quinta-feira, 25 de outubro de 2012

CHAPÉU DO BISPO,ARCEBISPO,CARDEAL

Qual o nome daquele ''chapéu'' que o bispo, arcebispo, cardeal e o papa usa? E qual o seu significado?

O nome do aparamento que o bispo usa na cabeça chama-se MITRA.

A mitra é o chapéu tradicional dos Bispos.

A palavra mitra vem do nome de um barrete alto e cônico, fendido nas laterais superiores, com duas faixas que caem sobre as espáduas. Foi usada nas antigas culturas persa, egípcia e assíria. Hoje ela é usada pelos bispos e outros dignitários da Igreja, em determinados atos litúrgicos.

O primeiro responsável e representante jurídico da Mitra é sempre o ordinário do Lugar, que pode ser o bispo diocesano ou outro eclesiástico com poder ordinário, que poderá delegar poderes atinentes.

A mitra é, apesar de seus muitos tipos e complexo cerimonial, é uma insígnia de significado muito simples: autoridade. Não poder temporal, mas autoridade pastoral. Se o báculo representa a missão do bispo de pastorear o povo, a mitra representa a autoridade que lhe foi dada para desempenho deste ministério.
Assim, o uso da mitra nas celebrações, não apenas na catedral, mas também ao visitar cada uma das paróquias, é de grande proveito pastoral. Primeiro porque embeleza e enriquece a liturgia, tornando mais próxima dos fiéis a glória celeste; depois por que faz com que o bispo seja visto como Sumo-Sacerdote, uma distinção clara, que até aos menos esclarecidos faz entender o caráter distinto do bispo em relação aos seus presbíteros.

O Papa, como Bispo de Roma, usa a Mitra em algumas cerimônias. Portanto, a Mitra era o sinal do poder sacerdotal pleno do Papa, como Bispo de Roma. Foi Inocêncio III que começou a usar a Tiara para indicar o poder temporal do Papa.

A Tiara -- também chamada de Regnum -- é uma coroa tríplice que os papas usavam para indicar a Unidade da Igreja e a suprema suserania do Papa sobre toda a Cristandade, isto é, de que o Papa era Soberano Universal da Igreja Una, Soberano dos Estados Pontifícios, e Bispo de Roma.

Esses títulos foram sendo acumulados aos poucos.

Desde sempre, começando com o próprio São Pedro, o Papa foi Bispo de Roma

Com o fim do Império Romano (476 D.C.), o Papa foi a única autoridade restante na Itália, o que o obrigou a exercer autoridade governativa, para impor ordem, mesmo material, nas terras italianas assoladas pelas invasões dos bárbaros germanos.

No fim do século VIII, Pepino, o Breve, e depois, no ano 800, Carlos Magno, depois de vencerem os Lombardos que ameaçavam o Papa, confirmaram a soberania do Papa sobre as terras do centro da Itália, em torno de Roma, reconhecendo o Reino do Papa, os Estados Pontifícios.

Finalmente, Bonifácio VIII, instituiu a terceira coroa da Tiara, como sinal da suprema suserania do Papa sobre todos os Reis da terra. Isso foi em 1299.

Stefaneschi definiu a Tiara como unindo a figura da esfera e do côvado.

A circunferência da base seria o símbolo do poder papal sobre o globo terrestre, enquanto a altura dela, medindo um côvado, simbolizaria a Igreja como a realização da Arca de Noé cujas medidas eram fundadas no côvado.

E assim como a arca de Noé salvou os homens que nela estavam perecendo todos os demais, assim também os que estão fora da igreja perecem.

Por isso, num cerimonial de coroação do papa no século XVI se lê que o Cardeal Diácono, ao impor a Tiara na cabeça de um novo Papa diz:

“Recebe a Tiara ornada com três coroas e saiba que Tu és o Pai dos Príncipes e dos Reis, o reitor do Universo, o Vigário do Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo na terra”.

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