terça-feira, 15 de abril de 2014


ORAÇÃO AO PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS


ORAÇÃO AO PRECIOSÍSSIMO

SANGUE DE JESUS

Senhor Jesus Cristo, em nome, e com o poder de vosso Sangue Precioso, selamos cada pessoa, fato ou acontecimento através dos quais o inimigo nos queira prejudicar.

Com o poder do Sangue de Jesus, selamos toda potência destruidora no ar, na terra, na água, no fogo, abaixo da terra, nos abismos do inferno e no mundo no qual hoje nos moveremos.

Com o poder do Sangue de Jesus, rompemos toda interferência e ação do Maligno. Pedimos-vos, Senhor, que envieis aos nossos lares e locais de trabalho a Santíssima Virgem Maria, acompanhada de São Miguel, São Gabriel, São Rafael e toda sua corte de santos anjos.

Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos nossa casa, todos os que a habitam (nomear a cada um), as pessoas que o senhor a nós enviará, assim como todos os alimentos e os bens que generosamente nos concede para nosso sustento.
Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos terra, portas, janelas, objetos, paredes e pisos, o ar que respiramos e na fé colocamos um círculo de seu Sangue ao redor de toda nossa família.

Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos os lugares onde vamos estar neste dia e as pessoas, empresas e instituições com quem vamos tratar.
Com o poder do Sangue de Jesus, lacramos nosso trabalho material e espiritual, os negócios de nossa família, os veículos, as estradas, os ares, as ruas e qualquer meio de transporte que haveremos de utilizar.

Com o vosso Preciosíssimo Sangue, lacramos os atos, as mentes e os corações de nossa Pátria afim de que vossa paz e vosso Coração ao fim nela possam reinar.
Nós vos agradecemos Senhor, por vosso Preciosíssimo Sangue, pelo qual nós fomos salvos e preservados de todo mal.” Amém.

Reze a oração do Creio, Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai...

DEUS CRIA TUDO A PARTIR DO NADA

O que existia antes do Big Bang?
O mundo da Astronomia e da Astrofísica foi abalado no mês passado (março de 2014) com o fantástico anúncio de que cientistas americanos (John kovac e sua equipe) detectaram a confirmação da expansão violenta do universo (chamada de 'Big Bang'). Esta expansão ou "inflação cósmica" foi um processo que aconteceu, no primeiro trilionésimo de trilionésimo de trilionésimo de segundo (1: 1.10^-36 ), após o nascimento do cosmos. Os astrônomos detectaram marcas deixadas pelas "ondas gravitacionais" na "radiação cósmica de fundo" (um campo eletromagnético) – ambas geradas pela inflação cósmica –, o que comprova o 'Big Bang', previsto a primeira vez pelo padre católico e astrofísico, jesuíta, belga, George Lamaitre.

A inflação cósmica gerou duas perturbações: as ondas gravitacionais e as ondas de densidade, que criaram áreas com temperaturas diferentes na radiação de fundo. O que existia antes do 'Big Bang'? Um ponto com energia e massa infinitas que os astrônomos chamam de "singularidade". Para eles, as leis da natureza, incluindo a do tempo, ainda não haviam sido criadas. Esta inflação cósmica, abrupta, aconteceu a partir de um ponto com raio de um bilionésimo (1:10^-9 ) de um próton. Até três minutos, os prótons e neutros se fundiram e criaram os primeiros núcleos atômicos. Nesse período, foram definidas as Leis Naturais, que vão comandar todo o processo até o fim dos tempos. Esses núcleos atômicos atraíram os elétrons livres e assim foram criados os átomos. A radiação cósmica de fundo e os fótons passaram a emitir luz. É o que o livro do Gênesis narra: "Deus disse: faça-se a luz ("fiat lux"). E a luz foi feita".

Em seguida, a gravidade condensou nuvens de poeira e gás criando as estrelas. Tudo isso aconteceu há 13,8 bilhões de anos. Há 4,6 bilhões de anos surgiu o nosso Sistema Solar. Há 27 mil anos, a Terra já existia, mas estava coberta de gelo; pois passava por um período glacial severo. É claro que só Deus poderia ter gerado tudo isso. 

Três físicos da Academia Chinesa de Ciências, Dongshan He, Dongfeng Gao e Qing-yu Cai, num artigo recém-publicado na rigorosa revista científica "Physical Review D", disseram que o cosmos inteiro, tudo o que existe "teria nascido do nada". Eles afirmaram: "Neste trabalho, nós apresentamos esta prova, baseados nas soluções analíticas da equação de Wheeler-DeWitt". O título do trabalho é "Criação espontânea do universo a partir do nada". 

Esse "espontânea", certamente, foi colocado com o objetivo de retirar a ação de Deus na obra da criação do universo. Mas a Igreja sempre afirmou que para tirar algo do nada é preciso "um poder infinito" que só Deus onipotente tem. Então, mesmo sem querer, os físicos chineses estão comprovando o que a Igreja afirma no Catecismo, quando diz que "cremos que Deus não precisa de nada preexistente nem de nenhuma ajuda para criar. A criação também não é uma emanação necessária da substância divina. Deus cria livremente 'do nada' (§296)". São Teófilo de Antioquia já perguntava: "Que haveria de extraordinário se Deus tivesse tirado o mundo de uma matéria preexistente? Um artífice humano, quando se lhe dá um material, faz dele tudo o que quiser. Ao passo que o poder do Senhor se mostra precisamente quando parte do nada para fazer tudo o que quer". (Ad Autolicum II, 4: PG 6, 1052s).

A mãe dos sete filhos macabeus, martirizados por Antíoco Epífanes, ao encorajá-los ao martírio disse-lhes: "Foi o Criador do mundo que formou o homem em seu nascimento e deu origem a todas as coisas. Eu te suplico, meu filho, contempla o céu e a terra e observa tudo o que neles existe. Reconhece que não foi de coisas existentes que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da mesma forma" (2Mc 7,22-23.28). 

A Carta aos Hebreus diz que "pela fé compreendemos que os mundos foram formados por uma palavra de Deus. Por isso é que o mundo visível não tem sua origem em coisas manifestas"(cf. Hb 11,3). "No princípio, Deus criou o céu e a terra" (Gn 1,1). O verbo "criar" – em hebraico ''bara'' – sempre tem como sujeito Deus, e se refere a "tirar algo do nada". 

O Novo Testamento revela que Deus criou tudo por meio do Verbo Eterno, Seu Filho bem-amado. Nele "foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra... tudo foi criado por Ele e para Ele é antes de tudo e tudo nele subsiste" (Cl 1,16-17). "No princípio era o Verbo; e o Verbo era Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito" (cf. Jo 1,1-3). 

"O mundo foi criado para a glória de Deus" (§293). "Tudo o que criastes proclama o vosso louvor", "o céu e a terra proclamam a vossa glória", reza a Liturgia. São Tomás de Aquino diz que: "Aberta a mão pela chave do amor, as criaturas surgiram". (§293) A Igreja ensina que a meta de toda a criação é o homem, é fazer de nós "filhos adotivos por Jesus Cristo, conforme o beneplácito de sua vontade para louvor à glória da sua graça"(Ef 1,5-6): "Pois a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus", dizia Santo Irineu de Lião. A criação está dirigida ao homem, imagem de Deus" (§299).

A Igreja ensina que "o mundo não é o produto de uma necessidade qualquer, de um destino cego ou do acaso. Cremos que o mundo procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participarem de seu ser, de sua sabedoria e de sua bondade (§295).  "Pois tu criaste todas as coisas; por tua vontade é que elas existiam e foram criadas" (Ap 4,11). "Quão numerosas são as tuas obras, Senhor, e todas fizeste com sabedoria!" (Sl 104,24). "O Senhor é bom para todos, compassivo com todas as suas obras" (Sl 145,9). 

Que beleza e que alegria! Mais uma vez, a ciência vem mostrar que "Deus criou tudo do nada" com amor, sabedoria, poder e bondade: "Tu dispuseste tudo com medida, número e peso" (Sb 11,20).
Felipe Aquino

POR QUE A CRUZ ?


“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem” (Mt 24,30). A cruz é o símbolo do cristão, que nos ensina qual é nossa autêntica vocação como seres humanos.
Hoje parecemos assistir ao desaparecimento progressivo do símbolo da cruz. Desaparece das casas dos vivos e das tumbas dos mortos, e desaparece sobretudo do coração de muitos homens e mulheres a quem incomoda contemplar um homem cravado na cruz. Não devemos estranhar isto, pois já no início do cristianismo São Paulo falava de falsos irmãos que queriam abolir a cruz: “Pois há muitos dos quais muitas vezes eu vos disse e agora repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo” (Fl 3, 18).
Uns afirmam que é um símbolo maldito; outros que não houve tal cruz, e que era apenas um mastro; para muitos o Cristo da cruz é um Cristo impotente; há quem ensine que Cristo não morreu na cruz. A cruz é símbolo de humilhação, derrota e morte para todos aqueles que ignoram o poder de Cristo para mudar a humilhação em exaltação, a derrota em vitória, a morte em vida e a cruz em caminho para a luz.
Jesus, sabendo a repulsa que ia produzir a pregação da cruz, “começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse muito…que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia. Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo dizendo: ‘Deus não o permita, Senhor, isto jamais te acontecerá!’ Ele, porém, voltando-se para Pedro, disse: “Afasta-te de mim, Satanás!…porque não pensas as coisas de Deus, mas as dos homens!” (Mt 16, 21-23).
Pedro ignorava o poder de Cristo e não tinha fé na ressurreição, por isso quis apartá-lo do caminho que leva a cruz, mas Cristo lhe ensina que quem se opõe à cruz fica do lado de Satanás.
Satanás, o orgulhoso e soberbo, odeia a cruz, porque Jesus Cristo, humilde e obediente, venceu-o nela, porque “humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!”, e assim transformou a cruz em vitória: “Por isso Deus o sobrexaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é sobre todo o nome” (Fl 2, 8-9).
Algumas pessoas, para nos confundir, perguntam-nos: Você adoraria a faca com que mataram o seu pai?
É obvio que não!
1º. Porque meu pai não tem poder para converter um símbolo de derrota em símbolo de vitória; mas Cristo sim tem poder. Ou você não crê no poder do sangue de Cristo? Se a terra que pisou Jesus é Terra Santa, a cruz banhada com o sangue de Cristo, com mais razão, é Santa Cruz.
2º. Não foi a cruz a que matou Jesus mas os nossos pecados. “Ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, esmagado em virtude de nossas iniquidades. O castigo que havia de trazer-nos a paz caiu sobre Ele, sim, por suas feridas fomos curados”. (Is 53, 5). Como pode ser a cruz um sinal maldito, se nos cura e nos devolve a paz?
3º. A história de Jesus não termina na morte. Quando recordamos a cruz de Cristo, nossa fé e esperança se centram no ressuscitado. Por isso para São Paulo a cruz era motivo de glória (Gl 6, 14).
Ensina-nos os quem somos
A cruz, com seus dois madeiros, ensina-nos quem somos e qual é nossa dignidade: o madeiro horizontal nos mostra o sentido de nosso caminhar, ao qual Jesus Cristo se uniu fazendo-se igual a nós em tudo, exceto no pecado. Somos irmãos do Senhor Jesus, filhos de um mesmo Pai no Espírito! O madeiro que suportou os braços abertos do Senhor nos ensina a amar nossos irmãos como a nós mesmos. E o madeiro vertical nos ensina qual é nosso destino eterno. Não temos morada aqui na terra, caminhamos para a vida eterna. Todos temos uma mesma origem: a Trindade que nos criou por amor. E um destino comum: o céu, a vida eterna. A cruz nos ensina qual é nossa real identidade.
Recorda-nos o Amor Divino
“Pois Deus amou tanto ao mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3, 16). Mas como o entregou? Acaso não foi na cruz? A cruz é a lembrança de quanto amor o Pai tem por nós e do amor maior de Cristo, que deu a vida por seus amigos (Jo 15, 13). O demônio odeia a cruz, porque nos recorda o amor infinito de Jesus. Leia: Gálatas 2, 20.
Sinal de nossa reconciliação
A cruz é sinal de reconciliação com Deus, conosco mesmos, com os humanos e com toda a ordem da criação em meio a um mundo marcado pela ruptura e pela falta de comunhão.
O sinal do cristão
Cristo tem muitos falsos seguidores que o buscam só por seus milagres. Mas Ele não se deixa enganar, (Jo 6, 64); por isso advertiu: “Aquele que não toma sua cruz e me segue não é digno de mim” (Mt 10, 38).
Objeção: A Bíblia diz: “Maldito o que pende do madeiro…”.
Resposta: Os malditos que merecíamos a cruz por nossos pecados éramos nós, mas Cristo, o Bendito, ao banhar com seu sangue a cruz, converteu-a em caminho de salvação.
Contemplar a cruz com fé nos salva
Jesus disse: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, para que todo aquele que crer tenha nele vida eterna” (Jo 3, 14-15). Ao ver a serpente, os feridos de veneno mortal ficavam curados. Ao ver o crucificado, o centurião pagão tornou-se crente; João, o apóstolo que presenciou o fato, converteu-se em testemunha. Leia: João 19, 35-37.
Força de Deus
“Com efeito, a linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1Cor 1, 18), como foi para o centurião, que reconheceu o poder de Cristo crucificado. Ele vê a cruz e confessa um trono; vê uma coroa de espinhos e reconhece um rei; vê um homem com os pés e mãos cravados e invoca um salvador. Por isso o Senhor ressuscitado não apagou de seu corpo as chagas da cruz, mas mostrou-as como sinal de sua vitória. Leia: João 20, 24-29.
Síntese do Evangelho
São Paulo resumia o Evangelho como a pregação da cruz (1Cor 1,17-18). Por isso o Santo Padre e os grandes missionários pregaram o Evangelho com o crucifixo na mão: “Os judeus pedem sinais e os gregos andam em busca de sabedoria; nós, porém anunciamos Cristo crucificado, que para os judeus é escândalo (porque para eles era um símbolo maldito), para os gentios é loucura (porque para eles era sinal de fracasso), mas para aqueles que são chamados, …, é Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Cor1, 23-24).
Hoje há muitos católicos que, como os discípulos de Emaús, vão-se da Igreja porque acreditam que a cruz é derrota. Jesus sai ao encontro de todos eles e lhes diz: “Não era preciso que o Cristo sofresse tudo isso e entrasse na sua glória?” Leia: Lucas 24, 25-26. A cruz é, pois, o caminho à glória, o caminho à luz. Quem rechaça a cruz não segue Jesus. Leia: Mateus 16, 24
Nossa razão, dirá João Paulo II, nunca vai poder esgotar o mistério de amor que a cruz representa, mas a cruz pode dar à razão a resposta última que esta procura. São Paulo coloca, não a sabedoria das palavras, mas a Palavra da Sabedoria como critério, simultaneamente, de verdade e de salvação» (JP II,Fides et ratio, 23).

SANTÍSSIMA VIRGEM



Santíssima virgem que nos montes de Fátima Vos dignastes a revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graças contidas na prática do vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço, em que devemos ter esta devoção, para Vos tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da nossa Redenção que nela se rememora, nos aproveitemos de seus preciosos frutos e alcancemos a graça, que Vos pedimos nesta oração, se for paa maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Assim seja.
Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.
v. Rainha do Santíssimo Rosário.
v. Rogai por nós.

BUSCAR VIGOR ESPIRITUAL

O amor de Deus, na história da humanidade
Os diagnósticos da crise contemporânea apontam processos corrosivos de desumanização, pesando existencialmente sobre os ombros de todos. É incontestável a perda do sentido da própria vida, com consequentes atentados contra a dignidade do outro. Violências de todo tipo permeiam as relações sociais e humanas como o tráfico de pessoas - tema da Campanha da Fraternidade (CF-2014) - a banalização da vida e a perda da noção de moralidade, que resultam no desrespeito aos valores essenciais do ser humano. 

Essa desumanização que alimenta dia a dia o aumento da violência e intensifica a inércia de ações governamentais e cidadãs, exige reação urgente e massiva na reconfiguração dos cenários socioculturais e políticos. 

Tem-se a impressão de que a sociedade contemporânea é um caminhão desgovernado ladeira a baixo, sem freios. De tudo acontece. Tudo parece possível quando deixa de existir clareza sobre os valores do bem e do mal na vida social e familiar. Diante desta realidade, é compromisso inegociável do cristão o combate diuturno para fazer triunfar o bem e a justiça. 

Ardiloso, o mal não se dobra facilmente a qualquer ameaça. Vencê-lo requer estratégias inteligentes, de racionalidade e de vontade política próprias de quem tem estatura cidadã. Mas só a espiritualidade é capaz de sustentar a competência daquele que assume esta luta. Só ela tem poderes para alargar os corações e capacitar as pessoas para uma compreensão que ultrapassa a simples lógica das relações formais e conduzir à construção de uma sociedade justa e solidária, por meio do aprendizado do amor a partir de sua gênese: a fonte inesgotável, o amor, Deus revelado de maneira plena na pessoa de seu Filho, Jesus Cristo, Salvador e Redentor. Significativo é ter presente o ápice do diálogo de Jesus com Nicodemos, narrado pelo evangelista João, quando o Mestre diz: ‘Deus amou tanto o mundo, que deu o seu filho único, para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna’. 

Não se pode ser coração da paz e, assim, vencer o mal, sem beber da fonte do amor, que o limite humano não garante, em si. E este amor de Deus, na história da humanidade, se personifica em Jesus Cristo. Se há essa compreensão, permanece cotidianamente o desafio de aproximação dessa fonte e o usufruto da oferta dadivosa que ele faz de si, com ensinamentos e gestos que, imitados e testemunhados, podem fazer de cada coração da paz instrumento de consecução de uma dinâmica social e política que promova a dignidade humana. 

Esses espantosos diagnósticos de desumanização da sociedade contemporânea precisam ser afrontados, com o propósito inadiável de nova configuração, em segurança pública, educação, trabalho, saúde, moradia, política menos partidarista e mais cidadã. Pela garantia de oportunidades para todos, por uma cultura que supere a exclusão social. Sendo assim, a reconquista da humanização que se anseia neste momento, com a reorganização das diversidades de todo tipo, autonomias e liberdades, demandas e prioridades, só será possível por meio de uma espiritualidade enraizada, fazendo de cada pessoa coração da paz. 

A vivência da Semana Santa, a Semana Maior, fixando o olhar na revelação plena do amor de Deus, aproximando-nos da fonte inesgotável, é a grande oportunidade para se recuperar a espiritualidade tão necessária. A superficialidade de fazer da Semana Santa um feriadão pode ser um equívoco. O repouso justo, o silêncio fecundante, a oração alargadora do coração, as abstinências, a sensibilização pela escuta e a celebração do mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus são possibilidades fecundas para um novo tempo de vida pessoal e comunitária em busca do indispensável vigor espiritual. 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

A NOSSA ESPERANÇA ESTÁ EM JESUS

“Espera no Senhor, sê forte, firme teu coração e espera no Senhor” (Salmo 26, 14).
A nossa confiança está no Senhor, n’Ele encontramos refúgio e consolo. Diante todas as lutas que enfrentamos ao longo da caminhada, devemos nos unir a Jesus sofredor que é a nossa esperança.
Neste dia, firmemos nosso coração com confiança no Senhor, que é luz e salvação. Peçamos a Ele que nos conduza com a Sua graça.
Rezemos: “Nós Vos adoramos, Senhor Jesus, e Vos bendizemos, porque, pela Vossa santa cruz, remistes o mundo.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

SEMANA SANTA

A Semana Maior ou Semana Santa,especialmente "Maior"pela importância religiosa:nesta semana devemos refletir sobre as realidades principais da nossa fé,sobre a Paixão,Morte e ressurreição do Senhor.
A semana santa é para os cristãos a Semana maior. E diz-se assim não porque seja cronologicamente maior do que as outras, como se tivesse mais dias, mas porque nela os cristãos celebram com intensidade o mistério mais profundo e mais importante a partir do qual toda a realidade adquire sentido. Mais ainda: cada dia da semana santa, e muito especialmente o tríduo pascal, tem uma tal densidade que concentra em si todo o sentido da história.
Tríduo Pascal:Quinta-feira santa,Sexta-feira santa e Vigília Pascal no Sábado santo.
No Domingo abre-se o tempo Pascal,por causa da Ressurreição de Jesus,centro de nossa fé

A ESPIRITUALIDADE DO DOMINGO DE RAMOS

O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja
A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, cuja liturgia celebra a entrada de Jesus Cristo, em Jerusalém, montado em um jumentinho (o símbolo da humildade), que é aclamado pelo povo simples. As pessoas O aplaudiam como “Aquele que vem em nome do Senhor”; esse mesmo povo que O viu ressuscitar Lázaro de Betânia, poucos dias antes, estava maravilhado e tinha a certeza de que este era o Messias anunciado pelos profetas. Porém, pareciam ter se enganado no tipo de Messias que o Senhor era. Pensavam que fosse um Messias político, libertador social, que fosse arrancar Israel das garras de Roma e lhes devolver o apogeu dos tempos de Davi e Salomão.

Para deixar claro a esse povo que Ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande libertador do pecado, a raiz de todos os males, Cristo entrou na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena, pois Ele não é um rei deste mundo!

Dessa forma, o Domingo de Ramos é o início da Semana que mistura os gritos de “Hosana” com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Hosana quer dizer “salva-nos!”. 

Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que ela é desvalorizada e espezinhada.

Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Santa Missa [do Domingo de Ramos], lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.

O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente. Mostra-nos que a nossa pátria não é neste mundo, mas na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda pela casa do Pai.


A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora Lhe vira as costas e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Quanta falsidade nas atitudes de certas pessoas! Quantas lições nos deixam esse dia [Domingo de Ramos]!

O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o Seu Reino, de fato, não é deste mundo. Que ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o pecado.

A muitos o Senhor decepcionou; pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre. “Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um enganador e merece a cruz por nos ter iludido”, pensaram. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado. 

O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja, e consequentemente a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei sagrada de Deus que, hoje, é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um Cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses e segundo as suas conveniências. Impera, como disse Bento XVI, a ditadura do relativismo.
Felipe Aquino

EUCARISTIA

“O homem deveria tremer, o mundo deveria vibrar, o Céu inteiro deveria comover-se profundamente quando o Filho de Deus aparece sobre o altar nas mãos do sacerdote.”

QUE MUITOS CREIAM EM DEUS COM NOSSO TESTEMUNHO DE VIDA

Que muitos creiam na obra de Deus Pai por intermédio de nosso testemunho de vida! Muitas vezes, nós falamos bastante, mas nossas obras não testemunham aquilo que nós cremos e acreditamos.
”As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou” (João 5,36
Mais uma vez, nós olhamos – por intermédio do Evangelho segundo São João 5, 36 – como muitos judeus querem se opor à ação e à obra de Jesus. Afinal de contas o Senhor incomodava. O que Ele fazia, falava, realizava, Seus prodígios e Seus milagres eram causa de muito incômodo.
Mas deixe-me dizer a vocês: Jesus diz que as obras que Ele realiza, Ele não as realiza por Si mesmo, mas por causa do Pai, que O enviou. E mais ainda: as obras d’Ele dão testemunho de que Ele é o enviado do Pai. Primeiro, nós precisamos olhar para Jesus, e quando nós olhamos para Ele, nós vemos a Sua ação e o Seu ministério no meio de nós e podemos entender muito bem a presença do Pai, no meio de nós, por intermédio d’Ele [Jesus].
Um Pai que nos ama, e nos ama em Jesus, cuidando de nossas doenças e de nossas enfermidades. Um Pai que nos cura, um Pai que nos abençoa, um Pai que nos liberta; um Pai que não nos deixa cativos e presos ao poder do maligno! Jesus, ao agir no meio de nós, expulsa todas as obras das trevas e nos liberta do cativeiro do maligno, para que possamos, por intermédio das obras, glorificar a Deus.
Não são apenas as palavras de Jesus Cristo que têm poder e eficácia, porque palavras sem obras são palavras mortas. É o testemunho da vida de Jesus, a coerência d’Ele, o amor d’Ele para com os pobres e para com os pequeninos e pecadores que nos dão a convicção de que Ele é o enviado do Pai.
Eu e você somos também convidados e chamados, pelo batismo, a testemunhar essa graça maravilhosa de que nós também  somos continuadores da obra do Pai na Pessoa do Senhor Jesus. Não adianta falar de Jesus, não adianta falar bonito do Reino de Deus, se as obras não testemunham aquilo que nós cremos e acreditamos!
Deixe-me dizer a você: que nossas obras falem por si e que as palavras se calem; pois, muitas vezes, nós falamos bastante, mas nossas obras não testemunham aquilo que nós cremos e acreditamos! Que outros possam acreditar na obra de Deus Pai por intermédio de nosso testemunho de vida!
Padre Roger Araújo

COMO FUNCIONA UM PROCESSO CANONIZAÇÃO

Canonização é um processo de tempo indeterminado que deve ser cumprido para que um beato seja proclamado santo da Igreja católica
Canonização é o termo usado pela Igreja católica para o processo em que se proclama um beato como santo. Trata-se de um processo que inclui diversas fases, que vão desde a investigação da vida do candidato a santo até a constatação de milagres realizados por sua intercessão.
Doutor em Direito Canônico, padre Cristiano de Souza e Silva, concedeu entrevista ao noticias.cancaonova.com em que explicou como funciona um processo canônico.
Basicamente, é preciso solicitar a abertura da causa, nomear um responsável para acompanhar o processo, investigar a fama de santidade do candidato, comprovar um milagre realizado após a morte do candidato a santo, beatificar o candidato, comprovar um segundo milagre, desta vez realizado após a beatificação, para enfim proclamar o candidato santo, que é a canonização propriamente dita.

COMO LIDAR COM O MEDO

Há pessoas que se sentem ameaçadas por tudo e por todos
O medo da desgraça é pior do que a desgraça. O medo de sofrer é pior do que o sofrimento. É natural ter medo; é algo humano, mas devemos enfrentá-lo para que ele não paralise a nossa vida. Há muitas formas de medo: temos medo do futuro incerto, da doença, da morte, do desemprego, do mundo… O medo nos paralisa e nos implode interiormente, perturba a alma, por isso é importante enfrentá-lo. Talvez seja ele uma das piores realidades de nossos dias.

Coragem não é a ausência do medo, mas sim a capacidade de alcançar metas, apesar do medo; caminhar para frente; enfrentar as adversidades, vencendo os medos. É isso que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa desse sentimento [medo].

A maioria das coisas que tememos acontecer conosco, acabam nos acontecendo. E esse medo antecipado nos faz sofrer muito, nos preocupar em demasia e perder horas de sono. E, muitas vezes, acaba acontecendo o que menos esperamos. Muitas vezes antecipadamente, sem nenhuma necessidade. Como me disse um amigo: “não podemos sangrar antes do tiro!”.

É preciso policiar a nossa mente; ela solta a si mesma e pode fabricar fantasmas assustadores, especialmente nas madrugadas. Os medos em geral são sombras imaginárias sem bases na realidade.

Há pessoas que se sentem ameaçadas por tudo e por todos: “Fulano não gosta de mim, veja como me olha!” Ou: “Sicrano me persegue; todos conjuram contra mim; meu trabalho não vai dar certo…” E assim vão dramatizando os fatos e fabricam tragédias.

É preciso acordar, deixar de se torturar com essas fantasias e pesadelos imaginários; o que assusta é irreal. Quando amanhece as trevas somem… para onde foram? Não foram para lugar algum, simplesmente desapareceram, não existiram; não eram reais. Quanto menor o medo, menor o perigo. As aflições imaginárias doem tanto quanto as outras.

Quando Jesus chamou Pedro para vir ao encontro d’Ele, andando sobre as águas do mar da Galileia, ele foi, mas permitiu que o medo tomasse conta do seu coração; então, começou a afundar. Após salvá-lo, Jesus lhe pergunta: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” (Mt 15,31). 

Pedro sentiu medo porque olhou para o vento e para a fúria do mar em vez de manter os olhos fixos em Jesus. Esse também é o capa_para_ser_feliz(1)nosso grande erro, em vez de mantermos os olhos fixos em Deus, permitimos que as circunstâncias que nos envolvem nos amedrontam. 

Não podemos, em hipótese alguma, abrigar o medo e o pânico na alma; não lhes permitir que “durmam” conosco. Não! Arranque-os pela fé, pela oração e por um ato de vontade, decididamente. 

É claro que toda a fé em Deus não nos dispensa de fazer a nossa parte. Não basta rezar e confiar, cruzando em seguida os braços; o Senhor não fará a nossa parte. Ele está pronto a mover todo o céu para fazer aquilo que não podemos fazer, mas não faz nada que podemos fazer. Vivemos dizendo a Deus que temos confiança n’Ele, mas passamos o tempo todo provando o contrário, por nossas preocupações… 

Quando você age com fé e confiança em Deus, Ele lhe dá equilíbrio e luzes para agir, guiando-o e abrindo portas para você resolver o problema que o angustia. Se temos um problema é porque ele tem solução, então vamos a ela; se o problema não tem solução, então não é mais um problema, é um fato consumado, que devemos aceitar. 

Em vez de ficar pensando em suas fraquezas, deficiências, problemas e fracassos, reais ou imaginários, pense como o salmista: “ O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei” (Sl 26,1).
Felipe Aquino