terça-feira, 22 de abril de 2014

VIVA O BRASIL

Hoje, celebramos o dia do Descobrimento do Brasil. Quando os descobridores aportaram em nosso território, não ficou aqui uma simples bandeira, mas uma grande cruz. A Terra de Santa Cruz nasceu sob o sinal da nossa redenção. O primeiro ato, que logo depois se realizou, foi a celebração do Santo Sacrifício da Missa: a renovação do sacrifício do calvário. O Brasil nasceu cristão e foi batizado num batismo do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Olhando, hoje, para a realidade da nossa nação, ficamos consternados. O Brasil precisa ser redescoberto nas suas origens, pois o que enfrentamos, nos nossos dias, não é apenas uma situação religiosa: é uma questão de valores. Parece que estamos em cima de uma carreta sem freios, que se precipita numa ribanceira, onde a maioria vai gargalhando, como se estivéssemos na mais linda aventura.

Nossos irmãos precisam ser despertados, pois estão num sono de morte. O Brasil necessita de um reavivamento. No mundo da medicina, fala-se em “reanimação”; no mundo espiritual, falamos em “reavivamento”. Mas os dois termos querem dizer a mesma coisa: fazer voltar à vida.

É a hora de gritar: 'Viva o Brasil!' Mas não como uma exclamação de festa, e sim como um grito do fundo da alma: o Brasil precisa voltar à vida. Por isso: 'Viva o Brasil!' Deus nos chama a assumir o posicionamento que o povo de Deus viveu num momento perigosíssimo na época dos Macabeus: “Levantemos nossa pátria de seu abatimento e lutemos por nosso povo e nossa religião!” (Mac 3,43).

O Senhor nos conduza e fortifique nessa linda aventura.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Mais do que nunca o mundo precisa ver Jesus em nossos atos. As palavras são importantes, mas se transformarão em verdade se soubermos testemunhar Jesus através da nossa vida. 

Não são necessários grandes feitos, bastam pequenas coisas em nosso dia a dia, um olá amigável ao vizinho, um bom dia, um simples sorriso.

Em Gálatas 2,20 lemos: Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. Quando descobrimos esta verdade e por ela nos apaixonamos, passamos a agir de modo diferente, nossa vida é toda transformada pelo amor infinito de Deus, e certamente nosso humor e atitudes serão melhores.

Vejam, o apóstolo Paulo apaixonou-se de tal forma pelas ideias de Cristo e pelo próprio Cristo, que exclamou já não ser mais ele que vivia e sim Cristo que vivia nele. Esta é uma linda declaração e poucas pessoas podem dizer isto.

Mesmo sendo humanos e pecadores, podemos e devemos nos aproximar cada vez mais desta fonte de água viva, desse poço de graças infinitas, e se não formos capazes de amar tanto quanto Paulo, teremos de alguma forma aumentado bastante a nossa fé e nosso amor.

Senhor, nos ajude a ama-lo cada vez mais, aumenta a nossa fé e que a vossa presença Santa permaneça em nossa vida. Amém!

Padre Alberto  Gamabarini

DEUS SABE A HORA CERTA PARA AGIR

Uma das realidades mais difíceis de ser aceitas na vida espiritual é o fato de que o tempo de Deus não coincide com o nosso. Deus sempre esta presente em tudo, jamais nos deixa sozinhos, mas age sempre no momento mais necessário.

Nenhum de nós é capaz de entender o modo de Deus agir, porque nem sempre sabemos esperar e confiar. Confundimos confiar com resignar, isto é, imaginamos que Deus está nos dizendo que nada existe a fazer. Ele jamais nos pede tal coisa.
Em Eclesiastes 3, 1 “Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo do céu”.

O nosso Deus é maravilhoso! Ele nos concede, a cada dia, um presente de amor. Seja através da alegria ou das provações que passamos. Tudo concorre para o nosso crescimento pessoal e espiritual.

A passagem bíblica acima é um ensinamento precioso para todos os filhos e filhas de Deus. Não entendemos os desígnios de Deus, mas Ele é Onisciente, sabe todas as coisas. É Onipresente, está em todos os lugares. É Onipotente, todo o poder está n’Ele.

Resista ao desanimo, crendo que a sua vida está nas mãos amorosas de Deus.

Em tudo, coloque Deus no centro de sua vida!

Meu bom Deus, nós cremos em ti, que nossa vida e atos sejam pautados pela correta ação. Que sejamos impelidos a levar a mensagem da salvação a muitas outras pessoas. Amém!

Padre Alberto Gamabarini

JESUS VEIO PARA NOS LIBERTAR DA ESCRAVIDÃO DO PECADO

Não se condene, mas não se mantenha escravo de nada neste mundo, pois Jesus veio para nos libertar e nos fazer livres. E hoje a Palavra de Deus quer nos libertar de toda escravidão do pecado!
“Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre” (João 8, 34-35).
A Palavra de Deus, hoje, nos permite refletir sobre aquilo que o pecado provoca em nós e aquilo que a graça de Deus pode fazer em nós e em nossa vida. Primeiramente, é óbvio que o pecado nos mantém cativos e escravos dele. Olhando a história, ou, melhor ainda: esse embate que há entre Jesus e os judeus que se opõem a Ele há um terrível pecado ali: o pecado de não querer reconhecer Jesus como Senhor.
Sabem quando alguém coloca alguma coisa na cabeça e não quer mudar e não quer aceitar? Não aceita ser corrigido, não aceita nem refletir sobre o assunto? E a pior das durezas é a incapacidade de refletirmos e de mudarmos nossas atitudes! É dela que brota o autoritarismo e deste vem todas as outras formas de ignorância humana, que nos mantém cativos, presos e escravos das nossas atitudes. O orgulho e a soberba são venenos terríveis para a nossa vida espiritual, para a nossa vida com Deus.
Na passagem bíblica de hoje Jesus mostra aos judeus onde está o pecado neles, sobretudo, o pecado de não saber reconhecê-Lo. E você sabe que eles começam então a se contradizer, eles começam então a rebater o que o Senhor lhes diz, porque eles não aceitam, de forma nenhuma, a verdade que Jesus nos traz!
Não há problema em assumir as nossas fraquezas e as nossas misérias. O problema é quando o pecado nos corrói, nos corrompe e nos mantém cativos dele e quando ele cega a nossa visão e a nossa maneira de ver e nos quer convencer de que o errado está certo. Quando quer nos mostrar que não há problema e não há erro em muitas coisas incorretas e injustas que fazemos; e quando nos deixa conformados às injustiças, à mentira, a uma vida hipócrita, como se não tivesse problema em viver assim.
O problema do pecado é nos acomodarmos a ele e nos tornarmos cativos, reféns e escravos daquilo que ele é. Deus hoje não quer apontar nenhuma condenação a você, mas a Palavra d’Ele hoje quer nos iluminar para discernirmos: que pecado e que situação pecaminosa nos mantêm cativos? Pode ser que sejam coisas que estejam em nosso interior, que só nós mesmos fazemos e sabemos que é errado. Não se condene, mas não se mantenha escravo de nada neste mundo, pois Jesus veio para nos libertar e nos fazer livres. E hoje a Palavra de Deus quer nos libertar de toda escravidão do pecado!
Padre Roger Araújo

DEIXE-SE GUIAR PELO ESPÍRITO SANTO

Quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna” (Gálatas, 6,8).
Não nos cansemos de fazer o bem, por isso, deixemo-nos guiar sempre pelo Espírito Santo e, em todas as nossas ações, decidamo-nos pela prática do bem.
Somos colaboradores do Senhor, mas primeiro é preciso que o terreno do nosso coração seja cultivando com Palavra d’Ele, para colhermos, com qualidade, os frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão e domínio próprio.
Hoje, deixemos o Senhor cuidar da planta que somos nós sempre que for necessário. Que Ele corte, pode e adube-nos para que cresçamos e possamos dar muitos frutos.
Rezemos: “Ó vinde, Espírito Criador, as nossas almas visitai”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

MÃE RAINHA VENCEDORA ADMIRÁVEL DE SCHOENSTATT

Querida Mãe, Rainha e Vencedora Admirável de Schoenstatt! Com iluminada Confiança, me aproximo de tí, para receber teu auxílio em minha grande aflição; pois teu Divino Filho, na cruz, me deu a ti como minha mãe, dirigindo também a mim as palavras: "Eis aí tua Mãe !" E a ti disse ele: "Eis aí teu Filho !". Que consolo para mim, receber-te por Mãe ! Por isso dirijo-me a ti em meu grande sofrimento.
Bem conheces minha pesada cruz. Peço-te confiante, que me ajudes, ó grande Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, pois nunca se ouviu dizer que tenha abandonado algum filho teu que buscou refúgio em ti. Tu mesma sentiste o peso e a aflição da vida! Estiveste ao pé da cruz, como a Mãe das Dores. E será que agora não irás atender ao meu pedido, quando te confio, suplicante, o meu sofrimento?
Não, jamais ! Tu és a saúde dos enfermos, a consolação dos aflitos, o auxílio dos cristãos. Inspira-me, porém, confiança especial o fato de seres chamada "Mãe Rainha Três Vezes Admirável". Este honroso título expressa que sempre e em toda parte és admirável. Intercede, pois, junto ao teu querido Filho, para que me atenda. E, eternamente, quero cantar o teu Magnificat, bendizendo as misericórdias do Senhor. Amém.

aA FORÇA E SENSIBILIDADE DA MULHER

Mulher, um misto de razão e densibilidade
Era uma tarde de verão parecida com tanta outras. O ar puro e o balanço das árvores, que nos faziam companhia, assim que deixamos a cidade grande, inspirava liberdade. O tempo começava a ficar estranho ou “bonito para chover”, mas era tão longe... “Não precisávamos nos preocupar!” Pensava eu com uma pontinha de desconfiança, lá no fundo da alma feminina, que oscila entre razão e sensibilidade. 

De vez em quando, eu olhava orgulhosa para meu esposo, que, de mãos fixas no volante, parecia desbravar cada quilômetro da estrada com uma conquista. Entre palavras e risos, seguimos nós dois e uma amiga em comum. Até que, de repente, a chuva, que parecia longe, nos alcançou como uma tempestade daquelas que só vemos nos filmes. O nosso estado de ânimo também mudou de repente. Naquele tempo, estávamos preocupados com o que poderia acontecer a qualquer momento, já que a forte chuva, misturada com vento e granizo, nos impedia de ver um metro a nossa frente. Os carros começavam a parar na própria via e todos tinham de se ajudar, tomando decisões rápidas e certeiras. Qualquer vacilo poderia causar um desastre!

Provavelmente, você esteja ansioso para saber o resultado desta aventura, não é verdade? Fique tranquilo, pois, graças a Deus, deu tudo certo! Aliás, foi maravilhoso! Nós conseguimos, juntos, superar os riscos e vencer os desafios. 

A alma feminina, embora terna, vibra com desafios e riscos. Somos assim: um misto de delicadeza e força, razão e sensibilidade. “Então, chegou o dia em que o risco necessário de permanecer apertada em um botão era mais doloroso que o risco necessário para florir...” (Anaïs Nin). 

Quando chega esse dia, a mulher anuncia ao mundo que está viva e arranja, no mais íntimo do seu ser, a coragem para florir! Basta, por exemplo, ver um filho doente, que a mulher desabrocha e se doa sem medidas, enquanto exala amor e esperança em forma de cuidados. E quando a dor da perda a visita, muitas vezes, consegue renascer dos escombros e continuar florindo, embelezando novos jardins. O fato é que a mulher tem força e sensibilidade impressas na alma. 

João Paulo II, em sua Carta às Mulheres, em 1995, diz que, pelo simples fato de sermos mulheres, com a percepção que é própria da feminilidade, enriquecemos a compreensão do mundo e contribuímos para a verdade plena das relações humanas. É de se perguntar: mas como enriquecer a compreensão do mundo pelo simples fato de ser mulher? 

A Bíblia narra, em Gênesis 2, que Deus criou todas as coisas e ofereceu tudo ao homem, mas nada satisfazia o coração dele. Então, o Senhor criou a mulher com tudo que lhe é próprio. Quando o homem a viu, ficou tão extasiado diante dela, que fez a primeira e a mais linda declaração de amor que conhecemos: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; será chamada “Isha”...”, que, no hebraico, significa mulher, ajuda. A partir de então, o homem andava feliz, e tudo tinha um novo sentido. Deus havia lhe dado uma companhia adequada para partilhar suas lutas e vitórias pelo resto da vida. 

O Senhor faz tudo com perfeição, criou a mulher completamente diferente do homem, para que um completasse o outro. Basta observar, em nosso corpo, por exemplo, que cada membro tem sua finalidade específica; e não para por aí. Nossa maneira de ser e agir também são completamente diferentes. Saber respeitar essas diferenças e tirar bom proveito delas é uma arte que precisamos praticar todos os dias se desejarmos uma vida mais feliz. 

Costumo dar risadas do meu marido, quando peço para ele pegar alguma coisa na gaveta da cômoda, por exemplo. Geralmente, por mais que eu lhe explique com detalhes onde está o objeto, ele volta minutos depois afirmando que não o encontrou e que, certamente, eu estou enganada. Porém, se eu mesma me levantar e for ao local, encontro o objeto exatamente onde eu disse que estava. Você já viveu algo assim? Fique tranquila, seu companheiro não tem problemas de vista. 

Segundo os pesquisadores Allan e Bárbara Pease, homens e mulheres evoluíram de formas diferentes. Os homens, durante a pré-história, eram responsáveis pela caça e as mulheres ficavam na caverna, cuidando da prole. Como caçador, o homem precisava ser capaz de identificar e perseguir alvos distantes. Desenvolveu, assim, uma visão focal, tipo “túnel”. Já a mulher precisava de um raio de visão que lhe permitisse perceber algum predador se aproximando, uma visão periférica mais ampla. É por isso que o homem moderno consegue facilmente encontrar um caminho mais fácil para chegar em casa, mas tem muita dificuldade em achar qualquer coisa na geladeira ou no armário. Sua visão é focal, não ampla. 

E nós mulheres, será que temos algum limite na visão? Os pesquisadores nem precisam ter o trabalho de estudar o caso, nós mesmas já descobrimos, na prática, que nossa visão é bem ampla, mas nada focal. Eu, por exemplo, nunca acho que as panelas caibam todas no armário da pia; organizar a mala, então, é um desafio daqueles. Porém, para meu esposo é uma tarefa superfácil. Ele dá uma olha no espaço e vai como que fazendo uma mágica diante dos meus olhos; em poucos minutos, tudo fica pronto e com espaço de sobra! Diferenças que se completam! Minha razão feminina não sabe explicar, mas minha sensibilidade agradece. 

Não consigo imaginar o mundo sem essa parceria entre o homem e a mulher. E isso, ao meu ver, vai muito além da questão de “ser mais ou menos”, “melhor ou pior”, é reconhecer quem realmente somos e procurar viver de acordo com a vocação que recebemos ao sermos criados. Não deixemos que nos roubem o maior tesouro que temos: nossa originalidade! 

As mulheres foram criadas para “completar” e não para dividir. Na Carta às Mulheres, o beato João Paulo II já citava isso. Ele faz um agradecimento à mulher que vale a pena ser recordado: “Obrigado a ti, mulher-esposa, que unes irrevogavelmente o teu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom ao serviço da comunhão e da vida. Obrigado a ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano... que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida. Obrigado a ti, mulher-filha e mulher-irmã, que levas ao núcleo familiar e, depois, à inteira vida social, às riquezas da tua sensibilidade, da tua intuição, da tua generosidade e da tua constância”. 

Que a razão de sermos mulheres, segundo os desígnios de Deus, impulsione nossa sensibilidade para levar ao mundo um sinal de esperança e vida. Não tenhamos medo de florir! 

Sim! Chega um momento em que é preciso deixar de ser apenas botão, e este momento é agora! Então, desabrocha a rosa e encanta o mundo com sua beleza! Perfuma o jardim em que foi plantada e lembre-se que, sendo quem é, atrairá, a cada amanhecer, os raios do sol que a fará plena e feliz. Viva, hoje, esta aventura e revele ao mundo a autenticidade do seu Criador. É mulher, tem beleza, tem valor!
Dijanira Silva