sábado, 22 de dezembro de 2012


A QUEM VOCE DÁ LUGAR ?

Bendito seja aquele que vem, o rei, em nome do Senhor!” (Lucas 19,38a).

A expressão “Bendito seja o que vem” só era usada para se referir ao Messias. Assim, quando começaram a proclamar: “Bendito seja aquele que vem”, e acrescentaram: “O Rei, em nome do Senhor!”, todo mundo entendeu. Estavam falando que Jesus não era apenas um rei, mas o Rei Messias. E esse Rei chegava montado em um jumentinho.

Essa foi a maneira como Cristo entrou em Jerusalém: humildemente. O Evangelho de São Mateus narra o mesmo fato (cf. Mateus 21,5). Essa é a forma que Ele entra em cada um de nós e toma posse do trono que pertence a Ele. Há um trono em seu coração, e você o dá a quem quiser. Ou dá esse trono a Jesus, Rei e Senhor, que quer entrar: humilde, simples, pobre, com amor, perdão, misericórdia em seu coração e fazê-lo semelhante ao d’Ele. “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”(Mateus 11,29)... Ou o dá ao maligno e continua deixando que ele o cumule de orgulho, soberba, autossuficiência, riqueza, poder, vícios.

A quem você dá lugar? Não adianta responder apressadamente: "A Jesus, a Jesus!" Tem que ser uma decisão concreta, sincera, verdadeira, definitiva.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

SOFRER E TER ESPERANÇA



Jesus nos salva na CRUZ,por meio de seus sofrimentos.
Ele nos ensina que para segui-lo é preciso "renunciar a si mesmo,tomar a cruz " ,só depois destes dois primeiros passos é que a gente consegue 'segui-lo",isto é "imita-lo",viver como Ele.
Nossa sociedade moderna nega o sofrimento,e tem aversão à renunciar a qualquer coisa...Como ser cristão verdadeiro,num mundo tão voltado para o prazer e para si mesmo? Ora, é por isto que o cristão vai ter que "aprender de Jesus mesmo,manso e humilde de coração" que as dificuldades e sofrimentos que aparecem na nossa vida,longe de nos afastarem de Deus,podem ser meios eficazes para unirem nossa vida à de Cristo.
(Edwiges Moura)

MARIA ,A MÃE DA MISERICÓRDIA

Para aprender a misericórdia, conheçamos a escola de Jesus Cristo Jesus Cristo disse aos Seus discípulos no Sermão da Montanha: “Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).

A Palavra de Deus nos exorta a sermos misericordiosos, pois o Pai é misericordioso e, em Jesus Cristo usou de misericórdia para conosco. Somos chamados a usar dela também para com nossos irmãos, para com nossos amigos e inimigos. O julgamento pertence a Deus, por isso, não devemos julgar, mas perdoar as pessoas que nos ofenderam, maltrataram-nos e nos fizeram o mal.

Essa é a vontade do Pai a nosso respeito: que amemos os nossos inimigos e rezemos pelos que nos perseguem (cf. Mt 5,44). Ele nos convida a amar e a perdoar as pessoas que nos humilharam, desprezaram-nos e nos maltrataram. Porém, percebemos que, muitas vezes, não damos conta de amar e perdoar as pessoas que nos fizeram mal, que nos prejudicaram. Então, como podemos dar conta de exercer a misericórdia com aqueles que nos maltratam?
Para aprender a misericórdia, conheçamos a escola de Jesus Cristo, entremos na escola onde a Virgem Maria é a formadora, a educadora por excelência. Ela vai nos ajudar a vencer os nossos limites, nos ensinar a amar e a perdoar até mesmo os nossos inimigos, pois Nossa Senhora ensinou Seu Filho, mas também aprendeu de Jesus Cristo o amor, o perdão, a misericórdia, até mesmo para com os inimigos. Sendo assim, mais do que qualquer outra pessoa ela aprendeu a amar e a perdoar até mesmo aqueles que maltrataram, humilharam e mataram Seu Filho Jesus Cristo.

A Virgem Maria é a nossa mãe, aquela que nos ensinou, mas também aprendeu de Jesus Cristo. O caminho de humilhação, de perseguição, de morte de seu Filho, fizeram de Maria a mulher forte, a qual perseverou em oração, juntamente com os apóstolos e discípulos de Jesus (cf. At 1,14). Ela intercedeu pela Igreja nascente e continua a interceder por nós. Mais ainda, ela nos ajuda nesse caminho de crescimento no amor e na misericórdia, gerando, pelo Espírito, seu Filho Jesus Cristo em nós. Consagremo-nos a Ele pelas mãos desta boa mãe e mestra, para que, um dia, alcancemos a eternidade junto do Pai no Reino dos Céus.
Natalino Ueda - Comunidade Canção Nova

EIS-ME AQUI JESUS

Faça desta oração, a sua oração para um dia cheio das bençãos de Deus:

Senhor, no silêncio desde dia que amanhece,
venho pedir-Te a paz, a sabedoria e a força.
Quero olhar hoje o mundo com os olhos cheios
de amor; ser paciente e compreensivo,
manso e prudente.
Quero ver os meus irmãos além das aparências,
quero vê-los como Tu mesmo os vês,
e assim não ver senão o bem em cada um.
Cerra meus ouvidos a toda calúnia.
Guarda minha língua de toda maldade.
Que só de bênçãos se encha meu espírito.
Que eu seja tão bondoso e alegre, que
todos aqueles que se achegarem
a mim sintam a Tua presença.
Reveste-me da Tua beleza, Senhor,
e que no decurso deste dia,
eu Te revele a todos.
Amém

NÃO VOLTE ATRÁS COM SUAS PALAVRAS

Os homens tem esquecido o compromisso com a Palavra

Há relatos de pessoas mais velhas, carregadas de sabedoria e de experiência de vida, que dão conta de um tempo no qual um “fio de bigode” significava compromisso, palavra dada que não podia ser quebrada. E as crianças sempre se impressionaram com um adulto, quando este diz: “Palavra de homem não volta atrás”. Muitos de nós sonhávamos em ser adultos, porque chegaria um tempo em que nossa palavra seria valorizada e não nos mandariam ficar longe, quando se tratava de conversa "de gente grande". Palavra dada, sinal de compromisso e exigência de coerência!

Sabemos que a palavra entrou em crise e a verdade foi relativizada. Assistimos a espetáculos de corrupção, as opiniões têm preço e até se elimina a vida em função de interesses vis. Sonhamos com o cumprimento das promessas dos homens públicos e, de novo, apostamos, de tempo em tempo, acreditando que um dia as coisas vão mudar. Já é um bom sinal sempre recomeçarmos, pela expectativa positiva, quando chega o final de um ano e todos se rejubilam com o futuro a ser acolhido e conquistado. Começando por cada um de nós, é bom recobrar o valor dos compromissos assumidos. E vamos ser sinceros, pouco a pouco nos tornamos mais sérios e responsáveis!

Conforta-nos a certeza dada pela fé cristã de que Deus nunca falta com Sua Palavra, tanto que o Verbo Eterno do Pai se fez homem, fez-se um de nós, testemunha fiel da verdade; Ele mesmo “a Verdade”. Foram séculos de preparação, alimentados pelas profecias messiânicas. Um povo, teimoso na esperança, preparou a estrada para a vinda de Deus. O profeta Jeremias, visto por alguns como pessimista, é, entretanto, portador de palavras consoladoras que sustentaram gerações: “Dias virão, quando cumprirei as promessas que fiz à casa de Israel e à casa de Judá. Naqueles dias, naquele tempo, farei brotar de Davi um rebento dado à justiça, que vai implantar a justiça e o direito no país. 
Nesse dia, Judá estará salvo, Jerusalém vai se deitar confiante e o nome que lhe darão será Senhor-nossa-Justiça” (Jr 33,14-16). E Deus, efetivamente, cumpriu Sua promessa. Em Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, a Palavra do senhor se realizou. Todas as pessoas que a Ele acorrem e O acolhem como Salvador e Redentor experimentam em sua vida a transformação profunda, radical e definitiva. Dependendo de Deus, dá para dormir em paz! Não vêm d'Ele os ruídos das bombas ou da violência.

A memória da Igreja, feita presente no ano litúrgico, faz-nos contemplar, com profundidade crescente, o mistério de Cristo. Tanto é verdade que nos introduz continuamente na novidade, levando-nos a entender a perene provocação positiva advinda da experiência da fé. Não somos os mesmos que éramos antes de nossa conversão, houve uma virada de página. Quando acolhemos a palavra da misericórdia, vinda de Deus por Sua Igreja, sabemos que Seu perdão é terrivelmente sério e comprometedor com as consequências decorrentes. 

Se a Deus nos dirigimos em oração, sabemos que ele não brinca, mas escuta realmente e cumpre Sua palavra. Se, porventura, nos parece encontrá-Lo surdo, é bom olhar o arco de algumas etapas de nossa existência para constatar que nos atendeu sempre, dando-nos mais do que ousamos pedir e proporcionando-nos o melhor para nossa vida e salvação. É que, sendo Suas criaturas, o Senhor nos conhece profundamente, mais do que a nós mesmos, sabendo das motivações tantas vezes inconscientes de nossos atos e intenções. Deus, Pai eterno e amoroso, nos vê como filhos e nos educa, conduzindo-nos na estrada da felicidade. Consequência é a alegria de viver sem alimentar pessimismo e amargura.

Esta certeza nos infunde serenidade diante dos acontecimentos (cf. Lc 21,25-28.34-36). Os diversos tempos e o nosso tempo viram acontecer guerras, revoluções, violência, perseguições e desastres naturais. Muitos não conseguiram ficar “de pé” (cf. Lc 21,36), apavorados diante dos problemas. Outros ficaram insensíveis na gula e na embriaguez de todos os tipos ou se afogaram nas preocupações da vida (cf. Lc 21,35). Para outras pessoas, os desafios se transformaram em pedras que caíram sobre suas cabeças e viram-se em verdadeiras armadilhas. Quem permaneceu atento e orando com serenidade, vive bem cada momento presente e descobre a maravilhosa obra de Deus que se realiza em sua vida e na vida dos outros, pois sabe que está nas mãos de Deus e fidelidade é marca de seu modo de agir.

No tempo do Advento, com o qual se abre o novo ano litúrgico da Igreja, vem da sabedoria do Apóstolo São Paulo o roteiro de vida que queremos acolher, certos de que a ele estão ligadas as promessas de Deus, cuja realização é segura: “O Senhor vos faça crescer abundantemente no amor de uns para com os outros e para com todos, à semelhança de nosso amor para convosco. Que ele confirme os vossos corações numa santidade irrepreensível, diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda do nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos. Enfim, nós vos pedimos e exortamos, no Senhor Jesus, que progridais sempre mais no modo de proceder para agradar a Deus. Vós o aprendestes de nós, e já o praticais. Oxalá continueis progredindo cada vez mais” (1 Ts 3,12-4,2). 

A convivência com Deus e com Seu plano de amor acontece sem sobressaltos. Não é necessário esperar fenômenos extraordinários da natureza para acordar as pessoas. Temos os “sinais dos tempos” (cf. Lc 12,56-59)! O exercício diário é olhar ao nosso redor e descobrir a imensa quantidade e qualidade de presenças de Deus e da ação do Seu Espírito Santo, convidando-nos a responder positivamente aos Seus apelos, amando a Deus e o próximo. Continuaremos na labuta do dia a dia, mas daremos uns aos outros e ao mundo a contribuição de um sentido novo para a existência, brotado da fé cristã que professamos.
Dom Alberto Taveira Corrêa