a distração e as imagens de “vencedores” que sabem usar a seu favor as ferramentas tecnológicas, levando as pessoas a buscarem, afoitamente, um sentido para a vida onde nunca poderão encontrá-lo».

Dom Redovino Rizzardo, cs

VOCÊ ACREDITA QUE MILAGRES ACONTECEM ?

Você acredita que milagres acontecem? O papa Francisco em uma das suas missas diárias fez questão de afirmar que não podemos duvidar da existência dos milagres. E ele afirmou: "para consentir que o Senhor faça milagres é necessária uma oração corajosa, capaz de superar «aquela incredulidade» que habita no coração de cada homem." 

O bonito é que ele também deu a sugestão de como devemos orar: " Creio, Senhor, Creio. Tu podes atender-me. Ajuda-me em minha incredulidade. "Em outras palavras o papa esta nos incentivando a praticar a fé que remove montanhas. Não imagine isso um absurdo ou impossível. 

Nosso Senhor Jesus Cristo nos diz em Mc 11,23: "todo o que disser a este monte: Levanta-te e lança-te ao mar, se não duvidar no seu coração, mas acreditar que sucederá tudo o que disser, obterá esse milagre." 

Repare que não se trata de uma oração por cortesia, onde depois nos esquecemos de Deus. Somos incentivados a praticar uma oração corajosa, que luta para alcançar o milagre. E Deus que é bom, sempre estará nos dando o melhor do Seu amor e benção. Nunca desista de rezar, porque Deus esta sempre pronto a nos abençoar!

Meu bom Deus, 
gostamos de te ouvir através de tuas santas palavras, 
queremos ter sabedoria em nossos relacionamentos e 
impregnar de paz todos os ambientes que freqüentarmos. 
Que tenhamos palavras sábias capazes de evangelizar a todos. 
Que sejamos portadores da tua paz e do teu amor.
Amém!
Padre Alberto Gambarinni