terça-feira, 12 de março de 2013

A EXPERIÊNCIA DE CRISTO VIVO NA EUCARISTIA



Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja convosco! Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos. Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Os outros discípulos disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei! Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco! Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé. Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus! Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto! Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

Cristo dá uma lição de fé aos seus discípulos, graças à dúvida de Tomé. Nós recebemos também hoje este convite de não esperar para ver sinais visíveis e sensíveis para acreditar. É o Senhor da história, vencedor da morte e quem intercede por nós no céu.

A experiência do outro
O apóstolo Tomé passou para a história como um exemplo de mal cristão: aquele que exige provas tangíveis da fé, que pede uma demonstração dos mistérios da Igreja. Mas este apóstolo é Santo, modelo para todo cristão. O que nos ensina? Por que foi capaz de morrer mártir antes de negar sua fé em Cristo? Se não vejo, não creio, disse aos seus companheiros, felizes depois de terem experimentado a Cristo. Não me basta a vossa experiência; necessito experimentar. Mais além da dúvida de fé, são Tomás nos ensina que eu devo experimentar Cristo, em primeira pessoa. Pode ajudar-me a experiência dos outros, bons exemplos dos meus companheiros, os conselhos de um bom diretor espiritual, mas são só gritos de ânimo; de mim depende dar um salto de fé e lançar-me confiante nas mãos de Deus. O apóstolo incrédulo percebia esta necessidade de experimental Cristo ressuscitado em primeira pessoa, e por isso quer ver, tocar, não basta que os outros digam, precisa experimentar Cristo em primeira pessoa.

A experiência se torna minha experiência: Cristo vive.
Oito dias depois... Jesus prova Tomé, quer que amadureça o sincero desejo que tem de encontrá-lo. Depois de oito dias, premia sua espera. Aparece ressuscitado no cenáculo, saúda os doze, e fala diretamente com Tomé: Coloque teu dedo; aqui tens minhas mãos e pés, o furo dos cravos, a ferida no lado. O apóstolo se colocaria a chorar, emocionado, agradecido por este detalhe do Mestre, e pesaroso por ter duvidado da palavra de seus companheiros. Junto ao arrependimento, pronuncia uma formosa oração de louvor: Senhor meu e Deus meu, ou seja, meu Deus e meu tudo, meu dono, meu criador, meu salvador, meu amor... Que formoso reconhecimento da divindade de Jesus! Quanto pode nos ajudar repetir esta oração, em primeira pessoa, a adorar o Corpo de Cristo na consagração! Tu és, Senhor, meu Deus e meu tudo; não só o Deus dos cristãos, mas sim meu Deus, meu Senhor.

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