segunda-feira, 29 de julho de 2013

O PODER DE ATRAÇÃO DEUS SANTO

São Bernardo nasceu, no ano de 1090, no Castelo de Fontaine, perto de Dijon, na França, e foi o terceiro de seis irmãos. Ainda muito jovem, tornou-se monge em Cister. Seu pai, Tescelino, ficou consternado, pois, um após o outro, os filhos abandonavam o conforto do castelo para seguir Bernardo.

O poder de atração deste santo foi extraordinário. Guido, seu irmão mais velho, deixou até a esposa que também se fez monja. Nissardo, o irmão caçula, também deixou o mundo seguido pela única irmã, Umbelina, e pelo tio, Gaudry, que trocou a pesada armadura de cavaleiro para vestir o hábito branco de monge. Mais tarde, também Tescelino pediu para entrar no mosteiro, onde já estava quase toda a família, um acontecimento raro na História da Igreja.

Como muitos outros jovens pedissem para entrar no mosteiro dos cistercienses, foi necessário fundar outros mosteiros, o que coube a Bernardo, que deixou Citeaux abraçando uma pesada cruz de madeira e seguido de doze religiosos que cantavam hinos e louvores ao Senhor.

Após uma longa caminhada, fizeram uma parada num vale bem protegido que chamaram de Claraval onde se estabeleceram. Neste lugar, obedeciam a antiga regra de São Bento com todo rigor: oração e trabalho sob a obediência do abade. Mas São Bernardo preferia os caminhos do coração à rígida norma fixa. Dizia a seus filhos: “Amemos e seremos amados. Naqueles que amamos encontraremos repouso, e o mesmo repouso ofereceremos a todos os que amamos. Amar em Deus é ter caridade; procurar ser amado por Deus é servir à caridade.

Do mosteiro de Claraval, Bernardo espandia a sua luz sobre toda a Igreja. Embora frágil e de pouca saúde, percorreu boa parte da Europa, atuou em vários concílios e pregou uma cruzada à Terra Santa. Além disso, encontrava tempo para escrever muitas obras, cheia de otimismo e doçura como o “Tratado do Amor de Deus” e o “Comentário ao Cântico dos Cânticos, uma declaração de amor a Nossa Senhora. Bernardo foi um dos maiores devotos e defensores do culto a Maria. Cada vez que passava por uma de suas imagens, a saudava dizendo: “Ave, Maria!”. Um dia, a imagem lhe retribuiu a saudação dizendo-lhe: “Ave, Bernardo”. Poucos instantes antes de sua morte, que aconteceu em 20 de agosto de 1153, assim consolava seus monges: “Não sei a quem escutar, se ao amor dos meus filhos, que me querem reter aqui em baixo, ou ao amor do meu Deus que me atrai lá pra cima”.

O Papa Pio XII o chamou de “O último dos Padres da Igreja, e não o menor”.

Alguns ensinamento de São Bernardo:

"Quem recorreu a Vossa proteção e foi por Vós desamparado, ó Maria?"
"Amemos e seremos amados."
"A vista ofuscada pela raiva não enxerga direito." 
Felipe Aquino

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