terça-feira, 30 de outubro de 2012

O AMOR É A RESPOSTA QUE DEVEMOS DAR

Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão, defendei a viúva" (Is 1,17).

Temos de ser irmãos: advogados uns dos outros. Todos temos falhas e misérias; como sempre digo: "Desculpem-nos o transtorno, estamos em construção". Somos irmãos, todos estamos em processo de recuperação. O amor precisa ser maior que qualquer briga, desentendimento e diferenças de opinião. Não podemos perder ninguém. Nossa palavra pode causar vida ou morte – nós é que a escolhemos. Por isso, quando o irmão errar com você, a palavra de ordem é: "Vai ter com ele (...) se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão".

O amor nos cura, nos liberta e nos transforma. Deus é amor! Por isso, só o amor; sempre o amor é a resposta que devemos dar.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

NINGUÉM PODE SER FELIZ SE NÃO FOR AMADO


Amar é construir alguém querido
O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje com toda clareza que as graves perversões morais têm quase sempre como causa principal uma ‘frustração de amor’. Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, ‘desnutridos’ de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado; se não fizer uma experiência de amor.
Se isso é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isso é verdade. E esse ‘amor conjugal’ começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor com a sua ajuda.
Muitas vezes, você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isso não existe. A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é.
Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte, e capaz de remover montanhas. O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, ‘ressuscita-o’.
É com a chama de uma vela que você acende outra. É com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver.
Felipe Aquino

VOCE JÁ TEVE SEU ENCONTRO PESSOAL COM JESUS ?

Ver Jesus é uma necessidade urgente para este tempo. Somente quem consegue vê-Lo, ou seja, ter uma experiência profunda com Sua presença, consegue chegar às últimas consequências sem desanimar pelo caminho.

Não basta seguir aqueles que tiveram a graça de um encontro pessoal com Jesus. É preciso encontrá-Lo também, fazer nossa própria experiência. É pessoal, o próprio nome já diz tudo: eu preciso ter a minha própria experiência pessoal com Jesus. 

Certamente que as experiências dos outros nos edificam, mas é preciso que cada um receba a graça do seu encontro pessoal com Jesus. E esse encontro é único, acontece para cada um de maneira diferente. A experiência não se repete, é totalmente pessoal.

Veja a importância desse encontro pessoal com o Senhor, o Cristo Vivo, e fazendo essa experiência, que você possa com a sua vida transmitir as maravilhas dessa grande graça aos demais, de maneira que ao virem a transformação da sua vida, possam clamar: "Queremos ver Jesus"!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

POR QUE ESTA VIDA É TÃO PRECÁRIA ?

Da flor que se abre logo estará murcha, todo dia que nasce logo termina
Uma das reflexões mais profundas que podemos fazer é sobre a efemeridade de todas as coisas que envolvem nossa existência. Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o desígnio de Deus nisso? Cada dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar banho, alimentar-nos, etc. Tudo é precário, nada é duradouro; tudo deve ser repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do cora­ção e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete sem cessar suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório… Nada permanente. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha, todo dia que nasce logo termina… E assim tudo passa, tudo é transi­tório, Por que será? Porque tudo nesta vida é passaheiro? Com­pra-se uma camisa nova, e logo já está surrada; compra-se um carro novo, e logo ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos, e assim por diante.A razão inexorável dessa precariedade das coisas também está nos planos de Deus. A razão profunda dessa realidade tão transitória é a lição cotidiana que Deus nos quer dar de que esta vida é apenas uma passagem, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna, perene.
Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, é como se Deus nos dissesse: “Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, quando tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia. “Isto mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar, é como se ela estivesse nos dizendo que a beleza está nela, mas  não lhe pertence. Quando vemos uma bela artista envelhecer, é como se ela nos dissesse: “a beleza está em mim, mas não me pertence”.
Com a precariedade da vida e de tudo o que nos cerca, Deus nos ensina, diária e constantemente, que tudo passa e que não adianta querermos construir o céu aqui nesta terra. Ainda assim, mesmo 
com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus. Ele abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: “Descansa, come, bebe e regala-te” (Lc 12,19); ao que Deus lhe disse: “Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma” (Lc 12,20).
A efemeridade das coisas é a maneira mais prática e cons­tante que Deus encontrou para nos dizer a cada momento que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente, para os outros. Os talentos multiplicados no dia-a-dia, a perfei­ção da alma buscada na longa caminhada de uma vida de me­ditação, de oração, de piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando “Deus será tudo em todos” (cf. I Cor 15,28).
A transitoriedade de tudo o que está sob os nossos olhos deve nos convencer de que só viveremos bem esta vida, se a vivermos para os outros e para Deus, de acordo com Sua Vontade e suas Leis. São João Bosco dizia que “Deus nos fez para os outros”. Só o amor; a caridade, o oposto do egoísmo, pode nos levar a compreender a verdadeira di­mensão da vida e a necessidade da efemeridade terrena.
Se a vida na terra fosse incorruptível, muitos de nós jamais pensarí­amos em Deus e no céu. Acontece que Ele tem para nós “algo mais excelente”, aquela vida que levou São Paulo a exclamar: “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9).
A corruptibilidade das coisas da vida deve nos convencer de que Deus quer para nós uma vida muito melhor do que esta – uma vida junto d´Ele. E, para tal, Ele não quer que nos acostu­memos com esta, mas que busquemos a outra, onde não have­rá mais sol porque o próprio Deus será a luz, e não haverá mais choro nem lágrimas, porque Ele mesmo as enxugará.
Aqueles que não crêem na eternidade jamais se confor­marão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre so­nharão com a construção do céu nesta terra. São os seguidores dos filósofos ou pensadores ateus como Voltaire, Nietzsche, Fuerbach, Marx, Saramago, Freud, Sartre, Kierkegaard e tantos outros que se incumbiram de fomentar o desespero nas almas e até o suicídio, por não crerem em Deus. Esses não se conformaram com a precariedade da vida e a achavam lamentável. Mas, para os que crêem, para aqueles que a Luz de Cristo iluminou a sua vida, já que “Ele é a luz que vindo a este mundo ilumina todo homem” (João 1, 9), a efemeridade tem sentido: pois canta a Liturgia que “a vida não será tirada, mas transformada”; o “corpo corruptível se revestirá da incorrupti­bilidade” (1Cor 15,54) em Jesus Cristo.
São Paulo, falando aos filipenses, explicou tudo em poucas palavras: “Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de sujeitar a si toda criatura.” (Fil 3, 20-21). E disse aos corintios: “Semeado na corrupção, o corpo ressuscita incorruptível; semeado no desprezo, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita vigoroso; semeado corpo animal, ressuscita corpo espiritual”. (1Cor 15, 42-43) E ainda: “Se é só para essa vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima” (1 Cor 15,19).
Enquanto essas verdades não caírem no fundo de nossa alma, e ali produzirem os seus frutos, não seremos verdadeiramente felizes e realizados neste mundo. Mas também isso é graça de Deus.
Prof. Felipe Aquino