quinta-feira, 10 de abril de 2014


De Maria nunquam satis... Ainda não se louvou, exaltou, amou e serviu suficientemente a Maria, pois muito mais louvor, respeito, amor e serviço ela merece. (TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM - São Luís Maria Grignion de Montfort)

RETIRANDO OS EXCESSOS DA VIDA

Tudo o que é demais faz mal
Muitos de nós já nos pegamos fazendo algo por excesso: comer, beber, jogar, limpar, comprar, amar, depender afetivamente de alguém, mentir, ter ciúme... É um impulso quase incontrolável, no qual as pessoas se precipitam e, muitas vezes, têm dificuldade para planejar qualquer tipo de tarefa ou mesmo planejar a parada dessa compulsão.

Quantas vezes vemos pessoas, cujo “hábito” é comprar para ter cada vez mais, pois nunca se satisfazem com o que possuem? Tal “hábito” passa a movimentar nosso sentido de felicidade: tendo isso ou tendo aquilo, jogando determinado jogo, comendo isso ou aquilo, seremos mais felizes e preencheremos o “vazio” que há em nós.

As causas do comportamento compulsivo podem ser as mais variadas: predisposição, hábitos aprendidos, histórico familiar (que também é aprendido), razões biológicas. Ao percebermos que algo “é demais”, que passa dos limites do normal e saudável, decidimos parar. O ato de parar pode acontecer naturalmente para muitas pessoas, mas para outras isso não acontece. Ou seja, o comportamento, chamado de compulsivo ou aditivo, continua acontecendo paralelo à ansiedade que a pessoa vivencia.

Geralmente, são hábitos pouco saudáveis ou inadequados, repetidos muitas vezes, por isso levam às consequências negativas como o uso de álcool, de drogas em geral, ao hábito de comer exageradamente, gastar fora do controle, fugir do contato social, praticar esportes excessivamente, lavar as mãos de forma exagerada (até mesmo chegando a se ferir), participar de jogos de azar. Há também os que se viciam nas relações virtuais, no excesso do uso de remédios ou de idas a médicos em busca de uma doença. Tais atitudes são feitas quase que automaticamente, e quem as pratica não percebe ou nota prejuízos num primeiro momento.
Ter um comportamento compulsivo acontece por hábitos aprendidos e seguidos de alguma gratificação emocional, de algum alívio da angústia ou da ansiedade que a pessoa sente, ou seja, ela faz alguma coisa e recebe outra em troca. Com os prejuízos que essa pessoa pode ter em seus relacionamentos, no trabalho, na saúde ou mesmo quando os demais indicam que ela tem esse distúrbio, ela passa a se observar mais detalhadamente. Aquilo que, num primeiro momento, era fonte de prazer e gratificação, posteriormente passa a dar uma sensação negativa, pois a pessoa cede em fazer aquilo.

Se por trás dessa compulsão existe um descompasso, um desequilíbrio, é importante canalizar essa energia, que antes ia para os excessos em outras atividades, e buscar “retirar” o foco do comportamento que acarreta prejuízo para a pessoa.
Vale lembrar que todos nós temos rotinas e hábitos, e isso é muito saudável; fica apenas a atenção para aquilo que é excessivo! Como dizem, de forma popular, “tudo o que é demais faz mal”. Então, se você identifica alguns excessos em sua vida, procure analisar os afetos que lhe faltam e como você tem canalizado suas forças, se tem buscado o ter ou o fazer em troca do ser
Elaine Ribeiro

HOJE É TEMPO DE RECOMEÇAR

Somente a verdade nos conduz ao caminho certo e seguro. Por isso, precisamos suplicar ao Senhor como o salmista, para que Ele nos mostre o caminho certo por onde devemos seguir, para que nada nem ninguém nos desvie da estrada que nos conduz à felicidade.
“Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação” (Sl 24).
Mesmo que tenhamos entrado por caminhos tortuosos, que conduzem à infelicidade, tomemos, hoje, uma firme decisão de recomeçar, porque: “O Senhor é piedade e retidão, reconduz ao bom caminho os pecadores.
Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres Ele ensina o Seu caminho” (cf. Sl 24).
Sempre é tempo de recomeçar, de fazer o bem, de abençoar e de ser verdadeiramente feliz com Jesus.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

JESUS VEIO PARA NOS DAR SUA VIDA E NOS RESGATAR DO MAL

Enquanto o inimigo deste mundo estiver destruindo a obra de Deus, Jesus a estará resgatando, salvando, libertando e restaurando. Cristo não para, Ele está agindo no meio de nós, Ele está entre nós!
”Meu Pai trabalha sempre, portanto, também eu trabalho” (João 5,17).
Nós, hoje, queremos refletir sobre a Palavra de Deus em João 5, 17, que fala de Jesus no cumprimento de Sua missão. É o próprio Jesus quem nos diz que Ele é o reflexo da ação do Pai. Você sabe que Deus Pai criou todas as coisas, fez todas as coisas, mas a obra da criação não terminou; por isso, Jesus afirma: ”Assim como meu Pai trabalha, eu também estou trabalhando e não vou parar a minha obra!”.
Como os judeus ficaram incomodados com a ação de Jesus; melhor dizendo: contra a missão de Jesus, porque Ele realizava curas, prodígios e milagres, porque Ele cuidava das pessoas no dia de sábado.
Deixe-me dizer a você: curar alguém e cuidar de alguém é continuar a obra da criação de Deus. O machucado, o doente, o sofrido e o maltratado são a criação de Deus Pai, e Jesus veio resgatar essa criação. O Senhor não quer que aquilo, que o Pai criou, simplesmente se perca pela falta de cuidado e por tudo aquilo que o pecado e as opressões da vida fazem com a criação de Deus.
Jesus vem restaurá-la e não tem dia nem hora para cuidar da obra do Senhor. Seja numa sexta, seja num sábado, seja no domingo ou em outro dia, Jesus trabalha para fazer o Reino de Deus acontecer. E quanto isso causa fúria no inimigo de Deus! Quanto isso causa fúria naquele que veio para roubar, destruir, matar e assassinar, naquele que se opõe ao Reino de Deus desde o seu princípio. O que ele [inimigo de Deus] estraga, Jesus restaura; o que ele pisa e derruba, Jesus levanta. Ele massacra e oprime; Jesus alivia e conforta! Ele veio para tirar a vida, Jesus veio para nos dar a Sua vida e nos resgatar.
Enquanto o inimigo deste mundo estiver destruindo a obra de Deus, Jesus a estará resgatando, salvando, libertando e restaurando. Ele não para, Ele está agindo no meio de nós, Ele está entre nós.
Já dizem os padres da Igreja que a obra da criação de Deus é feita com duas mãos: o Pai que usa a ”mão de Jesus” e a ”mão que é o Espírito”. Jesus é a continuação dessa ação do Pai, no meio de nós, por meio de Seu Espírito.
Deixe-se ser cuidado por Deus, deixe-se ser restaurado por Ele, deixe que Jesus, o Homem Perfeito, cuide de você nesse tempo de resgate. Jesus está resgatando nossas almas, deixemo-nos ser cuidados por Ele.
Padre Roger Araújo

POR QUE SE CONSAGRAR ?

A consagração a  Santíssima Virgem como caminho de santidade.
A consagração segundo o Tratado da Verdadeira DevoçãoSão Luís Maria Grignion de Montfort afirma que Jesus ainda é para nós um desconhecido porque ainda não conhecemos Maria (TVD 13). Em vista disso, o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” e a consagração a Maria são formas de conhecer Nossa Senhora, e em consequência, conhecer Jesus. Ao aprofundar o conhecimento da Virgem Maria através da leitura do Tratado e da consagração a Maria, conheceremos mais Cristo e mais facilmente seremos fiéis a Ele.
No Tratado, São Luís diz que Maria é um nada diante de Deus, e que Ele não tem, nem teve necessidade dela na realização de Sua vontade (TVD 13). Porém, Ela “encontrou graça diante do Senhor” (Lc 1, 30), que quis começar suas maiores obras por meio da Virgem Maria. Jesus veio ao mundo, na Sua Encarnação, por meio de Nossa Senhora e, na Sua segunda vinda, também virá pelas mãos dela (TVD 14).
O Pai gerou, pelo Espírito Santo, Jesus Cristo no ventre de Maria. Da mesma forma, o Pai gera em Nossa Senhora, pelo Espírito, os membros da Igreja. Por meio de Maria, Deus quer que aumente sempre o número de seus filhos até a consumação dos séculos (TVD 29). Como na geração natural, todo filho tem um pai e uma mãe, na geração sobrenatural, Deus é Pai de todos os filhos e Maria é Mãe. Todos os verdadeiros filhos têm Deus por Pai e Maria por Mãe (TVD 30).
Quando Maria está presente em uma alma, o Espírito Santo está nela plenamente e se comunica com ela. Um dos motivos do Espírito não realizar maravilhas nas almas é que não encontra nelas uma união íntima com sua fiel Esposa, a Virgem Maria (TVD 36). A consagração a Virgem Maria é esta abertura, para que o Espírito Santo forme Cristo em nós. Com a consagração, começa em nós o Reino de Maria, e por ela se inicia o Reino de Cristo.
O fiel batizado na Igreja Católica encontra na consagração a Santíssima Virgem Maria um caminho rápido e seguro de santificação, de crescimento na graça. Por isso, recomenda-se a todos os fiéis, que queiram viver com fidelidade as promessas do batismo, ou seja, buscar a santidade, a fazer a consagração. Esta consagração é para todos que tem a vontade de corresponder a sua vocação à santidade. Todo o batizado que deseja viver com fidelidade as promessas do batismo e esteja em situação regular, pode e deve se consagrar, pois a consagração o ajudará a ser fiel na busca pela santidade.

FAZER SEMPRE BEM AO PRÓXIMO

Quando você faz qualquer coisa em favor do próximo, estará fazendo bem a si mesmo. Nunca negocie o bem. Negociam-se coisas, o bem, nunca. Portanto, não exija nada em troca do que puder fazer em benefício de quem quer que seja, porque qualquer um é seu irmão, colocado à sua frente, como instrumento pelo qual Deus quer provar o seu espírito de amor ou a sua solidariedade humana. 

Não devemos ter preguiça de ser bom. Em Efésios 4,32 lemos: “Sede uns com os outros bondosos e compassivos”.
Não seja arrogante em relação aos talentos que Deus lhe concedeu, procure ajudar aos irmãos, você tem saúde, pense naqueles que estão doentes.

Você anda, pense nos paralíticos, presos a uma cama ou cadeira de rodas. Você fala e ouve, lembre-se dos que são surdos e mudos. Você vê, quantos ao seu redor não sabem o que são as belezas da natureza. Você tem trabalho, tenha piedade dos que estão desempregados e aflitos, dê um pouco do que tem àquele que nada tem, tenha certeza o bem que se pratica é lucro que se recolhe. Faça o bem sem olhar a quem e receberás em dobro.

Meu bom Deus,
muito obrigado pelos bens que nos destes.
Perdoa-nos por não enxergarmos as Suas maravilhas,
abrandai o nosso coração e
fazei-nos enxergar as suas bênçãos sempre abundantes.
Amém!

Padre Alberto Gamabarini

PELO SINAL DA SANTA CRUZ

Pelo sinal da Santa Cruz, livre-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amen!
A 3º Dezena do Rosário hoje, contemplamos a Coroação de Espinhos do Nosso Senhor Jesus Cristo, Queremos oferecer essa dezena por todos os que sofrem de dores físicas e se encontram acamados e hospitalizados...
Que Vossa Mãe Santíssima Interceda por todos os Doentes e desamparados, para que encontrem conforto e apoio e Vossa mãos para segurarem nos momentos de aflições...
(Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória)
*Deus nos abençoe!!

ORAÇÃO PARA PEDIR CURA INTERIOR


Senhor, livrai-me de toda amargura e sentimento de rejeição que trago comigo.

Curai-me, Senhor. Tocai meu coração com Vossa mão Misericordiosa e curai-o, Senhor.

Sei que tais sentimentos de angústia, não vem de Vós: vem do inimigo que tenta me fazer infeliz, desanimada(o), porque me escolheste, assim como Vos escolhi, para servir e amar.

Enviai-me, pois, Vossos santos anjos, para me libertar de toda angústia e sentimento de rejeição, assim como os enviastes, para libertar da prisão a Vossos apóstolos que, embora injustamente castigados, Vos louvavam e cantavam com alegria e destemor. Fazei-me também, assim, sempre alegre e grata(o), obstante as dificuldades de cada dia. Amém!

Padre Alberto Gambarinki

FAÇA O BEM, RESISTA AO MAL

 
“Nada é coincidência, tudo é providência”. Nesse quarto domingo da Quaresma no Kairós Gente do Bem: “Deus faz, Deus junta”, se formos ver os cristãos do mundo inteiro, católicos, anglicanos, evangélicos, nós chegaremos a quase dois bilhões de pessoas. O mundo tem mais de 7 bilhões. Nós não somos a maioria, aí que está o grande desafio: O Senhor nos chama a sermos sal da terra, luz do mundo. Por intermédio de uma Pessoa veio a salvação do mundo inteiro. Nós não precisamos ficar espantados com aqueles que não buscam a Deus, mas precisamos nos unir para irmos ao encontro dessas pessoas que estão afastadas.

A liturgia de hoje é providente para nós: Naquele tempo,1ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. 6E cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. 7E disse-lhe: “Vai lavar-te na piscina de Siloé” (que quer dizer: Enviado). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando. 8Os vizinhos e os que costumavam ver o cego — pois ele era mendigo — diziam: “Não é aquele que ficava pedindo esmola?” 9Uns diziam: “Sim, é ele!” Outros afirmavam: “Não é ele, mas alguém parecido com ele”. Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo!” 13Levaram então aos fariseus o homem que tinha sido cego. 14Ora, era sábado, o dia em que Jesus tinha feito lama e aberto os olhos do cego. 15Novamente, então, lhe perguntaram os fariseus como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: “Colocou lama sobre os meus olhos, fui lavar-me e agora vejo!” (Jo 9,1.6-9.13).

E Jesus cura o cego duas vezes, porque ele nasceu cego. Jesus o curou da sua cegueira física e espiritual. Cristo o curou não só como um profeta, mas como Deus que é! E depois que esse homem recebeu a cura física e espiritual, ele se pôs de joelhos e adorou a Deus. Eu disse que isso é providência, porque depois da sua cura biológica, ele se coloca diante dos escribas para testemunhar.

Ser “gente do bem” é irmos além da Eucaristia, é avançarmos em todos os lugares fazendo o bem. E irmos ao encontro daqueles que trazem dentro de si esse chamado, mas, que, muitas vezes, não sabem nem onde buscá-lo, e nós que conhecemos e tivemos essa experiência precisamos levá-los.

Para isso em primeiro lugar: Precisamos reconhecer verdadeiramente que nós estamos vivendo em uma sociedade em que já experimentamos uma mudança radical. Até alguns estudiosos já dizem que nossa sociedade é uma sociedade pós-católica. Não é como era no tempo dos nossos avós. Também podemos dizer que evoluímos muito. Com a ciência, existem curas que não tínhamos antes; a internet e a tecnologia levam a Palavra de Deus a tantos lugares. Mas também precisamos reconhecer que esse processo em vez de trazer solidariedade, paz e justiça, não trouxe nada disso, mas sim um vazio, que, por mais avanços que tenhamos hoje, não pode ser solucionado, porque hoje o homem vive em crise justamente por falta de Deus. 

O Papa Francisco nos diz: “Vivemos uma idolatria ao dinheiro”, e por causa do dinheiro se passa por cima de tudo. Estamos numa sociedade muita evoluída, mas marcada pelo individualismo, pelo egoísmo, pela violência e, muitas vezes, pelo medo.
Ser "gente do bem" é muito mais que não pagarmos o mal com o mal. Não podemos agora dizer que vamos fazer guerras. Ser "gente do bem" é começarmos a construir pontes. Esse encontro foi uma "sacada" inspirada por Deus, principalmente essas camisetas do "Gente do Bem", devido aos times de que gostamos. Querendo ou não o esporte é algo que as pessoas gostam muito.

Se você quer irradiar a paz, “vista esta camisa” também, para irradiarmos juntos a fé, a justiça e paz. É o jeito novo de evangelizar! Ser "gente do bem" é olhar com fé e ver que quem semeia essa aspiração no coração do Dunga é o próprio Espírito Santo. Existe uma lei natural. Essa lei natural diz: Faça o bem, resista ao mal. Ser "gente do bem" no meio dos carpinteiros, médicos, empresários. Sublinhar o bem.

Papa Francisco, no Evangelii Gaudium, propõe quatro princípios: O tempo é superior ao espaço “222. Existe uma tensão bipolar entre a plenitude e o limite. A plenitude gera a vontade de possuir tudo, e o limite é o muro que nos aparece pela frente. O «tempo», considerado em sentido amplo, faz referimento à plenitude como expressão do horizonte que se abre diante de nós, e o momento é expressão do limite que se vive num espaço circunscrito. Os cidadãos vivem em tensão entre a conjuntura do momento e a luz do tempo, do horizonte maior, da utopia que nos abre ao futuro como causa final que atrai. Daqui surge um primeiro princípio para progredir na construção de um povo: o tempo é superior ao espaço”. Por isso o projeto "Gente do Bem" mais do que pregar para um gueto, quer ir para todos aqueles que estão distantes.

Comecemos hoje esse movimento do "Gente do Bem"! O importante é que nós não queremos resultados imediatos, pois ele começou agora, mas que vai ser estender ao longo do tempo.

O Papa Francisco continua dizendo no segundo tópico: A unidade prevalece sobre o conflito “227. Perante o conflito, alguns limitam-se a olhá-lo e passam adiante como se nada fosse, lavam-se as mãos para poder continuar com a sua vida. Outros entram de tal maneira no conflito que ficam prisioneiros, perdem o horizonte, projectam nas instituições as suas próprias confusões e insatisfações e, assim, a unidade torna-se impossível. Mas há uma terceira forma, a mais adequada, de enfrentar o conflito: é aceitar suportar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de ligação de um novo processo. «Felizes os pacificadores» (Mt5, 9)!”

A realidade é mais importante do que a ideia “231. Existe também uma tensão bipolar entre a ideia e a realidade: a realidade simplesmente é, a ideia elabora-se. Entre as duas, deve estabelecer-se um diálogo constante, evitando que a ideia acabe por separar-se da realidade. É perigoso viver no reino só da palavra, da imagem, do sofisma. Por isso, há que postular um terceiro princípio: a realidade é superior à ideia. Isto supõe evitar várias formas de ocultar a realidade: os purismos angélicos, os totalitarismos do relativo, os nominalismos declaracionistas, os projectos mais formais que reais, os fundamentalismos anti-históricos, os eticismos sem bondade, os intelectualismos sem sabedoria.”

O Santp Padre está nos dizendo que o Reino de Deus não começa só com palavras, mas com o fazer a diferença. Assim como está aqui na Canção Nova hoje.

O todo é superior à parte “234. Entre a globalização e a localização também se gera uma tensão. É preciso prestar atenção à dimensão global para não cair numa mesquinha quotidianidade. Ao mesmo tempo convém não perder de vista o que é local, que nos faz caminhar com os pés por terra. As duas coisas unidas impedem de cair em algum destes dois extremos: o primeiro, que os cidadãos vivam num universalismo abstracto e globalizante, miméticos passageiros do carro de apoio, admirando os fogos de artifício do mundo, que é de outros, com a boca aberta e aplausos programados; o outro extremo é que se transformem num museu folclórico de eremitas localistas, condenados a repetir sempre as mesmas coisas, incapazes de se deixar interpelar pelo que é diverso e de apreciar a beleza que Deus espalha fora das suas fronteiras.”
Nós precisamos ampliar os novos horizontes. Não podemos reduzir a paz, não podemos só evangelizar os pequeninos, mas todas as pessoas! Devemos evangelizar a todos, para que a Luz de Cristo brilhe em todos.

Nós estamos apenas no começo, para você que está aqui, e está nos acompanhando: O Senhor não nos abandona! Ele nos chama a irmos para todos esses irmãos que ainda não conhecem a Deus, que estão longe de Deus. O tempo passa rápido e a liturgia nos convida, de forma provocativa, porque só estamos no começo, assim como o servo depois de ter a vista descoberta foi a tantos lugares. 

Por isso o projeto "Gente do Bem" mais do que pregar para um gueto, deseja ir para todos aqueles que estão distantes de Deus.
Padre Hamilton Nascimento

BUSQUE PROGREDIR SEMPRE NO AMOR DE DEUS

“Nisto sabemos o que é o amor: Jesus deu a vida por nós.” (1João 3,16a)
No início deste dia, olhe para Jesus e tente amar como Ele o ama. Para isso, tenha atitude de amor com as pessoas que estão perto de você, fazendo gestos concretos, sendo atencioso, gentil e paciente. há  tantas formas de nos aproximarmos uns dos outros.
“Se quereis progredir no amor de Deus, meditai, todos os dias, a Paixão do Senhor.” (São Boa Ventura)
Peçamos, hoje, a graça a Jesus de sermos purificados com a Sua Água Viva, a fim de que sejamos fortalecidos com o Sangue d’Ele e nos santifique com Seu Espírito Santo.
Jesus, eu confio em Vós
Luzia Santiago

OS SÍMBOLOS DA SEMANA SANTA


1. A cruz
A cruz foi, na época de Jesus, o instrumento de morte mais humilhante. Por isso, a imagem do Cristo crucificado se converte em “escândalo para os judeus e loucura para os pagãos” (1 Cor 1,23). Teve que passar muito tempo para que os cristãos se identificassem com esse símbolo e o assumissem como instrumento de salvação, entronizado nos templos e presidindo as casas e habitações, e pendendo no pescoço como expressão de fé.
Isto demonstram as pinturas das catacumbas dos primeiros séculos, onde os cristãos, perseguidos por sua fé, representaram a Cristo como o Bom Pastor pelo qual “não temerei nenhum mal” (Sl 22,4); ou fazem referência à ressurreição em imagens bíblicas como Jonas saindo do peixe depois de três dias; ou ilustram os sacramentos do Batismo e a Eucaristia, antecipação e alimento de vida eterna. A cruz aparece só velada, nos cortes dos pães eucarísticos ou na âncora invertida.
Poderíamos pensar que a cruz era já a que eles estavam suportando, nos anos da insegurança e a perseguição. Entretanto, Jesus nos convida a segui-lo nos negando a nós mesmos e tomando nossa cruz a cada dia (cf. MT 10,38; Mc 8,34; Lc 9,23).
Expressão desse martírio cotidiano são as coisas que mais nos custam e nos doem, mas que podem ser iluminadas e vividas de outra maneira precisamente desde Sua cruz.
Só assim a cruz já não é um instrumento de morte, mas sim de vida e ao “por que eu” expresso como protesto diante de cada experiência dolorosa, substituímo-lo pelo “quem sou eu” de quem se sente muito pequeno e indigno para poder participar da Cruz de Cristo, inclusive nas pequenas “lascas” cotidianas.

2. A coroa de espinhos, o látego, os pregos, a lança, a esponja com vinagre…
Estes “acessórios” da Paixão muitas vezes aparecem graficamente apoiados ou superpostos à cruz.
São a expressão de todos os sofrimentos que, como peças de um quebra-cabeça, conformaram o mosaico da Paixão de Jesus.
Eles materialmente nos recordam outros sinais ou elementos igualmente dolorosos: o abandono dos apóstolos e discípulos, as brincadeiras, os cusparadas, a nudez, os empurrões, o aparente silêncio de Deus.
A Paixão revestiu os três níveis de dor que todo ser humano pode suportar: física, psicológica e espiritual. A todos eles Jesus respondeu perdoando e abandonando-se nas mãos do Pai.

VOCE SABE OUE É O PRIMEIRO AMOR ?

Talvez você esteja longe do Senhor, longe da Igreja. Por que você deixou de usar os dons? Por que você deixou de rezar como no início? Onde está o seu amor inicial?

De nada adianta você se converter, mas, depois, andar para trás, andar por um caminho pior do que estava antes da conversão. É o Senhor quem diz: "Arrepende-te e retorna às tuas primeiras obras".

Deus sabe como você é, Ele sabe da sua conduta e não olha a sua aparência. Talvez você se considere vivo, mas está morto; talvez você não esteja em grandes pecados, mas não tem o ânimo do primeiro amor.

Estava participando de um encontro, no qual veio esta palavra: "Parece vivo, mas estás mortos. Onde está o teu primeiro amor?". E o Senhor dizia em meu interior: "Jonas, tenho saudades de você. Cadê o seu fervor?". Caí em prantos e fui me confessar. Jesus nos diz: "Sê vigilante e consolida o resto que ia morrer, pois não achei tuas obras perfeitas diante de meu Deus. Sede firme"!

Você quer ser surpreendido pelo Senhor como é surpreendido por um ladrão? Para você que não quer ser mau, mas também não quer ser fiel ao Senhor, Jesus diz: "Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te" (Apoc 3,15-16). Pare um pouco e pense se você está em "cima do muro".

Monsenhor Jonas Abib