segunda-feira, 3 de março de 2014

HÁ UMA IDADE CERTA PARA INICIARMOS A VIDA SEXUAL ?

Sexo existe para a plenitude do amor
Em que idade estamos prontos para fazer sexo? Esta é uma pergunta que rola muito nas revistas para adolescentes, nos “papos” sem censura ou até nos programas que se dizem "abertos" às questões sobre amor e sexo. Mas se formos responder "na lata" a esta pergunta, eu lhe diria que estamos prontos por volta dos 12-14 anos de idade. Ficou assustado? Estamos “prontos”, do ponto de vista biológico, quando nosso corpo está “desenvolvido” e “acabado”, “pronto” para gerar uma vida. Sim! Do ponto de vista biológico, prontos para cumprir a finalidade do sexo: unir e procriar. 

Aí entram algumas perguntas: Você, nesta idade [12-14 anos], está pronto para unir-se, pelo resto de sua vida, a essa pessoa com quem você está tendo a mais linda expressão de amor? Você está pronto (a) a dar-se, por inteiro, a ela (e) não só no corpo, mas no coração e na alma?

Sexo existe para a plenitude do amor! Você acredita que ama, de verdade, essa pessoa? Tem certeza de que ela o ama na totalidade? Será que vocês estão prontos?

Não se trata de uma questão de idade, mas sim de dom. Você se valoriza como um dom a ser doado? O outro é um dom para você? Você está disposto a recebê-lo como tal?

Você pode me dizer: "Poxa, Adriano! Já sou adulto e estou numa relação muito bacana! Acho que estamos prontos para ter nossa relação sexual". Aí vem a pergunta: "Quando, numa relacionamento, sabemos que está na hora de termos uma relação sexual?". Eu lhe respondo: “Quando você estiver pronto a se unir para sempre no amor”. No entanto, a resposta mais comum, no mundo, para essa pergunta sobre sexo costuma ser: "é diferente para todos, cada um tem um tempo”. 

Biologicamente, o seu corpo estará "pronto" para o sexo quando você atingir a adolescência. Mas isso não significa que, nesta fase, você deva começar a ter relações sexuais. Há uma grande responsabilidade emocional quando entramos em um relacionamento assim. 

O que acontece quando duas pessoas já deram de si, em profunda intimidade, mas o relacionamento termina e eles não querem mais nada um com o outro? Fica o vazio de uma mentira. 

A cada relação sexual você diz: "Eu sou seu, todo seu e para sempre seu”. Mas se, depois de atingir o prazer, você vestir sua calça e for embora, eu lhe direi que você é uma mentira. Se, depois de uns anos juntos, a relação acabar, eu lhe digo tudo foi uma mentira. No sexo, mesmo que não tenha dito em palavras, você diz: “sou seu para sempre”. Na vida, se você termina um relacionamento, você negou isso tudo. 

O sexo deve ser reservado para duas pessoas que não estão simplesmente no amor do momento, mas em um relacionamento ao longo da vida, estão prontas para aceitar a responsabilidade de amar e ser amado.

“Quando estou pronto para o sexo?” Existe um critério para responder a essa pergunta. A Igreja assim nos ensina: quando você, homem ou mulher, estiver pronto para proclamar seu amor para a pessoa, dizendo que se responsabiliza por ela pelo resto de sua vida, que está pronto a dar tudo de si e receber tudo dela, quando tiver a coragem de assumi-la perante Deus e os homens. Você estará pronto ao assumi-la como alguém para santificar e trilhar com você o caminho do céu. Você perceberá o momento quando puder jurar, por toda sua vida, fidelidade à sua amada e aos filhos que virão desse amor. 

Quando seu amor atingir o pleno sentido de concretude, e não só os corpos se unirem, mas a alma e o espírito também – não em vista de um prazer de minutos ou meses, mas por toda uma vida – você estará pronto para o sexo

Existe um critério objetivo, prático e rápido para responder a essa pergunta: se você não é casado, você não está pronto para o sexo, pois ainda não é capaz de aceitar todos os prazeres e todas as responsabilidades que este lindo projeto de Deus traz como verdade para sua vida e para vida do seu amor.

“A este amor conjugal, e somente a ele, pertence a doação sexual, que se realiza de maneira verdadeiramente humana, somente se é parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte” (Sexualidade humana: verdade e significado – Orientações educativas em família.)
Adriano Gonçalves

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