segunda-feira, 12 de maio de 2014

PAPA PEDE ORAÇÕES PARA OS PASTOREAR .AS VOCAÇÕES



Apresentando a imagem de Jesus Bom Pastor, como ilustrada no Evangelho de João, o Papa fez uma relação com a ordenação sacerdotal que acabara de presidir na Basílica de São Pedro:

“Jesus tinha com seus discípulos um relacionamento fundado na ternura, no amor, no conhecimento recíproco e na promessa de ‘vida em abundância’”, disse Francisco, dirigindo-se aos fiéis:

“Convido todos a terem confiança no Senhor, ouçamos com mente e coração abertos a sua Palavra para alimentar a nossa fé, iluminar a nossa consciência e seguir os ensinamentos do Evangelho". O Papa pediu também a todos que rezem neste domingo, por todos os Pastores da Igreja, por todos os Bispos, incluindo o Bispo de Roma, e por todos os sacerdotes, especialmente os recém-ordenados”.

Como sempre, Jorge Bergoglio fez alguns acréscimos ao texto original preparado, completando: “Ajudem-nos a sermos bons pastores. Por favor, importunem os pastores, batam às suas portas, a fim de que lhes dêem o leite da graça e da doutrina".

No domingo em que recorre o Dia Mundial de oração pelas vocações, o Papa pediu orações para que neste nosso tempo, quando a voz do Senhor corre o risco de ser sufocada, todos os batizados, as famílias, as paróquias e os movimentos assumam o compromisso de promover as vocações com consciência e convicção.

Após rezar a oração mariana, o Pontífice quis confiar todos os nossos propósitos e intenções à Virgem Maria, para que com sua intercessão, suscite e sustente as santas vocações a serviço da Igreja e do mundo.

Francisco saudou os grupos organizados de peregrinos presentes, como os das dioceses de Campo Grande e Dourados (MS) e pediu orações especiais para todas as mães, confiando-as à Mãe de Jesus

ESPÍRITO SANTO É PRESENÇA VIVA DE DEUS NA IGREJA

Francisco falou sobre a conversão dos primeiros pagãos ao Cristianismo, destacando a necessidade de sempre abrirmos as portas ao Espírito Santo, que conduz a Igreja
papa_espírito santo
“Quem somos nós para fechar as portas ao Espírito Santo?”. Esta pergunta norteou a homilia do Papa Francisco, na eCasa Santa Marta. Uma reflexão dedicada à conversão dos primeiros pagãos ao Cristianismo. O Santo Padre destacou que o Espírito de Deus é aquele que faz a Igreja seguir adiante, indo além dos limites.
O Espírito sopra onde quer, mas uma das tentações mais recorrentes de quem tem fé é de barrar o caminho d’Ele e tentar conduzi-Lo para outra direção. Trata-se de uma tentação que não é estranha nem para os primeiros tempos da Igreja, como demonstra a experiência que vive Simão Pedro, no trecho dos Atos dos Apóstolos, naliturgia do dia.
Uma comunidade de pagãos acolhe o anúncio do Evangelho, e Pedro é testemunha ocular da descida do Espírito Santo sobre eles, mas, primeiro, hesita ter contato com aquilo que tinha sempre considerado como “impuro”; depois, sofreu duras críticas dos cristãos de Jerusalém, escandalizados pelo fato de que o seu líder tivesse comido com os “incircuncisos” e os tivesse batizado. Um momento de crise interna, que o Papa retoma com certa ironia.
“Aquela era uma coisa que não se podia pensar. Se, amanhã, chegasse uma expedição de marcianos, por exemplo, e alguns deles viessem a nós, bem… marcianos, não? Verdes, com aquele nariz longo e orelhas grandes, como são pintados pelas crianças… E alguém dissesse: “Eu quero o batismo!” O que aconteceria?”.
Francisco explicou que Pedro compreendeu o erro quando uma visão lhe iluminou uma verdade fundamental: aquilo que foi purificado por Deus não pode ser chamado “profano” por ninguém. E ao narrar esses fatos à multidão que o criticava, o apóstolo, recordou o Papa, tranquiliza a todos com essa afirmação: “Se, portanto, Deus deu a eles o mesmo dom que deu a nós, por ter acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para colocar impedimento a Deus?”.
“Quando o Senhor nos faz ver o caminho, quem somos nós para dizer: ‘Não, Senhor, não é prudente! Não, façamos assim…’ Pedro, naquelas primeiras dioceses – a primeira diocese foi Antioquia –, toma esta decisão: ‘Quem sou eu para colocar impedimentos?’. Uma bela palavra para os bispos, para os sacerdotes e também para os cristãos. Mas quem somos nós para fechar as portas?”.
O Santo Padre reiterou que, ainda hoje, Deus deixou a condução da Igreja nas mãos do Espírito Santo, Aquele que ensinará tudo e fará com que os homens recordem o que Jesus ensinou.
“O Espírito Santo é a presença viva de Deus na Igreja. É aquilo que a faz andar sempre mais, além dos limites. O Espírito Santo, com os Seus dons, guia a Igreja. Não é possível entender a Igreja de Jesus sem o Paráclito. (…) Para usar uma palavra de São João XXIII: é justamente o Espírito Santo que atualiza a Igreja. E nós cristãos devemos pedir ao Senhor a graça da docilidade ao Espírito Santo, que nos fala no coração, nas circunstâncias da vida, na vida eclesial, nas comunidades cristãs, fala-nos sempre”.

A ARIDEZ ESPIRITUAL PODE SER UM TRAMPOLIM PARA SANTIDADE

Seguir Jesus Cristo não é aventura para os fortes, mas caminhada para aqueles que sabem insistir. Se o próprio Jesus caiu três vezes sob o peso da cruz, como esperar que sejamos tão fortes quanto inabaláveis durante o percurso? Persevera não aquele que nunca cai, mas aquele que, no chão, tem a humildade de estender a mão à misericórdia de Deus e se levantar para retomar a caminhada.
A aridez espiritual e os momentos de crise são inerentes à caminhada espiritual. A questão é o que fazemos com as nossas crises. A aridez pode se tornar um trampolim para a santidade ou um peso que nos afunda na infidelidade, como nos ensina São Francisco de Sales (1567-1622).
Caminhar com Cristo significa nos deixarmos purificar por Ele para nos configurarmos a Ele. Quando Cristo nos purifica, ou seja, quando arranca de nós costumes, sentimentos, valores, concepções e consolos, que outrora nos animavam a caminhar e a viver, a tendência natural é entrarmos na aridez. É um momento de “êxodo”, porque tantas vezes perdemos os confortos do Egito, mas ainda não tomamos posse da Terra Prometida, ou seja, da novidade de uma relação mais íntima, livre e pura com Deus. Esse espaço entre o Egito e a Terra Prometida é o lugar do deserto. Este está presente na história de salvação do povo de Deus desde Abraão, passando por Moisés, pelo próprio Jesus e permanecendo na Igreja por meio dos “padres do deserto” dos primeiros séculos, que são a grande imagem dessa realidade perene na Igreja.
Ao deparar-se com a aridez, é preciso discernir o motivo que nos levou a ela. Trata-se de uma causa de conversão ou uma consequência advinda de erros na caminhada? Se descobrirmos o motivo, respondendo a eles como alguém que renova sua decisão por Cristo, mesmo que os motivos sejam ruins, sempre seremos capazes de colher bons frutos. Diz São Paulo em Fl 3,16: “Contudo, seja qual for o grau a que chegamos, o que importa é prosseguir decididamente.”
MOTIVOS DA ARIDEZ
A primeira causa da aridez espiritual é a ação de Deus na alma, na vida do cristão. Muitas vezes, aquilo que nos animava na fé já não é mais motivo de entusiasmo. Isso é bom, porque nossas motivações precisam amadurecer. Temos de entender que “as obras de Deus ainda não são Deus” (Venerável Cardeal Van Thuan – 1928-2002). Nesse sentido, parece-me que podemos perceber três fases:
  • No início da caminhada, a pessoa, encantada com a beleza das obras de Deus, sente uma empolgação em viver as coisas d’Ele. Na linguagem de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), que é mestra nesse assunto, trata-se dos consolos espirituais. Esses consolos de experiências espirituais, comunitárias e missionárias do início são importantes, mas insuficientes para um verdadeiro conhecimento de Deus. Daí, surge uma primeira purificação dessas realidades.
  • Depois, a pessoa amadurece e vai descobrindo o sentido do serviço ao Senhor. Surge o entusiasmo de dedicar-se às coisas d’Ele, empenhar-se na missão. Isso é ótimo, é profundamente evangélico; porém, o serviço do Senhor ainda não é Ele. Justamente aqui, surgem os cansaços, os fracassos e as frustrações. A tendência é o desânimo. Esse é o momento da descoberta de Deus, o momento da decisão pelo amor. São João diz: “Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1Jo 3,7). Não tem jeito, somente quando o amor é puro e gratuito nós O conhecemos. Somente quando o amor a Deus é livre de condicionamentos, de sentimentos, afazeres, pessoas e estruturas, é que realmente é livre e puro.
Os erros na caminhada são os motivos negativos que levam à aridez: cansaço espiritual-psicológico. É diferente esse cansaço daquele que é próprio das atividades mesmas. Esse cansaço é um desgaste, um esgotamento espiritual e psicológico que rouba a alegria de viver a vida, a fé e a vocação.
O cansaço e suas causas:
  • Ativismo: Assumir tarefas e missões sem respeitar o descanso do corpo e da mente, o respeito pela vida e suas realidades belas como, por exemplo, o tempo para uma amizade, a prática de esporte etc. No ativismo, a pessoa se descentraliza do essencial de sua missão motivado por empolgações imaturas, fuga de si mesmo, agitações interiores, vaidade pelo sucesso, necessidade de domínio, centralização das tarefas ou mesmo por um zelo irreal pela obra de Deus.
  • Falta de disciplina: Leva-nos a dispensar energia para organizar a vida desorganizada. A disciplina nos encaminha com naturalidade aos compromissos. Surge a frustração em não cumprir os compromissos.
  • O fracasso no apostolado: Paulo experimentou fracassos, com em Atenas, e soube fazer deles causa de conversão (cf. 1Cor 2, 1-5). Mesmo o Evangelho está cheio de situações de fracasso de Jesus junto com o povo, com os Seus e os discípulos, que custaram entender Sua mensagem. Para os orgulhosos, os fracassos são motivo de desânimo ou de acusações. Para os humildes, os fracassos são pistas para retomar o essencial da missão. Beata Elisabete da Trindade (1880-1906) nos traz a ideia de que o fracasso é tão importante, que é como um mandamento.
  • Uma espiritualidade insuficiente: A pressa na oração, a pouca qualidade na oferta de si mesmo. O cansaço vem quando se perde a identidade e o sentido! Uma fonte de repouso é a redescoberta do essencial de nossa vocação. A oração nos coloca no coração de Deus, mantendo-nos na identidade e no sentido de nossa caminhada.
  • O adiamento da conversão: Quando não assumimos a decisão de mudança e vamos adiando a conversão, há uma tremenda luta e perda de energia na sustentação da identidade e de práticas antigas. Às vezes, lutamos com realidades em nós que são desnecessárias e carregamos “não o peso suave e fardo leve de Cristo”, ou seja, “a mansidão e a humildade” que é a Sua Doutrina (cf. Mt 11,29), mas o peso de nossas mentiras, de nossos orgulhos: a angústia de quem não perdoa, o azedume de quem critica, a luta de quem tem um coração duro, a desconfiança de quem não confia, o desespero de quem é orgulhoso. O tempo pede a maturidade de ser feliz na doação de si. Contudo, quando se resiste à felicidade da maturidade, e continua insistindo em receber, logo surge uma vida frustrada, e a caminhada humana/cristã se torna infeliz e pesada.
  • Não aceitação da própria verdade: A mentira a respeito de nós mesmos nos faz desprender energias com coisas desnecessárias, bem como esforço para manter oculta a verdade. Deus nos ama, não apesar de nossa franqueza, mas porque somos fracos. Procuramos o bem, não por méritos, mas como resposta ao Seu amor e, quando parecemos ricos, saibamos que continuamos pobres, porque só Ele é rico. É preciso reconhecer nossas franquezas com liberdade e louvor (cf. 1Jo 1, 8-9; 1Cor 1, 27; 2Cor, 12,10).
  • Luta contra Deus e Sua Vontade: ter um coração agradecido, louvor à glória de Deus.
Diante disso tudo, é preciso sempre discernir o motivo da aridez. Para tanto, é importante um diretor espiritual. Discernido, especialmente se os motivos são os erros da caminhada, é preciso aplicar os remédios que vêm de encontro a esses erros. Santo Inácio de Loyola (1491-1556) dizia que “na tribulação não se deve tomar nenhuma decisão”. Isso é importante, porque se trata de um momento frágil que o maligno pode usar para nos confundir. Fundamental é que em toda aridez se mantenha a decisão por Cristo, pois Ele mesmo nos diz: “Buscai e achareis. Batei e vos será aberto.Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á” (Mt 7, 7-8).

André L. Botelho de Andrade

A FÉ TODAS AS BARREIRAS

Somente pela fé superamos os nossos medos, os nossos preconceitos e todas as barreiras existentes em nosso coração; a fé nos faz pessoas agradáveis a Deus. Quando acreditamos em Deus caminhamos com Cristo em meio a todas as lutas que temos até a casa do Pai.
A fé faz de nós pessoas corajosas, perseverantes e fiéis, mesmo em meio às situações desencontradas da vida, como a da cananeia do Evangelho, que estando com a filha atormentada pelo mal, suplica a Jesus insistentemente: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim” (Mt 15,22b), e a cada resposta do Senhor ela não desiste, por isso alcança d’Ele a cura da filha e um belo elogio.
“Diante disso, Jesus lhe disse: ‘Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!’ E desde aquele momento sua filha ficou curada” (Mt 15,28).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

VIGILÂNCIA E POSTURA DAQUELES QUE ESPERAM NO SENHOR

Nós estamos contemplando o mistério da nossa salvação nestes dias. E dentro deste mistério, nós passamos pela experiência do Sábado Santo, que é do silêncio de Deus, o silêncio da espera. 

Antes de ser preso, Jesus havia escolhido os três discípulos mais próximos d'Ele para estar com Ele no momento de angústia, porque se aproximava de Sua morte. E lhes deu uma ordem: "ficai aqui e vigiai!". Foi um momento de profunda oração com o Pai, mas também um momento de profundo silêncio de Deus. 

Refletindo sobre esta oração de Jesus no Getsêmani, o Papa Bento XVI diz que é o momento em que o Céu toca a Terra. E o que Jesus encontra quando vai ter com Seus discípulos? Encontra-os dormindo. 

Em seguida, foi ter com seus discípulos e achou-os dormindo. Disse a Pedro: Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora! Vigiai e horai para não cairdes em tentação. O espírito está pronto mas a carne é fraca.(Mc 14, 37-38)

Eu imagino que existia um peso espiritual sobre aqueles discípulos, não muito diferente do combate espiritual que vivemos hoje. Você que veio aqui e que está em casa, eu digo: nós não podemos nos dispersar e perder o foco! Precisamos ser um povo atento e vigilante. 

Por causa do secularismo e do laicismo, que são disseminados por tantos meios, nós nos dispersamos, muitas pessoas perderam até o respeito pela Semana Santa. Conheço um amigo que trabalha para um protestante e que estava com o coração ferido porque, depois de 25 anos, teve que trabalhar pela primeira vez durante a Sexta-feira Santa. Nós temos deixado de nos entregar à oração, estamos num torpor diante daquilo que cremos e professamos. Muitos católicos que se dizem praticantes foram para a praia viver a Semana Santa. Nós deixamos de viver o mistério e a expectativa da ressurreição. Deixamos de saborear a mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Estamos na mesma condição desses discípulos que cederam à carne, se dispersaram e não foram com Jesus até o momento da dor. Apesar de o Senhor tê-los alertado sobre o caminho da cruz, eles ainda não sabiam ao certo, existia um ponto de dúvida se Jesus era realmente o Messias, porque ali Jesus estava numa situação de aparente derrota. Como o Messias seria uma pessoa que não tinha nem a aparência humana diante de Seu sofrimento? Talvez os discípulos esperassem algo mágico ou poderoso, mas não; Jesus permanecia em silêncio
Se você estivesse na pele de Pedro, de Tiago e de João, você enfrentaria esta situação? Quem aqui já viveu o silêncio de Deus? Você pede, pede e pede e Deus continua em silêncio, principalmente no momento da dor e da dúvida. Mas é um aparente silêncio, uma aparente "não resposta" que prova a nossa fé. E, muitas vezes, nós abandonamos o silêncio e, junto com ele, a nossa fé, para procurar o ocultismo ou até mesmo a teologia da prosperidade. 

Nós só conseguiremos nos manter de pé diante do Senhor se estivermos vigilantes e firmes na oração.

O que dizer diante do sepulcro de Alguém que veio para fazer o bem, mas que agora está aparentemente "destruído"? O sentimento que fica é de tristeza, solidão, angústia, porque não estavam entendendo o plano de Deus. Parecia que todas as promessas e tudo o que eles viram e ouviram estava silenciado num sepulcro. As multidões, os milagres, as palavras, os sinais, tudo estava silenciado num sepulcro! 

Desde então, Jesus começou a manifestar a seus discípulos que precisava ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia(Mateus 16, 21).

Contudo, o Senhor já havia lhes anunciado tudo o que iria sofrer. Mais de uma vez os discípulos escutaram da boca do próprio Jesus sobre tudo o que aconteceria com Ele, tudo o que estava previsto. Então o que lhes faltou? Faltou-lhes vigilância, faltou-lhes a oração, porque a frustração cegou a fé dos discípulos. 

Durante nove meses meu pai ficou em cima de uma cama por causa do câncer. Há quase um mês meu pai foi chamado por Deus. E o que aconteceu nesses nove meses de sofrimento em que eu clamei ao Senhor que operasse o milagre? Silêncio. Eu rezava e só recebia notícias ruins por parte dos médicos. É fácil viver o silêncio de Deus? Não, mas quem tem fé sabe que a vontade de Deus é sempre o melhor para nossa salvação.

Deus não estava parado naquela situação de morte, Ele desceu à mansão dos mortos. O Senhor não está dormindo no dia de hoje, Ele está fazendo aquilo que professamos na oração do Creio: “Cristo desceu à mansão dos mortos". 

Este silêncio não é um silêncio paralisador, mas um silêncio que restaura e nos devolve a nossa identidade. 

Hoje, neste Sábado Santo, eu quero assumir que eu estou na "mansão dos mortos", mas que neste silêncio Deus está descendo à situação em que eu me encontro para devolver a beleza da santidade e da restauração. Se você está nesta "mansão dos mortos", à espera de uma luz, esteja certo de que Deus desce aí onde você está e diz: “Desperta-te, tu que dormes, e levanta dentre os mortos!”. Sim, Deus está, pelo poder da ressurreição de Jesus, o tirando da situação de morte e de sono.

E a vigília pascal vai ser a grande tomada de posse desta certeza: que Deus morreu por mim e que, mesmo passando pelo vale tenebroso da morte, eu vou continuar esperando, porque o silêncio de Deus é trabalho, é movimento, é restauração, é vida e eu quero experimentar. 

Nós temos que ter uma postura: a postura de filhos conquistados e restaurados pela Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Põe-te de pé, porque Cristo te iluminará!
Padre Roger Luís 
Padre da Comunidade Canção Nova

CONSAGRAÇÃO Á VIRGEM IMACULADA



Virgem Imaculada!
Minha Mãe Maria!
Eu renovo hoje e sempre,
a consagração de todo o meu ser,
para que disponhais de mim
para o bem de todos.
Somente peço que eu possa,
minha Rainha e Mãe da Igreja,
cooperar fielmente com a vossa
missão de construir
o Reino de vosso Filho Jesus
no mundo.
Para isso, vos ofereço minhas
orações, sacrifícios e ações.
Ó Maria concebida sem pecado,
rogai por nós que
recorremos a vós,
especialmente pelos inimigos
da Santa Igreja
e por todos quantos são a vós
recomendados.

São Maximiliano Maria Kolbe

SERVIR A TODOS COM ALEGRIA

Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros” (João 13, 14).
Jesus lava os pés dos discípulos. Nós somos convidados a lavar os pés uns dos outros. Com o exemplo d’Ele, também precisamos nos inclinar para ouvir o nosso irmão, acolhendo-o com seu jeito de ser, sabendo escutar, tendo paciência e com o coração aberto para partilhar o que temos de melhor.
O convite para nós, hoje, é realizar um gesto concreto de ir ao encontro das pessoas que precisamos perdoar e pedir perdão àquelas que magoamos de alguma forma.
Como discípulos, aprendemos que devemos ajudar e amar aqueles que estão ao nosso lado com alegria de pertencer a Deus. “Servir ao Senhor com alegria” (Salmo 100, 2).
Peçamos a Jesus a graça de vivermos este dia com o coração unido ao d’Ele.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

COMBUSTIVEL PARA O PERDÃO

Nós, infelizmente, temos dificuldade em reconhecer nossos pecados; daí, vem a tentação, aproveita-se disso e nós acabamos não reconhecendo mais nossos pecados nem os declarando diante do Senhor. Falta-nos, assim, a matéria-prima para o perdão. Sem combustível não há fogo; é preciso de cera para que a vela fique acesa. 

Deus é como o fogo que destrói nosso pecado; Ele está sempre disposto a nos perdoar. Quando o Senhor nos perdoa, o pecado é eliminado. Mas é preciso que haja combustível. E qual é o combustível? É justamente o fato de reconhecermos nossos pecados e entregá-los a Deus. 

Quando nós nos arrependemos, a misericórdia do Senhor nos alcança.

"Se dissermos que não temos pecado, enganaremos a nós mesmos, e a verdade não estará em nós. Se reconhecermos os nossos pecados, Deus aí estará, fiel e justo, para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade" (cf. 1João 1,8).

No ato de reconhecermos nossos pecados, Deus já se faz presente. A misericórdia d’Ele provoca em nós o arrependimento, e isso faz com que falemos: "Senhor, eu errei, mas não queria". E a Palavra de Deus fala que, no momento do reconhecimento, "o Senhor aí está, fiel e justo, para nos purificar de toda a iniquidade". Cada vez que nos confessamos, essa iniquidade vai desaparecendo, vai se consumindo.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova