segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O QUE PODEMOS FAZER PARA ATINGIR AS RAÍZES E FECHAR AS BRECHAS

O que se pode fazer para atingir as raízes e fechar as brechas”? É rezar, orar pelos nossos falecidos... até afirmando bem a palavra que refletimos na pregação anterior (Dt 30,19) é a opção de escolher a vida e não a morte.

Rezar pelos falecidos da família, principalmente os que morreram em acidentes, nas guerras, os natimortos, os que cometeram abortos, os que tiveram mortes violentas.

Se você levantar o histórico familiar, você vai perceber quantas famílias viveram essas realidades. Por isso é importante rezar pela nossa árvore genealógica.

Ninguém vai ver a Deus face a face se tiver uma poeirinha de pecado. Então todos nós possivelmente passaremos pelo purgatório. Alguns mais rápidos que os outros.

Muitos dos nossos estão dependendo de nossa oração para contemplar Deus face a face, porque após a morte, a pessoa não pode fazer mais nada por si mesmo, ela depende da oração dos outros.

Nossa família é formada pelos vivos e pelos que já morreram, não podemos esquecer deles, precisamos continuar enviando a eles nosso amor e carinho, pois isso pode tirá-los do purgatório.

Rezar pelos mortos não é invocação dos mortos e nem culto pelos antepassados, mas segundo o caminho seguro dado pela Palavra de Deus que nos ensina e recomenda a orar pelos falecidos. A Missa é a oração maior, é a melhor oração que podemos fazer pelos nossos falecidos.

Já dizia São Jerônimo: “Por toda Missa devotamente celebrada, muitas almas saem do purgatório”. O padre não participa sozinho da Missa, nós participamos com ele, e precisamos vivenciar com devoção a Celebração.

Segue o que Deus falou, você não tem que ficar querendo questionar Deus. Olha o seu tamanho, sua fé, o que você é... você está querendo questionar Deus?

Pode achar o que você quiser, mas Deus não vai deixar de ser Deus porque você acha. Deus falou, não vai mudar. O que Deus falou na Palavra de Deus não vai mudar.

Há os que rezam só no dia de finados, e olha lá. Tem os que nem vão nesse dia. É preciso rezar todos os dias.

O que a Igreja ensina sobre a oração pelos mortos? No Catecismo da Igreja Católica (CIC 958) diz que: “A comunhão com os defuntos. «Reconhecendo claramente esta comunicação de todo o Corpo místico de Cristo, a Igreja dos que ainda peregrinam venerou, com muita piedade, desde os primeiros tempos do cristianismo, a memória dos defuntos; e, "porque é um pensamento santo e salutar rezar pelos mortos, para que sejam livres de seus pecados" (2 Mac 12, 46), por eles ofereceu também sufrágios». A nossa oração por eles pode não só ajudá-los, mas também tornar mais eficaz a sua intercessão em nosso favor”

No número 1689, que fala sobre a Santa Missa, o Catecismo afirma: “ O sacrifício eucarístico. Quando a celebração tem lugar na igreja, a Eucaristia é o coração da realidade pascal da morte cristã. É então que a Igreja manifesta a sua comunhão eficaz com o defunto: oferecendo ao Pai, no Espírito Santo, o sacrifício da morte e ressurreição de Cristo, pede-Lhe que o seu filho defunto seja purificado dos pecados e respectivas consequências, e admitido à plenitude pascal da mesa do Reino. É pela Eucaristia assim celebrada que a comunidade dos fiéis, especialmente a família do defunto, aprende a viver em comunhão com aquele que «adormeceu no Senhor», comungando o corpo de Cristo, de que ele é membro vivo, e depois rezando por ele e com ele”.

A Igreja ainda ensina, no número 1032: “Esta doutrina apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, de que já fala a Sagrada Escritura: «Por isso, [Judas Macabeu] pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres das suas faltas» (2 Mac 12, 46). Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos: 'Socorramo-los e façamos comemoração deles. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício do seu pai (cf. Jo 1,5) por que duvidar de que as nossas oferendas pelos defuntos lhes levam alguma consolação? [...] Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer por eles as nossas orações” 

E lembremos que morre-se uma vez só, e em seguida vem o juízo (cf Hb 9,27). Se você está vendo um parente aparecendo para você, não tem nada de Deus aí não. Pode ser o demônio disfarçado. O que nós temos que fazer é rezar como a Igreja nos orienta.

Nós precisamos ir melhorando nossa caminhada com Deus, de busca por Ele... nossos filhos dizem: “minha mãe vai na Igreja e olha o que ela é? Eu não vou na Igreja não...” Isso não pode acontecer. É uma pena a gente ver que muitos de nós conhecemos Jesus Cristo mas não tivemos um encontro pessoal com Ele. Essa experiência que nos faz segui-lo com convicção.
A oração pelos falecidos é uma oração de compaixão. Ter pena da miséria do outro.

Jesus teve compaixão de nós, por isso assumiu em sua carne as nossas misérias. Por isso a palavra misericórdia é tão linda, nela existem duas outras palavras escondidas: miséria e coração.

Estamos vivendo o tempo da misericórdia, Deus está dando mais um tempo para nós.

É preciso ter compaixão pelos falecidos. Temos a mania de canonizar os que morrem, falando que ele era muito bom... mas não é assim não, eles precisam de muita oração.

Os casais que tiveram abortos, devem em oração assumi-los diante de Deus a maternidade e paternidade, assumindo-os como filhos.

E as pessoas que morrem em estado de pecado, os que não morreram na amizade com Deus? O que podemos pensar sobre eles? Eles necessitam de maior compaixão ainda minha, devemos orar por eles.

Podemos ajudá-los de várias formas: oferendo a Santa Missa por eles, fazendo a Comunhão na sua intenção, lucrando indulgências em seu favor (isso pode ser feito em várias épocas do ano), orando pelo descanso eterno, oferecendo sacrifícios e fazendo penitências em seu favor, perdoando as ofensas em sua intenção (perdoar no lugar da pessoa, ir dando o perdão), rezando a Via Sacra por eles e rezando o rosário por eles.
Há muito que pode ser feito. Nós precisamos rever nossa maneira de rezar. A fé exige recusa de ídolos na nossa vida, é preciso ir banindo os ídolos, seja eles qual for.

O Cara está ali na cruz, esse é o cara. Jesus Cristo não fugiu, não teve medo da humilhação, de aparentemente estar derrotado, de assumir nossa condição humana. Ele não quis nos abandonar na nossa viagem, Ele ficou conosco todos os dias.

E como você fala que está sozinho? Abandonado? Ele disse: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20)

E o túmulo está vazio! Jesus ressuscitou, está vivo no meio de nós. É o Deus conosco. Ele está conosco nessa viagem para Jerusalém Celeste, para o Céu. Lá é o nosso lugar. Aqui é lugar de nossa purificação, onde vamos lidar com as dores, sacrifícios... mas Ele está conosco. Por isso, se você não rezar, você vai estar com quem?
Irmã Maria Eunice 
Missionaria da Comunidade canção Nova



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