sexta-feira, 19 de julho de 2013

SER DO BEM É SER DE CRISTO

Devemos nos perguntar: “O que é o bem?” O bem não é uma coisa subjetiva, não é algo que cada um tem em conta da própria opinião. Em última instância, o bem é Deus! Bem é aquilo que traz felicidade. Existe uma espécie de “hierarquia” dos bens. Existe o bem que traz uma pequena felicidade e outro que traz uma maior felicidade.

Por exemplo: existe o bem em comer uma deliciosa refeição e existe o bem em cuidar da própria saúde. Qual deles é maior? O bem de cuidar da minha saúde é maior que o bem de comer um alimento que me dá prazer, porém, pode causar mal à minha saúde (se for o caso de um alimento que não posso comer apesar de me dar prazer). Dentro desta hierarquia, eu preciso sempre optar pelo bem maior, pelo bem que me traz uma felicidade maior. E, nesta hierarquia dos bens, é preciso compreender que o bem maior é Deus.

Deus é o bem que não passa. E eu preciso hoje fazer a escolha por este Deus que é o sumo bem.

É próprio do insensato confundir os bens. Ele acaba por se confundir na escolha de um bem sempre maior. Veja: quantas pessoas, inclusive inúmeros pregadores, afirmam que esta vida é o bem maior que Deus nos deu. Isso é errado! Todo mundo sabe que essa vida é linda, é maravilhosa, e que o Padre Paulo Ricardo sempre lutou em favor da vida, sempre lutou contra o aborto, as drogas e tantas outras coisas que violam a vida humana. Mas esta vida, apesar de ser tão importante, não é o sumo bem! Existe uma Vida (com “V maiúsculo”) que difere desta vida (com “V minúsculo”) que vivemos. É por esta Vida na eternidade que os mártires se sacrificaram.

Esta vida aqui é linda, é importante, mas é também passageira. Precisamos saber para onde estamos indo. Dentro desta hierarquia dos bens, precisamos estar focados neste bem que está acima de tudo: Deus. Não podemos abrir mão da Vida Eterna.

Na sexta-feira, dia 05 de julho, a Santa Sé lançou a primeira Encíclica do Papa Francisco chamada Lumen fidei. Esse documento foi escrito a “quatro mãos”, pois o Papa Emérito Bento XVI também participou da elaboração desse documento. Veja quanta riqueza! Num mesmo documento temos toda a genialidade teológica de Bento XVI e a extraordinária sabedoria pastoral e profunda espiritualidade do Papa Francisco.

E o que esse documento diz? Ele diz que a nossa fé em Deus é nossa resposta ao Amor d'Ele. E isto é muito importante, pois ilumina a nossa vida, pois não basta acreditar que Deus existe. O diabo acredita que Deus existe, mas nem por isso ele mudou. Não é verdade?

Precisamos acreditar no amor de Deus. Lúcifer, o anjo decaído, acredita que Deus existe, mas não acredita que Ele é Amor. Ele acha que Deus é ruim. Ele tem uma intuição básica e se acha mais sábio do que Deus. Na verdade, Satanás não passa de um idiota. O demônio está à solta no mundo. Veja: o Papa Francisco muito tem falado sobre o diabo. Ele abençoou uma imagem de São Miguel Arcanjo e consagrou à proteção de São Miguel toda a Santa Sé. Que maravilha isso!
E qual é o ataque do diabo em nossa vida? Ele nos diz: “Se Deus amasse você, você não teria essa doença”. Ou a alguém que está endividado, ele diz: “Se Deus amasse você, Ele lhe daria o dinheiro necessária para pagar suas dívidas”. É assim que Satanás age. Ele nos visita e traz uma lista de coisas que ele diz: “Tá vendo? Deus está errado em tudo isso!”.

Somos gente do bem, meus irmãos! O Amor de Deus nos visita em Jesus Cristo. O Amor e a Bondade do Pai se revelam na Encarnação de Jesus Cristo. Precisamos acreditar nesse Amor divino e assumí-lo como o nosso sumo bem. Meus irmãos, precisamos colocar em ordem a nossa vida.

O rosto do Deus verdadeiro se manifesta em Jesus Cristo! Não seguimos uma ideia, uma teoria, uma ideologia. A nossa fé se baseia em Jesus Cristo, o rosto amoroso do Deus verdadeiro. E quando colocamos Cristo no centro das nossas vidas, vamos nos transformando em gente do bem.

Quando o Brasil foi descoberto em 1500, o primeiro ato realizado nesta terra foi a celebração da Santa Missa. Meus irmãos, na Eucaristia nos encontramos com este sumo bem que se fez carne. É através da Eucaristia que Deus vai colocando a nossa vida em ordem e nos livra da destruição. O fato da Missa ter sido celebrada aqui em nossa nação, é um sinal da sua identidade: Cristo é o centro da nossa nação. As falsas doutrinas querem arrancar a centralidade de Cristo no nosso meio. O Papa Francisco já nos alertou que devemos confessar a centralidade de Jesus Cristo na nossa fé. Do contrário, a nossa Igreja se resumirá a uma simples ONG.

Jesus é o nosso farol. Ele é o nosso caminho claro. E a grande dificuldade que vivemos hoje é o fato de que as pessoas querem viver sem Jesus.

Já nos ensinava o Papa Pio XII que muitos dizem: “Cristo sim, a Igreja não!” Então, dão mais um passo e passam a afirmar: “Deus sim, Cristo não!” e, por fim, dão o passo definitivo à perdição e passam a dizer: “Deus não!”.

Não negue a Igreja! Porque aquele que nega a Igreja acaba também por negar a Cristo. E, se você negar a Cristo, acabará também por negar a Deus!

Só quem é do Maligno acaba por rejeitar o Amor de Deus. Não podemos relativizar a fé católica, meus irmãos! Quem nega a Cristo e Sua doutrina, e acaba por fazer o mal - e todo tipo de atrocidade - não é gente do bem. Satanás nos leva a nos perdermos em pensamentos vãos e nos afastarmos da Verdade.Existe um caminho para ser gente do bem: e é ser católico apostólico romano!

A Igreja não é uma ONG. Nós não somos “ongueiros”! Somos católicos!

Venham para Jesus! Jovens, voltem-se para Cristo. Ele está de braços abertos esperando por cada um de vocês. Voltem para a Igreja e coloquem Jesus como centro de suas vidas. Assim, vocês aprenderão a ser gente do bem.
Padre Paulo Ricardo 

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