segunda-feira, 4 de julho de 2011




COMO DIFERENCIAR A VOZ DE DEUS DA VOZ DE MUNDO ?

Como discernir se é realmente Deus que nos fala? Como separar a voz de Deus de nossas próprias inclinações? Como separar o que vem de Deus e o que procede de nossa vontade carnal? Como descobrir se estou sendo influenciado pela voz do espírito humano ou pelo espírito maligno? Como separar estes três tipos de sopros que podem existir dentro de nós?
É muito importante para o músico saber separar estes três tipos de sopros, pois então deste modo ele estará executando realmente um canto vindo do coração de Deus. [...]
O modo mais eficaz para ter discernimento é sendo íntimo de Deus. Se fôssemos íntimos de Deus, descobriremos facilmente a Sua voz e a saberemos diferenciar de todas as vozes que gritarem ao mesmo tempo querendo nos influenciar e dirigir.
Muitas vezes, servimos e não sabemos o que Deus quer, pois não O buscamos na oração, não treinamos nossos sentidos espirituais para escutar a voz d'Ele.
Isso é discernimento: Discernimento é saber diferenciar a voz de Deus da voz do mundo.
É difícil para o músico escutar, a maioria é dispersiva. Na hora em que o Senhor quer falar, muitas vezes, ele está afinando o instrumento ou cochilando. Grande parte dos músicos, no momento da escolha das músicas, em vez de escutar o Senhor, prefere seguir seu gosto musical, deixando assim de apresentar o que o Senhor quer. Satisfazem o desejo humano e atrapalham a obra de Deus Pai.
O músico precisa ficar atento, escutando com amor amor as palestras, com os sentidos espirituais aguçados para a letra das canções, estando prontos para apresentar o canto certo no momento certo. Isso só acontecerá se ele [músico] se tornar íntimo de Deus, se não se deixar levar pelos impulsos da emoção.[...]
O servo de Deus na música que procura o discernimento saberá trabalhar eficientemente com os carismas. Saberá usar os dons de Deus de acordo com o que Ele quer. Não adianta sermos instrumentos de cura divina se não temos o discernimento. Não adianta termos um dom de pregar que deixe todos suspensos, se não usarmos este dom com discernimento; ele fará mais males do que bem. O dom divino, quando usado sem discernimento, mais atrapalha do que ajuda, mais destrói do que constrói. Basta que olhemos um pouco para o início da nossa conversão: no afã de fazermos com que nossos parentes e amigos experimentassem a Deus, em vez de os convertermos nós os espantamos e criamos barreiras para Deus entrar, barreiras estas que talvez persistam até hoje. Nossa falta de discernimento quanto ao uso dos dons no início da nossa conversão pode ter feito mais estragos que pensamos. [...]
Existem muitos ministérios que não fizeram uma parada séria para saber o que Deus quer deles. Fazem toda uma programação anual sem consultar o Senhor. Escolhem suas atividades segundo suas vontades. Tocam e cantam a música divina sem ligar para o Autor delas. Reúnem-se para ensaiar e nem lembram de buscar a oração, o que é mais necessário: a presença de Deus. Existem muitos ministros de músicas causando mais confusão do que construindo um canto cristão ordeiro e frutuoso.
Por isso é preciso que todo aquele que serve a Deus na música pare um pouco.
Pare! Faça uma reflexão a respeito de sua vida de intimidade com o Senhor. Faça também um retiro espiritual com todo o seu conjunto musical cristão sobre sua programação, seu objetivo de vida, seu serviço na Igreja. Busque o discernimento para sua vida pessoal para o serviço comunitário.
Comece agora, antes que seja tarde!
(Trecho extraído do livro: "Formação espiritual de evangelizadores na música" de Roberto A. Tannus e Neusa A. de O.Tannus).

POSSUIR-SE PARA DAR-SE

O corpo não pode dominar o espírito
Você já sabe que amar é dar-se ao outro integral e gratuitamente para construí-lo. É a essência da vida a dois e o fermento que faz o casal crescer. Mas para que você possa se dar a alguém, livremente, você precisa possuir-se; ser senhor de si mesmo. As pessoas transformam o amor em egoísmo porque não têm o domínio de si mesmas e não conseguem dar-se, apenas tomar e receber.
Sem ser senhor de si mesmo você não consegue se dar, não consegue amar. Só consegue ser egoísta. É fácil constatar que hoje as piores doenças começam a ser do espírito e não do corpo. Cresce o número de psiquiatras e psicólogos e alastra-se a depressão. São as consequências dos desequilíbrios de um mundo onde o amor agoniza, porque o homem abandonou Deus. Maravilhado com seus feitos, o homem se adora como o seu próprio deus, por isso se deixa esmagar pela matéria.
Eis a triste realidade hoje: o homem adora as coisas e a si mesmo no lugar de Deus, e inverte a escala dos valores. Então o amor morre. Para que você possa amar de verdade, como Deus quer, é preciso que você caminhe "de pé", isto é, respeitando a primazia dos valores: em cima, o espírito; depois do racional; e abaixo do físico. Por essa razão, se o seu corpo domina o seu espírito, então você caminha de cabeça para baixo.
Os três níveis são fundamentais para a vida, mas é imprescindível que a sua hierarquia seja respeitada, sob pena de o homem se tornar um perigoso animal.
É o corpo que assume o comando quando a sensibilidade é satisfeita sem restrições, ou quando a satisfazemos com todos os prazeres da comida, da bebida, do sexo, que ele exige. Você caminha de cabeça para baixo quando é o corpo quem dá as ordens. Desse modo, vive-se como verdadeiro animal, apenas para comer, beber, dormir e gozar os prazeres do sexo.
Ao viver assim é o instinto que comanda, não a razão. Como uma pessoa dessa pode amar, como pode se dar ao outro, renunciar a si mesma se o que importa é a satisfação do "seu" corpo?
Felipe Aquino