Temos, na liturgia de hoje, um convite de Deus muito importante: “alegrai-vos porque vossa salvação se aproxima”. Não é aquela alegria que geralmente as pessoas confundem com euforia, algo efêmero; A nossa alegria é algo perene, é um encontro com uma Pessoa.
Vemos na historia da salvação que Deus sempre buscou estar próximo do seu povo, do ser humano. Nós vemos isto nos livros dos profetas, onde eles - inspirados por Deus - diziam aos que estavam cativos: alegrai-vos a vossa libertação se aproxima.
Se olharmos a Palavra de Deus, conseguiremos enxergar que a história do povo de Deus é, na verdade, a minha e a sua história. Um povo que lutava e que sofria, murmurava e caia. E não é esta a nossa vida?
O interessante é perceber que este Deus, com seu amor incondicional, sempre buscou-nos. Antigamente Ele se utilizava dos Profetas para dizer isto a nós, mas na plenitude dos tempos manifestou este amor enviando o Seu Filho Único para morrer em nosso lugar. Ele assume, em Si, a sua e a minha dor, a sua e a minha solidão, o seu e o meu medo.
Deus venceu o pior dos nossos inimigos: a morte. Deus sabia que este era o inimigo que tiraria toda esperança do homem; mas na cruz Jesus vence a morte, e desta forma, ela já não tem poder sobre nós.
Na liturgia, encontramos um personagem que dá testemunho do messias, mas que por um momento que ter certeza se Jesus é mesmo este enviado do Pai. E Jesus manda dizer a João que os cegos enxergam, os coxos andam, os surdos ouvem; justamente para dizer destes sinais que acompanharão o messias, de que Deus se compadeceu de seu povo sofrido, aprisionado e humilhado.
Todos nos somos limitados e dependentes deste amor de Deus, e por isso ele vem ao nosso encontro. Deus vem e nos devolve a dignidade. Se você perdeu a sua dignidade, se está amarrado em alguma coisa, se temos inclusive uma falsa imagem de Deus, vivendo uma religião de medo, de opressão, Jesus vem para nos mostrar a imagem de um deus que não desiste do seu povo.
Mas Deus não só vem fazer isto em nosso favor como também vem pedir que o homem faça o mesmo em favor do seu irmão. Não basta sermos católicos apenas de nome, viver de oração, mas também ir ao encontro dos mais necessitados, dos mais fracos, dos humilhados. O mundo está tomado pela maldade porque nós cristãos não mostramos ao mundo o melhor de nós, não mostramos ao mundo o amor com que Deus nos amou.
Hoje não basta montar um presépio na sua casa se o seu coração não está disposto a acolher, na manjedoura do seu coração, o amor de Deus que é o Seu Filho Jesus Cristo.
Padre Leomar de Jesus
Salvista
Nenhum comentário:
Postar um comentário