O Purgatório, frequentemente imaginado como um lugar, é antes um estado. Quem morre na graça de Deus (isto é, em paz com Deus e com os outros), mas ainda necessita de purificação para poder estar face a face diante de Deus, passa por um purgatório.
Quando São Pedro traiu Jesus, o Senhor voltou-Se e olhou para ele «e, saindo Pedro para fora, chorou amargamente» (cf. Lc 22, 61 ss.). Trata-se aqui de um sentimento “como no purgatório”. E provavelmente a maioria de nós espera, no momento da morte, um purgatório como este: o Senhor olha-nos cheio de amor e nós sentimos uma ardente vergonha e um doloroso arrependimento pelo nosso comportamento mau ou “simplesmente” insensível. Só após esta dor purificadora seremos capazes de nos encontrar com Seu olhar amoroso numa pura alegria celestial. (Foto: Detalhe da pintura do Purgatório, segundo o artista Serafino Elmo)
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