domingo, 23 de fevereiro de 2014

DEPRESSÃO

Eu não morrerei nesta depressão, porque sou filho de Deus". Em torno deste tema, fiéis se reuniram na sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), neste domingo, 1º, para o Kairós sobre a cura da depressão.

O encontro começou com a Adoração Eucarística, seguida da primeira pregação do dia, com o médico cardiologista Roque Savioli, que falou sobre as causas da depressão e como reconhecê-las.


Dr. Roque explicou que, geralmente, a depressão vem como consequência de alguma perda, afetando o corpo, a mente ou o espírito. Não há, segundo ele, um exame clínico específico para detectá-la, mas sim perguntas e observações que sinalizam a doença. Alguns dos sinais para descobrir isso são a perda da vontade de fazer as coisas, perda da concentração, insônia ou sono em excesso.

Nos casos de pessoas que já sofrem da doença, o médico afirmou que é preciso saber lidar com a situação e, nesse processo, Deus é uma grande força. “Deus nos ensina que nós não devemos deixar a depressão nos dominar, nós podemos transcender a doença (...). A pessoa que não tem Deus sofre demais da depressão”.

O médico também destacou que metas exageradas, muitas vezes, acabam resultando em depressão pelo fato de não serem concretizadas. Ele defendeu que é preciso traçar metas e projetos para a vida, mas isso deve ser pautado na sabedoria de Deus. “Muitas vezes a gente faz metas exageradas [...]. Não espere dos outros exageradamente. Quando esperamos demais das pessoas, a gente se decepciona e pode entrar em depressão”.

Testemunho

O casal Marcos Antônio da Silva e Tereza Cristina Tuma e Silva, de Barbacena (MG), conheceu de perto o que é a enfermidade. Presentes no encontro deste domingo, eles contaram que, há dois anos e meio, a sobrinha deles teve depressão e acabou se suicidando. Hoje, o filho deles também está enfrentando a mesma doença, mas está se tratando.

“A depressão é uma doença como qualquer outra e que pode ser tratada. Que a família a leve a sério. O aspecto espiritual conta muito”, disse Marcos. Tereza testemunhou que a família superou a morte da sobrinha primeiramente vivendo o luto e depois orando muito. Marcos afirmou que ainda hoje se vê triste pela perda da sobrinha e pela situação do filho, mas encontrou na oração o seu apoio. “'Ralei' o joelho fazendo Adoração Eucarísitica”, partilhou.

A oração e o apoio da família também foram citados pelo jovem César Augusto Tuma e Silva, filho de Marcos e Tereza. “É preciso ter paciência. Às vezes a pessoa não tem paciência e acaba não sabendo lidar com a depressão. E ter o apoio da família; acho que, sem meus pais, eu não conseguiria”

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