quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

SACERDOTE, O PROCURADOR DA MISERICÓRDIA DE DEUS

Confissão, ato em que você se acusa, mas não é condenado
Quem é que nunca ouviu alguém dizer: "Eu não vou me confessar com um homem, um pecador. Jamais!" Além dessas pessoas, existem outras que não se confessam por vergonha; outras, porque acham que não precisam. Enfim, os motivos são muitos, mas, de todos os motivos, o mais grave ou, talvez, que faça parte de todos os outros é a falta de conhecimento. O que você acha de conhecer a real importância da confissão?
Todo ser humano tem necessidade de compartilhar com outro sobre algo que está vivendo, sobretudo se é algo difícil, um erro, por exemplo. Já percebeu que quando você faz alguma coisa errada, sempre há alguém (às vezes a própria pessoa que praticou o erro com você) que você procura e lhe pede: “Não conta para ninguém”. Então, você fala tudo para essa pessoa. Não é verdade que, muitas vezes, depois de conversar, você se sente um pouco mais leve? É mais ou menos assim que acontece com a confissão, mas com algumas vantagens a mais.
A primeira vantagem da confissão é que você não precisa pedir sigilo ao padre, porque este não pode falar nada a ninguém, não importa o que aconteça. Segundo: quando você fala com uma pessoa qualquer, ainda continua com uma grande culpa pesando sobre você, mas quando você se confessa com o padre, na verdade, está se confessando com Jesus. 
O sacerdote, no momento da confissão, é como um procurador. Quando alguém está doente e não pode ir ao banco nem resolver situações jurídicas, este faz uma procuração, e o procurador pode agir civilmente em nome do enfermo. Assim também é o sacerdote. Não importa se a pessoa que está com a procuração tem dinheiro no banco, o que importa mesmo é se quem fez a procuração tem dinheiro no banco; e para nós quem fez a procuração foi Jesus, e Este é riquíssimo em santidade e misericórdia; portanto, pecado confessado, com arrependimento no coração, é pecado perdoado. Além do mais, o Senhor mesmo nos disse para procurarmos os padres e a Igreja, a fim de nos confessarmos (cf. Jo 20,23).
Como dizia o nosso saudoso padre Léo: “Quem se confessa é absolvido, e quem não se confessa é absorvido”. Não seja mais absorvido pelo mal, pelo passado, pelos pecados; não espere a santidade do padre para se confessar, pois, por mais santo que ele possa ser, nunca poderá ter o poder por ele mesmo para perdoar você. O sacerdote é constituído e querido por Jesus, é o “procurador”, aquele quem tem a procuração da Misericórdia de Deus. Procure o padre, não tenha vergonha ou medo, pois a confissão é o ato por meio do qual você se acusa, mas não é acusado; expõe-se, mas não é exposto; pelas palavras, condena, mas não é condenado. Entra como réu confesso e sai absolvido pelo procurador da misericórdia do Senhor.
Pe. Sóstenes Vieira

Nenhum comentário:

Postar um comentário