quarta-feira, 6 de julho de 2011

ESPIRITUALIDADE E COMPAIXÃO

O termo compaixão significa “sofrer com”, “sofrer junto”. É uma das virtudes que não nos deixa indiferentes ao sofrimento alheio. Antes pelo contrário, nos impulsiona a compartilhar o sofrimento do próximo, buscando eliminá-lo ou pelo menos diminuí-lo. Jesus é o exemplo maior de um coração compassivo e misericordioso. Amou-nos tanto a ponto de dar a sua própria vida pela nossa salvação. Não mediu esforços. Partilhou as nossas dores e suas as fez. O evangelho desse domingo nos remete ao relato daquela passagem onde um doutor da lei pergunta a Jesus o que ele deveria fazer para merecer a vida eterna. Então, Jesus percebendo a malícia do seu interlocutor, responde indagando o que dizia a lei? E o homem afirma: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo”! Cristo, então, lhe garante que se fizesse o mesmo estaria salvo. Mas o doutor da lei continua o seu questionamento perguntando a Jesus: “E quem é o meu próximo?”. É a pergunta que muitas vezes fazemos a nós próprios. Sabemos o que deve ser feito. Conhecemos os mandamentos. Porém, muitas vezes preferimos não nos comprometer, não sofrer junto com ninguém. Renunciamos o amor pelo próximo. E Jesus conhecendo, profundamente, a nossa natureza humana, conta então a parábola do bom samaritano. Um homem que descia de Jesuralém para Jericó foi assaltado e ferido por bandidos. Ficou estirado no chão quase morto. Surge, então, um sacerdote que para evitar o encontro com o moribundo passa do outro lado da estrada. Por segundo, aparece um levita e tem a mesma atitude de indiferença para com o homem sofredor. Por último, então, passa por ali, um samaritano. O samaritano vê o homem ferido e se compadece do seu sofrimento. Vai ao encontro do outro, cura suas feridas e leva-o para uma hospedaria. Paga o dono do estabelecimento e pede-lhe que cuide do doente. Acrescentando que na sua volta pagaria as outras despesas que tivesse com aquele hóspede. Com tal estória, Cristo, indicava ao doutor da lei que não bastava conhecer a lei. Era preciso possuir um coração pleno de amor e de misericórdia. Assim como é o próprio coração de Deus Pai.



Um coração cheio de misericórdia. Assim é que foi a vida de um certo Frei Capuchinho da Ordem Franciscana, chamado Pe. Pio. Seu nome de batismo era Francesco Forgione. Nascido aos 1887, em Pietrelcina, Itália. Como o tema, hoje, é a compaixão, não posso deixar de recordar a sua vida que li e assisti várias vezes. Um homem que amou o seu próximo e que recebeu os estigmas do próprio Cristo. Participava do sofrimento dos fiéis e buscava mediante o sacramento da confissão o alívio para o sofrimento das pessoas.

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