terça-feira, 15 de março de 2011

O QUE FAZER PARA VENCER AS TENTAÇÕES ?


Antigamente, a Quaresma era o período durante o qual, através da penitencia e da provação, os catecúmenos se preparavam para receber o batismo na noite de Páscoa.A Liturgia sempre coloca Jesus no Evangelho do Primeiro Domingo da Quaresma vencendo as tentações do Demônio (cf. Mt 4,1-11). O Nosso Senhor e Mestre não só vence, mas nos dá as dicas para vencer também o nosso inimigo e as tentações pequenas e grandes que enfrentamos todos os dias. O objetivo desta reflexão de hoje será avaliar a nossa defesa e aumentar as nossas resistências frente às tentações e celebrar a vitória com o Senhor Jesus. JESUS NOS ENSINA A VENCER AS TENTAÇÕES O Senhor derrotou o inimigo através da Docilidade ao Espírito Santo, pois “no deserto, ele era guiado pelo Espírito”, da Palavra: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem”; da Oração: “Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus”; do Jejum: Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome”, e pela Adoração: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás”. Exercendo Sua autoridade que vinha de uma vida coerente e santa. Isso fica bem claro na leitura deste Evangelho .De maneira semelhante como o antigo povo de Israel partiu durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor. Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.Jesus Cristo dando inicio a caminhada do Novo povo de Deus se dirige ao deserto como lugar de encontro com Deus, lugar de recolhimento, onde Ele se revela, onde se escuta Sua Palavra. E diferente do antigo povo da Aliança que sucumbe a tentação, se revolta, tem saudade das cebolas do Egito, onde eles tinham o que comer, mas eram escravos. Jesus vence a tentação, vence o demônio pela oração, pelo jejum através da Palavra e da Obediência ao Pai para  intensificar o caminho da própria conversão. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, nos afastar de todo aquilo que nos separa do Plano de Deus, e, por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal .No pórtico da Quaresma recém-começada, encontramos Jesus tentado pelo diabo. A Bíblia tem vários nomes para este personagem, mas em todos subjaz a mesma incumbência da sua missão: o que separa o que arranca; diabo, dia-bolus: o que divide. O demônio – no meio do mundo que o ignora e o torna frívolo – está mais presente que nunca: nos medos, nos dramas, nas mentiras e nos vazios do homem pós-moderno, aparentemente descontraído, brincalhão e divertido.Com Jesus, como com todos, o diabo procurará fazer uma única tentação, ainda que com diversos matizes: romper a comunhão com Deus Pai. Para este fim, todos os meios serão aptos, desde citar a própria Bíblia até fantasiar-se de anjo da luz. As três tentações de Jesus são um exemplo muito atual: da tua fome, converte as pedras em pão; das tuas aspirações, torna-te dono de tudo; da tua condição de filho de Deus, coloca a tua proteção à prova. Em outras palavras: o dia-bolus buscará conduzir Jesus por um caminho no qual Deus ou é banal e supérfluo, ou é inútil e nocivo.Prescindir de Deus porque eu reduzo minhas necessidades a um pão que eu mesmo posso fabricar, como se fosse minha própria mágica (1ª tentação). Prescindir de Deus modificando seu plano sobre mim, incluindo aspirações de domínio que não têm a ver com a missão que Ele me confiou (2ª tentação). Prescindir de Deus banalizando sua providência, fazendo dela um capricho ou uma diversão (3ª tentação).Isso se torna atual se formos traduzindo, com nomes e cores, quais são as tentações reais (!) que separam – cada um e todos juntos – de Deus e, portanto, dos outros também. A tentação do deus-ter (em todas as suas manifestações de preocupação pelo dinheiro, pela acumulação, pelas “devoções” a loterias e jogos, pelo consumismo). A tentação do deus-poder (com todo o leque de pretensões de ascensão, que confundem o serviço aos demais com o servir-se dos demais, para os próprios interesses e controles). A tentação do deus-prazer (com tantas, tão infelizes e, sobretudo tão desumanizadoras formas de praticar o hedonismo, tentando censurar inutilmente nossa limitação e finitude).Quem duvida de que existem mil diabos, que nos encantam e seduzem a partir da chantagem das suas condições e, apresentando tudo como fácil e atrativo, nos separam de Deus, dos demais e de nós mesmos?Jesus venceu o diabo. A Quaresma é um tempo para voltarmos ao Senhor, unindo novamente tudo o que o tentador separou. Jejuando quarenta dias no deserto, Jesus consagrou a abstinência quaresmal. Desarmando as ciladas do antigo inimigo, ensinou-nos a vencer o fermento da maldade. Celebrando agora o mistério pascal, nós nos preparamos para a Páscoa definitiva. Oremos: Ó Deus, que nos alimentastes com este pão que nutre a fé, incentiva a esperança e fortalece a caridade, dai-nos desejar o Cristo, pão vivo e verdadeiro, e viver de toda Palavra que sai de vossa boca para vencer ao pecado, a nós mesmos e ao diabo. Por Cristo, nosso Senhor. Amém
Padre Luizinnho

COMO ACERTAR NAS ESCOLHAS?

A cada momento precisamos fazer nossas escolhas, porque a nossa felicidade depende delas. Diante de nós sempre está “a vida e a morte, a bênção e a maldição”.
Toda escolha tem suas consequências. Se escolhemos bem, vivemos bem; por outro lado, se escolhemos mal, vivemos mal. Sempre precisaremos de muita oração e de bons conselhos para que consigamos fazer escolhas certas.
A Palavra do Senhor é luz para os nossos passos e por ela devemos nos deixar guiar de forma a vivermos como verdadeiros filhos de Deus: “Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e teus descendentes, amando ao Senhor Teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele, pois Ele é a tua vida e prolonga os teus dias, a fim de que habites na terra que o Senhor jurou dar a teus pais Abraão, Isaac e Jacó” (Dt 30,19-20).
Senhor, dá-nos a docilidade de mente e de coração para sempre escolhermos de acordo com a Tua vontade.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

SEXUALIDADE E CASTIDADE

Sexualidade e castidade
 O Catecismo ainda que, pela sexualidade, “os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus.” (Catecismo da Igreja Católica, 2367) Isso está claro já nos primeiros capítulos da Sagrada Escritura, quando Deus cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, e lhes diz: “Frutificai, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.” (Gn 1,28) E mais adiante: “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.” (Gn 2,24) Se, portanto, a Santa Igreja crê que: pela sexualidade o homem e a mulher imitam a generosidade de Deus Deus condiciona ao ato sexual nada menos do que a geração de uma nova vida humana pelo ato sexual os esposos participam do poder criador de Deus o próprio Deus ordena que, em sua vocação natural, o homem e mulher se unam no ato sexual Como se poderá afirmar que a fé católica vê o sexo como algo mau, impuro ou pecaminoso? Foi o próprio Deus, ainda, que dispôs a natureza de forma à haver prazer no ato que perpetua a espécie humana - da mesma forma que normalmente há prazer natural em todos os atos humanos necessários para a sobrevivência e perpetuação da espécie: comer, beber, dormir, e assim por diante. O Sagrado Magistério da Igreja ensina ainda que não há problema algum em os esposos desejarem este prazer no ato sexual e o gozarem, desde que isso seja vivido nos justos limites. Nesse sentido, o saudoso Papa Pio XII nos ensina: "O próprio Criador estabeleceu que nesta função os esposos sentissem prazer e satisfação no corpo e no espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem manter-se nos limites de uma moderação justa." (Catecismo da Igreja Católica, 2362)
Finalidades procriadora e unitiva
Quais seriam estes justos limites? É aquilo que a fé católica chama de virtude da castidade. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: "A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa." (Catecismo da Igreja Católica, 2347) E ainda: "Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu estado de vida." (Catecismo da Igreja Católica, 2348) Ou seja, a virtude da castidade consiste na maneira correta de viver a sexualidade. Cada membro da Santa Igreja é chamado por Nosso Senhor Jesus Cristo à viver a castidade segundo a sua vocação. Para isso, precisamos compreender que o ato sexual naturalmente tem duas finalidades: a finalidade unitiva, que diz respeito ao bem e à santificação do casal, e a finalidade procriadora, que diz respeito à geração da vida. Diz o Catecismo: "Salvaguardando esse dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e sua ordenação para altíssima vocação do homem para a paternidade." (Catecismo da Igreja Católica, 2369)
O prazer é consequência natural do ato conjugal, e não finalidade do ato. Assim, qualquer atitude que faça uso da sexualidade buscando o “prazer pelo prazer”, fora da sua finalidade unitiva ou fechando-se intencionalmente à sua finalidade procriadora, é uma atitude imoral.